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HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRO DESCENDENTES – aula 7 1 Questão De acordo com Oracy Nogueira: A "cor branca facilita a ascensão social, porém, não a garante, por si mesma; de outro lado, a cor escura implica antes numa preterição social que numa exclusão incondicional de seu portador." (NOGUEIRA, 1988). Ou seja, segundo o autor: A cor da pele e o desempenho socioeconômico dos indivíduos estão em desacordo; A cor da pele só influencia o desempenho socioeconômico de indivíduos que tenham entre 18 e 24 anos. A cor da pele influencia o desempenho socioeconômico dos indivíduos; A cor da pele e o desempenho socioeconômico dos indivíduos não estão relacionados; A cor da pele não influencia o desempenho socioeconômico dos indivíduos; Respondido em 01/09/2022 16:30:49 Explicação: Grosso modo, as conclusões de Oracy Nogueira apontavam que negros e mestiços compunham a grande maioria da população que exercia atividades subalternas, enquanto os brancos ocupavam lugar de destaque. De acordo com o próprio autor: "cor branca facilita a ascensão social, porém, não a garante, por si mesma; de outro lado, a cor escura implica antes numa preterição social que numa exclusão incondicional de seu portador " (NOGUEIRA, 1998). Observa-se, então, que, segundo as pesquisas de Oracy Nogueira, a cor da pele tinha forte in�uência no desempenho socioeconômico dos indivíduos. 2 Questão Antes de Gilberto Freyre, Manoel Bonfim defendeu a miscigenação brasileira, ele: Afirmava que a mestiçagem da sociedade brasileira impedia o progresso do país; Afirmava que somente a pureza de raça garantiria o progresso brasileiro; Afirmava que inferioridade de raças não existia e que o progresso brasileiro só viria com a universalização da educação. Afirmava que era necessário estimular a vinda de imigrantes europeus para o Brasil para ¿branquear¿ a população; Afirmava que a mestiçagem era a desgraça do Brasil. Respondido em 01/09/2022 16:31:19 Explicação: Freyre defende quea miscegenação é o que caracteriza a identidade e formação do povo brasileiro e por isso haveria a democracia racial. É possível afirmar também que a grande inovação de Gilberto Freyre residiu, justamente, no exame equilibrado dos dois extremos da sociedade brasileira. Era a primeira vez que um estudo analisava as contribuições dos escravos negros e, consequentemente, das heranças africanas no Brasil - na mesma chave utilizada para falar de brancos e indígenas. Junto com essa nova abordagem, a forma por meio da qual Freyre construiu sua análise também o distanciava dos cientistas sociais da época. Escrito de forma ensaística, com uma narrativa que muitas vezes se confunde com romances do século XIX, Casa Grande e Senzala é um verdadeiro inventário da vida íntima brasileira. Segundo o autor, o Brasil nascera da tecnologia indígena empregada na produção da mandioca, do leite das amas negras que alimentaram os meninos das famílias patriarcais, das experiências sexuais desses mesmos meninos com as mulatas do país. A intimidade brasileira estava impregnada pela mestiçagem e isso não fazia o Brasil menos civilizado do que os países europeus. Na realidade, a mestiçagem era a brasilidade. Longe de esgotar as possibilidades de interpretação da polêmica obra clássica de Gilberto Freyre - o que seria uma tarefa hercúlea -, é importante pontuar o impacto que Casa Grande e Senzala trouxe para o cenário intelectual brasileiro. Já Manoel Bonfim, por sua vez, médico e educador, em 1905, Bomfim publicou um estudo no qual desvinculava o atraso do Brasil (e do restante da América Latina) à ideia de inferioridade racial. Embora fizesse uso de termos médicos e científicos, o autor propôs uma leitura sociológica da pretensa inferioridade do Brasil em relação aos países desenvolvidos da Europa. Era a primeira vez que a "incivilidade" brasileira não passava por questões relacionadas à diversidade racial que compunha o país. De tal forma, Bomfim não só defendia a miscigenação brasileira, como desacreditava na inferioridade das raças e assegurava que o Brasil só conseguiria mudar os rumos de sua história caso fizesse uma revolução baseada na universalização da educação. HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRO DESCENDENTES – aula 7 3 Questão Na década de 1950, a UNESCO patrocinou um conjunto de pesquisas sobre as relações raciais no Brasil e concluiu que: Por ser uma sociedade mestiça, no Brasil não há discriminação racial; No Brasil há oportunidades iguais para brancos, negros e mestiços; No Brasil não há discriminação racial, apenas econômica; Por ser uma sociedade mestiça, no Brasil não há discriminação econômica; No Brasil, a discriminação racial está associada à discriminação econômica. Respondido em 01/09/2022 16:31:52 Explicação: A relação do Brasil além de ter a questão da "cor da pele", por isso racial, tem econômica associando negro e pobreza como pares constantes na discriminação no Brasil. Parte dos estudos patrocinados pelo Projeto UNESCO comprovou a inexistência da Democracia Racial no Brasil. No entanto, os trabalhos feitos na década de 1970 realizaram importante critica a tais estudos, ao mostrar que os fatores econômicos que protagonizavam as análises não eram suficientes para responder as razões que levariam à discriminação racial no Brasil. Dito de outra forma, os estudos que se iniciaram na década de 1970 afirmavam que a raça (como construção social) era, sim, um fator de distinção na sociedade brasileira; o pertencimento a determinada classe não dava conta de explicar o racismo no Brasil. A aparente harmonia racial no Brasil fazia do país uma espécie de "laboratório vivo". De tal modo, os objetivos do Projeto UNESCO era determinar os fatores econômicos, sociais, políticos, culturais e psicológicos que favoreciam ou não a existência de relações harmoniosas entre raças e grupos étnicos. Para tanto, jovens cientistas sociais brasileiros e estrangeiros se incumbiram de analisar a significativa mobilidade e integração do negro na sociedade brasileira (GUIMARÃES, 2004). 4 Questão A busca da identidade nacional brasileira foi um dos principais debates acadêmicos das primeiras décadas do século XX. Grandes intelectuais como Nina Rodrigues, profundamente influenciados por estudos da Biologia, percebiam na miscigenação das raças os males da sociedade brasileira e o motivo do subdesenvolvimento do país. Contrário a essas ideias, Manoel Bomfim emerge com novas explicações para o atraso brasileiro fora das explicações biológicas. Marque a alternativa que contém a explicação de Bomfim para o atraso brasileiro. O atraso brasileiro é decorrente da grande riqueza de seu subsolo de suas terras que causou o parasitismo de toda uma população. O atraso brasileiro deve-se sobretudo a grande presença de negros e mestiços na sua população. O atraso brasileiro é consequência do clima Tropical, predominante quente e úmido que fez surgir nos trópicos uma população preguiçosa e pouco inteligente. O atraso brasileiro deve-se a falta de investimentos do Governo na educação pública e no desenvolvimento de todo o conjunto de sua população. O atraso brasileiro reside na economia baseada na agricultura de exportação e na pouca industrialização do Brasil. Respondido em 01/09/2022 16:32:24 Explicação: Médico e educador, em 1905, Bom�m publicou um estudo no qual desvinculava o atraso do Brasil (e do restante da América Latina) à ideia de inferioridade racial. Embora �zesse uso de termos médicos e cientí�cos, o autor propôs uma leitura sociológica da pretensa inferioridade do Brasil em relação aos países desenvolvidos da Europa. Era a primeira vez que a "incivilidade" brasileira não passava por questões relacionadas à diversidade racial que compunha o país. De tal forma,Bom�m não só defendia a miscigenação brasileira, como desacreditava na inferioridade das raças e assegurava que o Brasil só conseguiria mudar os rumos de sua história caso �zesse uma revolução baseada na universalização da educação. Gabarito Comentado https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=5606350473&cod_hist_prova=292142828&pag_voltar=otacka https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=5606350473&cod_hist_prova=292142828&pag_voltar=otacka HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRO DESCENDENTES – aula 7 5 Questão "Nos anos 1930, há um ponto de viragem no pensamento nacional, no qual a temática racial não deixa de ser central, mas é reconfigurada. (...) A mestiçagem passa a ser eleita como expressão nacional e, nesta interpretação, a obra Casa-Grande & Senzala de Gilberto Freyre é dotada de importância simbólica fundamental, valorizando as influências africanas, indígenas e portuguesas na consolidação de uma ideia de brasilidade singular e positivada." A teoria que se origina nesse momento, baseada na obra de Freyre é: Democracia plena; Eugenia. Darwinismo social; Democracia racial; Freyrianismo; Respondido em 01/09/2022 16:32:49 Explicação: Esta ideologia serviu muito bem aos interesses políticos do governo getulista (marcado pelo nacionalismo e pelo populismo), que, embora difundisse a ideia do Brasil como um país desprovido de discriminação racial, deixava muito claro que cada raça tinha um lugar determinado a ocupar na sociedade brasileira. Só assim, a harmonia defendida por Freyre continuaria "reinando". Gabarito Comentado 6 Questão Texto 1- Para Carneiro (2011): A X marcaria por longo tempo a sociedade brasileira porque não seria seguida de medidas sociais que beneficiassem política, econômica e socialmente os recém libertos. Na base dessa contradição perdura uma questão essencial acerca dos direitos humanos: a prevalência da concepção de que certos humanos são mais ou menos humanos do que outros, o que, consequentemente, leva à naturalização da desigualdade de direitos. Se alguns estão consolidados no imaginário social como portadores de humanidade incompleta, torna-se natural que não participem igualitariamente do gozo pleno dos direitos humanos. Texto 2- Segundo Gohn (2011): Os Y adotam diferentes estratégias que variam da simples denúncia, passando pela pressão direta (mobilizações, marchas, concentrações, passeatas, distúrbios à ordem constituída, atos de desobediência civil, negociações, etc.) até as pressões indiretas. Assinale a alternativa que traz a melhor interpretação acerca dois textos e da atuação dos movimentos sociais indígenas. As letras X e Y representam os seguintes conceitos, respectivamente: escravidão; governos estaduais corrupção; movimentos sociais desigualdade; políticos fome; partidos políticos. escravidão; movimentos sociais. Respondido em 01/09/2022 16:34:07 Explicação: Escravidão e movimentos sociais são as expressões corretas dos textos originais. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=5606350473&cod_hist_prova=292142828&pag_voltar=otacka https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=5606350473&cod_hist_prova=292142828&pag_voltar=otacka HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRO DESCENDENTES – aula 7 7 Questão Ao longo das décadas de 1920 e 1930, o médico baiano Artur Ramos de Pereira Araújo se destacou no pensamento social brasileiro, principalmente naquilo que se refere ao papel do negro na formação do Brasil. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta a síntese do pensamento de Artur Ramos de Pereira Araújo. Artur Ramos Pereira de Araújo negou qualquer tipo de explicação biologizante dos comportamentos sociais, sendo especialmente crítico aos estudos de Nina Rodrigues. Junto com Caio Prado Jr, Artur Pereira de Araújo foi um dos principais representantes do marxismo brasileiro, principalmente naquilo que se refere aos estudos sobre as classes operárias. Artur Ramos Pereira de Araújo foi um defensor do higienismo cientificista, especialmente naquilo que se refere à afirmação da inferioridade racial do negro. Arthur Pereira Ramos de Araújo foi o principal representante brasileiro do darwinismo social, sendo o responsável pela inserção de Cesare Lombroso no debate intelectual nacional. Artur Ramos Pereira de Araújo esteve alheio aos debates intelectuais, sendo tão somente um médico especializado nos estudos sobre a febre amarela. Respondido em 01/09/2022 16:35:24 Explicação: Tal autor demonstra o quanto é perigoso a construção de determinados argumentos no meio social que fomentariam e legitimariam a desigualdade social poir meio dos argumentos do determinismo biológico. Arthur Ramos de Pereira Araújo nasceu em Alagoas no ano de 1903, estudou medicina na Bahia e, com 23 anos, se fez médico ao defender a tese intitulada Primitivo e Loucura ¿ obra que recebeu elogios de importantes especialistas no assunto, como Sigmund Freud e Levi-Brhul. Desde cedo Arthur Ramos estreitou suas relações com a intelectualidade internacional e, durante a década de 1920, lecionou em diferentes universidades estadunidenses. Defensor ferrenho da Antropologia Participativa e utilizando inúmeros recursos metodológicos da psicologia e psiquiatria, Ramos atuou em diferentes áreas das ciências humanas, consagrando-se como um grande estudioso da cultura brasileira. No que diz respeito à questão do negro no Brasil, Arthur Ramos não só trouxe importantes contribuições, como também chamou atenção para a desigualdade socioeconômica vivida por este setor da população brasileira. Segundo Luitgarde Barros, ao repudiar qualquer tipo de explicação biologizante dos comportamentos sociais, Arthur Ramos fez uma análise critica da obra de Nina Rodrigues, ao mesmo tempo em que foi seu principal divulgador. Gabarito Comentado 8 Questão Manoel Bonfim foi um pensador atípico no cenário intelectual brasileiro da transição do século XIX para o século XX. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta as especificidades do pensamento de Manoel Bonfim. Manoel Bonfim afirmou o princípio da inferioridade racial do brasileiro através de argumentos pretensamente científicos. Manoel Bonfim foi o primeiro a utilizar as categorias do marxismo na interpretação da realidade brasileira. Manoel Bonfim negou o princípio da inferioridade racial do brasileiro utilizando argumentos sociológicos para interpretar a realidade nacional. Manoel Bonfim era o único pensador brasileiro da época que criticava a influência da Igreja Católica na formação da nação brasileira. Manoel Bonfim era o único pensador brasileiro da época que não era sócio do Instituto Histórico e Geográfico brasileiro. Respondido em 01/09/2022 16:36:15 Explicação: Manoel Bonfim partindo de pressupostos teóricos desmistifica a democracial racial e o determinismo que hierarquiza as diferenças raciais. Médico e educador, em 1905, Bomfim publicou um estudo no qual desvinculava o atraso do Brasil (e do restante da América Latina) à ideia de inferioridade racial. Embora fizesse uso de termos médicos e científicos, o autor propôs uma leitura sociológica da pretensa inferioridade do Brasil em relação aos países desenvolvidos da Europa. Era a primeira vez que a "incivilidade" brasileira não passava por questões relacionadas à diversidade racial que compunha o país. De tal forma, Bomfim não só defendia a miscigenação brasileira, como desacreditava na inferioridade das raças e assegurava que o Brasil só conseguiria mudar os rumos de sua história caso fizesse uma revolução baseada na universalização da educação GabaritoComentado https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=5606350473&cod_hist_prova=292142828&pag_voltar=otacka https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=5606350473&cod_hist_prova=292142828&pag_voltar=otacka https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=5606350473&cod_hist_prova=292142828&pag_voltar=otacka https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=5606350473&cod_hist_prova=292142828&pag_voltar=otacka HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRO DESCENDENTES – aula 7
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