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DATA PROVÁVEL PARTO (DPP) DUM + 7 dias + 9 meses Regra de Nagele História Clínica 1. Identificação: colocar endereço completo da paciente 2. Queixa principal – 3 itens SINTOMA + TEMPO + EM GESTAÇÃO DE Exemplos: “Dor na barriga há 3 horas em gestação de 37 semanas e 2 dias.” “Passando tempo de gravidez há 5 dias em gestação de 40 semanas e 5 dias.” “Sangramento pela vagina há 1 hora em gestação de 6 semanas e 1 dia.” “Bebê parou de mexer há 2 dias em gestação de 44 semanas.” “Encaminhada pelo médico do pré-natal há 18 horas por aumento de pressão em gestação de 39 semanas e 3 dias.” 3. História da doença atual (HDA) – bem detalhada 1º Parágrafo Refere DUM = ; DPP = ; IG = de acordo com ecografia realizada no dia de acordo com o cartão de pré-natal (não usar paciente refere se for usar o cartão) (amenorreia = semanas e dias) Refere Gesta Para Cesarea Aborto (paridade) OBS: G (contando com a gestação de agr, pois é como ela estava no PS) 2º Parágrafo – Desenvolvimento da queixa principal Caracterização dos sintomas Chegada ao PS – encontro com o plantonista Medicamentos (foram efetivos?) Exames realizados Horário do encaminhamento para o Centro Obstétrico e se teve acompanhante Horário do encaminhamento para a maternidade Peso do bebê, APGAR 3º Parágrafo – Pré-natal Início Número de consultas Intercorrências IDADE GESTACIONAL (IG) (DUM + dias até a chegada ao PS) ÷ 7 Resultado: nº semanas Resto: nº dias Medicamentos (foram efetivos?) Exames Ecografias Vacinas Uso de drogas (alcool, tabaco, outras) 4º Parágrafo – antecedentes obstétricos Ex: GV PIII CI AI (Exemplo) GI = PI há anos GII = AI com curetagem há anos GIII = CI recém-nascido natimorto por há anos GIV = PII GV = vide HDA >Termos técnicos mais utilizados na HDA Metrossistoles: contrações uterinas Episiodimia Rompimento da bolsa com instrumento pelo obstetra com saída de líquido na cor branca e odor característico Amniorrexe prematura: ruptura da membrana amniótica antes do trabalho de parto Amniorrexe oportuna: ruptura da membrana amniótica no trabalho de parto Sangramento transvaginal: sangramento pela vagina (diferente sangramento da vagina) 5º Parágrafo No momento da entrevista há dias da internação, paciente refere amamentação satisfatória, bebê saudável e dor nos pontos (Exemplo) TECIDO MAMÁRIO Estende-se da segunda ou terceira até a sexta ou sétima costelas e da borda do esterno até a linha axilar média Exame das mamas Inspeção Posição da paciente: sentada com os braços pendentes ao lado do corpo (inspeção estática) Comparativa Tamanho, simetria, contorno, cor, textura da pele, padrões venosos e lesões Lesões – feridas, úlcera, cicatriz - cicatriz: avaliar forma (arciforme, linear, semicircular), localização, tamanho mamoplastia clássica cicatriz em forma de T invertido ou em J cicatrizes cirúrgicas normalmente são arcifomes Avaliar retrações (indicam contração do tecido fibrótico que ocorre como câncer) e abaulamentos indicando localização, tamanho, se há hiperemia localizada ou generalizada Aparência de casca de laranja (pele espessa, poros aumentados e marcas cutâneas acentuadas) indica edema causado por obstrução da drenagem linfática em carcinoma avançado ou inflamatório Padrões venosos devem ser semelhantes bilateralmente (unilateral pode ser por veias dilatadas devido ao fluxo de sangue aumentado por neoplasia) e podem ser visíveis - inspeção simultânea bilateral - aréolas devem ser redondas e ovais e bilateralmente semelhantes, cor variável com superfície lisa - Tubérculos de Montgomery são comuns: devem ser indolores e não-supurativos - maioria dos mamilos é evertida mas podem ser invertidos (nesse caso perguntar se foi sempre assim, pois inversão unilateral recente ou retração pode indicar malignidade) - retração mamilar recente indica que tecido inflamatório o está puxando pra dentro - mamilos devem ser de cor homogênea, superfície lisa ou enrugada, ausência de crostas, rachaduras ou descarga, cor da aréola variável - presença ou não mamilos supranuméricos Reinspeção em posições variadas (inspeção dinâmica) - pedir para paciente levantar os braços devagar e baixar - colocar as mãos nos quadris e fazer força - inclinando-se pra frente a partir da cintura: as mamas devem pender pra frente igualmente. Útil para mamas volumosas. - ressaltar retrações e abaulamentos - podem revelar alterações no contorno e simetria Mamilo e aréola Palpação Observar - sensibilidade - textura - consistência - áreas de condensação Paciente sentada para a palpação dos linfonodos e deitada com as mão atrás da cabeça para palpação das mamas Palpação das cadeias linfáticas 1. Começar palpando os linfonodos supra e infraclaviculares (locais de metástase de tumores de mama) 2. Seguir palpando os paraesternais 3. Partir para os linfonodos axilares Ficar de frente para a paciente Segurar o antebraço esquerdo com a mão esquerda enquanto examina a axila esquerda com a mão direita Com a superfície palmar dos dedos, palpar o oco axilar pressionando para cima Depois palpar acompanhando o gradio costal 4. Se houver linfonodo aumentado, descrevê-lo: tamanho, consistência (endurecida ou fibroelástica), local, mobilidade, se é dolorido ou não, aderido à pele ou não Palpação global 1. Toma-se a mama com a mão espalmada 2. Conter toda a glândula na palma da mão 3. Evidenciar tumores de maior diâmetro 4. Cada mama palpada com a mão oposta Palpação por quadrantes 1. Manobra de Bloodgood – palpar com as pontas dos dedos como se estivesse “tocando piano” 2. Palpar cada mama separadamente 3. Palpar quadrante por quadrante 4. Fazer duas vezes – inicialmente mais superficial e depois mais profundo 5. 3 métodos para palpar toda a extensão da mama: faixas verticais (começar no topo), círculos concêntricos (começas na borda mais externa) e cunha (do centro em sentido radial – recomendado para prova do Dr. Gérson) 6. Evitar retirar os dedos para que nenhuma porção fique sem palpar 7. Apertar com o dedo indicador ao redor da aréola , estica-la para facilitar a palpação, e observar se há saída de secreção, se sim, descrever o tipo de secreção e o ponto de gatilho (ex: às nove horas) 8. Se encontrar tumoração, descrevê-la: localização, tamanho, consistência (cística, fibroelástica ou endurecida), mobilidade e se é aderido ou não à pele Palpação do mamilo (expressão mamilar) - apertar o mamilo em todas as direções em formato de pinça e iniciar a pinça nos limites da aréola - observar se há saída de secreção, colocar o ponto de gatilho (ex: com ponto de gatilho às horas) e classifica-la Láctea bimamilar por múltiplos ductos Esverdeada Marrom Preta Senguinolenta Aquosa Tecido mamário feminino - consistência firme, densa e elática - sensação fina e granular em mulheres mais velhas - sulco transverso endurecido de tecido comprimido pode ser sentido ao longo do bordo inferior da mama Gestantes - mulher pode apresentar sensação de formigamento, dor à palpação e aumento bilateral do tamanho - mamilos podem se tornar achatados ou invertidos à medida que a gravidez progride - crosta por colostro seco pode ser evidente no mamilo - nodularidade grosseira e generalizada pode ser revelada - aranhas vasculares de cor azulada - estrias podem ser evidentes Lactação - determinar o grau de maciez: mamas cheias são firmes e densas - examinar os mamilos à procura de sinais de irritação e de bolhas petéquias Pelve óssea Canal ósseo constituído por dois ilíacos, o sacro e o coccige, com respetivas articulações (sínfise púbica, sacroilíacas,sacrococcígea) Promontório: articulação lombossacra Divide-se em grande (pelve falsa) e pequena bacia (pelve verdadeira) Pelve falsa - lateralmente – fossas ilíacas internas - posteriormente – coluna vertebral - anteriormente pelos músculos abdominais Pelve verdadeira ou escavação pélvica - limitada acima pelo estreito superior - abaixo pelo estreito inferior Estreitos Superior - posteriormente pelo promontório - lateralmente pelas articulações sacroilíaca, linha inominada e proeminência ileopectínea - anteriormente pela sínfise púbica Inferior - anteriormente pela parte inferior da sínfise púbica - lateralmente pelos tuberosidades isquiáticas - posteriormente pela ponta do cóccix Estreito médio: - posteriormente pela ponta do sacro - anteriormente pela parte posterior da sínfise púbica - lateralmente pelas espinhas ciáticas - chamado de estreito das menores proporções por causa das espinhas ciáticas Diâmetros importantes ao se realizar o toque vaginal bidigital Distância entre o bordo inferior da sínfise púbica e o promontório Distância entre espinhas ciáticas Distância entre o bordo inferior da sínfise e borda do cóccix Ângulo infrapúbico Classificação das bacias Ginecoide (ideal) Antropoide Platipeloide – diâmetro anteroposterior reduzido e laterolateral aumentado Antropoide – diâmetro anteroposterior aumentado e laterolateral reduzido Estática fetal Atitude – relação das diversas partes do feto entre si Durante a gestação Máxima dimensão do continente uterino: 30 cm Feto com 50 cm de comprimento deve se adaptar flexionando-se - coluna vertebral encurvada e cabeça com o mento aproximado da face anterior do tórax - dois polos: - MI: coxas se fletem sobre a bacia e as pernas - MS: braços e antebraços se locam na face anterior do tórax - tronco + membros = ovoide córmico - posição mais comum da cabeça: mento próximo ao manúbrio No parto Atitude se modifica principalmente após amniorrexe Útero passa de globoso a cilindroide Feto é obrigado a endireitar o tronco, diminuindo sua flexão num cilindro: cilindro fetal Perímetro abdominal é reduzido para 28 cm Cabeça Composta por crânio e face Crânio: dois ossos frontais, dois parietais, dois temporais, um occipital, um esfenoide e um etmoide Ossos da abóboda craniana separados por tecidos membranosos – suturas e fontanelas – permitindo redução de seu volume durante o parto Suturas mais importantes 1. Sagital: entre os parietais 2. Metópica: interfrontal ou frontal média 3. Coronária: entre frontais e parietais 4. Lambdoide: entre parietais e occipital 5. Temporal: entre parietais e temporais Fontanelas – presentes nos pontos de convergência de 3 ou 4 ossos 1. Bregmática: anterior ou grande fontanela 2. Lambdoide: posterior ou pequena fontanela 3. Ptéricas ou ptérios: lateroanteriores 4. Astéricas ou astérios: lateroposteriores cefálico < pélvico Ovoide fetal Diâmetros importantes Situação – relação entre os grandes eixos longitudinais fetal e uterino Coincidentes os eixos: relação longitudinal (99,5% das vezes) Perpendiculares: relação transversa ou córmica Cruzados: relação oblíqua ou inclinada – representa fase de transição no momento do parto que vai se estabilizar em longitudinal ou transversa Apresentação É a região fetal que se loca na área do estreito superior ocupando-o completamente Mutação ou versão: transformação de uma apresentação por outra – está ligada à rotação axial do feto após o 6 mês, em que o polo cefálico será orientado para as porções inferiores do útero Plano de contato da apresentação: plano circunferencial que se põe em relação com o estreito superior Apresentação córmica: corresponde à situação transversa Duas apresentações podem ocorrer na situação longitudinal: a do polo cefálico (apresentação cefálica) a do polo pélvico (apresentação pélvica) Apresentações cefálicas 1. Fletidas 2. Defletidas - 1 grau ou bregmática - 2 grau ou de fronte - 3 grau ou apresentação de cara Apresentações pélvicas 1. Completa (pelvipodálica) – quando coxas e pernas estão fletidas 2. Incompleta (pélvica simples ou modo de nádegas) – pernas se acham estendidas sobre a face anterior do tronco Critérios para medir a altura da apresentação: - critério de DeLee: diâmetro biespinha ciática é a referência zero. Quando a parte mais baixa da apresentação estiver acima do zero, a altura é negativa, se estiver abaixo, a altura é positiva - planos de Hodge: o terceiro plano equivale ao plano zero de DeLee Posição – relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo materno Posição esquerda ou 1ª posição: dorso fetal voltado para o lado esquerdo materno (maioria) Posição direita ou 2ª posição: dorso para o lado direito Posição anterior e posterior (intermediárias à direita e esquerda) Pontos de referência fetais (esses locais serão identificados pelo médico ao realizar toque vaginal na paciente para avaliar posição do bebe) - variáveis com as apresentações 1. Lâmbda nas apresentações cefálicas e fetais 2. Extremidade anterior do bregma: nas apresentações cefálicas defletidas de 1º grau (bregmáticas) 3. Glabela ou raiz do nariz nas de fronte 4. Mento nas de face 5. Sacro nas pélvicas 6. Acrômio: nas córmicas Nomenclatura – designação de maneira exata da situação, apresentação, posição e variedade de posição Nomenclatura na situação longitudinal - emprego de duas ou três letras: 1. Primeira letra: indicativa da apresentação e símbolo da região que a caracteriza 2. Demais letras correspondem ao ponto de referência ao nível do estreito superior - exemplo: apresentação fletida em occipital pode ter todas essas variações: Introdução Mecanismo de parto Feto é o móvel ou objeto que percorre o trajeto, que é a bacia, impulsionado por um motor – a contração uterina Estudo da mecânica do parto, em essência dos movimentos que a cabeça descreve Canal da parturição – estende-se do útero à fenda vulvar, constituído de partes moles e sustentado pela pequena pelve ou escavação Mecanismo do parto – movimentos que o feto executa no seu percurso através do canal da parturição Os movimentos são passivos e vão se adaptando às diferentes formas do canal Maioria dos casos o parto se processa com o feto em apresentação cefálica fletida – apresentação do vértice que é a menos sujeita a perturbações Mecanismo do parto fisiológico: apresentação cefálica fletida em bacia ginecoide Possui três tempos: insinuação, descida e desprendimento Insinuação ou encaixamento Passagem da maior circunferência da apresentação através do anel do estreito superior Antes deve ocorrer a redução dos diâmetros por orientação dos diâmetros e por flexão - na apresentação cefálica ocorre pela flexão (apresentação do vértice) ou deflexão (apresentação da face) - na apresentação pélvica ocorre por maior aconchego dos membros inferiores sobre o tronco ou pelo desdobramento deles - na apresentação córmica não ocorre insinuação Descida Se processa do início do trabalho de parto e só termina com a expulsão total do feto Movimento da cabeça é turbinal: polo cefálico vai rodando e progredindo em seu trajeto (penetração rotativa) Após o encaixe e início da descida, a cabeça sofre leve deflexão a fim de endireitar a coluna para possibilitar a passagem pelo cilindro (canal) Rotação interna da cabeça: ao forçar a distensão do assoalho pélvico, a cabeça fetal desliza nas paredes laterais (planos inclinados) para conseguir atravessar o estreito médio, que possui as espinhas isquiáticas, rodando para acomodar os seus maiores diâmetros Insinuação das espáduas: penetração das espáduas através do estreito superior da bacia. Diâmetro biacromial sofreredução pelo aconchego dos ombros, forçados pela constrição do canal, e assim a cabeça consegue progredir e as espáduas descem até o assoalho pélvico Desprendimento Se processa por movimento de flexão Terminada a rotação, o suboccipital vai se colocar sob a arcada púbica A região do suboccipital se acomoda sobre a sínfise e a cabeça vai se apoiar nela para o desprendimento, liberando o diâmetro suboccipital-bregmático e os demais até o desprendimento total Rotação externa da cabeça - já livre no exterior - a cabeça sofre novo movimento de flexão e rotacional - facilitar a saída dos ombros - voltando o occipital para onde se encontrava na bacia, restituindo a orientação primitiva, por isso é chamado de restituição Desprendimento das espáduas Restante do feto não oferece resistência para o nascimento Maior incidência de insinuação é pelos diâmetros transversos e por movimentos de assinclitismo Exame físico obstétrico Inspeção Cabeça - sinal de Halban - formação de lanugem junto aos limites do couro cabeludo - cloasma ou máscara gravídica - pigmentação difusa ou circunscrita, mais nítida nas zonas muito expostas à luz, de tonalidade escura, manchando a pele Pescoço - aumento da circunferência por hipertrofia da hipófise (mais evidenciável no quinto ou sexto mês) Glândula mamária - mamas mais volumosas - a partir de 16 semanas – secreção de colostro - sinal de Hunter ou aréola gravídica – aréola secundária menos pigmentada que aparece ao redor da primitiva, que já está mais escurecida - rede de Haller – trama de vasos venosos na pele Abdome - globoso ou ovoide - cicatriz umbilical plana ou saliente - ventre pode se apresentar pêndulo em primigestas pelo comprometimento das fibras musculares - linea negra – hiperpigmentação da linha alva - presença de estrias recentes (prenhez azul, cor violácea e fundo azulado) e antigas (brancas ou nacaradas, aspecto perláceo) Membros inferiores - dilatação dos vasos sanguíneos - varizes aumentadas - edema no final da prenhez Aparelho genital externo - sinal de Jacquemier ou de Chadwick - mucosa hiperpigmentada e tumefeita de rosada torna-se cianosada, violácea ou azulada Palpação Útero de seu conteúdo Altura uterina - reconhecer a resistência óssea do pube - delimitar, sem comprimir, o fundo do útero - utilizar a borda cubical da mão - fita métrica mede o arco uterino - circunferência abdominal é avaliada ao nível da cicatriz umbilical – 90 a 92 cm Consistência uterina - consistência elástico-palposa-cística pelo amolecimento da parede uterina Regularidade da superfície uterina - superfície lisa e regular - observar presença de nódulos e saliências Manobras de Leopold – reconhecimento da apresentação e posição do feto 1. Primeiro tempo - delimitação do fundo do útero - ambas as mão deprimindo a parede abdominal com as bordas cubitais fazendo contato com a face anterior e posterior das mãos - mãos encurvadas procurando reconhecer com a face palmar, o contorno do fundo do útero e a parte fetal que o ocupa - maioria: polo pélvico – mais volumoso que a cabeça, esferoide, superfície irregular, resistente mas redutível - se aparecer o polo cefálico – superfície regular, resistente e irredutível, com duas regiões características (occipital e fronte) - rechaço: quando há quantidade suficiente de líquido - rechaço simples: uma das mãos imprime súbito impulso ao polo fetal, que desaparece ao ser deslocado - rechaço duplo: caso o feto volte à situação primitiva e seja percebido pelas mãos do examinador 2. Segundo tempo - deslizar as mão, do fundo interino, em direção ao polo inferior - sentir o dorso fetal e as pequenas partes ou membros - região dorsal apresenta-se como superfície resistente e contínua, plana no sentido longitudinal e convexa no transversal 3. Terceiro tempo – manobra de Leopold ou Pawlick - exploração da mobilidade do polo que se apresenta em relação com o estreito superior - apreender o polo entre o polegar e o médio da mão direita, imprimindo-lhe movimentos de lateralidade que indicam o grau de penetração na apresentação na bacia - quando a apresentação está alta e móvel o polo balança de um lado para o outro 4. Quarto tempo - exploração da escava - polo caálico frequnetemnete encontrado - examinador de costas para a cabeça da paciente com as mãos nas fossas ilíacas caminhando em direção ao hipogástrio afastadas cerca de 10 cm - penetrar na pelve com as extremidades dos dedos - abarcar o polo que se apresenta e verificar pelas características se é o cefálico ou o pélvico - a entrada dos dedos exploradores na bacia depende do grau de insinuação do polo apresentado quando móvel, os dedos se tocam pelas extremidades e descem por igual; se cabeça estiver encaixada os dedos em correspondência com o occipital mergulham mais profundamente que os com a fronte na apresentação pélvica, os dedos penetram igualmente Ausculta Se pretende ouvir o batimentos cardíacos fetais (bcf) Pode ser imediata ou mediata - imediata ou direta – aplica-se o ouvido sobre a parede abdominal da paciente - mediata ou indireta – estetoscópio do tipo Pinard Na história clínica (Dr. Gérson) Colocar: 1. nº da manobra 2. objetivo da manobra 3. técnica da manobra 4. interpretação da manobra 1ª manobra de Leopold - Objetivo: delimitar o ponto máximo correspondente ao fundo uterino - Técnica: usar face cubital das mãos no formato do fundo - Interpretação: delimitado o ponto superior, na linha mediana, do fundo uterino 2ª manobra de Leopold - Objetivo: determinar situação e posição fetais - Técnica: uma mão serve de anteparo e a outra palpa. Troca a mão de anteparo. - Interpretação: posição dorso à esquerda e situação longitudinal 3ª manobra de Leopold - Objetivo: avaliar qual é a apresentação fetal - Técnica: mão em garra; apreensão da parte fetal que se apresenta ao estreito superior - Interpretação: arredondado, endurecido, homogênea ou arredondado, amolecido, não homogêneo ou provavelmente córmica pela situação (2ª manobra) 4 ª manobra de Leopold - Objetivo: avaliar insinuação e encaixamento - Técnica: penetrar na pelve no sentido lateromedial, ? - Interpretação: apresentação insinuada ou não e encaixada ou não Complementar com medida da altura do fundo uterino (31 a 34cm) - técnica: mão perpendicular com fita entre dedo médio e indicador - outra mão posicionada na borda superior da sínfise púbica - até a cicatriz a fita encosta na barriga e depois ela fica acima Ausculta dos batimentos fetais - no dorso fetal - mais próximo ao polo cefálico Exame ginecológico Inspeção Paciente em posição ginecológica – só a genitália deve estar exposta, cobrir até o joelho. Examinador em altura suficiente para ver a genitália e conseguir ver o rosto da paciente Vulva - expor o introito vaginal – ver glândulas e meato uretral - implantação dos pelos - aspecto da fenda vulvar (fechada, entreaberta, aberta) - umidade - secreções - hiperemia - ulcerações - distopias, neoplasias, dermatopatias, distopias e malformações Períneo - integridade – se há ruptura - cicatrizes de episiorrafias ou perineoplastia Ânus - hemorroidas - plicomas - fissuras - prolapso da mucosa - malformações Clitóris, óstio uretral, hímen e introito vaginal - observado abrindo-se os grandes lábios Pedir para paciente fazer esforço semelhante a urinar ou evacuar e observar se há protusão das paredes abdominais ou do colo – indica presença de distopia Exame especular Finalidade inicial – coleta de material para exame citológico, bacteriológico, cristalização e filância do muco cervical Inspeção - presença e aspecto de secreções - coloração - epitelização e superfície do colo - forma do orifício externo - presença de lacerações, neoplasias,ulcerações, pólipos - aspecto do muco cervical - aspecto das paredes genitais – observar durante a retirada do espéculo Materiais necessários (devem estar prontos antes do exame ser iniciado) - tubete com álcool a 70% com nome e data de nascimento da paciente - lâmina com iniciais e nascimento da paciente - espátula de Ayre - escovinha – usada para pegar a JEC quando está dentro do colo do útero - espéculo (permanente ou descartável) Técnica - segurar de forma que o dedo mínimo fique perto da borboletinha do espéculo - entra inicialmente na vertical e vai rotacionando até chegar à posição horizontal - com a mão esquerda, abrir o entroito na região da fúrcula - abrir o espéculo - colher com a espátula e escovinha - passar os dois juntos na lâmina – endocérvice em cima e o ecto em baixo e logo depois inserir no álcool - retirar o espéculo Toque vaginal Unidigital - iniciar com ele pois propicia colaboração da paciente - expressão da uretra - palpação das glândulas vestibulares e paredes genitais – observar: elasticidade, capacidade, extensão, superfície, irregularidades, sensibilidade e temperatura - primeira impressão sobre os fundos de saco e o colo do útero Bidigital - análise do colo do útero e os fundos de saco vaginais - colo do útero: orientação, forma, volume, superfície, consistência, comprimento, sensibilidade, mobilidade, orifício externo (puntiforme, entreaberto, permeável à polpa digital) e lacerações - fundos de saco ou fórnices: distensibilidade, profundidade, sensibilidade, livres ou ocupados, rasos ou bombeados Combinado - enquanto uma das mãos palpa o hipogástrio, a outra palpa as fossas ilíacas - melhor maneira de obter ideia 3D da pelve Corpo do útero - posição, situação, forma, tamanho, - consistência: normal, amolecida, dura, lenhosa ou pétra - superfície: lisa, regular, nodular ou lobulada - mobilidade e sensibilidade - retroversões Exame citológico Deve ser feita uma vez por ano e em menor período de tempo nas pacientes em que houver algum motivo para observação mais frequente Coleta deve ser dupla – colhe-se o material em dois locais separados: ectocervical e endocervical O esfregaço é colocado imediatamente no fixador evitando-se o ressecamtno das células Exame venoso dos MMI Anatomia Sangue retorna para o coração pela musculatura dos MMI Válvulas – impedem que o sangue volte para os membros Tipos de sistemas venosos - superficial: logo abaixo da pele - profundo: dentro dos pacotes musculares - veias comunicantes: comunicam os sistemas um com o outro e entre si - veias perfurantes: perfuram a fáscia para fazer a comunicação entre o superficial e profundo. Subtipo de veias comunicantes Fluxo: SUPERFICIAL PROFUNDO Safenas - superficiais - magna: origem no arco venoso dorsal superficial do pé e percorre toda a perna medialmente até chega à altura da veia femoral, perfurando-a. safena magna é a veia mais longa do corpo - parva: perfura a veia poplítea Patologias mais importantes Varizes - acometimento do sistema venoso superficial - são veias dilatadas e tortuosas - patologia crônica - causadas por insuficiência valvular - insuficiência extravasamento de líquido edema e pode ocorrer saída de hemácias que serão fagocitadas por macrófagos, os quais deposita a hemociderina das hemácias fagocitadas pele fica mais escura com o tempo DERMATITE OCRE - com o passar do tempo, pode ocorrer inflamação local e o tecido adiposo subcutâneo é substituído por TC LIPODERMATOESCLEROSE - pequenas varizes (aranhas): TELEANGECTASIAS Trombose - patologia aguda - acometimento do sistema venoso profundo - pode ser proximal (acima da poplítea) ou distal (abaixo) - risco aumentado na gravidez - TROMBO: coágulo dentro do vaso (quando esse coágulo se solta é chamado de êmbolo) - geralmente unilateral - fatores facilitadores: tríade de Virchow 1. Aumento da circulação sanguínea 2. Estase venosa 3. Aumento da coagulação sanguínea (diabetes, anticoncepcionais, tabagismo) - ocorre aumento de pressão nos pacotes vasculares - sinais clínicos Claudicação intermitente - por causa do aumento de pressão na musculatura, o paciente não consegue caminhar por muito tempo Calor – causado por dilatação das veias superficiais por não conseguirem drenar o sangue para o sistema venosos profundo. Uma perna fica mais quente que a outra Edema unilateral Exame físico Inspeção - paciente em decúbito dorsal - analisar os pés e as pernas do paciente, observando as dimensões relativas e a proeminência de veias, tendões e ossos. Se não houver proeminência comparativamente com o outro lado, suspeitar de edema - observar coloração da pele à procura de dermatite ocre principalmente próximo ao tornozelos Palpação - edema: verificar se há formação de cacifo – depressão gerada pela compressão do polegar, comprimir por pelo menos 2 segundos. Uni ou bilateral - verificar temperatura da pele - presença ou ausência de dor - manobras para verificação de trombose 1. Sinal da bandeira: membro inferior fletido e musculatura relaxada, palpar a panturrilha balançando-a, se ela balançar normalmente, o sinal é ausente. 2. Sinal de Romans: dorsiflexão passiva do pé. Se causar dor, é positivo. 3. Sinal de Bancrof: comprimir, com as pontas dos dedos, os músculos da panturrilha contra a tíbia e verificar se provoca dor. Se causar dor é positivo. Sinal com nome próprio: + ou – Sinal sem nome próprio: ausente ou presente Puerpério Divisão Pós-parto imediato – 1º ao 10º dia Pós-parto tardio – 10º ao 45º dia Pós-parto remoto – além do 45º dia Involução e recuperação da genitália Pós-parto imediato Domina a crise genital Abdome caído Musculatura flácida Fundo uterino situa-se um pouco acima da cicatriz umbilical e está firmemente contraído. Até o 10º dia é considerado órgão abdominal; depois retorna à pelve. Hemóstase da ferida placentária: assegurada pela retração e contração do miométrio, reduzindo o fluxo dos vasos uterinos e pelo globo de segurança, que permite as ligaduras vivas de Pinard (miotamponagem) Entre o 3º e o 10º dia os processos regressivos se desenrolam em compasso acelerado ficando mais lentos depois Colo dilatado nas porções laterais com fenda transversal e posteriormente exibe um orifício externo – atesta a paridade da mulher Reflexo uteromamário – estimulação dos mamilos e da árvore galactófora desperta as contrações uterinas (acusadas pela paciente como cólicas) Causas da involução uterina: 1. Colapso parcial da circulação ovariana e uterina 2. Retração e contração uterinas causando anemia do miométrio e má nutrição celular 3. Desaparecimento dos hormônios placentários Loquiação - processo da involução e da regeneração da ferida placentária vincula-se à produção de exsudatos e transudatos que quando se misturam com sangue e com células descamadas são chamados de lóquios - primeiros dias os lóquios são sanguíneos (lochia rubra), depois se tornam serossanguíneos (lochia fusca) de coloração acastanhada Crise vaginal do pós-parto – descamação do epitélio Pós-parto tardio A recuperação genital é impulsionada Funções começam a ser influenciadas pela lactação Útero continua regredindo mas bem mais lentamente Corrimento loquial passa a ser seroso (lochia flava) Em mulheres que não amamentam o endométrio tende a proliferar Continuação da recuperação vaginal Mulheres que não amamentam tem citologia mostrando acelerado processo vaginal evolutivo Pós-parto remoto Período de duração imprecisa a variar com a presença ou não da lactação Nas que não amamentam – volta da menstruação com 1,5 mês e precedida da ovulação Involução dos sistemas extragenitais Sistema endócrino – queda imediata dos esteroides placentários e leve diminuição nos valoresde prolactina (mesmo assim continuam bem elevados) Na ausência da lactação – LH e FSH se mantém a níveis muito baixos e logo começam a se elevar lentamente Sistema cardiovascular – débito cardíaco aumenta em 10% por uma semana, pressão venosa nos MMI normaliza-se e varizes e edema desaparecem Sistema digestivo – retorna das vísceras abdominais às disposições anatômicas, redução da motilidade intestinal (causando constipação) Pele – estriações ficam pálidas e as hiperpigmentações regridem Peso – perda acentuada nos primeiros 10 dias atribuída à maior diurese, à secreção láctea e à eliminação loquial Exame físico abdominal Inspeção Abaulado, às custas de uma elevação do andar inferior, e em geral destrodesviado Circulação colateral Linea nigra Pulsações visíveis Cicatriz umbilical Estriações Ferida operatória – suprapúbica, simétrica, formato arciforme com concavidade superior, medindo cm, bordas ancoradas nas extremidades por fio cirúrgico de cor Ausculta Ruídos hidroaéreos – podem estar diminuídos ou ausentes em puerpério imediato Presença ou não de sopros Percussão 3 linhas – mediana e duas hemiclaviculares Macicez – descrever a área (área do hipogástrio, parte medial da fossa ilíaca direita) Palpação Superficial - sensibilidade - flacidez da parede - pode ocorrer diástase - temperatura Profunda - massa (útero) – localização, consistência (fibroelástica), sensibilidade, mobilidade, forma (globosa), superfície (lisa), limites e contornos regulares ou não Da ferida (em caso de cesárea) – sensibilidade, temperatura, saída de secreção ou não OBS: palpar a ferida superficialmente
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