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Estágios do Grafismo Infantil segundo Luquet

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Estágios do grafismo segundo Luquet
Um dos primeiros estudiosos sobre o desenho da criança do ponto de vista de sua evolução cognitiva, Luquet (1969) inicia seus estudos com sua filha Simone, procurando compreender o que e como a criança desenha, a partir daí ele estabelecendo os estágios de desenvolvimento gráfico. Partindo dos estudos Luquet (1969), o autor Pillar(1996) diz que a criança reproduz no desenho um determinado objeto através do modelo interno que ela possuí do mesmo, que nada mais é que uma realidade psíquica existente no pensamento da criança, que por sua vez dá origem ao ato criador, pois cada um de nós possuí uma maneira de desenhar e uma representação mental do objeto.
A visão que Luquet (1969) tem é que o desenho é um jogo tranquilo e tem forma lúdica para criança, no qual ela pode exercer sozinha e acabar ou continuar no momento que ela acha melhor, que não tem nenhuma funcionalidade prática. Sendo assim, embora para a criança o seu desenho não esteja perfeito ela não sente vontade de corrigi-lo por acreditar no que ela desenhou.
Luquet (1969) destaca 4 fases do grafismo:
1-Realismo Fortuito
Começa por volta dos dois anos, ao final do estádio sensório-motor, e é subdividido em involuntário e voluntário.
Involuntário: a criança desenha apenas linhas e não tem noção que sua junção pode formar objetos, não dando significado ao que desenhou sendo que o fez por puro prazer de repetir os gestos.
Voluntário: ocorre por volta dos 2 e 3 anos de idade onde a criança, embora desenhe sem intenção, começa a assimilar seu desenho a objetos reais. Logo em seguida ela passa ter a intenção e o desejo de desenhar algo.
Realismo falhado/Incapacidade sintética
Nesse estágio a criança busca desenhar objetos de formas diferenciadas, não formando assim um conjunto coerente pois nesta idade a criança é incapaz de coordenar ação e pensamento, além disso ela omite ou exagera partes por considerar apenas seu ponto de vista. É também nessa fase que a criança enfrenta tanto dificuldades físicas (falhas na execução do grafismo) quanto psíquicas (ela consegue perceber o geral dos detalhes, mas não consegue executar),
Para Luquet (1969) é nesse estágio que a criança encontra sucessos, fracassos e é onde ela descobre, segundo Bombonato e Farig(2016), a identidade seu traçado e tenta produzir estas formas que estão em processo de aprendizagem.
Realismo Intelectual
É nessa fase (que ocorre entre os 4 e os 8/9 anos) que a criança supera a incapacidade sintética, alcançando assim o realismo, transmitindo assim diversos aspectos da realidade até mesmo o que não está visível. “Mesmo que ela não enxergue o alvo do seu desenho, ela traz para consigo todos os elementos reais para o grafismo, desenhando tudo o que já está internalizado em si, tudo o que já sabe e conhece.”(BOMBONATO;FARIG,2016,p.13).
O Realismo Intelectual tem duas características bem marcantes: o plano deitado e a transparência. A primeira se trata de desenhos que, por exemplo, a criança representa a um bebê na barriga da mãe ou quando ao mesmo tempo desenha a casa por dentro e por fora. A segunda é o plano deitado, onde ela desenha objetos que estão deitados a certo ponto, como se fossem vistos de cima. Ex: uma árvore na beira da estrada, roda de carro etc.
Por isso para Piaget essa fase é a mais importante, já que nela a criança não desenha o que vê mas o que sabe do objeto, daí surge a característica de exemplaridade, não tendo preocupação com a perspectiva. Ex: Transparência dos objetos e pessoas, os olhos do mesmo lado do rosto visto de perfil.
Realismo Visual
Essa fase ocorre entre os 8/9 anos e os 11/12 e se trata da representação visual que a criança tem do objeto nela já não temos mais a presença da transparência. Ou seja, na fase do Realismo Visual a criança passa a desenhar o que ela vê do objeto, substituindo a transparência por opacidade e passa a fazer uso da perspectiva abandonando assim a exemplariadade.
Porém nessa fase a criança perde a espontaneidade e desta forma o desenho infantil chega ao fim, ocorrendo o empobrecimento e o enxugamento do grafismo, conforme dito por Bombonato e Farago(2016).
 
Referências
BOMBONATO, G.A; FARAGO, A.C. As etapas do desenho infantil segundo autores contemporâneos. 2016. Disponível em: <https://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/40/30042016104546.pdf>. Acesso em: 20/04/2021 às 17:07.

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