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Doenças sexualmente transmissíveis

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DSTs
Quais as principais DSTS? Sífilis; Herpes genital; Cancro mole; Linfogranuloma venéreo; Donovanose; Candidíase vulgovaginal; Vaginose bacteriana; Tricomoníase; Cervicites e ureterites (tricomoníase, gonorreia, clamídia trachomatis, mycoplasma, candidíase); HPV; HIV; Hepatite B (principal é a transmissão sexual); Hepatite C; Hepatite A; HTLV (‘’primo do HIV’’).
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Incidência no Brasil. 
Notificação compulsória: HIV, Sífilis e Hepatite virais. 
Consequência de saúde. Saúde reprodutiva da mulher -Infertilidade. 
Morbimortalidade neonatal –Herpes (quando a mulher está com herpes na hora da gestação não tem problema, apenas se for por primo-infecção. Agora se o parto for vaginal, pode transmitir), HIV, Sífilis congênita. 
Custos → consultas médicas, medicações, preservativos.
FR: jovens: 15-24 anos
Importância do uso da camisinha!!! - forma de prevenção. 
· DST não tem cura.
· Sem tratamento, porque são assintomáticas (a maioria) ou oligossintomáticas. Os sintomáticos podem realizar tor por conta própria, farmácias ou junto a curandeiros
· tradicionais.
· Diagnóstico e tratamento incorreto ou inadequado em unidade de saúde são um problema. 
O atendimento imediato de uma pessoa com IST não é apenas uma ação curativa, mas também visa à interrupção da cadeia de transmissão e à prevenção de outras IST e complicações decorrentes das infecções.Uma pessoa com IST nunca é só uma pessoa. É uma rede de parcerias sexuais que estão infectadas.
SÍFILIS (CANCRO DURO) OU LUES
Infecção sistêmica, crônica (não cura se não tratada) e curável.
Treponema pallidum (espiroqueta gram -). 
Maioria assintomática → é muito fácil ter e não saber.
Transmissão sexual: sexual e vertical (teste rápido para mulheres que fazem pré natal).
Estágios:
· Primário–maior transmissibilidade
· Secundária
· Latente Recente (latente = não tem sintomas)
· Latente Tardio (> 1 ano)
· Terciária
Importante saber em qual estágio o paciente está, pois o tratamento irá mudar. Se não sabe qual é, trata como tardia.
SÍFILIS PRIMÁRIA
Período de incubação: 10-90 dias
Úlcera rica em treponemas (só de tocar, transmite), geralmente única e indolor, com borda bem definida e regular, base endurecida e fundo limpo,
Ela some sozinha, logo, se não tratar ela some sozinha e a pessoa pensa que está curada. Some, porque entra na fase de latência. 
É rica em treponema (também é uma forma de transmissão), que pode ocorrer em qualquer lugar do corpo. Não se toca em ferida sem luva!!!
Na mão pode ocorrer por masturbação, na boca por sexo oral, etc.
Essas feridas podem ter infecções secundárias.
· Lesão no local da inoculação. Nesse local ocorrem as feridas. 
· “Cura” espontânea–3-8 semanas
· Adenopatia inguinal, não supurativa
· Não quer dizer que o paciente vai passar por todas as fases, inclusive na neurossífilis.
SÍFILIS SECUNDÁRIA
Surgimento: 6 em 6 meses após cura do cancro
Duração: 2 –6 semanas
Quando o treponema entra em fase de latência, ele não vai ter sintoma nenhum e as lesões vão sumir. No entanto, continua transmitindo.
· Lesões muco cutâneas e adenopatias generalizadas
· Lesões papulares eritemato acastanhadas, não pruriginosas
· Lesões palmo-plantares
Sintomas inespecíficos: febre, mal-estar, adinamia, cefaléia
UVEÍTE
Pode ocorrer neuro sífilis nessa fase
“CURA”
SÍFILIS LATENTE
Período ASSINTOMÁTICO
Diagnóstico apenas por testes treponêmicos e não treponêmicos.
Pedir para o paciente quando ele fez o último teste rápido que deu negativo:
· Precoce/Recente (Early): <1 ano da infecção → tratamento por 1 semana.
· Tardia (Late): > 1 ano da infecção → tratamento por 3 semanas.
Se nunca fez teste, é tardia. 
Se não souber o tempo, tratá-lo por 3 semanas.
Pode permanecer toda a vida neste período ou evoluir
25% dos pacientes não tratados intercalam lesões secundárias com os períodos de latência.
Toda erupção cutânea sem causa determinada deve ser investigada com testes para sífilis. 
SÍFILIS TERCIÁRIA
1/3 evolui para este estágio
Destruição tecidual → tanto treponema que ele destrói a pele dos pacientes.
Comum o acometimento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular → é diferente de neurossífilis.
Gomas sifilíticas (tumorações com tendência a liquefação) na pele, mucosas, vísceras, cérebro, ossos ou qualquer tecido.
NEUROSSÍFILIS / NEUROLUES
O envolvimento do sistema nervoso central (SNC) pode ocorrer durante qualquer estágio da sífilis.
Pode ser ASSINTOMÁTICA
Meníngea: Cefaleia, vômitos, uveíte, alteração “mental status”
Meningovascular: Sintomas compatíveis com AVCs
 Parenquimatosa:
· Paresias
· Tabes dorsalis (desmielinização do corno posterior) – parestesias, marcha atáxica, impotência, arreflexia, distúrbios da bexiga).
DIAGNÓSTICO: alterações do LCR e ao resultado do VDRL no LCR → se for positivo = neurossífilis. Teste pela coleta do líquor. 
FTABR positivo também pode ser considerado positivo.
O benzetacil, que é tratamento para as outras sífilis, não funciona na neurossífilis, pois precisa ser um medicamento intravenoso. 
TESTES DIAGNÓSTICOS
· Se paciente tem teste – de sífilis há menos de um ano → infecção recente → tratamento por 1 semana.
· Se paciente tem teste – de sífilis há mais de um ano → infecção tardia → tratamento por 3 semanas.
· Se paciente não tem histórico de teste ou de tratamento anterior → tratamento por 3 semanas → sífilis tardia.
Direto Microscopia em Campo escuro → tiram um esfregaço da úlcera e passam na lâmina, sendo possível enxergar o treponema. Não é mais muito utilizado.
Teste Treponêmicos: FtAbs e teste rápido.
Teste Não Treponêmicos: VDRL
Precisa dos 2 para fazer o diagnóstico.
 A diferença principal é que os testes não treponêmicos detectam anticorpos que não são específicos contra Treponema pallidum e os testes treponêmicos detectam anticorpos específicos para antígenos de T. pallidum. 
Vale dizer que nem sempre a presença do anticorpo específico (resultado reagente) significa que o paciente está infectado. Por causa da IgG de memória, mesmo após o tratamento, os resultados darão reagentes. E, dificilmente, irão se tornar não reagentes.
Por isso, é necessário fazer a associação do resultado do teste treponêmico com o resultado do teste não treponêmico e também com a história clínica do paciente.
DIAGNÓSTICOS NÃO TREPONÊMICOS:
Tituláveis (Quantitativo)
Screening ou Acompanhamento
· VDRL (1:1; 1:2; 1:4, 1:8, 1:16, 1:32 ...)
· Queda adequada dos títulos é o indicativo de sucesso do tratamento
· Se a infecção for detectada nas fases tardias da doença, são esperados títulos baixos (< 1:4).
· Cicatriz sorológica
TESTES DIAGNÓSTICOS TREPONÊMICOS
Uma vez positivo, ele sempre vai ser positivo.
FTA-ABS (separa IgG e IgM)
ELISA
TPHA (Hemaglutinação)
Teste Rápido (Imunocromatográfico detecta IgG e IgM ao mesmo tempo) → não vai servir para ser feito depois do tratamento e ver se o paciente se curou, porque sempre vai dar positivo → 1 vez tendo sífilis não se faz mais.
1 vez positivo.... Sempre positivo.
Dificilmente negativa
AVALIAÇÃO VDRL
Diluições → quanto mais diluições para fazer o número de treponema, significa que menos treponema tinha. Quanto mais alto o número, maior o número de treponema.
Se tiver muito tempo infectado, pode reduzir o título de diluição, mas eu não posso dizer que ela é curada.
· 1:1
· 1:2
· 1:4
· 1:8
· 1:16
· 1:32
· 1: 64
· 1: ...
- 1o teste: 1:16
- 2o teste: 1:4 (pós-tratamento → depois de 3 meses porque o título demora para cair) → tá ok, está diminuindo.
Se ele se reinfectar, o teste vai dar negativo.
Até o título cair, é preciso utilizar camisinha, mesmo se for um casal em tratamento, pois um título pode demorar mais para cair e o casal ficar se reinfectando. SEMPRE TRATAR O PARCEIRO.
Apenas gestantes devem coletar VDRL mensalmente.
Se cair um pouquinho o VDRL e o paciente jura que está usando camisinha, dá para esperar mais 3 meses e pedir mais um exame. Pode ficar não reagente, mas demora um pouco mais.
Sempre coletar o VDRL no mesmo laboratório.
FALSOS POSITIVOS VDRL
Sabe que vai ser negativo para sífilisporque o teste treponêmico dará negativo, mesmo que o VDRL der positivo. Por isso ele não é treponêmico, pois não é exclusivo para sífilis.
· Doenças reumatológicas -*LES (Lúpus Eritematoso Sistêmico) →
· Mononucleose (CMV, EBV)
· Malária
· Hanseníase
CURSO DA SÍFILIS NÃO TRATADA
Cicatriz se o paciente tratou. Se não tratou é
latente.
Correlação entre dados clínicos, resultados de testes laboratoriais, histórico de infecções passadas e investigação de exposição recente
· 1 Teste => TESTE RÁPIDO TREPONÊMICO (ALTA SENSIBILIDADE EM TODAS OS ESTÁGIOS)
· 2 Teste => TESTE NÃO TREPONÊMICO (AVALIA DOENÇA ATIVA vs CICATRIZ SOROLÓGICA E APÓS ACOMPANHA).
É importante coletar o VDRL antes de iniciar o tratamento.
TRATAMENTO
Transexual que tem prótese glútea tem que fazer no braço. Não existe possibilidade de resistência à penicilina benzatina. Se não cura é porque não está usando camisinha.
· Primária, secundária, latente precoce (<1 ano):
· Penicilina Benzatina 1.2M UI IM Dose única (uma ampola em cada nádega).
- Alérgicos: funcionam, mas não são tão bons como a penicilina. Se não usar benzetacil fica com sífilis pelo resto da vida. 
· Ceftriaxona 1g IM/EV 1x dia por 10-14 dias
· Doxiciclina(100mg 2x dia por 15 dias). 
· Latente tardia (>1 ano) sem Neurolues
· Penicilina Benzatina 2.4M UI por semana durante 3 semanas (uma ampola em cada nádega).
- Alérgicos:
· Ceftriaxona 1g IM/EV 1x dia por 10-14 dias (incerto)
· Doxiciclina(100mg 2xdia 28-30 dias), - Tetraciclina, Eritromicina (4 semanas).
NEUROLUES = INTERNAÇÃO HOSPITALAR
Penicilina G Cristalina: 18-24 M UI/dia por 10-14 dias EV de 6 em 6 horas.
· Alérgicos: dessensibilizar, se não for possível utilizar CEFTRIAXONE 2g EV 1xdia por14 dias(falha23%)
REAÇÃO DE JARISCH HERXHEIMER
Após o tratamento o paciente dá uma piorada brusca. Isso ocorre por causa da morte dos treponemas. Controlar com uso de analgésico se tiver febre. Lise dos treponemas
Sintomas: febre, recrudescimento das lesões, febre, mialgia. 
Frequência:
· Primária–50%
· Secundária–90%
ACOMPANHAMENTO
Repetir teste VDRL em 3, 6,9,12, 18 e 24 meses após conclusão do tratamento. 
Deve-se observar a queda de 2 titulações em até 6 meses. 
ATENÇÃO
Pacientes com títulos baixos e sem histórico de tratamento prévio devem ser avaliados
criteriosamente
- O VDRL depois de muitos anos tem redução mesmo sem tratamento.
· HIV > Investigação de Neurossífilis
SÍFILIS NA GESTAÇÃO
· DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
· SÍFILIS EM GESTANTE > TRANSMISSÃO VERTICAL
· Teste 1o e 3o tri gestação, na hora do parto
· 1 testes rápidos reagentes = portadoras de sífilis até prova em contrário → iniciar tratamento.
· Na ausência de tratamento adequado, recente e documentado, deverão ser tratadas no momento da consulta;
TRATAMENTO NA GESTANTE (SOMENTE UTILIZAR BETA LACTÂMICOS)
Sempre tratar com penicilina Benzatina. 
Se ela for alérgica, tratar com ceftriaxona, isso irá refletir no bebê, pois significa que a mãe não foi tratada com medicamento extremamente adequado.
Para fins de abordagem terapêutica da sífilis congênita, considera-se tratamento inadequado da mãe as seguintes situações:
· Tratamento realizado com qualquer medicamento que não seja a penicilina benzatina; 
· Tratamento incompleto, mesmo tendo sido feito com penicilina benzatina; descobriu no terceiro trimestre e não deu tempo de concluir o tratamento antes de ter o bebê.
· Tratamento inadequado para a fase clínica da doença; 
· Finalização de tratamento no período de 30 dias que antecedem o parto; 
· Apenas parceiro(s) sexual(is) com sífilis não tratado(s) ou tratado(s) inadequadamente
GESTANTES
VDRL MENSAL APÓS O DIAGNÓSTICO
QUEDA DE DUAS TITULAÇÕES EM TRÊS/6 MESES
AUMENTO DE DOIS TÍTULOS INDICA REINFECÇÃO
O parceiro sempre deve ser tratado. 
SÍFILIS CONGÊNITA
TRANSMISSÃO VERTICAL = Transmissão da espiroqueta pela corrente sanguínea, transplacentária ou, ocasionalmente, por contato direto com a lesão no momento do parto. 
Mãe não testada ou tto inadequado. Aborto em 40%
Teste não treponêmico> testagem simultânea da mãe e da criança, no pós-parto imediato
Título RN maior que o materno em pelo menos duas diluições (ex.: materno 1:4, RN maior ou igual a 1:16) é indicativo de infecção congênita. Não se faz teste rápido no bebê.
Não realizar teste treponêmico
SEGUIMENTO: 1, 3, 6, 12 e 18 meses de idade (coletar VDRL, exame de sangue, punção lombar).
· Notificação
· Punção lombar
· Hemograma
· TGO/TGP
· Eletrólitos
· Rx de ossos longos
· RX tórax
VAGINITE
Vaginite e cervicite → mulheres;
Uretrite → homens.
Corrimento anormal: Consistência, cor e odor; Práticas sexuais, menstruação, práticas de higiene, medicamentos tópicos ou sistêmicos
Endógenas: Candidíase e Vaginose Bacteriana
DST: Tricomoníase (Clamídia e Gonorreia não causam corrimentos). 
CANDIDÍASE
Candida albicans(85% ); C. glabrata (15%) C. kruseie C. tropicalis, raramente causam vaginites.
Necessárias alterações no ambiente vaginal antes que o organismo possa induzir os efeitos patológicos.
· Alterações nos níveis dos hormonais
· Uso de antibióticos;
· Diabetes mellitus;
· Imunossupressão.
SINTOMAS: prurido vaginal, corrimento branco e coalhado sem odor (“queijo cottage”), sensação de queimação na vulva (pelo acúmulo da secreção), disúria e eritema dos lábios e vulva. Cura sozinho normalmente.
DST em Homens: balanite ou balanopostite e, raramente, uretrite.
O homem vai ter por que teve relação sem camisinha com a mulher. No homem não cura sozinho. Pênis vermelho, com prurido e queimação.
Microscopia: de células de levedura por meio de microscopia de preparação a fresco ou com hidróxido de potássio (KOH) 10%.
Cultura: ágar dextrose Sabouraud–SE sintomas e microscopia negativa
TTO: Fluconazol 150 mg em DU. Miconazol2% creme ou Nistatina100.000 UI. Tratar parceiro, se sintomático. 
VAGINOSE BACTERIANA
A população de lactobacilos é muito reduzida, enquanto as populações de vários anaeróbios e de Gardnerella vaginalis são aumentadas.
Não é uma DST. 
Poucos lactobacilos e as bactérias tomam conta.
Mobiluncus spp., Prevotella spp., bacteroides spp., Peptostreptococcus, Fusobacterium, Eubacterium spp., Mycoplasma hominise Ureaplasma urealyticum.
DX: aumento de corrimento vaginal fétido (cheiro de peixe). Pelo menos 3 dos 4 critérios seguintes (critérios de Amsel):
· Corrimento branco ou cinzento, homogêneo e viscoso;
· Fluido vaginal com pH >4,5; mais sensível mas menos específico
· Liberação de odor de amina, semelhante a peixe, do fluido vaginal quando misturado a solução a 10% de hidróxido de potássio (KOH) –Teste de Whiff
“Células indicadoras” ou Clue Cells- visíveis em análise no microscópio; células epiteliais escamosas cobertas com vários organismos cocobacilares granulares pequenos, gerando um aspecto pontilhado, granular.
TTO:
SOMENTE SE SINTOMAS
Metronidazol2 cps250 mg VO 12/12 hs7 dias → diminui a proliferação de Gardenerella. Ou 8 comprimidos juntos em dose única. Não necessita tratar parceiros. 
TRICOMONÍASE
DST
Trichomonas vaginalisé um protozoário flagelado
Corrimento exacerbado, amarelo esverdeado ou acinzentado espumoso e friabilidade cervical pontuada (colo do útero com aspecto de morango).
30% Assintomática
A resposta inflamatória aumenta, substancialmente o risco de transmissão e infecção por HIV, porque a mucosa estará super friável.
 
DX:
Microscopia de preparação a fresco
TTO:
Metronidazol400 mg –5 cps VO em dose única ou 2 cps250 mg VO 12/12 hs7 dias
Relatos de resistência
Tratar parceiro.
CERVICITE
80% assintomáticas.
SINTOMAS: corrimento vaginal (não é o mais comum), sangramento intermenstrual ou pós-coito, dispareunia, disúria, polaciúria e dor pélvica crônica.
Os principais agentes etiológicos são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae
FATOR RISCO:
· Mulheres sexualmente ativas com idade inferior a 25 anos, múltiplos parcerias sexuais, parceiros com IST, história prévia ou presença de outra IST e uso irregular de preservativo
EXAME FÍSICO:
Dor à mobilização do colo uterino através do espéculo, material mucopurulento no orifícioexterno do colo, edema cervical e sangramento ao toque da espátula ou swab
Em mulheres frequentemente não produzem corrimento vaginal; Se ao exame especular > presença de muco-pus cervical > tto para gonorreia e clamídia
Complicações:
Dor pélvica, DIP (doença inflamatória pélvica), gravidez ectópica e infertilidade
Partos pré-termo, ruptura prematura de membrana, retardo de crescimento intrauterino e endometrite puerperal, conjuntivite e pneumonia do RN.
TRATAMENTO:
- Ceftriaxona500mg, IM, dose única
+Azitromicina500mg, 2 comprimidos, VO, dose única.
Sempre tratar o parceiro.
Ureterite
Gonocócica
Não gonocócica
DIAGNÓSTICO:
Bacterioscopia → Presença de diplococo
gram negativo intracelular > Gonocócica
- Não gonocócica
- Esterase leucocitária + em primeiro jato de urina
- NAAT
Só trata e só transmite se tiver sintomas.
GONORREIA
NEISSERIA GONORRHOEAE; Diplocococos são Gram-negativos intracelulares.
Uretrite, cervicite, proctite, faringite, DIP,
conjuntivite , oftalmia neonatal em recém-nascidos
Complicações e sequelas: DIP, gravidez ectópica, infertilidade, edema peniano, epididimite, infecção gonocócica disseminada
Dx:
· Microscopia (azul de metileno)
· Cultura padrão-ouro –The Year-Martins -teste de sensibilidade
· NAAT (exames de coleta - como PCR - método molecular). 
MYCOPLASMA GENITALIUM
O M. genitalium é encontrado em 1-3% de homens e mulheres sexualmente ativos;
Maior predisposição à infecção do HIV;
Frequentemente assintomática; 
Causa de Uretrite, Cervicite e DIP
NAAT é o único método diagnóstico. 
Suspeitar em caso de uretrite persistente ou recorrente ou cervicite persistente. 
TTO:
- Azitromicina
- Moxifloxacino → se recorrência
CHLAMYDIA TRACHOMATIS
Bactéria gram negativa
- Sorotipos A-C: acometimento ocular > TRACOMA
- Sorotipos D-K: transmitidos sexualmente
Diagnóstico: NAAT
TTO: DoxicIclina100 mg 2x/d 21 dias –superior à Azitromicina 1 g / semana por 3 semanas
- O tratamento com azitromicina é mais demorado, mas demora.
TTO PARCEIRO!
URETRITE TRATAMENTO
Sem identificação agente etiológico OU gonocócica:
· Ceftriaxona500 mg 1 ampIM em dose única // ou Ciprofloxacino500 mg 1 cpem DU
· Azitromicina 1 g ( 2 cps500mg em DU) ou Doxicilina100 mg 12/12 hs7 dias
Não gonocócica ou por Chlamydia:
· Azitromicina 1 g ( 2 cps500mg em DU) ou Doxicilina100 mg 12/12 hs7 dias
· Mýcoplasma–se não efetivo com Azitromicina :Moxifloxacino400 mg x 7 dias
Trichomonasvaginalis(heterossexuais)
· Metronidazol -250 mg –2 cpsVO 12/12h 7 dias
ÚLCERAS GENITAIS
T. pallidum (sífilis primária); H. ducreyi(cancróide)
HSV-1 e HSV-2 (herpes perioral e genital,
respectivamente);
C. trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3 (LGV);
K. granulomatis(donovanose).
** Isolados ou combinados
** Maior chance transmissão HIV
SÍFILIS PRIMÁRIA
Úlcera, geralmente única,que ocorre no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais do tegumento), indolor, com base endurecida e fundo limpo, rica em treponemas.
HERPES GENITAL
Vesículas agrupadas sobre base eritematosa, que evoluem para pequenas úlceras arredondadas ou policíclicas
TTO: Aciclovir–primo-infecção 400 mg 3x/d
Se recorrente -400 mg 3x/d por 5 dias
CANCRÓIDE / CANCRO MOLE
Diagnóstico diferencial da sífilis
Haemophilus Ducreyi
Lesões são dolorosas, geralmente múltiplas e devidas à autoinoculação.
Borda irregular e fundo heterogêneo recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido, que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil
A cicatrização pode ser desfigurante.
Microscopia de material corado pela técnica de coloração de Gram: visualização de bacilos Gram- negativos típicos, de tamanho pequeno, agrupados em correntes dos tipos “cardume de peixes”.
Tto; Azitromicina 500 mf2 cp em DU
LINFOGRANULOMA VENÉREO
C. trachomatis-Sorotipos L1-L3
Afeta os gânglios linfáticos na região inguinal.
Lesão primária transitória herpetiforme na genitália externa;
Infecção dos gânglios linfáticos regionais, como resultado da dispersão linfática do organismo causador
Em homens, o inchaço das glândulas inguinais ou femurais resulta frequentemente na formação de ínguas supurantes em um ou ambos os lados do ligamento inguinal
Em mulheres, a glândula pélvica profunda e a perirretal podem ser comprometidas
Diagnóstico:
Cultura ou NAAT (de lesão primária, primeiro jato urina, amostras da uretra ou cervicais)
TTO: Azitromicina 1 g / semana por 3 semanas < doxiciclina 100 mg 2x/d 21 dias
TTO PARCEIRO!
DONOVANOSE
Klebsiella granulomatis
Nódulo subcutâneo endurecido, que corrói a pele para formar uma úlcera vermelha, hipertrófica e granulomatosa, com a borda bem definida. A lesão sangra facilmente com o contato.
Novas lesões costumam formar-se por auto inoculação e os linfonodos inguinais aumentam de tamanho, como resultado de infecção secundária (pseudo bubões). 
Pode se espalhar hematologicamente para os ossos, juntas e fígado e formar lesões cutâneas em locais extragenitais.
DX:
Microscópico e histopatológico –(coloração de Giemsa)visualização dos corpos de Donovan em esfregaços coloridos obtidos a partir de lesões clínicas
- NAAT
TTO: Doxiciclina100 mg 2x/d 21 dias ou AZITRO
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP)
Chlamydiatrachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Bactérias facultativas anaeróbias (ex: Gardnerellavaginalis), Haemophilusinfluenza, Streptococcus agalactiae) ,Mycoplasmagenitalium.
Microorganismos ascendem da endocérvice para a mucosa do endométrio e trompas.
Fatores de risco:
· DST prévia
· Múltiplos parceiros sexuais
· Uso de DIU
Endometrite, anexite, salpingite, miometrite,
ooforite, parametrite, pelviperitonite, abscesso tubo ovariano
SINTOMAS:
· Sangramento vaginal anormal em pouca quantidade (spotting),
· Dispareunia
· Corrimento vaginal
· Dor pélvica ou dor no abdome inferior
· Dor à mobilização do colo do útero ao toque,
3 critérios maiores + 1 critério menor OU 1 critério elaborado.
Diagnósticos diferenciais: gravidez ectópica, apendicite aguda, infecção do trato urinário, litíase ureteral, torção de tumor cístico de ovário, torção de mioma uterino, rotura de cisto ovariano, endometriose, diverticulite;
EXAMES:
- Hemograma completo; VHS; Proteína C reativa;
-Exame bacterioscópico para vaginose bacteriana;
- Cultura de material de endocérvice com
antibiograma ou NAAT para N. gonorrhoeae e
- Laparoscopia ou de punção do fundo de saco posterior;
- Exame qualitativo de urina e urocultura (para afastar hipótese de infecção do trato urinário);
- Hemocultura;
- Teste de gravidez (para afastar gravidez ectópica);
- Exames de imagem: a ultrassonografia
transvaginal e pélvica -> presença de uma fina camada líquida preenchendo a trompa, com ou sem a presença de líquido livre na pelve.
Complicações e sequelas: gestação ectópica, infertilidade, DIP recorrente, dor abdominal crônica, abcesso tubo-ovariano, adesões pélvicas e dor pélvica crônica.
Tratamento:
- Ceftriaxona500 mg, IM, dose única +
Doxiciclina100mg, 1 comprimido, VO, 2xdia, por 14
dias + Metronidazol 250 mg, 2 comprimidos, VO,
2xdia, por 14 dias
- Melhora clínica em até 3 dias
- Não remover DIU
- Tratar parceiro para -N. gonohrroeaee C.
trachomatis
INFECÇÕES PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO - HPV
Vírus DNA
BAIXO RISCO: lesões intraepiteliais de baixo grau (lesões não pré-cancerosas), assim como em verrugas anogenitais.
Tipos 6 e 11
90% das verrugas genitais
ALTO RISCO: lesões de baixo e alto graus, câncer de colo do útero e outros locais anogenitais
HPV 16 e 18
70% de todos os cânceres de colo do útero no mundo
tipo 16 -cânceres de orofaringe
5-10% dos casos se tornam persistentes > indicador de risco para o desenvolvimento de pré-câncer.
Maior incidência em jovens
Circuncisão efeito protetor
CLÍNICA:
- Verrugas anogenitais
- Lesões pré-cancerosas e cânceres (NIC, NIV, NIA, NIP)
TTO:
- Ácido tricloroacético: (80%)
- Podofilina10-25%
- Imiquimod5%
VIOLÊNCIA SEXUAL
O que fazer?
· Notificação –orientar sobre B.O –Informar Conselho Tutelar se < 14 anos.
· Receber profilaxia da gravidez -Levonorgestrel 0,75 mg/comprimido,2 comprimidos, VO, dose única
· Profilaxia das IST não virais
· Profilaxia HIV –até 72 hs–TDF/3TC + DTG 28 dias
· Receber vacinação e imunização passiva para HBV; (IGHAHB -dose única de 0,06 mL/kg –até 14 dias)
· Colher imediatamente exames: sífilis, HIV, HBV e HCV, para seguimento e conduta específica;
· Agendar retorno para seguimento sorológico após 30 dias.
Sexo seguro
· Usar preservativo;
· Imunizar para HAV, HBV e HPV;
· Conhecer o status sorológico para HIV da(s) parceria(s) sexual(is);
· Tratamento dos parceiros
· Testar regularmente para HIV e outras IST;
· Tratar todas as pessoas vivendo com HIV;
· Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero;
· Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando indicado;
· Compreensão história sexual e avaliação de risco
· Conhecer e ter acesso à anticoncepção e concepção;
· Realizar Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicado

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