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Bioquímic� ↪ Metabolismo de aminoácidos e ciclo da ureia Existem 20 aminoácidos, mas os seres humanos não conseguem sintetizar todos. Esses não sintetizados são chamados de essenciais. Já a maioria das plantas e bactérias são capazes de produzir todos os aminoácidos. → As proteínas e os aminoácidos são degradados em condições normais. ↪ Degradação de aminoácidos em excesso na alimentação ↪ Degradação espontânea de proteínas (meia-vida) ↪ neoglicogênese: proteína muscular é degradada → aminoácidos são transportados para o fígado → o grupo amino é retirado no fígado → cadeia carbônica é utilizada → As proteínas são degradadas pelos proteassomos: 1. Proteínas são marcadas para degradação com ubiquitina 2. Proteínas poliubiquitinadas são reconhecidas por complexos proteassomos 3. Os aminoácidos resultantes da proteólise são utilizados, em sua maioria, para se fazer novas proteínas ⚠ Nosso organismo não acumula aminoácidos, o excesso é degradado e utilizado como fonte de energia → Fenilcetonúria = doença do metabolismo de fenilalanina, que consiste na deficiência de fenilalanina hidroxilase, gerando aumento de fenilpiruvato na urina e fenilalanina no soro. Isso causa danos cerebrais e resulta em grave deficiência intelectual, mas pode ser tratada através do controle da ingestão de fenilalanina (dieta). → Degradação de aminoácidos ocorre por duas vias: 1. o grupo amina é incorporado em outro aminoácido ou excretado na forma de uréia 2. grupo carbonila + cadeia lateral são convertidos em piruvato, Acetil-CoA e intermediários do ciclo de krebs Essa degradação ocorre em 3 etapas: 1. Desaminação 2. Conversão dos esqueletos de C 3. Ciclo da ureia ⚠ A maior parte dos aminoácidos é degradada no fígado. Alguns amino ácidos, no entanto, são mais degradados nos músculos e rins → 1. Desaminação: aminoácidos chegam ao fígado para remoção do grupo amino reação de transaminação = reação caracterizada pela transferência de um grupo amina de um aminoácido para um cetoácido, para formar um novo aminoácido e um novo ácido α-cetônico = efeito das reações de transaminação é coletar grupos amino de diferentes aminoácidos, na forma de L-glutamato. O glutamato funciona como doador de grupos amino para vias biossintéticas ou para vias de excreção. ↪ os aminoácidos perdem seu grupo amino para formar 𝛂 -cetoácidos, os “esqueletos de carbono” dos aminoácidos. Os 𝛂 -cetoácidos sofrem oxidação a CO2 e H2O ou, fornecem unidades de três e quatro carbonos que podem ser convertidas, pela gliconeogênese, em glicose, o combustível para o cérebro, para o músculo esquelético e para outros tecidos. . Todas as aminotransferases apresentam o mesmo grupo prostético: o piridoxal-fosfato (PLP), a forma de coenzima da piridoxina ou vitamina B6. Seu principal papel nas células é o metabolismo de moléculas com grupos amino, funciona como carreador intermediário de grupos amino, no sítio ativo das aminotransferases → 2. Conversão dos esqueletos de C: - Os aminoácidos podem ser glicogênicos (vira glicose) ou cetogênicos (vira corpos cetônicos ou lipídeos) - Alanina, cisteína, serina e treonina são convertidos em piruvato - Um dos produtos da degradação do triptofano é a alanina - Alguns aminoácidos produzem NH3 ao se degradar → 3. O excesso de nitrogênio é transportado para o fígado na forma de glutamina ou alanina , pois a amônia é tóxica para os humanos. ↪ acredita-se que excesso de amônia deplete (esgota) o a-cetoglutarato das células, parando o ciclo de Krebs ↪ Depleção de glutamato pode levar a um desbalanço de neurotransmissores (glutamato e GABA) Quando a glutamina chega ao fígado, ela é convertida novamente em glutamato ⚠ Quatro aminoácidos desempenham papéis centrais no metabolismo do nitrogênio: glutamato, glutamina, alanina e aspartato. Pois são facilmente convertidos em intermediários do ciclo do ácido cítrico: glutamato e glutamina são convertidos em 𝛂-cetoglutarato, alanina em piruvato e aspartato em oxaloacetato. → Glutamato e glutamina atuam como uma espécie de ponto de encontro para os grupos amino. ↪ No citosol das células do fígado (hepatócitos), os grupos amino da maior parte dos aminoácidos são transferidos para o a-cetoglutarato, formando glutamato, que entra na mitocôndria e perde seu grupo amino para formar NH4. → desaminação oxidativa, catalisada pela L-glutamato-desidrogenase ↪ O excesso de amônia produzido na maior parte dos demais tecidos é convertido no nitrogênio amídico da glutamina, que circula até chegar ao fígado, entrando na mitocôndria hepática. ↪ No músculo esquelético, os grupos amino que excedem as necessidades geralmente são transferidos ao piruvato para formar alanina, outra molécula importante para o transporte de grupos amino até o fígado → Para a função de transporte, o glutamato é substituído pela L-glutamina. A amônia livre produzida nos tecidos combina-se com o glutamato, produzindo glutamina, pela ação da glutamina-sintetase. ↪ A glutamina é uma forma de transporte não tóxico para a amônia; ela normalmente está presente no sangue em concentrações muito maiores que os demais aminoácidos → Ciclo de Cahill: envolve o transporte de glicose e alanina entre o fígado e o músculo. - Após a desaminação, o glutamato é transformado em alanina via alanina transaminase - A alanina é exportada para a corrente sanguínea e absorvida pelo fígado, que usa os esqueletos de carbono para fazer glicose, que será liberada na corrente sanguínea O glutamato pode transferir seu grupo 𝛂-amino para o piruvato, produto da glicólise muscular facilmente disponível, pela ação da alanina-aminotransferase. A alanina produzida passa para o sangue e segue para o fígado. No citosol dos hepatócitos, a alanina-aminotransferase transfere o grupo amino da alanina para o 𝛂-cetoglutarato, formando piruvato e glutamato. O glutamato então entra na mitocôndria, onde a reação da glutamato-desidrogenase libera NH4+ ou sofre transaminação com o oxaloacetato para formar aspartato. → 4. Ciclo da uréia: íon amônio (NH4+) chega ao fígado 1. A glutamina libera o íon amônio e glutamato na mitocôndria 2. O N da alanina é usado para fazer glutamato 3. O glutamato libera o íon amônio na mitocôndria 4. NH4 presente na mitocôndria hepática é utilizado imediatamente, juntamente com o CO2 (como HCO3) produzido pela respiração mitocondrial, para formar carbamoil-fosfato na matriz. dependente de ATP, sendo catalisada pela carbamoil- fosfato-sintetase I 5. O carbamoil-fosfato, que funciona como doador ativado de grupos carbamoila, entra no ciclo 6. o carbamoil-fosfato doa seu grupo carbamoila para a ornitina, formando citrulina, com a liberação de Pi (ornitina-transcarbamoilase) 7. A citrulina, produzida no primeiro passo do ciclo da ureia, passa da mitocôndria para o citosol. 8. O aspartato é produzido na mitocôndria por transaminação e transportado para o citosol. A reação de condensação entre o grupo amino do aspartato e o grupo ureido (carbonila) da citrulina forma arginino-succinato (arginino-succinato-sintetase, requer ATP e ocorre via um intermediário citrulil-AMP) 9. O arginino-succinato é então clivado pela arginino-succinase, formando arginina e fumarato; este último é convertido em malato e a seguir entra na mitocôndria para unir-se aos intermediários do ciclo do ácido cítrico → única reação reversível 10. A enzima citosólica arginase cliva a arginina, produzindo ureia e ornitina. A ornitina é transportada para a mitocôndria para iniciar outra volta do ciclo da ureia. ⚠ Uma vez que o fumarato produzido na reação da arginino-succinase também é um intermediário do ciclo de krebs, os ciclos estão interconectados. Contudo, cada ciclo opera independentemente e a comunicação entre eles depende do transporte de intermediários-chave entre a mitocôndria e o citosol. ↪ transportadores: malato-𝛂-cetoglutarato, glutamato-aspartato e glutamato-OH → espécies aquáticas são amoniotélica (excretam o nitrogênio amínico como amônia) → animais terrestres são ureotélicos (excretam ureia) → aves e répteissão uricotélicos, excretam ácido úrico ⚠ Os animais terrestres necessitam de vias para a excreção do nitrogênio que minimizem a toxicidade e a perda de água. ↪ regulação: O fluxo de nitrogênio no ciclo da ureia em determinado animal varia com a dieta. Quando a ingestão dietética é basicamente proteica, os esqueletos de carbono dos aminoácidos são utilizados como combustível, produzindo muita uréia a partir dos grupos amino excedentes. Durante o jejum prolongado, quando a degradação de proteína muscular começa a suprir boa parte da energia metabólica do organismo, a produção de ureia também aumenta significativamente. Essas alterações de demanda com relação à atividade do ciclo da ureia são realizadas, a longo prazo, pela regulação das velocidades de síntese das quatro enzimas do ciclo da ureia e da carbamoil-fosfato-sintetase I, no fígado. Essas cinco enzimas são sintetizadas em taxas mais altas em animais em jejum e em animais com dietas de alto conteúdo proteico, em comparação a animais alimentados cujas dietas contenham principalmente carboidratos Em uma escala de tempo mais curta, a regulação alostérica de pelo menos uma enzima-chave ajusta o fluxo pelo ciclo da ureia. A primeira enzima da via, a carbamoil-fosfato-sintetase I, é ativada alostericamente por N-acetil--glutamato, sintetizado a partir de acetil-CoA e glutamato pela N-acetil-glutamato-sintase Exercícios 1. Ratos alimentados com dieta desprovida de aspartato e de alanina apresentam crescimento normal, enquanto ratos alimentados com dieta desprovida de fenilalanina apresentam sintomas de carência. Esses sintomas são revertidos pela adição de fenilpiruvato na dieta. Explique. Aspartato e alanina podem ser formados a partir de outros compostos, já a fenilalanina não. A adição de fenilpiruvato irá formar mais fenilalanina, visto que estão em equilíbrio 2. A reação de transaminação geralmente usa 𝛂-cetoglutarato como aceptor do grupo amino, gerando glutamato. No entanto, algumas enzimas usam o oxalacetato como aceptor do grupo amino. O que é produzido quando isto acontece? aspartato 3. Que tipo de aminoácido é a leucina, glicogênico ou cetogênico? cetogênico a. É possível produzir glicose a partir da leucina? Explique as vias utilizadas para que isto aconteça. Não. A leucina forma Acetil - CoA que perde dois carbonos no ciclo de krebs e, desse noda, os carbonos da leucina não participam da formação de glicose b. Qual é a fórmula geral do ciclo da Ureia? Quantos ATPs são gastos por N excretado? Não se esqueça de considerar a regeneração do aspartato na sua conta. aspartato + NH4+ + HCO3- + 4 ATP + H2O → ureia + fumarato + 2 ADP + 2Pi + AMP + PPi + 4H+ 3 ATP (regeneração do aspartato) - 4 ATP (ciclo da ureia) / 2 (2 N na ureia) = - 0.5 ATP 4. Por que a amônia é tóxica para humanos? Como ela é transportada para o fígado? Como o N é transportado do fígado para os rins? Acredita-se que excesso de amônia deplete (esgota) o a-cetoglutarato das células, parando o ciclo de Krebs. A depleção de glutamato pode levar a um desbalanço de neurotransmissores (glutamato e GABA). É transportado para o fígado na forma de glutamina ou alanina. Após ter a amônia transformada em ureia, ela é transportada do fígado para os rins pela circulação e excretada na urina. 5. Quando a amônia começa a acumular no sangue, ela começa a ameaçar o tecido nervoso. Para se tratar esta condição, arginina e glutamato são adicionados intravenosamente. Como cada aminoácido auxilia na diminuição da amônia no sangue? A arginina e o glutamato ativam a conversão do amônio em carbomoil-fosfato, que inicia o ciclo da ureia 6. Quais as razões adaptativas de peixes excretarem amônia, mamíferos excretarem ureia, e aves e insetos excretarem ácido úrico? Animais aquáticos podem excretar amônia devido a quantidade de água disponível, já que esse produto metabólico exige uma grande quantidade de água. Já os animais terrestres não dispõe dessa quantidade de água, logo, metabolizam produtos amínicos menos tóxicos que exigem menor quantidade de água. ↪ Lipídeos: São biomoléculas hidrofóbicas ou anfipáticas → funções: - Membranas - Armazenamento de energia - Sinalização - Conservação de calor - Proteção contra água - Proteção contra microorganismos → Tipos: - Ácidos graxos: são ácidos carboxílicos com cadeias de 4-36 carbonos; Nomenclatura depende do tamanho da cadeia + insaturações; Ligações duplas conjugadas e disposição cis ↪ Nomenclatura padrão: Carbonos da carboxilas (C1) ↪ De ácidos graxos poli-insaturados: carbono da metila (extremidade oposta à carboxila) é designado como ω1 Os ácidos graxos insaturados podem ser convertidos em ácidos graxos saturados pelo processo de hidrogenação - Triacilgliceróis: Ésteres de ácidos graxos ligados a um esqueleto de glicerol; São utilizados como reserva de energia pelas células animais e vegetais, exigem menos água do que açúcares. - Fosfolipídios: Diacilgliceróis que possuem um grupo fosfato ligado ao glicerol; São moléculas anfipáticas; Compõe a maior parte da membrana plasmática e membranas organelares - Esteróides: são compostos orgânicos cíclicos, possuem quatro anéis de C fusionados; Os principais são o colesterol e os hormônios esteroidais. ↪ colesteróis: Principal esteróide em mamíferos, anfipático, muda a fluidez da membrana, mantendo a integridade da membrana de células animais, serve como precursor de hormônios esteróides, ácidos biliares e vitamina D ↪ Hormônios: são sinalizadores (testosterona, progesterona, estradiol) - Vitaminas lipossolúveis: ↪ Vit. A é importante para a visão e sistema imune ↪ Vit. D atua na manutenção dos ossos e do sistema imune (sintetizamos mas pouco) ↪ Vit. E é um antioxidante ↪ Vit. K evita a formação de coágulos - Ceras: Ésteres de um álcool com um ácido graxo; Repelem água; são sólidas em temperatura ambiente (alta temperatura de fusão) - Terpenos: Moléculas construidas a partir de isoprenos de 5C; Muitos são voláteis, com odores fortes; Terpenóides são moléculas derivadas de terpenos; Podem ser precursores de esteróides; são classificados pelo número de isoprenos Exercícios: 1. Enumere de 1 a 5 em ordem crescente do ponto de fusão: 4 3 1 5 2 2. Correlacione as duas colunas abaixo: D C E B A 3. Sobre a membrana plasmática, escreva V para verdadeiro ou para falso: (V) A membrana plasmática tende a ser mais fluida em temperaturas mais quentes. (F) Quanto mais ácidos graxos saturados na composição de seus fosfolipídios, menos viscosa a membrana; (V ) O colesterol tem importante papel na manutenção da membrana plasmática. (V ) Moléculas carregadas podem atravessar a membrana plasmática usando proteínas transportadoras. (V ) Gases atravessam a membrana plasmática livremente. 4. Por que animais de climas frios geralmente possuem mais ácidos graxos poliinsaturados em sua gordura do que animais de clima quente? Estes tornam as membranas mais fluidas, devido a menor interação, mantendo, mesmo no frio, a permeabilidade necessária para realizar as inúmeras trocas que ocorrem entre o meio externo e as células. ↪ Membranas e transporte: moléculas anfipáticas formam micelas, membranas de bicamada lipídica ou vesículas (bicamada curva formando uma esfera) ↪ As caudas hidrofóbicas de fosfolipídeos evitam a água e as cabeças hidrofílicas interagem com a água ↪ a geometria dos lipídeos determina o que será formado. ⤷ micela = cabeça pequena, pequena camada hidrofílica → membranas têm diferentes composições e cada lado também possui diferentes composições → membranas são fluídas, irregulares e permeáveis → fosfolipídeos podem mudar de lugar na membrana (flip-flop) muito rápido, mas trocar de camada levaria muito tempo. → a fluidez da membrana é influenciada pela composição ↪ ácidos graxos saturados (possuem mais interação, lineares) organizam-se de forma mais compacta, diminuindo a fluidez saturados = viscoso insaturados = menos interação, mais fluida. → Em temperaturas baixas, a membrana é menos fluida, logo, há mais ácidos graxos insaturados, para haver menos interaçãoe aumentar a fluidez da membrana. → O colesterol aumenta a estabilidade da membrana e a sua fluidez. No calor, com o aumento da fluidez, o colesterol evita a dispersão dos fosfolipídeos. Já no frio, o colesterol aumenta a fluidez, evitando a quebra. → as membranas também possui proteínas ↪ integrais = atravessam a membrana ↪ periféricas ↪ anfitrópicas ↪ ligam-se a fosfolipídeos ↪ associadas a membrana ↪ açúcares ajudam a prender a proteína para interagir com a membrana, a proteína precisa ter regiões hidrofóbicas O si���m� AB� é ba����o n�� �çúca��� p���en��� n� me��r��� → as membranas podem ter subdomínios com proteínas e lipídeos específicos = lipid rafts = “ilhas” → algumas moléculas podem atravessar as membrana ↪ gases atravessam livremente a membrana ↪ moléculas apolares atravessam a molécula ↪ moléculas polares pequenas atravessam ↪ moléculas polares grandes não atravessam ↪ moléculas carregadas não atravessam → Em uma molécula semi-permeável, o movimento dos solutos depende do gradiente químico e elétrico mais concentrado → menos concentrado → se a molécula é pequena e polar, ela pode atravessar a membrana se não tiver carga → manipular a distribuição de fármacos manipulando-se o pKa → Transporte de glicose: aumenta com a quantidade, mas é saturável. É transportada por mediador (proteína). A velocidade do transporte depende da concentração de glicose Kt = Km = afinidade transportadores: - GLUT1-5 → Proteínas podem ser transportadores ↪ formação de canais (iônicos), a favor do gradiente ↪ trocadores = se ligam a molécula e trocam de posição, pode usar ATP ou não ↪ bombas (pumps), usam ATP para transportar contra o gradiente ↪ t. ativo ou passivo ↪ uniporte = uma molécula ↪ cotransporte = duas moléculas, sin=mesmo lado. anti=um sai e um entra → transporte contra o gradiente exige gasto de ATP, direto ou indiretamente ↪ o primeiro transporte libera energia, que é usado para o segundo transporte → Bomba Na/K = 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro, ao quebrar um ATP, para manter a [Na+] baixa = moléculas são polarizadas = potencial de ação → bactérias acidificam o meio pela eliminação de prótons (H+) para absorver nutrientes (lactose) = bombas de prótons sempre ativas → mamíferos liberam Na+ para absorver glicose - intestino por transporte simporte de glicose/Na+, que é direcionada a corrente sanguínea por uniporte → vesículas: endo ou exocitose Como ocorre a fusão de membranas, é uma maneira de se transportar proteínas integrais da membrana → Lipoproteínas transportam lipídios hidrofóbicos pelo corpo - Lipoproteínas possuem TAG e colesterol no centro e fosfolipídeos ao redor - Apolipoproteínas estabilizam a estrutura - Lipoproteínas são classificadas pela sua densidade - Quilomícrons são formados pela absorção via digestão e distribuem seu conteúdo para outras células e partículas Exercícios: 1. Quais das seguintes moléculas devem atravessar a membrana sem a ação de transportadores? CO2, etanol, glicina, colesterol e ATP CO2 e colesterol 2. Os Íons Na+ e K+ se movem mais rápido por canais ou por bombas? Explique. Por canais, pois seguem o gradiente de concentração, diferente da bomba NA+/K+ que depende do gasto de atp para realizar um cotransporte do tipo anti. 3. Eschericia coli transportam xilose através da membrana por um sistema simporte que usa a energia-livre de um gradiente de prótons. O pH extracelular é menor do que o pH intracelular. A xilose se move para dentro ou para fora da célula? A favor ou contra o seu gradiente? Este transporte usa energia? 4. Para saber se uma bactéria tomava leucina e etileno glicol por transporte mediado ou não mediado, foram feitas medidas de velocidade inicial de tomada em função da concentração de ambas as substâncias, resultando na tabela fornecida abaixo. O que você conclui do exame dessa tabela? Explique e calcule Kt e Vmax se encontrar evidências de transporte mediado. 5. Células epiteliais de intestino de camundongo isoladas em cultura transportam L-leucina e D-leucina mostrando Kt (mM) e Vmax, respectivamente iguais a: 0,24 e 420 para L-leucina e 4,7 e 310 para D-leucina, ambos em presença de Na+ no meio de cultura. Mas na ausência de Na+ , L-leucina mostra 0,24 e 23 enquanto D-leucina mostra 4,7 e 5 para Kt (mM) e Vmax, respectivamente. Classifique esse transportador de leucina quanto ao tipo e mecanismos de ação. Que efeitos você esperaria se nesse meio de cultura fosse colocada valinomicina (ionóforo de Na+ )? E se fosse dissolvida ouabaína (inibidor da ATPase Na+/K+ ) no meio de cultura? Explique. 6. O pH e a absorção de drogas. A droga aspirina, intensamente receitada, é um ácido fraco com um pKa de 3,5. A aspirina é absorvida para o sangue através das células de revestimento do estômago e do intestino delgado. Para uma substância ser absorvida ela deve atravessar facilmente a membrana celular. A passagem através da membrana celular é determinada pela polaridade da molécula: moléculas iônicas (carregadas) e moléculas altamente polares passam lentamente, enquanto aquelas neutras e hidrofóbicas passam rapidamente. Como o pH do suco gástrico é cerca de 1 e o pH no intestino delgado, cerca de 6, onde a aspirina é mais absorvida para a corrente sanguínea, no estômago ou no intestino delgado? Justifique claramente a sua escolha. No estômago, pois estaria protonado, logo, estaria neutra, conseguindo passar facilmente pela membrana. ↪ Degradação de lipídeos: → Degradação de triacilgliceróis: - tem como fonte a dieta, fígado ou tecido adiposo - Cerca de 95% da energia biologicamente disponível dos triacilgliceróis residem nas suas três cadeias longas de ácidos graxos; apenas 5% são fornecidos pela porção glicerol - são sintetizados no fígado e armazenados nos adipócitos - São quebrados por lipases* (nos adipócitos) em ácidos graxos e glicerol, e exportados para o sangue ↪ ácidos graxos são transportados no sangue pela albumina ↪ o glicerol é absorvido pelo fígado - O cérebro não é capaz de usar triacilgliceróis, apenas glicose (preferência por vias metabólicas que usam menos oxigênio - glicólise não usa oxigênio) *Lipases são ativadas por hormônios nos adipócitos; sinal > receptor > amplificação - adipócitos respondem a muitos sinais (insulina, angiotensina, leptina, glucagon, adrenérgica, estrógeno, gastrina) e alguns não provocam a degradação de lipídeos - mais sinais para reserva do que para a quebra = evolução, disponibilidade de alimento intermitente → Ácidos graxos - são usados como fonte de energia - compostos de cadeia longa extremamente reduzidos (menor peso) - Liberam mais energia que os carboidratos - Músculos usam ácidos graxos como fonte de energia em descanso - Músculos cardíacos usam como principal fonte - Fígado usa como fonte em jejum prolongado - Cérebro não usa ↪ O ácido graxo precisa ser ativado para ser degradado - a acil CoA sintetase age na membrana da mitocôndria para ativação, gastando 2 ATP Acil = cadeia longa de carbonos - O Acil CoA depende da carnitina para entrar na mitocôndria, devido ao seu tamanho e carga. Liga-se a carnitina, saindo a enzima CoA, formando acil-carnitina. Entra na mitocôndria e do outro lado encontra uma transaminase: entra acil-carnitina e sai carnitina. Na Matriz, a acil-carnitina é transformada em acil-CoA → Deficiências na carnitina palmitoil transferase (CPT) = baixa afinidade pela carnitina - adulta = fraqueza muscular, arritmias - Infantil = em hipoglicemia, leva a convulsões - Neonatal = fatal, alterações no pré-natal Sintomas aparecem após exercícios de longa duração e jejum prolongado → β - oxidação/ ciclo de Lynen: 1. Oxidação: Acil CoAdesidrogenase liga-se a FAD, gerando 1QH2 e usa 2ATP. formando uma dupla ligação 2. Hidratação: desfaz a dupla por adição de água (enoil-CoA hidratase), formando OH 3. Oxidação: produção de NADH, formando uma dupla O no primeiro e terceiro carbono 4. Lise: quebra do acil, formando acetil-CoA e acil-CoA (2C) Ciclos = (n de C/ 2) -1 ↪ Degradação do acetil-CoA Entra no ciclo dekrebs = 10ATP ↪ Degradação do palmitoil CoA (16C) Para se transformar os 16C do palmitoil-CoA em Acetil-CoA são necessárias 7 reações de β -oxidação → Caso de insaturações: - EH (passo 2) não atua em duplas ligações cis - Enoil-CoA isomerase torna a dupla ligação de cis para trans → Cadeias ímpares: - O último ciclo da β -oxidação gera Acetil-CoA e Propionil-CoA → Propionil-CoA é convertido Succionil-CoA, um intermediário do ciclo de Krebs ↪ Metabolismo do etanol: etanol → acetaldeído → acetato → gasto de ATP para formar Acetil-CoA → Corpos cetônicos: são produzidos em excesso durante jejum prolongado - produzidos no fígado, a partir de Acetil-CoA - podem ser usados pelo cérebro, rins e coração O fígado usa ácidos graxos como fonte de energia em jejum prolongado, gerando Acetil-CoA. O excesso de Acetil-CoA é convertido em corpos cetônicos. Quando estoques de C estão baixos, oxalacetato é convertido em glicose e ciclo de Krebs diminui a velocidade, gerando um acúmulo de Acetil-CoA, usado na produção de corpos cetônicos ↪ ceto-acidose: é uma complicação da diabetes mellitus que causa vômito, dor abdominal, respiração rápida, alta produção de urina, fraqueza, confusão mental, desidratação, hálito cetônico. Tratamento: correção da acidose, insulina em diabéticos, glicose Exercícios: 1. Um indivíduo desenvolveu uma condição caracterizada por fadiga muscular progressiva e câimbras musculares. Os sintomas eram agravados por jejum, exercício ou dieta hiperlipídica. Em experimentos in vitro, um homogenato de uma biópsia muscular do paciente oxidava oleato mais devagar do que um homogenato de um indivíduo normal. A adição de carnitina aumentou a velocidade de oxidação de oleato no homogenato do paciente aos níveis observados no controle. a. Qual o possível diagnóstico desse paciente? Deficiências na carnitina palmitoil transferase (CPT) b. Por que a adição de carnitina aumentou a velocidade de oxidação de oleato? Os ácidos graxos precisam ser ativados pelo Acil CoA para serem degradados. E o Acil CoA depende da carnitina para entrar na mitocôndria, devido ao seu tamanho e carga. Logo, a falta de carnitina impede a degradação de ácidos graxos que seriam usados como fonte de energia c. Por que os sintomas eram agravados durante o jejum, exercício e dieta hiperlipídica? Pois os músculos usam ácidos graxos como fonte de energia em descanso e o fígado em situação de jejum prolongado. Já a dieta hiperlipídica agrava os sintomas pelo excesso de ácidos graxos que não serão degradados (?) 2. Calcule o saldo de ATP gerados a partir da oxidação completa de um mol de ácido esteárico, um ácido graxo saturado de 18 carbonos, no músculo esquelético. Ciclos = (n de C/ 2) -1 = (16/2) - 1 = 6 ciclos x (1QH2 + 1 NADH + 1 Acetil-CoA) + 1 Acetil CoA = 6 (1QH2 + 1 NADH + 1 Acetil-CoA) + 1 Acetil CoA 10 ATP por Acetil-CoA = 6 x 10 = 60 1.5 ATP por QH2 = 6 x 1.5 = 9 2.5 ATP por NADH = 6 x 2.5 = 15 - 2 ATP pela ativação = - 2 Total = 82 ATP a. Qual seria o saldo de ATP na ausência completa de oxigênio? b. Qual seria o saldo de ATP na presença de FCCP, um desacoplador mitocondrial? 3. Por que hemácia e tecido nervoso não oxidam ácidos graxos? O tecido nervoso não consome ácidos graxos pois dá preferência para as fontes de energia cujas vias usam baixa quantidade de oxigênio ou até mesmo, não usam oxigênio. Já as hemácias não possuem mitocôndrias para degradar os ácidos graxos 4. Calcule o saldo de ATP na degradação do etanol. Ciclo do etanol: 2NADH + 1 Acetil-CoA - 1 ATP = 2 x 2,5 + 10 - 1 = 14 ATP por etanol 5. O etanol (CH3CH2OH) é consumido por grande parte dos seres humanos devido aos seus efeitos no cérebro, causando sensações de prazer. Entretanto, seu uso continuado provoca efeitos tóxicos, que incluem danos ao fígado e outros órgãos. Esses efeitos, porém, não são provocados pelo etanol e sim por seu produto de degradação, o acetaldeído (CH3HC=O), que é formado pela enzima álcool desidrogenase. O acetaldeído por sua vez, é transformado em ácido acético (CH3COOH) pela acetaldeído desidrogenase. Um cientista decidiu estudar os efeitos tóxicos do etanol substituindo os hidrogênios ligados ao carbono próximo ao grupo hidroxila por deutério, (CH2CD2OH), um isótopo de hidrogênio mais pesado. Observou-se que a velocidade da reação da álcool desidrogenase com o etanol deuterado é diminuída por um fator de 4,5 vezes em comparação com a velocidade com o etanol não deuterado. A velocidade da acetaldeído desidrogenase, porém, não é alterada por essa modificação. a) Qual os efeitos da ingestão de etanol deuterado sobre a duração da sensação de prazer obtida pela ingestão do etanol? A duração da sensação de prazer será mais duradoura devido a menor velocidade da conversão de etanol em acetaldeído b) Compare o efeito tóxico do etanol deuterado com o do etanol normal. Explique suas respostas. Seria menor, devido a conversão mais lenta de etanol em acetaldeído c) Algumas etnias, como as do sudeste asiático, são mais sensíveis aos efeitos tóxicos da ingestão do etanol. Elabore uma hipótese para explicar esta sensibilidade usando parâmetros como pH ótimo, Km e Vmáx. Essas etnias podem apresentar maior Km em relação a enzima álcool desidrogenase, aumentando a conversão de álcool em acetaldeído ↪ Via das Pentoses Fosfato o principal destino catabólico da glicose-6-fosfato é a degradação glicolítica até piruvato, cuja maior parte é então oxidada pelo ciclo do ácido cítrico, levando enfim à formação de ATP. A via das pentoses é uma via alternativa para a glicose, sendo um desvio para a formação de produtos especializados = ribose-5-fosfato é um precursor para a síntese de nucleotídeos e ácidos nucleicos Nessa via de oxidação, NADP+ é o aceptor de elétrons, gerando NADPH. As células que se dividem rapidamente, como aquelas da medula óssea, da pele e da mucosa intestinal, assim como aquelas de tumores, utilizam a pentose ribose- 5-fosfato para fazer RNA, DNA e coenzimas como ATP, NADH, FADH2 e coenzima A. ↪ tecidos em que ocorre a síntese de grande quantidade de ácidos graxos (fígado, tecido adiposo, glândulas mamárias durante a lactação) ou a síntese muito ativa de colesterol e hormônios esteróides (fígado, glândulas suprarrenais e gônadas) utilizam o NADPH produzido por essa via → via das pentoses + gluconeogênese C6H12O6 + 6 H2O + 12 NADP+ + 6ATP → 6CO2 + 12 NADPH + 6ADP + 12H+ NADH = participa da conversão de energia liberada pela oxidação de metabólitos em ATP NAD+/NADH = 1000 NADPH = transfere elétrons em processos redutores de síntese* NADP+/NADPH= 0.1 * Síntese de ácidos graxos, colesteróis, neurotransmissores e nucleotídeos. Ou vias detox, como a redução da glutationa oxidada e citocromo P450 monooxigenases → radicais livres são átomos ou moléculas com elétrons desemparelhados, podendo ser altamente reativos ou gerar outras espécies reativas de oxigênio. ↪ O NADPH atua na remoção de radicais livres → glutationa: - é um tripeptídeo - serve como um redutor (duas moléculas formam ligações dissulfeto) - pode se conjugar com drogas para torná-las solúveis em água - transporte de aminoácidos - cofator de algumas reações O NADPH atua na regeneração da glutationa → fases da via das pentoses 1. oxidativa: ocorre a formação de NADPH e síntese de ribulose 5P (C5). A principal enzima é a Glicose 6-fosfato desidrogenase, um CO2 é formado, gerando um composto C5, Ribulose 5P é precursor dos nucleotídeos ↪ A geração de NADPH é altamente controlada, tendo seu ponto de controle a G6P desidrogenase ↪ O NADPH é um potente inibidor competitivo da enzima ↪ Geralmente a proporção NADPH:NADP+ é alta, inibindo a enzima ↪ Se o NADPH é utilizado, a enzima deixa de ser inibida, gerando mais NADPH 2. não-oxidativa: Interconversão não oxidativa de açúcares, reações reversíveis. ↪ Três enzimas recombinam as pentoses em trioses e hexoses Perfis: - células que precisam de NADPH e R5P = fase oxidativa muito ativa glicose 6-fosfato → ribulose 5-fosfato → nucleotídeos - células que precisam de NADPH e ATP = vianão oxidativa produz frutose 6-fosfato e gliceraldeído trifosfato, gerando 2 ATP - células que usam muito NADPH (hepatócitos, produção de glicose) = produção de NADPH pela via oxidativa e de frutose 6 fosfato que pode retornar para a via oxidativa, gerando mais NADPH - células com alta taxa de divisão celular = glicólise → via não oxidativa → Ribose 5 fosfato → nucleotídeos Exercícios 1. Indique qual o principal produto da via das pentoses necessário para os tecidos nas condições descritas abaixo. Explique para quais produtos finais a atividade da fase não oxidativa da via das pentoses estará predominantemente desviada. Onde pertinente, explique os mecanismos regulatórios envolvidos. a) Tecido adiposo após uma refeição rica em carboidratos, estimulado a sintetizar lipídeos a partir de glicose. O principal produto é o NADPH, que será usado na síntese de lipídeos Fase nao oxid = substratos de glicose (G6P) b) Tecido neoplásico (canceroso), com crescimento acelerado e replicação rápida de DNA. O principal produto necessário é a ribose 5 fosfato da via não-oxidativa para a produção de nucleotídeos. c) Hemácias em uma pessoa utilizando sulfonamidas (antibiótico). Principal = nadph 2. As células indicadas na tabela abaixo foram incubadas na presença de glicose como único substrato e na presença e ausência de fluoreto, um inibidor da enolase. Mediu-se então a produção de CO2 dessas células, sendo obtidos os resultados indicados abaixo: a) Relembre qual a ação da enolase, e explique qual seria a consequência de sua inibição por fluoreto. Nessas condições, como pode ser formado CO2? A enolase, também conhecida como fosfopiruvato hidratase, é uma metaloenzima responsável pela catálise da conversão do 2-fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato, a nona e penúltima etapa da glicólise. A inibição por fluoreto impediria a formação de piruvato, não ocorrendo o ciclo de Krebs, que produziria CO2. Nessas condições, a via das pentoses pode continuar gerando CO2 normalmente, na reação catalisada pela fosfogluconato desidrogenase. b) Porque não houve alteração de produção de CO2 nas hemácias? Hemácias não têm mitocôndrias, portanto não apresentam produção de CO2 pelo ciclo de Krebs. Toda a produção de CO2 é pela via das pentoses (muito ativa para garantir o estado reduzido do heme), e não é inibida por fluoreto c) Os resultados acima indicam que, no músculo esquelético, a fase oxidativa da via das pentoses é praticamente ausente (há pouca produção de CO2 na presença de fluoreto). Isso porque se trata de um tecido em que ocorre pouca síntese de biomoléculas, necessitando de pouco NADPH. No entanto, o tecido muscular utiliza ribose 5 fosfato para síntese de RNA. Explique como a ribose 5 fosfato pode ser sintetizada no músculo Pode ser sintetizado pela via não oxidativa, que produz intermediários da via glicolítica 3. Compare o número de ATP gerados por três moléculas de glicose que entraram na glicólise e foram convertidas a piruvato, com o número de ATP gerado por três moléculas de glicose que passaram pela Vias das Pentoses e seus esqueletos de C (duas frutoses 6-fosfato e um gliceraldeído 3-fosfato) reentraram na glicólise e foram metabolizados a piruvato. 3 glicose → piruvato = 6 ATP (2 consumidas e saldo de duas para cada molécula) Glicose -> 6 GP -> F6P -> 1 Nad + 1 GAP = 2 piruvatos 3 glicose → pentoses → piruvato = 3 G6P -> 2F6P = 4 piruvatos + 1 GAP = 1 piruvato = 5 piruvatos A via das pentoses produz menos ATP ↪ Síntese de lipídeos → Síntese de ácidos graxos: - ocorre no citosol das células hepáticas - O acetil-CoA e oxaloacetato são convertidos em citrato - o citrato é transportado da mitocôndria para o citosol via uniporte sem gasto de ATP - no citosol, o citrato produz Acetil-CoA e oxaloacetato com gasto de 1 ATP - O oxalacetato é reduzido a malato, que é transportado para dentro da mitocôndria e oxidado a oxalacetato, produzindo NADH. Ou, o malato pode ser oxidado a piruvato, com produção de CO2 e NADPH, que será transportado para a mitocôndria e recarboxilado a oxalacetato com gasto de ATP - No citosol. o acetil-CoA carboxilase anexa um HCO3- a biotina, em seguida, o grupo carboxila formado é transferido ao acetil-CoA, produzindo Malonil-CoA - O ciclo de alongamento se inicia quando um Acil-CoA está localizado na posição inicial e um Malonil-CoA se liga a uma proteína carregadora de acil (PCA) - Acetoacetil-ACP é formado por condensação - ocorre a redução do acetoacetil-ACP utilizando NADPH - uma reação de desidratação forma uma dupla C=C - ocorre uma nova reação de redução (-NADPH) gera Acil-CoA com 2C a mais - O Acil-CoA é transferido para a posição inicial e o ciclo se reinicia. resumo: → O NADPH sintetizado no transporte do Acetil-CoA para fora da mitocôndria não é suficiente para a síntese de ácidos graxos, sendo obtido da via pentose → A síntese de ácidos graxos é regulada por citrato ↪ Síntese de triacilgliceróis: 1. síntese de glicerol fosfato 2. conversão de ácidos graxos em acil-CoA 3. síntese de triacilglicerol Degradação Síntese ocorre na mitocôndria ocorre no citosol 1. oxidação 1. condensação 2. hidratação 2. redução 3. oxidação 3. desidratação 4. lise 4. redução Exercícios: 1. Por que grande concentração mitocondrial de ATP resulta no aparecimento de quantidades apreciáveis de acetil-CoA no citossol? 2. Quais são os tecidos onde ocorre a biossíntese de ácidos graxos? Tecido adiposo 3. O que impede a síntese e degradação simultâneas de ácidos graxos? A inibição da carnitina acil transferase pelo Malonil CoA e pelo Acetil-CoA 4. A concentração citosólica de citrato tem um papel fundamental na regulação da síntese de ácidos graxos e triacilgliceróis. Como o citrato exerce esse papel? Por que a concentração de citrato é um "indicador" do estado metabólico da célula? O citrato no citosol produz Acetil-CoA e oxaloacetato, além de ser inibidor de algumas vias 5. Compare a β-oxidação e a biossíntese de palmitato, mostrando diferenças e semelhanças em: a) carregadores de grupos acila; síntese = PCA β - oxidação = carnitina b) reações de óxido-redução; síntese = ocorrem duas reações de redução β - oxidação = duas reações de oxidação c) coenzimas de óxido-redução; síntese = NADPH β - oxidação = FAD d) gasto ou produção de energia em termos de equivalentes de ATP e de coenzimas redutoras. síntese = gasto de ATP e NADPH, produção de NADP+ e ADP β - oxidação = gasto de 2 ATP e produção de QH2, NADPH 6. Quando [C14] glicose é adicionada à dieta balanceada de ratos adultos, não há aumento no total de triacilgliceróis armazenados, mas se encontram triacilgliceróis marcados com 14C. Explique. o C14 é incorporado na formação de triacilgliceróis, que são sintetizados a partir da glicólise ↪ Metabolismo do glicogênio a glicose é armazenada como glicogênio (grânulos no citoplasma) ou gordura ↪ glicose não pode ser formada a partir da gordura e a gordura não pode ser metabolizada anaerobicamente → o glicogênio é produzido no fígado e nos músculos esqueléticos - o glicogênio dos músculos é usado durante atividade física, mas se a atividade for intensa, a glicose é degradada a lactato - o glicogênio do fígado é usado quando o nível de glicose no sangue está baixo, tendo uma reserva para 12h a 24h → síntese de glicogênio: 1. a fosfoglicomutase isomeriza a glicose 1P a glicose 6P 2. A UDP-glicose pirofosforilase troca o fosfato da glicose 1P por um UTP, formando UDP-glicose (que equivale ao gasto de 2 ATP) 3. A glicogênio sintase adiciona uma unidade da glicose ao glicogênio, liberando o UDP da UDP-glicose 4. A enzima ramificadora produz novas ramificações → a extremidade redutora do glicogênio está ligada à proteína glicogenina → Degradação do glicogênio: 1. a glicogênio fosforilase remove as unidades de glicose do glicogênio e forma glicose-1-fosfato 2. A enzima desramificadora transfere 3 a 4 glicoses de uma ramificação e coloca em outra, além de hidrolisar a glicose na ramificação, liberando glicose 3. a glicogênio fosforilase segue liberandoglicose 1 - fosfato → A fosfoglicomutase atua na síntese e degradação de glicogênio, sendo um ponto de regulação → uso da glicose * o cérebro só usa glicose e em caso de jejum prolongado, corpos cetônicos → insulina x glucagon - A insulina é liberada após as refeições, indicando a abundância de glicose. Liberado pelas células β das ilhotas pancreáticas - o glucagon é liberado em jejum, indicando uma economia de energia. Liberado pelas células 𝛂 das ilhotas pancreáticas → Tipos de receptores: - receptores-canais - receptores enzimáticos - receptores de 7 domínios transmembrânicos ou receptores acoplados à proteínas G = As proteínas G dependem de GTP para iniciar o sinal. A hidrólise do GTP termina o sinal. Proteínas G propiciam a formação de segundos mensageiros (AMPc, GMPc, cálcio) - receptores nucleares Exercícios: 1. Explique, detalhando os mecanismos regulatórios envolvidos, quais as alterações que ocorrem na fosforilação oxidativa, ciclo do ácido cítrico, via glicolítica e metabolismo de glicogênio no músculo esquelético em atividade intensa estimulado por adrenalina. Considere que no músculo esquelético em trabalho físico intenso, há falta oxigenação adequada 2. Explique, detalhando os mecanismos regulatórios envolvidos, quais as alterações que ocorrem na via glicolítica e metabolismo de glicogênio no fígado no estado pós-prandial (após uma refeição), estimulado por insulina. Sabendo que na presença de insulina ocorre estímulo da síntese de lipídeos no fígado, e que essa síntese gasta ATP, diminuindo seus níveis intracelulares, descreva quais as alterações que ocorrem na atividade do ciclo do ácido cítrico e fosforilação oxidativa nessa situação, detalhando os mecanismos regulatórios envolvidos. 3. Caso clínico 1: Paciente do sexo masculino, 18 anos, reclama de baixa resistência e dor ao se exercitar, sintomas que se iniciaram na infância. Não é fumante e possui hábitos sedentários. Ao exame físico apresenta ligeiro sobrepeso, sem demais alterações. Um ultrassom abdominal não indica anormalidades. A glicemia, trigliceridemia e gasometria se apresentam normais, em jejum e após exercício. O exame urinário apresenta-se normal em repouso, mas após exercício é detectada leve mioglobinúria (presença de mioglobina na urina). Uma biópsia muscular indica presença de glicogênio muscular em quantidade normal ou levemente aumentada, de morfologia normal. Há algumas áreas de fibrose no tecido. A atividade de glicogênio fosforilase do tecido biopsiado encontrou se ausente a) Qual é a doença desse paciente? Explique a consequência bioquímica da ausência dessa atividade glicogenose tipo V (Doença de McArdle) A ausência da atividade do glicogênio fosforilase impede que o glicogênio seja direcionado para a hidrólise, que resulta no seu acúmulo nos músculos, levando à deficiência de fosforilase muscular. b) Sabe-se que tecido muscular em necrose libera mioglobina para a corrente sanguínea que é eliminada na urina. Porque ocorre mioglobinúria após o exercício? Por que não há hipoglicemia após o exercício? Devido a degradação das fibras musculares. Não ocorre hipoglicemia após o exercícios, pois em repouso os músculos usam ácidos graxos como fonte de energia em repouso. c) Os sintomas dessa doença seriam parecidos se houvesse deficiência de fosforilase quinase? Que outras alterações de atividades enzimáticas poderiam levar a um quadro clínico parecido? Sim, pois também levaria ao acúmulo de glicogênio no músculo. Alterações da enzima fosfofrutoquinase, enzima fosfoglicerato mutase 4. Caso clínico 2: Menino de 4 anos de idade com episódios frequentes de fraqueza e tonturas. Sintomas se iniciaram aos 2-3 anos, piorando ao ingressar na “escolinha”, onde há maior atividade física e maior tempo entre as refeições. Ao exame físico apresenta abdômen distendido, com acentuada hepatomegalia (fígado aumentado). Um ultrassom abdominal indica hepatomegalia acentuada não-esteatótica (sem acúmulo de gordura) e aumento moderado de volume renal. Uma biópsia hepática mostrou extenso acúmulo de glicogênio com morfologia normal. O tecido apresentava ausência de atividade de glicose 6 fosfatase a) Qual o distúrbio ácido-base apresentado por esse paciente? Acidose, devido a alta concentração de corpos cetônicos b) Qual é a doença desse paciente? Explique as consequências bioquímicas da ausência dessa atividade. Diabetes tipo I, na qual não há produção de insulina c) Por que há acúmulo de glicogênio no fígado e rins a ponto de levar ao aumento de volume desses órgãos? Explique detalhando mecanismos de regulação envolvidos. d) Explique as alterações nos níveis de ácidos graxos livres, corpos cetônicos, triglicérides e pH. ↪ Integração do metabolismo: → controle do metabolismo: - o cérebro e as hemácias necessitam de glicose, por isso, o nível no sangue deve ser mantido - os metabólitos não devem acumular - reações unidirecionais são pontos de regulação ↪ pontos-chave: glicose, piruvato e Acetil-CoA - vias independentes são mais fáceis de controlar → a glicose pode ter diferentes destinos: - piruvato = a glicólise é regulada pela insulina, glucagon, citrato e ATP/ADP - transportada para o fígado - NADPH/bases nitrogenadas = a via oxidativa da via das pentoses é regulada pelo consumo de NADPH - glicogênio armazenado nos músculos e no fígado → Piruvato pode ter como destino: - Acetil-CoA = A piruvato desidrogenase é regulada por insulina, glucagon, Acetil-CoA, NADH - Oxalacetato = piruvato pode ser transformado em oxalacetato pela piruvato carboxilase, regulada por Acetil-CoA - Glicose (fígado) = gliconeogênese, regulada pela insulina e glucagon - Lactato = produzido na anaerobiose para regenerar o NADH consumido na glicólise → Acetil-CoA: - corpos cetônicos (fígado) = O Acetil-CoA acumula quando não há intermediários do ciclo de Krebs em quantidades suficientes - ácidos graxos (fígado) = O Acetil-CoA é exportado para o citosol quando há oxalacetato mas não há NAD+ e ADP disponíveis - CO2 + H2O = totalmente oxidado quando há oxalacetato, NAD+ e ADP disponíveis ↪ fígado: - síntese de substrato energético - usa grande parte da glicose absorvida para sintetizar e armazenar glicogênio - em jejum, gera energia pela degradação de ácidos graxos - produz e exporta glicose a partir do glicogênio, lactato e aminoácidos - sintetiza corpos cetônicos para exportar Acetil-CoA, mas não os usa ↪ produção e exportação dos corpos cetônicos do fígado para tecidos extra-hepáticos permite a oxidação contínua de ácidos graxos no fígado quando acetil-CoA não está sendo oxidada no ciclo do ácido cítrico. ↪ tecido adiposo: - armazena ácidos graxos em triacilgliceróis (TAG) - TAG são degradados fora da célula, mas são absorvidos pelos adipócitos e re-sintetizados - em jejum, exportam ácidos graxos e glicerol para o sangue - fazem glicerol 3 fosfato a partir de glicose - Lipases hidrolisam triacilgliceróis em resposta ao glucagon ou epinefrina, são desligadas pela insulina ↪ músculos esqueléticos: - usam glicose, ácidos graxos e corpos cetônicos - sintetiza e armazena glicogênio para consumo interno - exporta lactato e alanina - proteínas servem como armazenamento de energia - possui receptores de epinefrina ↪ músculos cardíacos: - essencialmente aeróbico, tendo os ácidos graxos como principal fonte de energia - pode usar lactato e corpos cetônicos como fonte de energia - não faz reserva de glicogênio ↪ Cérebro: - usa glicose como principal fonte de energia - em jejum prolongado, pode ser usar corpos cetônicos → período absortivo: ↪ após a refeição, o nível de glicose sobe e a insulina é liberada 1. células β das ilhotas de Langerhans do pâncreas começam a absorver glicose via GLUT2 e a liberar insulina 2. Células exportam transportadores GLUT4 para suas membranas, aumentando a captação de glicose (menos fígado) 3. Glicogênio é sintetizado no fígado e músculos 4. A gliconeogênese fica inativa e glicólise fica ativa nas células 5. Acelera-se a glicólise e o ciclo de Krebs → Níveisde Acetil-CoA e Oxalacetato aumentam → acúmulo de ATP, NADH e citrato 6. Quando ATP e NADH atingem pontos de máximo, citrato começa a acumular e é exportado para o citosol -> síntese de ácidos graxos e/ou inibição da temporária glicólise 7. A síntese de ácidos graxos exige a formação de NADPH → glicose é direcionada para a via das pentoses 8. insulina também induz a absorção de aminoácidos e a síntese de novas proteínas 9. O fígado exporta ácidos graxos, triacilgliceróis, fosfolipídeos, colesterol, etc. 10. Nos adipócitos, lipase está inibida e triacilgliceróis são sintetizados ↪ Jejum: - Com a redução da glicemia, ocorre a liberação de glucagon - após 4 h após a refeição, inicia-se o período pós-absortivo 1. Cai a concentração de GLUT4 nas membranas das células 2. Glicose só é consumida pelo cérebro, hemácias e células renais 3. O fígado inicia a degradação de glicogênio, gerando glicose 6P 4. A gliconeogênese fica ativa e glicólise fica inativa no fígado, favorecendo a exportação de glicose 5. Degradação de ácidos graxos está ativa, provendo energia para o fígado. Níveis de Acetil CoA sobem e ativa a piruvato carboxilase, favorecendo a formação de oxalacetato ↪ Jejum curto: 1. No jejum o glucagon e cortisol, hormônio indicador de stress, atuam quase sem contraposição da insulina 2. Aminoácidos vindo de proteínas musculares são a principal fonte de esqueletos de carbono no início do jejum 3. A excreção de nitrogênio e a síntese de glicose estão altos ↪ Jejum prolongado 1. A degradação de ácidos graxos no fígado com poucos intermediários do ciclo de Krebs leva ao acúmulo de Acetil CoA -> formação de corpos cetônicos 2. Tecidos passam a usar corpos cetônicos, menos o cérebro e as hemácias. Depois o cérebro passa a usar corpos cetônicos 3. O uso prolongado de corpos cetônicos leva a uma cetoacidose pois estes compostos têm caráter ácido 4. Quando o corpo passa a usar corpos cetônicos, a proteólise diminui, preservando as proteínas musculares → Diabetes: Doença metabólica complexa com quadros variáveis que possuem a hiperglicemia como fator comum. ↪ tipo I: incapacidade de produzir insulina, aparece na infância ↪ tipo II: resistência à insulina e secreção insuficiente de insulina, adquirida ao longo da vida A deficiência na sinalização por insulina leva a uma incapacidade das células de absorver glicose, apesar de seus níveis estarem altos no sangue ↪ organismo age como se estivesse em jejum → lipólise, proteólise, produção de corpos cetônicos ativados → Exercícios: - Os músculos não respondem a glucagon mas quebram glicogênio em resposta à epinefrina - A fosfocreatina é um reservatório de energia rapidamente disponível - O glicogênio muscular dura de 4 a 5h atividade moderada - Ácidos graxos são fonte de energia em exercícios de longa duração Exercícios: 1. Por que hemácias não utilizam corpos cetônicos em seu metabolismo? Pois as hemácias não têm mitocôndrias 2. Sabe-se que o cérebro consome cerca de 120 g de glicose por dia; 100 g de proteína produzem 60 g de glicose; um indivíduo adulto tem cerca de 6 kg de proteína e a perda de metade do nitrogênio protéico é fatal. Em caso de jejum prolongado: a) quantos gramas diários de proteínas seriam consumidos para fornecer glicose ao cérebro? 100 g de proteína —- 60 g de glicose x —- 120 g de glicose x = 200 g b) por quanto tempo esta fonte de energia pode ser usada? 200 g/dia 6000 g de proteína, mas só é possível usar 3.000 g 200 g —- 1 dia 3000 g — x dias x = 15 dias c) Como é possível sobreviver a um mês de jejum? 3. Discuta por que as pessoas sobrevivem mais tempo sem comer do que com uma dieta só com carboidratos. Na dieta de carboidratos não ocorre síntese de proteínas, apenas a proteólise. 4. Certos tumores malignos no pâncreas causam uma produção excessiva de insulina pelas células β. Indivíduos afetados exibem tremores, fraqueza, suor excessivo e fome. a) Qual o efeito do hiperinsulinismo no metabolismo de carboidratos, aminoácidos e lipídeos no fígado? O Hiperinsulinismo irá aumentar a gliconeogenólise hepática, a síntese de aminoácidos e impedir a síntese de carboidratos (gliconeogênese). Ela promoverá a glicólise e biossíntese de compostos como o cortisol e ácidos graxos b) Quais são as causas dos sintomas observados? O organismo não está atendendo as demandas energéticas apropriadamente, tendo uma hipoglicemia devido ao hiperinsulinismo e desvio de energia para vias de biossíntese. A fome advém da interação da insulina com a leptina. As células não recebem compostos energéticos suficientes para manter suas atividades normais c) Sugira por que esta condição, se prolongada, leva a danos cerebrais? O cérebro requer carboidratos (glicose) ou corpos cetônicos para seu funcionamento, e esta reserva está sendo mobilizada para biossíntese devido ao hiperinsulinismo. Assim, os neurônios estão recebendo quantidades insuficientes de produtos energéticos, o que leva à morte celular neuronal, que com o tempo causa lesões cerebrais significativas. 5. Dê uma hipótese bioquímica para o fato de um corredor de 100 m rasos não conseguir manter o mesmo ritmo explosivo em uma corrida de 400 m. Um corredor de 100 m rasos usam lactato como fonte e energia de rápida metabolização para os músculos. No entanto, não é possível manter essa fonte em exercícios prolongados, gerando câimbra. 6. É possível fazer exercícios na academia e mesmo assim perder massa muscular? Justifique?
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