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AULA 2 (Behaviorismo Metodológico e Behaviorismo Radical)

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TEORIAS E SISTEMAS PSICOLÓGICOS I
Aula 2: Behaviorismo Metodológico e Behaviorismo Radical
1
Todos os behavioristas concordam que é possível uma ciência do comportamento, que veio a ser chamada de análise comportamental. Apropriadamente, o behaviorismo é visto como a filosofia dessa ciência.
Todas as ciências se originaram da filosofia e dela se separaram. 
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
A astronomia e a física surgiram quando os cientistas passaram da especulação filosófica à observação. Ao fazê-lo, abandonaram qualquer preocupação com coisas sobrenaturais, observando o universo natural e explicando os eventos naturais por referência a outros eventos naturais.
Da mesma forma, a química separou-se da filosofia quando abandonou a ideia de essências internas e ocultas como explicação dos eventos químicos.
Ao se tornar ciência, a fisiologia abandonou a vis viva em prol de explicações mecanicistas sobre o funcionamento do corpo.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
A psicologia científica também nasceu da filosofia, e talvez ainda esteja se separando dela.
Dois movimentos promoveram essa ruptura, a psicologia objetiva e a psicologia comparativa.
A psicologia objetiva enfatizou a observação e a experimentação, métodos que caracterizavam as outras ciências.
A psicologia comparativa enfatizou a origem comum de todas as espécies, inclusive seres humanos, na seleção natural, e ajudou a promover explicações puramente naturais acerca do comportamento humano.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
Introdução ao Behaviorismo
O behaviorismo (behavior = comportamento), que também pode ser traduzido como comportamentalismo, tem como objeto de estudo a compreensão e análise científica do comportamento humano e animal, buscando assimilar os fatores que foram relevantes para que tal comportamento fosse instalado no repertório comportamental do indivíduo, os fatores que permitiram sua permanência neste mesmo repertório comportamental e o que seria necessário fazer para alterar este comportamento. 
Dessa maneira, se consegue explicar porque determinada pessoa se comporta dessa ou daquela maneira, porque tomou tais decisões, e também prever e alterar os possíveis comportamentos futuros.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
5
A análise experimental do comportamento, técnica criada pelo Behaviorismo, inspirou a criação da terapia comportamental, importante abordagem clínica, dentro da qual os psicoterapeutas atuam na tentativa de modificar comportamentos desadaptativos (ou disfuncionais) por outros mais funcionais e integrados à vida dos indivíduos. 
Poucos são, na atualidade, os terapeutas que utilizam exclusivamente a terapia comportamental, entretanto ela é parte integrante da terapia cognitivo comportamental, uma área da psicologia clínica que vem se desenvolvendo rapidamente com eficácia comprovada por várias pesquisas científicas.
Introdução ao Behaviorismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
6
Introdução ao Behaviorismo
Certamente você mesmo já buscou compreender a si próprio, ou a terceiros, deparando-se com um grande número de variáveis que age sobre o nosso comportamento.
?
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
7
Essa atividade de buscar as “causas” do comportamento não é só uma atividade cotidiana, mas foi cientificamente sistematizada em um conjunto de princípios teóricos chamado de Behaviorismo. O termo é um neologismo criado a partir da palavra inglês behavior, que significa comportamento. Por isso, muitas traduções para o português chegaram a usar o termo Comportamentalismo.
Neologismo é a criação de uma palavra nova.
Origem histórica do Behaviorismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
8
Filosofia e ciência do comportamento
É importante salientar que foi só muito recentemente, em comparação com as outras ciências, que a Psicologia ganhou autonomia da Filosofia. Em 1879, a criação do laboratório de Psicologia experimental em Leipzig (Alemanha) por Wilhelm Wundt marcou historicamente o início dessa separação, mas, de acordo com Baum (2006), até 1940, era raro haver nas universidades um departamento de Psicologia e os professores dessa disciplina eram, na maioria, filósofos. 
Origem histórica do Behaviorismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
9
Uma das primeiras maneiras de estudar o ser humano, utilizada nesta época, foi o uso da introspecção, tal como era sistematizado por Wundt. 
Pessoas eram treinadas para observarem, sistematicamente, seus processos mentais, buscando descrevê-los do modo mais fiel possível. 
Assim, um observador treinado poderia descrever tudo o que se passava em sua mente antes, durante e depois do comportamento de apanhar um objeto, para verificar se outros observadores descreveriam a mesma coisa.
Origem histórica do Behaviorismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
10
A ideia era que uma boa observação chegaria a resultados universais, ou seja, que seriam iguais em qualquer outra pessoa. 
Entretanto, percebeu-se que o resultado da observação depende muito do indivíduo que observa, sendo assim pouco confiável. 
Origem histórica do Behaviorismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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Um ponto importante para o método científico é criar condições de observações mais objetivas, ou seja, independentes da opinião ou da percepção humana. Tais observações deveriam, portanto, ser replicáveis: ao se manter as mesmas condições, um fenômeno observado deveria produzir o mesmo resultado. 
Origem histórica do Behaviorismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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John B. Watson, que fundou o behaviorismo, adotou o caminho da psicologia comparativa.
Atacou a ideia de que a psicologia era a ciência da mente, mostrando que nem a introspecção nem analogias com a consciência animal produziam os resultados confiáveis obtidos pelos métodos de outras ciências.
Sustentou que somente através do estudo do comportamento poderia a psicologia atingir a confiabilidade e a generalidade necessárias para se tomar uma ciência natural.
Origem histórica do Behaviorismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
13
Em 1913, Watson publica o artigo “A Psicologia como um behaviorista a vê” (2008), no qual expõe os principais posicionamentos científicos da nascente Psicologia Comportamental.
Watson propõe defini-la como uma ciência do comportamento, já que este é fisicamente observável: pode-se ver as pessoas andarem, comerem, conversarem, mas é difícil observar seus pensamentos e sentimentos.
Origem histórica do Behaviorismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
14
Watson não está propondo a criação de uma nova psicologia, mas sim a redefinição do objeto de estudo da psicologia para algo que seja objetivo, observável e mensurável: o comportamento.
Esta afirmação levou a controvérsias importantes, já que ela vai de encontro à ideia de que o homem é livre para agir. Torna-se, então, muito importante compreender as consequências teóricas de se afirmar que é possível constituir uma ciência do comportamento.
No momento da publicação de sua primeira obra, Watson não obteve muita aceitação. Em grande parte, isso se deve à ausência de estudos correlatos no meio acadêmico naquela época. Mesmo assim, as sementes do behaviorismo estão lançadas, possibilitando o seu desenvolvimento futuro.
Origem histórica do Behaviorismo
Teorias e Sistemas PsicológicosI
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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A ideia de que o comportamento pode ser tratado cientificamente continua controversa, porque desafia a noção de que ele provém da livre escolha do indivíduo.
O termo livre-arbítrio designa a suposta capacidade que as pessoas têm de escolher seu comportamento livremente, sem levar em conta a herança ou o ambiente.
O determinismo sustenta que todo o comportamento se origina da herança genética e de eventos ambientais. Portanto, o livre-arbítrio é uma ilusão fundada na ignorância dos fatores que determinam o comportamento.
Apenas o livre-arbítrio libertário, a ideia de que as pessoas realmente possuem a capacidade de se comportar da forma que escolheram (adotada pelo judaísmo e pelo cristianismo), entra em conflito com o determinismo.
Como a disputa entre determinismo e livre-arbítrio não pode ser resolvida através de provas, o debate acerca de qual desses dois pontos de vista é correto se apoia em argumentos relativos às consequências – sociais e estéticas – da adoção de uma ou de outra.
Duas visões do homem: livre-arbítrio e determinismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
16
Ao definir o comportamento como objeto de estudo científico, fica implícito que ele é um fenômeno ordenado, que pode ser explicado por leis simples, podendo através delas ser previsto. O que se percebe, com isso, é que o comportamento, caso se tenha os meios necessários, pode ser controlado. Essa visão é conhecida como determinismo. No caso do Behaviorismo, o que determina o comportamento é, por um lado, a hereditariedade e, por outro, o meio ambiente. 
Na maioria das pessoas, permanece a ideia de que há algo além da genética e do ambiente como causa do comportamento, o livre-arbítrio, ou seja, a capacidade individual de escolher, sem qualquer tipo de determinação, o comportamento a ser realizado. Equivale a você dizer, por exemplo, que fez determinada ação “porque quis”. 
Duas visões do homem: livre-arbítrio e determinismo
Determinismo
Livre-arbítrio
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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Argumentos éticos:
Os críticos do determinismo argumentam que a crença no livre-arbítrio é necessária à preservação da democracia e da moralidade em nossa sociedade.
Os behavioristas argumentam que uma abordagem comportamental de problemas sociais pode aperfeiçoar a democracia e favorecer o comportamento ético.
Duas visões do homem: livre-arbítrio e determinismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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Argumentos estéticos:
Os críticos do livre-arbítrio observam que ele é ilógico quando associado à noção de um Deus onipotente (como geralmente o é).
Quer um ato seja atribuído a eventos naturais ou à vontade de Deus, ainda assim ele não pode, pela lógica, ser atribuído ao livre-arbítrio do indivíduo. 
Os defensores do livre-arbítrio retrucam que, dado que os cientistas nunca podem prever em detalhe as ações de um indivíduo, o livre-arbítrio permanece possível, ainda que seja um mistério.
Os behavioristas respondem que é precisamente sua natureza misteriosa que o torna inaceitável, porque levanta o mesmo problema que outras ciências tiveram de superar: como uma causa não natural pode levar a eventos naturais? Eventos naturais provêm somente de outros eventos naturais.
Duas visões do homem: livre-arbítrio e determinismo
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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A principal diferença entre os primeiros Behavioristas, como Watson, e aqueles que seguiram as posições skinnerianas, está na tradição filosófica que cada grupo assume ao definir o que consideram ser uma ciência. 
Skinner chamou os primeiros behavioristas de behavioristas metodológicos, enquanto chamou a sua posição de Behaviorismo radical. 
Dessa forma, ao pensarmos no behaviorismo, é importante identificarmos que, embora todos se dediquem ao estudo do comportamento, existem dois tipos diferentes de behaviorismo.
Behaviorismo e filosofia da ciência
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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Imagine uma pessoa que diz que está comendo porque sente fome. Pense atentamente nessa experiência, que, com certeza, você já passou inúmeras vezes e na sequência de eventos envolvidos na mesma:
Em primeiro lugar, pode-se dizer que há um período de privação de comida.
Durante a privação, os processos fisiológicos do corpo começam, a partir de um determinado limiar, a despertar uma sensação de fome. 
Ao se deparar com essa sensação, você vai direto para sua geladeira, procura algum alimento de sua preferência e o come. 
O primeiro e o terceiro momentos são objetivamente observáveis, enquanto o segundo não.
É comum que as pessoas tratem o fato 2, a sensação de fome, como a causa do fato 3, o comportamento de comer. Essa é a base do pensamento mentalista ingênuo, que é comum à maioria das pessoas: “como porque sinto fome”. Mas, se a fome é resultado da privação de comida, pode-se desconsiderar a causa mental, a sensação, e preocupar-se somente com os fatos naturais, facilmente mensuráveis. 
Behaviorismo Metodológico
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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É importante registrar aqui que o behaviorismo metodológico não nega a existência da mente, mas sim a sua cientificidade, afirmando, dessa forma, não ser possível o estudo dos eventos mentais.
Os behavioristas metodológicos acreditavam que só seria um conhecimento objetivo aquilo que fazia parte do mundo natural, aquilo que está na realidade externa ao indivíduo, desconsiderando o papel dos processos mentais. 
O real é o que pode ser observado e medido por todas as pessoas. Sensações internas e sentimentos não são tão fáceis de serem compreendidos objetivamente, sendo, então, desconsiderados.
Essa questão remete a uma forma específica de ver o mundo, conhecida como realismo.
Behaviorismo Metodológico
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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Behaviorismo Metodológico
	BEHAVIORISMO METODOLÓGICO
	Estuda o comportamento por si mesmo.
	Evita sentimentos e os estados mentais intermediários.
	Opõem-se ao mentalismo.
	Detém-se às causas físicas anteriores ao comportamento.
	Admite a existência dos fatos mentais, embora não os considere passíveis de serem observados e estudados (não é científico).
	Grande ênfase nos procedimentos de medidas e na concordância entre os observadores.
	A manipulação experimental é a reprodução do modelo S-R (o comportamento é produto de estímulos ambientais).
	Rejeita introspecção.
	Utiliza a observação consensual.
	Realizar experimentação.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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O behaviorismo radical foi como o próprio Skinner denominou sua abordagem teórica, para diferenciá-la das outras teorias behavioristas existentes na época.
O Behaviorismo radical não nega veemente a possibilidade da auto-observação, mas sim questiona a natureza do que está sendo observado.
Behaviorismo Radical
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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Se, por um lado, o mentalismo esquece-se da importância dos acontecimentos internos antecedentes na explicação do comportamento (como a privação de comida antes da sensação de fome), o Behaviorismo metodológico deixa de lado a possível importância dos processos mentais (como a sensação de fome). 
Assim, para Skinner (1982), o Behaviorismo radical estabelece um equilíbrio entre as duas posições. Eles não descartam os acontecimentos mentais como totalmente inobserváveis, somente questionam a natureza do que está sendo observado e a fidedignidade das observações realizadas. 
Fidedignidade refere-se à confiança que se pode ter em determinada observação. Quando mais fidedigna, mais a observaçãoé passível de repetição, ou seja, outras pessoas também têm acesso aos mesmos dados.
Behaviorismo Radical
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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Skinner propõe a existência de dois tipos de relações entre o comportamento e o ambiente: 
consequências seletivas que ocorrem após o comportamento e modificam a probabilidade futura de ocorrerem comportamentos equivalentes, isto é, da mesma classe; 
contextos que estabelecem a ocasião para o comportamento ser afetado por suas consequências (e que, portanto, ocorreriam antes do comportamento e que igualmente afetariam a probabilidade desse comportamento). 
Behaviorismo Radical
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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Behaviorismo Radical
	BEHAVIORISMO RADICAL
	
	Acredita na possibilidade da auto-observação.
	
	Admite estudar eventos internos.
	Deriva a análise experimental do comportamento (busca das análises funcionais entre comportamento e ambiente).
	Propõe dois tipos de relações entre ambiente e organismo (eventos estabelecedores de ocasião e consequências seletivas) que são as contingências.
	As interpretações são sempre históricas.
	É o próprio eu e não o outro que constrói o conhecimento.
	Aceita a existência de um indivíduo.
	Aceita radicalmente os fenômenos comportamentais.
	É pragmático.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 2: Behaviorismo METODOLÓGICO E BEHAVIORISMO RADICAL 
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