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Recursos Terapêuticos Crioterapia Técnica terapêutica que tem como princípio resfriamento local por meio da retirada de calor por contato direto. Esta modalidade terapêutica pode ser utilizada para controlar inflamação, dor e espasmo muscular. 1. Spray Não faz controle da inflamação e não tem o papel de resfriamento prolongado. Redução da dor e, indiretamente, de espasmo muscular (Importante lembrar que este controle do ciclo dor-espasmo-dor se faz em função da ativação de aferentes sensitivos A-delta (na pele há receptores de temperatura que deflagram esta ativação) e de vias descendentes que estimulam a liberação de opioides endógenos no cérebro e liberação de neurotransmissores inibitórios que agem nas células de transmissão (medula) “fechando o portão” de estímulo de dor para o tálamo.) Aplicação deve ser feita em jatos paralelos em toda a região lesionada. Distância de 15 a 20 cm (se colocar muito próximo pode queimar o paciente). 2. Massagem com Gelo Não faz controle da inflamação. Utilizado em microlesões musculares localizadas. Redução da dor e de espasmos musculares (Atua no ciclo dor-espasmo-dor. Importante lembrar que este controle do ciclo dor- espasmo-dor se faz em função da ativação de aferentes sensitivos A-delta (na pele há receptores de temperatura que deflagram esta ativação) e de vias descendentes que estimulam a liberação de opioides endógenos no cérebro e liberação de neurotransmissores inibitórios que agem nas células de transmissão (medula) “fechando o portão” de estímulo de dor para o tálamo). Massagem com pressão e em movimentos circulares (ativa a aferência de estímulos rápidos – A-beta mais mielinizada, fechando o portão da dor). Para complementar fazer massagem manual ou alongamento. Tempo de aplicação de 5 a 10 minutos. Término: vermelho intenso devido a não dissociação da oxi-hemoglobina (dificuldade de liberar oxigênio pela hemoglobina para o interstício/tecidos), não tem relação com a vasodilatação propriamente dita. Posicionamento do Paciente: o indivíduo deve estar confortável, com as costas apoiadas, pés no chão e o membro lesionado apoiado. Fazer o gelo em um copinho de café e colocar um pausinho para ficar fácil de manipular. 3. RICE Técnica mais utilizada no controle da inflamação. R – Repouso (a fim de evitar lesões secundárias). I – Ice (gelo importante no controle da inflamação inibindo a ação dos mediadores químicos, por exemplo, nos vasos). C – Compressão (diminui o volume controlando o edema – fazer uma força contrária evitando a saída de líquido do vaso para o interstício). E – Elevação (melhora o retorno venoso). Aplicação ideal: colocar o gelo moído em um recipiente moldável (saco plástico) em contato direto com a pele, enrolar o gelo junto ao membro lesionado com uma faixa fazendo uma compressão, colocar uma tolha por cima para criar um isolamento térmico do ambiente evitando a perda de calor. Obs.: o contado direto com a pele depende da sensibilidade do local (pele mais fina, como da face, deve proteger com creme ou um pano para minimizar a chance de queimadura). Posicionar o paciente confortavelmente elevando o membro a cima da altura do coração. Tempo de aplicação de 15 a 20 minutos (pode variar de paciente para paciente, este deve passar por todas as fases do resfriamento: frio intenso, queimação, dor, parestesia e formigamento). Recomendação na fase inflamatória: relação 1 para 2 (20 minutos de RICE seguidos de 40 minutos sem RICE – repetir o procedimento enquanto estiver na fase inflamatória 24/48h, (essa duração depende da extensão da lesão e de outros fatores que afetam ou retardam a regeneração tecidual) além disso recomendar repouso e evitar sobrecarga na área lesionada). Obs.: Quem consegue fazer esse procedimento após uma lesão diminui o tempo de recuperação na fase inflamatória. 4. Bolsa de Gel Pode ser utilizada no RICE, porém com mais cuidado. Probabilidade maior de queimadura (a temperatura de congelamento do gel é bem mais baixa que a da água, valor negativo). Aplicação ideal: colocar uma toalha na pele do paciente e só assim colocar a bolsa de gel. Ter um maior cuidado com pacientes idosos, com a pele mais fina ou mais sensível ao frio. CRIOTERAPIA Uso do frio para resfriamento tecidual por perda de calor para controle de inflamação, edema, dor, redução da espasticidade e facilitação de movimentos EFEITOS FISIOLÓGICOS DO FRIO 1. Hemodinâmicos · ↓ inicial do fluxo sanguíneo: Inicialmente ocorre uma vasoconstrição dos vasos cutâneos e redução do fluxo sanguíneo na tentativa de evitar perda de calor pelo tecido. Esta vasoconstrição ocorre por mecanismos diretos e indiretos). Redução da temperatura – estimulação direta da contração dos músculos da parede dos vasos sanguíneos (termoreceptores cutâneos) e indireta pela redução da produção e liberação dos mediadores químicos vasodilatadores (histamina e prostaglandinas causando redução na vasodilatação induzida). Há ativação reflexa dos neurônios adrenérgicos simpáticos resultando em vasoconstrição cutânea na região resfriada e, em menor extensão, nas regiões distantes do local da aplicação do resfriamento. Além disso, ocorre redução na velocidade de circulação pelo aumento da viscosidade do sangue, aumentando a resistência ao fluxo. · ↑ posterior do fluxo sanguíneo: Quando a temperatura local cai até atingir menos de 10ºC, poderá ocorrer vasodilatação (VIF – vasodilatação induzida pelo frio). Redução inicial e após 15 minutos ocorre aumento e redução cíclica na temperatura local (correlação com alternância entre vasoconstrição e vasodilatação). Embora o aumento da hiperemia na pele decorrente da aplicação de gelo possa parecer um sinal de VIF, considera-se que seja o resultado de aumento na quantidade de oxi-hemoglobina no sangue devido à queda da dissociação oxigênio-hemoglobina que ocorre a baixas temperaturas. Como o resfriamento diminui a dissociação da oxi- hemoglobina, decresce o volume de oxigênio nos tecidos. 2. Neuromusculares · ↓ velocidade de condução nervosa · ↑ posterior do fluxo sanguíneo 3. Alteração da força muscular (redução do fluxo sanguíneo para o músculo; redução da condução nervosa motora; aumento da viscosidade e rigidez articular) · ↓ espasticidade: (redução da atividade motoneurônio gama e aferentes sensitivos Ib OTGs resultando em redução de reflexos tendinosos profundos, redução do tônus e redução da resistência muscular ao alongamento passivo) · Facilitação da contração muscular: (facilitação da atividade do motoneurônio alfa em músculos flácidos devido à disfunção do neurônio motor superior) 4. Efeitos metabólicos · ↓ velocidade do metabolismo: (inibição das enzimas degradadoras de cartilagens: colagenase, elastase, hialuronidase e protease) · ↓ hipóxia secundária à lesão e lesão secundária enzimática EFEITOS TERAPÊUTICOS DO FRIO 1. Controle da inflamação 2. Controle de edema 3. Modificações na espasticidade 4. Facilitação 5. Criocinética e crioalongamento FASES DO FRIO 1. Frio intenso 2. Queimação 3. Dor 4. Analgesia 5. Formigamento CONTRAINDICAÇÕES 1. Hipersensibilidade ao frio 2. Intolerância ao frio 3. Crioglobulinemia (presença de proteínas anormais na corrente sanguínea as quais se tornam espessas ou gelatinosas quando expostas ao frio) 4. Hemoglobinúria paroxística fria (raro distúrbio sanguíneo causado pela formação de anticorpos que destroem os glóbulos vermelhos) 5. Fenômeno de Raynaud (é uma condição na qual ocorre um exagero na resposta à temperatura fria. As manifestações clínicas do fenômeno de Raynaud são causadas pela vasoconstrição (estreitamento) dos vasos sanguíneos (artérias e arteríolas), que resulta na reduçãodo fluxo sanguíneo para a pele (isquemia), enquanto a cianose (arroxeamento da pele) é causada pela diminuição da oxigenação nos pequenos vasos sanguíneos (arteríolas e capilares) da pele. A pele fica fria e gera uma área empalidecida bem demarcada ou uma cianose em dedos de mãos e pés. Algumas pessoas também sentirão a pele pálida e fria em orelhas, nariz, face, joelhos, e qualquer área exposta). 6. Sobe nervos periféricos em regeneração 7. Área com comprometimento circulatório ou doença vascular periférica PRECAUÇÕES 1. Sobre ramo principal superficial de nervo 2. Lesão aberta 3. Hipertensão 4. Déficit de sensibilidade ou estado mental 5. Pacientes de idades extremas TÉCNICAS DE APLICAÇÃO 1. Compressas frias ou bolsas de gelo (RICE) 2. Massagem com gelo 3. Sprays TERMOTERAPIA SUPERFICIAL MODALIDADES TERAPÊUTICAS SUPERFICIAIS 1. Infravermelho - Tipo de radiação com ondas eletromagnéticas no espectro infravermelho (comprimento de onda na faixa de 700 a 1200nm). Radiação – Onda eletromagnética incidindo nos tecidos biológicos, por ser uma onda eletromagnética, com o componente elétrico e o magnético, parte dela será absorvida, parte refletida e parte refratada. Absorção – Resultado aquecimento superficial por agitação de moléculas, gerando energia cinética que se transformará em calor. Cuidados – Minimizar a reflexão (colocar a lâmpada de forma perpendicular – 90°). Distância padrão em torno de 50cm Tempo: 15 a 20 minutos Percepção do paciente: tem de estar em uma forma agradável/marcante Cuidados com os olhos – colocar óculos de proteção ou uma toalha ou até mesmo pedir ao paciente que fique com os olhos fechados. Retirar todos os objetos metálicos. Obs.: ter um cuidado muito grande para não provocar queimaduras, caso o paciente sinta desconforto devido à temperatura, basta afastar a lâmpada em até 70cm. Obs.: Não tem problema aplicar em pacientes com implantes metálicos. 2. Parafina – Recurso muito utilizado na clínica Transferência de calor para os tecidos superficiais de forma mais lenta, devido ao seu menor calor específico. Mecanismo de transferência: condução Temperatura: em torno de 41° a 42° Tempo: 15 a 20 minutos Problema: custo e assepsia Formas de aplicação: Bandagem: submergir a bandagem na parafina já aquecida retirá-la do recipiente e colocá-la em papel filme ou plástico mais fino, em seguida colocar na região a ser tratada. (esse processo deve ser feito da maneira mais rápida possível para não perder calor no momento do preparo). Por fim, colocar uma toalha por cima da parafina, a fim de criar um isolamento térmico. Pinceladas: Após aquecer a parafina, com um pincel, passar a parafina sobre a pele, formando uma camada. Envolver com plástico filme e criar um isolamento térmico com toalhas. Luvas ou botas: Após aquecer a parafina, colocar o membro dentro do recipiente da parafina por 2 segundos, retirar esperar 2 segundos. Repetir esse processo por 6 vezes. 3. Fluidoterapia – Recurso pouco utilizado, principalmente em função da relação custo-benefício. Uso da transferência de calor para estruturas superficiais utilizando partículas de celulose em movimento. Transferência por convecção (movimento do ar) Forma de uso: colocar o membro dentro do aparelho e aguardar o tempo necessário. Tempo: 15-20 minutos. 4. Turbilhão – Pouco utilizado, principalmente em função da relação custo-benefício e necessidade de assepsia adequada. É um recurso muito interessante por unir 3 estímulos, sendo eles pressão (ativa aferentes sensitivos rápidos, A-beta, que fecham o portão da dor; água quente (transfere calor para o tecido, por meio de condução); Movimento da água (transfere calor para o tecido, por meio da convecção). Forma de Uso: Colocar o paciente ou o membro lesionado dentro do turbilhão e aguardar o tempo necessário. O paciente pode ser orientado a realizar movimentos da área tratada durante a terapia. Temperatura: Membros superiores e inferiores em torno de 39°C-40°C Corpo inteiro: 37°C-38°C Tempo: 15-20 minutos Obs.: Como o turbilhão promove uma vasodilatação periférica intensa o paciente pode ter um quadro de hipotensão quando a imersão for de corpo inteiro. Neste caso, basta retirar o paciente da água, deitá-lo em um lugar confortável, com temperatura neutra (resfria-lo com água corrente) e levantar os membros inferiores para auxiliar no retorno venoso. Aguardar um tempo, monitorando a pressão arterial e pedindo relatos do paciente sobre seu estado. 5. Banho de Contraste – É o uso alternado de imersão em água quente e fria alternadamente Técnica – submergir o membro durante 1 minuto em água quente seguidos de 3 minutos de água fria por 5 vezes consecutivas, finalizando com 1 minuto de água quente. Temperatura: água quente 39°C e água fria – 10°C-15°C Indicação: Vasodilatação seguida de vasoconstrição auxiliando na reabsorção do líquido intersticial (reabsorção de edema residual). Muito utilizado na fase de regeneração/reparo de tecido. DIATERMIA MODALIDADES TERAPÊUTICAS PROFUNDAS · O que é onda eletromagnética? (características da onda: comprimento e frequência) · Medidas de fluxo Voltagem Intensidade ou amplitude Potência (P = V x I) Resistência – oposta à I (V = [I / R]) · A dose e consequentemente o efeito fisiológico dependerão (medidas de fluxo e características da onda eletromagnética). · Definição de diatermia [tecidos bons condutores – sangue e músculo por possuírem moléculas com carga (íons, certas proteínas e água)]. · Efeitos fisiológicos (térmicos e mecânicos) · Diatermia por ondas curtas Eletrodo capacitor (disco e placas) Eletrodo indutor (tambor) · Técnica de aplicação (coplanar e contraplanar) · Precauções, indicações e contra-indicações Diatermia é uma modalidade de aquecimento profundo que converte ondas eletromagnéticas em calor. Onda é uma perturbação que ocorre em um meio podendo ter uma ou várias direções, possui natureza mecânica e elétrica. Aplicação de corrente de alta frequência ao corpo para produzir efeitos térmicos profundos e mecânicos. A onda eletromagnética é uma onda tridimensional, possui período ou largura de pulso, frequência e comprimento de onda. Quanto menor o comprimento de onda maior a frequência. Os aparelhos de ondas curtas e microondas já são confeccionados com frequência e comprimento de ondas definidos, e não se pode modular. Diatermia é aplicação de correntes de alta frequência ao corpo, produzindo efeitos de aquecimento profundo nos tecidos biológicos. Devido as característica de comprimento de onda e frequência a absorção desse tipo de onda vai ser feita por tecidos mais profundos. Ultravioleta, infravermelho e diatermia são todas ondas eletromagnéticas. O comprimento de onda e frequência vai mudar os efeitos biológicos, ou a frequência e absorção. O que determina o efeito biológico de ondas eletromagnéticas em diferentes espectros? Como por exemplo radiação infravermelha, radiação ultravioleta e diatermia? Os parâmetros, comprimento de onda e frequência. Porque são essas características que vão influenciar a profundidade do tecido como o efeito biológico no tecido. Essas características são pré-determinadas. Essas ondas elas vão ter comprimento de onda (distancia entre um pico e outro) mede com nanometro, centímetro ou metro e frequência (é o numero de fusos por unidade de tempo). Radiação é tudo aquilo que tem ondas (aquilo que tem pulsos) e em uma onda tem componente elétrico e componente magnético, como no caso são ondas eletromagnéticas essas ondas elas podem ter comprimentos de onda e frequência pré-determinadas e dependendo desses dois parâmetros eu vou tero efeito biológico. Comprimento de onda vai variar com os recursos. E a frequência é medida por harts ou PPS. O efeito biológico vai ter muito mais relação com o comprimento de onda onde, esse comprimento quanto maior, maior a penetração e a absorção por tecidos mais profundos. Se eu tenho uma onda eletromagnética com o comprimento de onda maior, ela vai penetrar mais e vai conseguir ser absorvida por uma estrutura mais profunda. Partindo do pressuposto que a radiação ondas curtas possuem características de comprimento e onda pré-estabelecidas e que o efeito biológico depende dessas características. O efeito vai depender delas. Esses parâmetros já vêm definidos justamente para não dar interferência em outras ondas eletromagnéticas. Para que o efeito térmico profundo ocorra esses recursos precisam ser confeccionados dentro desses parâmetros. Esse movimento das moléculas, só acontece nas moléculas polares e bipolares porque são ondas que se formam, e há deslocamento de elétrons, do polo mais negativo para o polo mais positivo e assim vice e versa. O eletrodo hora vai ser positivo e outra hora negativo. Vai ter uma onda eletromagnética de alta frequência alternada. Para acontecer essa diatermia tem que haver esses parametros pre estabelecidos de forma alternada. As moléculas polares geralmente estão no sangue, tecidos mais vascularizados são ricos dessas moléculas, por exemplo, músculos. Então esse tipo de tecido é onde vai ter um efeito maior. As moléculas bipolares também se movimentam, ex agua. Elas também produzem calor, pelo simples fato de ter agua independente de ter eletrólito porque a característica da agua faz essa movimentação. A gordura não é polarizada, mas quando essa onda alternada em alta frequência passa por tecidos que tem gordura como tecido adiposo, ele agita. Eles tem movimento mas não tão ativos para que possa produzir calor. Então é como se a gordura fizesse uma barreira pra essa onda eletromagnética. A onda tem que passar, a medida que ela penetra, ela é absorvida por estruturas polares e apolares. Agora se tiver gordura que tem resistência pela passagem dessa onda há uma distorção, ela vai dificultar a passagem e não vai ter produção de calor efetiva e vai penetra menos, porque a onda vai ser dissipada. A diatermia por mais que seja interessante tratar feridas em tecidos mais profundos, em áreas que tem muito percentual de gordura, isso vai funcionar como uma barreira dessa passagem de onda. E ai para minimizar, tem os diferentes tipos de eletrodos capacitor e indutor. Medidas de fluxo de correntes elétricas: Voltagem: sinônimo de força eletromotriz, ou seja, é a força necessária para deslocar esses elétrons. Quanto maior a força pra deslocar esses elétrons, maior é a voltagem. Eu preciso de algo primeiro para impulsionar, e depois a quantidade de elétrons que de fato vai fluir define a intensidade. Medida em volts Intensidade: Determina a velocidade do fluxo de elétrons. Ou seja, precisa de uma força pra impulsionar, mais precisa de elétrons, porque quanto maior a quantidade de elétrons movimentando maior será a intensidade. Medida em amperes Potencia: Produto de voltagem x intensidade. É o parâmetro de dose que usa no aparelho de diatermia. Medida em whatts. Quanto tem a resistência aumentada, ou eu aumento a dosimetria ou pode usar eletrodos do tipo indutor, que são mais indicados no caso. Mas se tiver so do tipo capacitor tem que ter em mente, que em uma região que tem muito tecido adiposo eu não terei um efeito tão profundo. A gente vai saber que está tendo efeito ou não, é o retorno do próprio paciente. Efeitos Fisiológicos: Efeitos térmicos - Tem aumento de temperatura e de calor no tecido. Efeitos mecânicos- Ele acontece porque quando essa onda está passando pelos tecidos, quando ela passa em situações patológicas, se não tem mais inflamação eu tenho que lembrar que naquele tecido algumas células elas foram despolarizadas, eu preciso que elas repolarizem para poder entrar em um estado que ela pode ser novamente despolarizada e voltar para sua ação novamente. Quando essa onda passa então ela facilita a despolarização das células. Despolarização: Eu uma situação de repouso, e a célula não precisou fazer sua função ela está negativa por dentro e positiva por fora. Para a despolarização acontecer os canais voltagem dependentes precisam estar abertos. Para que essa célula volte a ficar em estagio pronto para ser despolarizada, os canais tem que voltar a se fechar e ao mesmo tempo ocorre a ativação de bombas de sódio e potássio, essa bomba ela se abre na tentativa de repolarizar a célula. Ela repolariza porque essa bomba precisa de energia pra atuar, energia que vem da quebra do ATP, na presença dessa energia ativa a bomba. Essa bomba drena o sódio pra fora e o potássio pra dentro. Manda 2 sódios pra fora e 1 potássio pra dentro. Ai volta a ficar mais negativo dentro da célula voltando ao seu estado de repouso. Lembrando que a bomba tem que atuar contra a gradiente de concentração. Quando uma onda eletromagnética está passando de uma diatermia, que essa onda alternada de alta voltagem, ela ativa essa bomba de sódio/potássio, facilitando a despolarização. O efeito mecânico por ajudar na repolarização de células, ela seja super benéfico para processo de cicatrização. Diatermia pulsada: A medida que a onda alternada de alta frequência continua passa terá efeito térmico e mecânico. Os dois acontecem juntos. Acredita-se que quando eu coloco esse aparelho no modo pulsado ocorre interrupções dessa onda continua, é como se hora passasse, hora não passasse e no momento em que não passa todo calor que foi produzido ele acaba sendo dissipado e ai com isso o efeito térmico fica minimizado e o efeito mecânico (despolarização) acontece. Seria interessante acontecer isso em um processo agudo. Enquanto estiver o estimulo eu vou ter o efeito térmico e o efeito mecânico, mas no momento que coloca o modo pulsado eu permito que o calor seja dissipado. Essa ideia de colocar o modo pulsado vem na tentativa de inserir o recurso mais brevemente possível, em uma fase subaguda inicial. O que vai nortear o tratamento é a visão subjetiva do paciente, onde ele tem que me dar relato de sensação de calor agradável marcante, pra saber se está acontecendo o efeito térmico. Como é uma dose subjetiva e eu não consigo ver se o mecânico está acontecendo nesse caso podem existir outros recursos melhores. A fase subguda inicial é quando o paciente começa a relatar que a dor está diminuindo, mas você ainda percebe a área quente, vermelha ele ainda não movimenta. Então nessa fase tem que ter cautela pra aplicar esse modo. Frequência de repetição de pulso: Isso tem no aparelho. Quando coloco nessa fase, você naturalmente ativa o modo pulsado, onde eu determino em qual frequência de repetição de pulso será usada. Quanto menor a frequência de repetição de pulso, maior a chance de efeito térmico. Logo que se o objetivo do terapeuta for minimizar o efeito térmico da diatermia por ondas curtas ele deve reduzir ao máximo a frequência de repetição de pulso a fim de permitir dissipação de calor. Se ela estiver alta terá pouco intervalo, pouco tempo para dissipar calor sendo esse menor. A condição do seu paciente é determinante para escolher qual a melhor forma para o tratamento. O calor ajuda na dor, na cicatrização e reparo, na rigidez tecidual, repolarização, extensibilidade do colágeno. Indicações: em lesões musculoesqueléticas pós agudas ( pós fase inflamatória), aumento do fluxo sanguíneo, vasodilatação e circulação, aumento da extensibilidade do colágeno e aumento do limiar da dor ( subaguda e crônica). Contraindicações: lesões traumáticas agudas (pós inflamatória), áreas com isquemia, áreas com redução de sensibilidade térmica e dolorosa, áreas com fluidos aumentados (porque se o edema estiver seinstalando, fase aumentada é porque ta na fase aguda, então calor não é bom. Agora se for um edema residual, não tem outros sinais de inflamação eu tenho que ativar sistema linfático e venoso e nessa situação o calor é bom). Na região dos olhos não é bom e lentes de contato devem ser retiradas. Na área genital masculina também, bolsa escrotal é bem vascularizada. Roupas úmidas, malignidade (câncer), áreas com infecções (enquanto tiver infecção, vai ter inflamação), área pélvica na fase menstrual, testículos, gravidez ( não pode aplicar, nem receber), placas epifisárias em adolescentes ( área com alta atividade osteoblasticas), implantes metálicos, pacientes com marcapasso, mulheres em uso de dispositivo intrauterino ( diu) de cobre, relógios e joias devem ser retirados, e macas de metal ( na sala tem que evitar tudo que há metal). Diretrizes para escolha de colocação de eletrodos: evitar interferência com sinal (qualquer outro aparelho que emita onda eletromagnética ligada no mesmo lugar que a diatermia pode ter conflito entre essas ondas.) ex: celular. Nenhum metal deve estar a menos de 1.2 metros do aparelho de diatermia. Terapeuta deve permanecer a 1m de distancia dos eletrodos e 50cm ( meio metro) dos cabos. A terapia dura de 20 a 30 minutos. Parâmetros 1. Ondas curtas: Coplanar – quando coloca os eletrodos no mesmo plano Contraplanar – você faz como um sanduiche. A área tratada fica entre os eletrodos. Quando ocorre a escolha por qual das duas usar? Sempre que for possível a contraplanar é mais interessante, porque você quer que a onda vai de um eletrodo para o outro e vai ser absorvida por esses tecidos vascularizados. Só que o seguinte, você não consegue fazer essa técnica, por exemplo, nas costas do paciente. Nas áreas que não consegue fazer contraplanar, use-se coplanar. Na coplanar vai ter penetração. Isso fazendo com que os eletrodos se mantenham a 1 palmo de distancia para conseguir uma boa penetração. A distancia do eletrodo na pele tem que ser mais ou menos 3cm. E não pode ter diferença de pressão, ou diferenças de distancia. Pode ser usado, por exemplo, uma toalha, pra poder manter essa distancia. Dose: A potencia que você ira colocar dependendo da reação do seu paciente. Ele ira te relatar uma dor suportavel, um calor marcante. Efeitos: Técnicos e mecânicos. Esses efeitos vão durar em torno de 30 minutos depois da terapia. Porque depois que transfere o calor você tem a tentativa do organismo de restaurar a o homeostase térmica, então com 30 minutos se não fizer a terapia que tem que ser feita não adianta o efeito vai passar. Se usei o recurso por exemplo para cicatrização seja potencializada, pensando em aumento de aporte sanguíneo, melhorar extensibilidade do colágeno e na dor. É bom usar cinesioterapia depois da aplicação porque reduz dor, mas não melhora função. Tempo: de 20 a 30 minutos de terapia. Recursos terapêuticos tem que ser usados com cinesioterapia associado. 2. Micro-ondas: Diferença dos dois é comprimento e frequência o resto é igual. Eficácia: é a mesma, mas o micro-ondas você tem o aparelho que tem um eletrodo só, que posicionado de 5 a 15 cm da área que vai ser tratada. O mais perpendicular possível para que essa onda eletromagnética que é gerada por esse equipamento incida sobre os tecidos e seja absorvida por estruturas que tenha bastantes eletrólitos. Se olhar termos de comprimento de onda, que o comprimento de onda do micro-ondas é menor. Então, ele é uma variável que interfere na profundidade. Pensando assim suas ondas atingem tecidos mais superficiais. O micro-ondas é uma onda eletromagnética que quando encontra com estruturas ele terá partes que vão ser refletida, o efeito vai acontecer na estrutura que receber essa onda. Então a absorção fica um pouco mais limitada. Ele tem componente magnético e elétrico da onda juntos. Então dependendo do tecido, se ele tiver muita gordura, é também considerado um fator limitante. Uma área que tem muita proeminência óssea é difícil usar ondas curtas, ai colocar o micro-ondas ficaria mais fácil. Técnica: o eletrodo vai ser posicionado mais perpendicular possível, em uma distancia de 5 a 15 cm. Dose: Percepção subjetiva do paciente, calor agradável e marcante. Efeitos térmicos e mecânicos: os mesmos lá de cima Tempo: 20 a 30 minutos. Tipos de eletrodos de ondas curtas Capacitor A área a ser tratada faz parte do circuito, o campo elétrico é maior do que o campo magnético. É necessário fazer a sintonia entre o circuito gerado pelo aparelho e o posicionamento dos eletrodos. Ele pode ser placas metálicas ou discos. Ou vai ter duas placas metálicas, ou dois discos. Então o que acontece: a área a ser tratada ela vai estar entre os eletrodos, ou coplanar ou contraplanar. Então tem um circuito onde a onda eletromagnética está sendo gerada pra um eletrodo pro outro de alta frequência e alterada e absorvida pelos tecidos. Quando posiciono, e coloca a potencia, se eu não sintonizar o circuito que eu gerei com o circuito que de fato estar passando pelos tecidos, você pode subestimar a potencia. No aparelho tem um botão pra sintonizar isso. Ajusta a frequência e a potência das ondas curtas com o que eu gerei no aparelho. Para ter uma melhor eficiência Em termos práticos o problema dele é como eu gero uma onda eletromagnética que vai ter que passar pelos tecidos biológicos, os tecidos com muita gordura dissipa. Então o tipo indutor ele minimiza o efeito mais profundo em áreas com mais gordura. Indutor Tentar minimizar ou suprir esse feito dos capacitores. Porque ele consegue ter uma absorção mais profunda em tecidos com gordura? Porque na verdade ele é uma placa, que vai ter um campo elétrico e um magnético, mas no caso o campo magnético será maior que o campo elétrico. É como se eu colocasse a área toda que eu vou tratar sobre um campo eletromagnético. O campo magnético vai fazer dentro do tecidos biológicos mais profundos correntes em redemoinhos e essas correntes promovem o calor. Então em tecidos com muita gordura o campo magnético consegue fazer com que estruturas mais profundas se movimentem fazendo essas correntes em redemoinhos fazendo com que eu consiga chegar em tecidos mais profundos. Usar em pacientes mais obesos, em áreas que eu quero aquecimento mais profundo. Aquecimento profundo que converte ondas eletromagnéticas em calor. O calor é produzido pela resistência do tecido a passagem da onda (cada tecido tem uma resistência). Mais temperatura mais radiação. Quando usar: dor, edema, cicatrização de feridas, nervos e fraturas, diminuição da rigidez. Efeitos Térmicos Vasodilatação; Aumento do fluxo sanguíneo; Aumento da condução nervosa; Aumento do limiar da dor; Filtração aumentada e difusão através de diferentes membranas; Aceleração da atividade enzimática; Aumento da extensibilidade de tecidos moles; Redução da rigidez articular; Não térmicos Equilibrio da bomba de Na+/K+ (atua no potencial de membrana). Indicação Lesões musculo-esqueleticas agudas. Termico: Controle de dor, acelerar a cicatrização e diminuir rigidez articular. Não térmico: Controle de dor e edema, promove a cicatrização de feridas, nervos e fraturas. Contra indicações Implantes de metal: interferência no funcionamento do aparelho e superaquecimento. Gestação: efeitos do aquecimento profundo, atuação dos campos eletromagnéticos no desenvolvimento fetal. Malignidades: aumenta a proliferação de células malignas em temperaturas entre 40° C e 41°C. Região dos olhos: o aumento da temperatura no fluido intraocular pode causar dano nas estruturas internas dos olhos. Região dos testículos: afeta adversamente a fertilidade pelo aumento local de temperatura no tecido. Epífises de crescimento: pode alteraro fechamento das epífises. Precauções Distância do terapeuta: 1 a 2 metros do aplicador. Terapeutas devem evitar a exposição durante a gestação (má formação do feto). Não utilizar em uma mesma sala outros equipamentos concomitante ao uso da Diatermia. Metais próximos. Não conter nenhum outro aparelho eletrônico (celular, computador, tabletes) Métodos Ondas curtas: Continuo Dose: de acordo com a sensação do paciente. (da dose II a dose IV). Dose I (mais baixa): nenhuma sensação de calor Dose II (baixa): sensação de aquecimento suave Dose III (média): sensação de calor agradável Dose IV (pesada): aquecimento vigoroso tolerável abaixo do limite da dor Técnicas: Capacitância (eletrodos capacitadores: placa de ar ou coxim) – campo elétrico maior que o magnético Indução (cabo ou tambor) – campo elétrico menor que o magnético Tipos de eletrodos: Capacitadores: Paciente é colocado entre dois eletrodos, passa a fazer parte do circuito. TÉCNICA CONTRAPLANAR http://lh5.ggpht.com/_21cyX9VAnpI/Sj4t52B3QEI/AAAAAAAAAO0/lI5dl7ZAbEQ/s1600-h/clip_image009%5B3%5D.gif (maior resistência do tecido, maior calor/ quanto maior a distancia dos eletrodos maior a intensidade). Eletrodos: placa de ar: eletrodo com envoltório com distancia do paciente (3 cm), eletrodos paralelos. Coxim: Colocar uma toalha em baixo do eletrodo. Quanto mais próximo os eletrodos são colocados mais superficial é a terapia. Deve ser colocado uma toalha de 3cm de espessura entre os eletrodos e a pele do paciente. Não deixar os cabos se enrolarem. Indução: Menor percepção do calor. Paciente não faz parte do circuito. Eletrodo: Cabo: Bobina enrolada: correntes de redemoinho que gera movimento das moléculas (principalmente líquidos e eletrólitos). (adéqua mais em membros). Bobina de panqueca: enrolado em forma de panqueca, diâmetro de no mínimo 15 cm. Distancia de 5 cm de uma volta a outra. (coluna torácica, lombar). Tambor: Usado em áreas planas. (não usar em protuberâncias ósseas) (costas) Tempo: 20 minutos. Potencia: Colocar na máxima e depois de estabelecer outros parâmetros colocar na percepção do paciente. Microondas: Trata locais com pouco tecido subcutâneo (protuberâncias ósseas). Campo elétrico maior que o magnético. Deve ser incidido a 90° Tipo de aplicadores: Magnetron Eletrodo: Circular: a temperatura máxima é produzida na periferia de cada campo de radiação. Retangular: a temperatura máxima é produzida no centro do campo de radiação. 3. Ultra-som Terapêutico – Função principal = REPARO TECIDUAL Definição Gerador de corrente elétrica de alta frequência, conectado a uma cerâmica piezoelétrica, que se deforma na presença de um campo elétrico, formando uma onda sonora. À medida que a onda penetra longitudinalmente nos tecidos há a ocorrência de áreas de compressão e de rarefação resultando em: http://lh6.ggpht.com/_21cyX9VAnpI/Sj4t96f8NrI/AAAAAAAAAPM/Volm9umEEPY/s1600-h/clip_image013%5B3%5D.gif A. Efeitos térmicos Causas: - Vibração das moléculas (principalmente proteínas) → aumento da energia cinética → produção de calor → aumento da temperatura tecidual Consequências: - Aumento na extensibilidade das fibras de colágeno encontradas nos tendões e cápsulas articulares; - Diminuição da rigidez articular; - Redução do espasmo muscular; - Modulação da dor; - Aumento do fluxo de sangue; - Resposta inflamatória moderada, que pode ajudar na inflamação crônica. B. Efeitos não-térmicos Causas: - Cavitação estável → formação de bolha gasosas que se expandem e se comprimem devido à mudança de pressão induzida nos líquidos teciduais pela onda ultra-sônica - Microcorrente acústica → movimento unidirecional de líquidos ao longo dos limites da membranas celulares, resultante da onda de pressão mecânica gerada em um campo ultra-sônico Consequências: - Estimulação da atividade fibroblástica, aumentando a síntese proteica e de colágeno; - Aumento da permeabilidade da membrana, facilitando a difusão de íons e nutrientes pela membrana; - Aumento da regeneração tecidual; - Promoção de cura óssea e reparo de fraturas não-consolidadas; - Fonoforese de fármacos para os tecidos. Frequência dos equipamentos de ultra-som A capacidade de penetração da onda ultra-sônica está diretamente relacionada com a frequência do equipamento. Os equipamentos de ultra-som, em geral, apresentam frequências de 1MHz e de 3MHz, sendo a escolha diretamente relacionada com a profundidade de penetração. Em altas frequências (3MHz), a transmissão de energia é mais convergente, favorecendo uma maior absorção de energia pelos tecidos superficiais. Como resultado há uma redução na capacidade de penetração da onda sonora. Em baixa frequência (1MHz), a transmissão de energia é mais divergente, com isso há menor absorção de energia pelos tecidos superficiais, favorecendo uma maior penetração da onda sonora. Modos de ultra-som Podemos utilizar o US no modo contínuo e pulsado. A escolha do modo depende da quantidade de energia (intensidade) que pretendemos que chegue ao tecido a ser tratado. No modo contínuo, como a energia ultra-sônica é gerada continuamente, a intensidade instantânea é igual à intensidade média. Em outras palavras, se a intensidade instantânea for, por exemplo, 1 W∕cm 2 , a intensidade média também será de 1 W∕cm 2 . No modo pulsado a energia ultra-sônica é gerada somente durante o tempo ligado. A finalidade de utilizar esse modo é reduzir a quantidade de energia ao tecido a ser tratado, com isso haverá redução dos efeitos térmicos, ocorrendo somente os efeitos não térmicos. Sendo assim, ao utilizarmos a intensidade instantânea de 1 W/cm 2 com pulso de 50% (1:1) a intensidade média gerada será de 0,5 W/cm 2 . Seguindo o mesmo raciocínio, ao utilizarmos a intensidade instantânea de 1 W∕cm 2 com pulsos de 20% (1:2), a intensidade média gerada será de 0,2 W∕cm 2 . Já para pulso de 10% (1:9), a intensidade média gerada será de 0,1 W∕cm 2 . Desta forma, quanto menor o percentual de pulsação, menos energia será transmitida ao tecido. Importância clínica Em processos inflamatórios agudos – como a área a ser tratada deve receber intensidade menor do que 0,5 W∕cm 2 (preferencialmente até no máximo 0,2 W∕cm 2 ), a fim de garantir que o tecido a ser tratado terá somente efeitos não- térmicos, a forma pulsada pode ser a melhor escolha. Em condições crônicas – onde o efeito térmico é importante, o ultra-som contínuo seria a melhor opção, já que neste caso, a intensidade instantânea representa à intensidade média. Vale mencionar que para o tecido a ser tratado apresentar aumento de temperatura, é necessário que chegue uma intensidade entre 0,5 e 1 W∕cm 2 . Para isto, é fundamental conhecermos a profundidade do foco a ser tratado. Em termos práticos, à medida que a onda penetra, há uma atenuação, em função da absorção da onda, de 50% a cada 1cm de profundidade. Sendo assim, se desejamos tratar um tecido que se encontra a 2cm de profundidade, com uma intensidade suficiente para promover efeitos térmicos, devemos calcular previamente qual a melhor intensidade instantânea. Por exemplo: se o foco a ser tratado encontra-se a 2 cm de profundidade e desejamos que efeitos térmicos ocorram nesse tecido, temos que utilizar uma intensidade instantâneo em torno de 2 W∕cm 2 . Como calcular o tempo de aplicação? De acordo com a literatura o cálculo do tempo de aplicação dependerá do tamanho da área a ser tratada e da área de radiação efetiva do cabeçote (2 a 3 minutos para cada 1 ERA e ½). Sendo assim, se área a ser tratada apresentar um diâmetro de 4 cm, o raio será 2 cm e a área, que representa 3,14 x (raio) 2 , será equivalente a 12,5 cm 2 . De acordo com esta área a ser tratada e a ERA do cabeçote (considerar, por exemplo, ERA = 4 cm 2 ), o tempo médio para tratamento será de aproximadamente 4minutos e o tempo máximo de tratamento será 6 minutos. Cálculos: Tempo médio 2 minutos → 6 cm2 x minutos → 12,5 cm2 x = aproximadamente 4 minutos Tempo máximo 3 minutos → 6 cm2 x minutos → 12,5 cm2 x = aproximadamente 6 minutos Observação O cabeçote do ultra-som possui uma área efetiva (*ERA) menor do que sua área total. O conhecimento do tamanho da ERA do cabeçote se faz necessário para determinação do tamanho da área de tratamento. A literatura cita que a área de tratamento deve ser de 2 a 3 vezes o tamanho da ERA. Sendo assim, este recurso é mais eficiente para tratar pequenas áreas. * ERA = área da superfície do cabeçote que realmente produz onda sonora. Para conhecer a ERA do cabeçote, devemos consultar o manual do equipamento. Importante Deve-se utilizar um agente de acoplamento entre a pele do paciente e o cabeçote a fim de reduzir a reflexão na interface ar-tecido e facilitar a passagem da energia ultra-sônica. O agente acoplador deve: - Ter baixo coeficiente de absorção; - Permanecer livre de bolhas de ar durante o tratamento; - Ser aplicado na pele com o cabeçote em contato com o meio de acoplamento antes de ligar o aparelho; - Ser preferencialmente gel hidrossolúvel. Além de utilizar agente de acoplamento o cabeçote deve ser movimentado utilizando-se movimentos circulares lentos sobrepostos e padrão de deslizamento longitudinal, a fim de proporcionar uma distribuição uniforme da energia dentro da área a ser tratada, evitando a formação de cavitação instável e pontos quentes. Frequência de tratamento Processos agudos: - Iniciar a aplicação de US dentro de 48 hs para maximizar o processo de cura. - O uso deve ser de 1 a 2 vezes por dia, durante 6 a 8 semanas até a redução dos sintomas (dor e edema) Processos crônicos: - Aplicar o US em dias alternados até melhora dos sintomas (até no máximo 14 sessões). Técnicas de exposição Técnica de contato direto Superfície a ser irradiada é razoavelmente plana sem muitas irregularidades Uso de gel acoplamento entre o cabeçote e a pele do paciente ou formulações farmacológicas com fins terapêuticos (fonoforese – contínuo MHz) US deve atingir a pele em ângulo de 90◦ Movimentar o cabeçote com movimentos circulares lentos sobrepostos e longitudinais Manter o cabeçote o tempo todo em contato com a pele Técnica de imersão em água Indicação o Área a ser tratada é menor que o diâmetro do transdutor disponível o Área irregular com proeminências ósseas Uso de bacia de plástico, cerâmica ou borracha Uso de água de torneira como meio de acoplamento Movimentação do cabeçote em paralelo à superfície tratada e em movimentos circulares Transdutor deve ser mantido perpendicular à área tratada Distância entre o cabeçote e a pele de 0,5 a 1 cm Importante: consultar sobre a blindagem do transdutor para aplicação subaquática Indicação Condições agudas e pós-agudas (UST efeito não-térmico) Cicatrização e reparo dos tecidos moles Tecido cicatricial Contratura articular Inflamação crônica Aumento da extensibilidade do colágeno Redução do espasmo muscular Modulação da dor Aumento do fluxo sanguíneo Regeneração dos tecidos moles Aumento da síntese proteína Regeneração do tecido Cicatrização óssea Reparação de fraturas não-unidas Pontos-gatilho miofasciais Contra indicação Condições agudas (Ultra-som com efeitos térmicos) Áreas com sensibilidade térmica reduzida Áreas com redução da circulação Insuficiência vascular Tromboflebite Olhos Órgãos reprodutores Pelve imediatamente após menstruação Gravidez Marcapasso Câncer Áreas epifiseas em crianças pequenas Reposição articular total Infecções Testes utilizados para avaliar o equipamento de ultra-som 1 – Teste para avaliar possíveis alterações no campo acústico (periodicidade: 1 x por semana): Ultra-som modo contínuo / 1 MHz Colocar 1 mL de água sobre a superfície metálica do cabeçote Observar o feixe ultra-sônico em baixa dose (intensidade de 0,1 W/cm 2 ) – análise qualitativa do campo acústico do feixe US (irregularidades e tamanho da ERA) 2 - Teste de cavitação: Ultra-som modo contínuo / 1 MHz Colocar 1 mL de água sobre a superfície metálica do cabeçote Observar o feixe ultra-sônico em baixa dose (intensidade de 0,1 W/cm 2 ) Observar a lenta e constante elevação da intensidade e a qualidade da cavitação Cavitação visível na intensidade de 0,1 W/cm 2 (modo contínuo) Nebulização da água em intensidades de 1,3 a 1,8 W/cm 2 3 - Teste para conferir a capacidade de transmissão em relação a um meio Circundar o cabeçote com uma fita deixando 2 cm de fita Encher o tubo de fita com 1 cm de espessura de gel de US Encher o restante com água Ajustar a intensidade e observar a bolha (contínuo / 1 MHz / 1,5 W/cm 2 ) Repetir o procedimento substituindo o gel pelo meio testado (preferencialmente gel) Se a água tem pequena ou nenhuma bolha, seu meio desejado não é bom acoplamento DIATERMIA LASER E LED Quando usar: Regeneração tecidual (ulcera). Promove agitação das partículas, aumento da circulação e com isso a vinda de mediadores químicos que ajuda na cicatrização e nos efeitos secundários. Laser: Quanto mais próximo melhor, menor a divergência e reflexão. Apenas um feixe, monocromatico (1 comprimento de onda), coerente (ondas alinhadas), direcional (em um so sentido). Penetração de poucos milímetros, absorvidos por vários estratos da pele. LED: feixe divergente, policromático (vários comprimentos de onda), divergente, não direcional. Canetas: - Hélio-Neônio (HeNe) - Arseneto de Gálio (AsGa) -Alumínio-Gálio-Indio-Fósforo(AlGaInP) – Arseneto-Gálio-Alumínio (AsGaAl) Efeitos Bioestimulação Estimulação de mitocôndrias a produzir ATP (energia). Aumenta a síntese proteica. Aumenta numero de fibroblastos e angiogênese. Bioquímicos A energia absorvida atua: Estimulando a liberação histamina, serotonina, bradicinina. Modificando reações enzimáticas normais Estimula a liberação de mediadores químicos. Produção de ATP (mitoses) Analgesia: liberação de β endorfina (sensação de prazer), serotonina e ativação de fibras A-beta Altera produção hormonal (T3 e T4) Efeito antiinflamatório Modificação da motricidade do sistema linfático no edema Bioelétricos Equilíbrio da atividade funcional celular: normalização do potencial de membrana; Bioenergéticos - Efeitos primários São as respostas celulares decorrentes da absorção de energia. Bioenergéticos – Efeitos secundários São as alterações fisiológicas que afetam todo o tecido. Aumento do tecido de granulação Regeneração de fibras nervosas Neoformação de vasos sanguíneos e regeneração de vasos linfáticos Aumento do colágeno Aceleração do processo de cicatrização Incremento da atividade fagocitária dos linfócitos e macrófagos Quando uma célula é bioestimudada ativa uma cascata de reações que ativa diversas áreas estimulando diversas células. (efeito de espalhamento). Cuidados, precauções e contra indicações Caneta perpendicular; Não aplicar ao redor dos olhos; Não aplicar sobre tumores; Não aplicar sobre útero, ovários e glândulas; Usar óculos protetor (terapeuta e paciente); Evitar salas que refletem muito; A pele deve estar seca, limpa e livre de irritações; Uso de drogas fotossensibilizantes. Métodos Laser: Modo continuo ou pulsado. Técnica: Varredura (904) ou pontual (630, 670, 830) Escolha da caneta. Densidade energética: ação que se quer ter com o uso do laser. (peles claras usa a menor densidade, peles morenas usa a maior densidade possível para o efeito desejado). Circulatório: 1 – 3 J Antiinflamatório: 1 – 3 J Analgesia: 2 – 4 J Regenerativa: 3 – 6 J. Aplicaçãodiária ou duas aplicações semanais. Sendo que elas não devem ultrapassar 30 aplicações se não melhorar, dar um intervalo de 30 dias e voltar a terapia. Pontual: Laser entra em contato direto com a pele. Densidade energética. Modo continuo Tempo já definido pela caneta. Caneta a 90°. Varredura: caneta passada no sentido da fibra pouco distante da pele. Modo free Continuo Densidade energética (topos) Tempo tem que calcular: densidade energetica X área/ potência. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE Definição de modalidades elétricas: “Capacidade de receber a corrente elétrica por meio de uma tomada de parede e transformá-la para produzir efeito fisiológico desejado no tecido biológico”. Definição de corrente elétrica: Conjunto de cargas positivas ou negativas em movimento. Unidade de medida (Ampére – A) → Indica a taxa de fluxo de elétrons (intensidade). Para que a corrente elétrica flua devem existir → Transportadores de carga na matéria (elétrons – metais / íons – soluções eletrolíticas) e Força eletromotriz (voltagem / Unidade = Volts). Tipos de correntes elétricas: • Corrente contínua (polarizada) → Cargas se movem sempre em uma mesma direção. Promove mudanças eletroquímicas sob os eletrodos. Utilizada para iontoforese. Promove efeito bioestimulante sobre células não-excitáveis. Pode ser utilizada para estimulação de pontos motores ou nervos periféricos. • Corrente alternada (despolarizada) → Há a inversão da polaridade em intervalos regulares de tempo. Ideal para atividade excitomotora. Produz formas de ondas que têm 2 fases em cada pulso. http://rtufvjm.blogspot.com.br/2016/01/principios-basicos-de-eletricidade.html • Trens de pulso ou “burst” → Grupos de pulsos interrompidos por pequenos períodos de tempos e se repetem em intervalos regulares. Usada em corrente “Russa”. Representação gráfica da corrente elétrica produzida pelo aparelho eletroterapêutico: Pulsos e Fases do fluxo de corrente: Eletrodos – primeiro ponto de resistência para as terapias com correntes elétricas. Tipos de eletrodos: Metálicos, de chumbo ou alumínio (C, D)→ Alumínio : menos corrosivo. Apresentam resistência na interface eletrodo-pele. Necessidade de esponja umedecida. Uso: correntes polarizadas Silicone-carbono (B) → Uso causa alterações nos íons carbono. Necessidade de uso de gel condutor. Uso: correntes despolarizadas. (MAIS UTILIZADO) Auto-adesivos (A) → Perde a condutividade com o tempo. Uso: correntes despolarizadas. Posicionamento dos eletrodos: Longitudinal ou Transversal Tamanho dos eletrodos: • Técnica monopolar → Densidade sob o eletrodo menor é aumentada. Ênfase no local a ser tratado. • Técnica bipolar → Utilização de 2 eletrodos de tamanhos iguais. Distribuição uniforme da corrente pela superfície do segmento a ser tratado. Colocação dos eletrodos: Sobre ou ao redor da área dolorosa Sobre os dermátomos que correspondem à área doloroso Próximo à medula que inerva área dolorosa Sobre nervos periféricos que inervam a área dolorosa Sobre estruturas vasculares superficiais Sobre pontos motores Dermátomos: importante verificar mapas de dermátomos. Miótomos de membros inferiores: L2 – Psoas e adutores de quadril (flexão de quadril) L3 - Psoas e quadríceps (atrofia coxa - extensão joelho) L4 – Tibial anterior e extensor do hálux (dorsiflexão de tornozelo) L5 – Extensor do hálux / fibulares / glúteo médio / dorsiflexão tornozelo (atrofia panturrilha – extensão hálux) S1 – Panturrilha e posterior da coxa / atrofia glúteos / fibulares / flexores plantares (flexão plantar tornozelo / eversão tornozelo / extensão quadril) S2 – Similar S1 exetuando fibulares Miótomos de membros superiores: Modulações da corrente: Qualquer alteração que se faça na corrente original. Tipos de modulação: Variações de amplitude → modulações na amplitude de pico de uma série de pulsos. Variações de frequência de pulso variações cíclicas no número de pulsos aplicados por unidade de tempo. Trens de pulso (Burst) → Repetição sequencial de uma série de pulsos. Comum em estimulações excitomotora por minimizar a fadiga. Burst + Modulação em amplitude - contração mais agradável. Modulação VIF (variação na frequência e intensidade) → Utilizadas nas correntes empregadas em longos períodos de estimulação. Consegue-se retardar a ACOMODAÇÃO. Frequência das correntes: Correntes de baixa frequência → < 1000 Hz (< 250 Hz) Correntes alternadas de média frequência → 1000 a 4000 Hz (moduladas em baixa frequência: ~50 Hz para contração muscular) Frequência das correntes com suas respectivas ações: Estrutura estimulada Frequência (Hz) Nervos simpáticos – 0-5Hz Músculo não-estriado – 0-10Hz Nervos parassimpáticos – 10-150Hz Nervos motores – 10-50Hz Nervos sensoriais – 90-110Hz Parâmetros ajustáveis: Características do pulso → Frequência do pulso. Amplitude da corrente. Largura do pulso. Intervalo do interpulso. Eletrodos → Tipo. Distância. Posicionamento. Tamanho. Características da corrente elétrica → Tipo de corrente. Formas de onda. Modulações. Tempo total de terapia. Contraindicações gerais para estimulação elétrica: Usuários de marcapasso cardíaco Cardiopatas Utilização sobre vasos sanguíneos trombóticos ou embolíticos Vasos vulneráveis à hemorragia Área abdominal de gestantes Sobre seios carotídeos Alterações de sensibilidade sem estratégias seguras Indivíduos com dermatite e sobre pele danificada Tecidos neoplásicos Estado febril Infecções em geral Dor não-diagnosticada (a menos que seja recomendada por profissional) CORRENTES EXCITOMOTORAS Uso de correntes elétricas visando contração muscular. O que acontece quando eu faço um movimento voluntário, em termos de unidades motoras? Qual a diferença e o que acontece quando você coloca um aparelho que provoca a contração muscular? Comparando uma contração muscular de uma contração promovida por uma estimulação elétrica temos de ter em mente que a contração é de vários pulsos, por exemplo, quando se está andando, eu contraio vários músculos ao mesmo tempo, ao contrario da corrente elétrica que quando você recebe o estímulo especifico do músculos abaixo dos eletrodos. Então por mais que se fale que o aparelho tenha 8 canais, ele vai trabalhar no máximo 8 músculos e na contração voluntária precisa-se trabalhar algo mais próximo da função, do movimento ou trabalhar mais grupos musculares. Na contração voluntária O treinamento promove efeitos sistêmicos, bom se eu trabalho mais músculos a gente tem que lembrar que toda contração tem uma eficiência mecânica, então quando eu faço um movimento que envolve muitos músculos eu tenho que mobilizar energia que a gente sabe que o processo de contração precisa de energia para que actina ligar-se a miosina, portanto tem uma atividade sistêmica, ou seja, seu coração bate mais rápido, seu cérebro tem toda uma resposta antecipatória para manter seu metabolismo, então tem um reação mais geral. Estimulação elétrica Também o efeito por ser local você não tem tantas repercussões sistêmicas, ou seja você não vai ter aumento gerado de FC de ventilação porque a atividade está restrita aos músculos sendo ativados. Unidades motoras São ativadas de forma gradual hierárquica na contração voluntária, significa que o que determina quando eu faço o movimento, qual unidade motora vai ser recrutada, nós temos unidades motoras de maior tamanho e de menor tamanho. As unidades motoras de maior tamanho são aquelas onde o motoneuronio que inerva fibras musculares, quando eu tenho outro neurônio inervando varias fibras musculares eu tenho uma unidade motora de maior tamanho. O motoneuronio é mais mielinizado, uma vez disparado ele passa mais rápido e a contração é mais vigorosa, então geralmente as unidades motoras de maior tamanhosão relacionados com força, potencia e pra isso tem que ter uma carga mais alta. Já as unidades motoras de menor tamanho elas estão mais relacionados com precisão e sustentação de movimento, movimentos que exigem mais tempo então são motoneuronios que inervam fibras mais resistentes a fadiga. Na contração voluntaria se eu for ativar a de menor tamanho ou a de menor tamanho o que determina é a carga. Onde as UNIDADES MOTORAS DE MAIOR TAMANHO para serem ativadas precisam de alta carga, portanto apresentam limiar de despolarização mais alto, contudo uma vez despolarizada a informação é mais rápida. São menos vascularizadas (contração rápida), a resistência a fadiga é baixa. Metabolismo mais anaeróbico. Já as UNIDADES MOTORAS DE MENOR TAMANHO são recrutadas com baixa carga, por apresentarem limiar de despolarização menor. As fibras musculares são mais vasculares, resistência a fadiga é alta e tem metabolismo oxidativo, mais aeróbico. A carga e o fator determinante para contração voluntária, pode trabalhar qualquer unidade motora, dependendo do seu objetivo. Já na contração estimulada eletricamente as unidades motoras próximas ao eletrodo são as primeiras a serem ativadas, se eu pegar um eletrodo e colocar no biceps ( um no ponto motor e o outro mais distal seguindo a direção das fibras) as unidades motoras que estiveram próximo a esses eletrodos, em baixo dos eletrodos serão as primeiras a serem ativadas e não vai ter essa hierarquia ou seja, se não modificar os parâmetros do aparelho sempre essas unidades motoras próximas aos eletrodos vão ser ativadas. A chance de fagida acontece mais rápida, porque você não tem como mudar as unidades motoras e geralmente as que estão mais próximas contêm fibras de maior tamanho, então nesse tipo de terapia há uma prevalência maior de ativação de unidades motoras de maior tamanho, porque elas estão anatomicamente distribuídas mais perifericamente. Quando estimula o músculo por meio de estimulo elétrico eu não vou ter hierarquia de movimento, vão ser ativadas unidades motoras próximas ao eletrodo, que geralmente são a de maior tamanho, vai ter uma fadiga mais rápida, ter cuidado com o tempo de terapia, não pode ser muito tempo porque se o paciente fadiga ele não realiza a função de forma efetiva. Na contração voluntaria a contração é suave e gradativa, na contração induzida por corrente elétrica, mesmo que eu queira que ele faca o movimento mais suave eu não vou conseguir um movimento próximo do fisiologicamente normal, ele á mais brusco. Na contração voluntária a fadiga é mais lenta e na promovida por estimulação elétrica é mais rápida, porque você não consegue modificar o padrão das unidades motoras. 4 TIPOS DE CORRENTES Farádica -> apesar de não utilizar muito na clínica é importante porque ela foi a primeira corrente desenvolvida com o objetivo de contração muscular. Ela é polarizada, sob os eletrodos podem ter reações químicas que podem causam queimaduras. Forma triangular. Corrente de baixa freqüência (correntes até 1000hz), ela não é modulada. Pré estabelecida com a freqüência a 50hz. A largura de pulso é fixa (o tempo da passagem de cada pulso, duração de pulso) ele é 1ms. Pode ser utilizada para treino funcional, quando o paciente, por exemplo, executa o movimento mais não consegue fazer o arco completo. Ela preveni atrofia também, por exemplo, paciente que está acamado. Redução de espasmos (ela é usada em qualquer corrente que promova contração muscular, porque ela geralmente tem espasmo e o músculo está tenso a pessoa tem um processo inflamatório ou uma lesão que já teve, nesse lugar ela tem dor. Nesse ciclo dor-espasmo-dor que gera mais espasmo, portanto qualquer recurso que diminua a dor, diminui o espasmo. Então pensando em uma corrente que promove contração muscular, isso vai gerar estimulo suficiente para ativas vias descendentes que liberam substancias opioides que reduz a dor. Reduzindo a dor, reduz espasmo) e bomba muscular (qualquer contração que eu faça de forma rítmica ela pode ajudar no retorno venoso, então uma paciente que tem por exemplo edema residual ( que é edema que ainda não cedeu, não tem inflamação) o sistema linfático está comprometido, nessa situação onde não inflamação, a gente pode ajudar com intervenções de ativar o linfático, como faço isso? Massoterapia, calor, posicionamento que favoreça o retorno do liquido para o vaso) tem que ter tempo on e tempo off. Fes Mesmo aparelho de analgesia só que ele tem que modular tempo on e tempo off. Estimulação elétrica funcional, despolarizada, quadrática, desbalanceada de baixa frequência (frequência geralmente é de 50 a 100hz). A largura do pulso no caso de contração muscular faixa de 100-300Ms. Qual eu devo escolher? Na pratica quando trabalha pequenos músculos usa 100Ms e músculos maiores 200-300Ms. Efeitos: podem ser utilizados para treino funcional, preveni atrofia, reduz espasmo e bomba muscular, a diferença dela para a Faradica é que essa é despolarizada, quadrática. È também de baixa freqüência. Tempo de terapia vai depender da atividade funcional, porque se o meu objetivo for levar o objeto a boca do paciente, por exemplo, vai executar esse movimento quantas vezes achar que ele esta fazendo bem o movimento. A intensidade vai depender de quando ele exigir o movimento de forma correta. Nas primeiras sessões é importante familiarizar o paciente com as correntes elétricas. Os aparelhos de média frequência entraram no mercado, porque são mais confortáveis, ou seja, o indivíduo consegue suportar cargas mais altas. E com isso elas podem ser utilizadas para hipertrofia, mas no mercado existem varias correntes, então a gente tem que ter em mente um pessoa saudável que não tem déficit de força, que pode ir para atividade voluntária a gente já viu que quando faz atividade voluntária consegue trabalhar melhor recrutamentos de unidades motoras, tem beneficio sistêmico, então é sempre mais interessante para pessoas saudáveis optar por recursos com contração voluntária. Mas existem pessoas que não gostam de fazer atividade física e querem se beneficiar com essas correntes. A eletro visando hipertrofia é ótimo coadjuvante quando utilizado associado a atividade física. Corrente Russa Média frequência cujo objetivo é hipertrofia. È bastante utilizada, principalmente em clinicas estéticas. Tem como característica ser despolarizada, fase positiva e negativa, tem sua forma quadrática. É uma corrente quadrática de 2500Hz, despolarizada, modulada em baixa freqüência (Burts ou Sequência de pulso), no caso modula-se a sequência de pulso dentro do pulso. Varia de 1 a 100HZ, mais especificamente de 50-100HZ. Largura de pulso é pré estabelecida, de 10Ms e o Interpulso de 10Ms. Usada para hipertrofia e como qualquer outra corrente para redução de espasmo e bomba muscular. Tempo de Terapia: 10s de contração ON, na relação de 1:5, ou seja se ficou 10 segundos contraindo, vai ter que ficar 5x o tempo ON que no caso é 50 relaxando, ou seja OFF. Nesse caso 60 segundos, 10 segundos de ON e 50 segundos de OFF. Se caso a terapia tiver 10 contrações, por exemplo, a terapia terá 10 minutos. Iniciar com 10 contrações na relação de 1:5 e vai progredindo porque você tem que ter aumento gradual de intensidade e também no tempo de contração. Então por exemplo nas primeiras duas semanas eu trabalho com 10 minutos, 3 vezes na semana. Nas duas semanas seguintes eu trabalho 15 minutos e nas 2 semana seguintes 20 minutos. Carga: nesse caso carga de pulso (intensidade e amplitude) no caso de intensidade não vai ser mais execução de movimento, agora é a máxima suportada pelo paciente abaixo do nível da lesão, ou seja, quanto mais ele aguentar mais carga você coloca. Interferencial Heterófina Característica: despolarizada, formato senoidal. Ela também é de media freqüência (2000, 4000 ou 8000Hz) Tem que ser moduladaem baixa frequência. Modulação em baixa frequência: Escolher uma frequência de 50 a 100HZ. Largura de pulso pré estabelecida de acordo com o equipamento. Efeitos: Hipertrofia, redução de espasmo e bomba muscular. Tempo de terapia: da mesma forma da corrente russa, faz a progressão de carga e intensidade 10s de contração ON, na relação de 1:5, ou seja se ficou 10 segundos contraindo, vai ter que ficar 5x o tempo ON que no caso é 50 relaxando, ou seja OFF. Nesse caso 60 segundos, 10 segundos de ON e 50 segundos de OFF. Se caso a terapia tiver 10 contrações, por exemplo, a terapia terá 10 minutos. Iniciar com 10 contrações na relação de 1:5 e vai progredindo porque você tem que ter aumento gradual de intensidade e também no tempo de contração. Então por exemplo nas primeiras duas semanas eu trabalho com 10 minutos, 3 vezes na semana. Nas duas semanas seguintes eu trabalho 15 minutos e nas 2 semana seguintes 20 minutos. Carga: Nesse caso carga de pulso (intensidade e amplitude) no caso de intensidade não vai ser mais execução de movimento. Intensidade a máxima suportada pelo paciente. Colocação de Eletrodos Um você coloca no ponto motor (o local onde o nervo penetra no músculo) melhor local para despolarizar motoneuronio, e o outro eletrodo seguindo a direção das fibras do músculo. Contra Indicações Evitar colocar onde tem seios carotídeos Pacientes com instabilidade cardíaca Marca-passo Pacientes com déficit cognitivo Déficit de sensibilidade. ELETROANALGESIA Qualquer estímulo que fizer com que vias descendentes seja ativadas e libere opioides endógenos centralmente também é possível analgesia e essa analgesia será até um pouco mais prolongada. Uma analgesia que fecha o portão dar dor, ou seja, algum estímulo que tenha que chegar na medula e ativar substancia G ou um estímulo que sobe para o tálamo, com isso, o tálamo tem conexões com outras áreas centrais (Núcleo da Rafe, Substância Cinzenta Periquedutal) e ativa as vias descendentes e liberação de opioides endógenos. Então com a eletro, o que nos queremos é ativar esses aferentes sensitivos que vão fazer exatamente esse caminho de ativação da substancia G. Então tem que usar parâmetros para que ative mais vias aferente sensitivo rápido (A-beta), agora dependendo do parâmetro eu consigo ativar diretamente a (A –delta) eu vou ter o mesmo resultado que as vias descendentes. É possível também por meio de contrações musculares do músculo próximo a área dolorosa. Existe uma gama de estimulo que faça com que além da dor e da temperatura, o fato de você ter contrações musculares também ativam essa via. Então se eu por meio de corrente conseguir fazer com que o músculo tenha pequenas contrações de forma rítmica eu também vou ter analgesia. Analgesia por eletroterapia ela vem por meio dessas 3 situações. TENS, estimulação elétrica nervosa transcutânea : O tens é uma corrente quadrática, desbalanceada e despolarizada, tem dois polos (negativo e positivo). Baixa frequência (menores que 1000hz). No aparelho tem o modo normal, ou em sequencia de pulso (burst). Sequência de pulso: dentro do pulso ocorre uma sequência de pulsos dando essa característica de burst. Essa sequência de pulso quando eu ativo o burst no aparelho, significa que dentro do pulso eu vou ter uma sequência de x Hz. Em geral é em torno de 2hz. É pré-estabelecido no aparelho. No modo normal, se eu coloco no aparelho 50hz, eu vou ter 50 pulsos por unidade de tempo, mas se no aparelho eu coloco 50hz mas com modo burst, significa que dentro de cada pulso desses 50hz, vai ter uma sequência de pulsos pré-estabelecida. Modo convencional O tens convencional tem com ideia ativar A-beta (vias aferente sensitivo rápido). A informação vai chegar até a medula, que vai ativar substancia G, liberar neurotransmissores opióides então vai ter como resultado o fechamento do portão espinhal. Além da corrente elétrica, quais são os estímulos que afetam vias sensitivas A-beta? Pressão, comprimento muscular e toque. No aparelho o que eu vou ter que mexer pra ter esse modo convencional: Frequência – número de pulso por minuto. Ela vai ser sempre alta, entre 100 e 150 hz. Largura de pulso em microsegundos – duração do pulso é em torno de 50 a 80 microsegundos valor mais baixo. Tempo de terapia – mais de 30 minutos, o bom seria se o paciente usasse o aparelho o tempo todo enquanto estivesse sentindo dor, porque é um estímulo que vai fechar o portão da dor, se quando eu tiro o estímulo a causa não foi sanada, a dor vai continuar. É muito utilizado em hospitais. Fora isso o modo convencional é mais limitada, porque se você está em uma clínica que você tem 1 hora de sessão e você tem que ficar com o aparelho 30 minutos para analgesia que vai te permitir fazer a cinesio, pode ser que por questão de tempo ele não vai ser indicado. O resultado é uma analgesia enquanto durar o estímulo. Colocação de eletrodos – No paciente pode colocar até 4 eletrodos. Esses eletrodos vão ser colocados circundando a área dolorosa então, a área dolorosa ou seguindo o dermatomo (área de correspondência nervosa sobre a pele). A intensidade é um limiar sensitivo. Vai aumentar até a pessoa sentir a passagem de corrente agradável. Modo Burst Ativar aferente sensitivo A-delta, mas para isso é importante você ter abalos musculares. Então é promover estímulo perto da área dolorosa onde a musculatura próxima vai contrair e a partir desta contração vai ativar via sensitivo A-delta que chega no cérebro, no tálamo e ativa vias descendentes e libera opióides endógenos. Por que a Analgesia não é direta? Ela é indireta, porque tem a contração, e a consequência vai ser a analgesia. Qualquer parâmetro independente da frequência, da largura de pulso se eu coloco uma intensidade que gera abalo muscular eu já vou ter analgesia. Recomenda-se para isso que: Frequência seja baixa, de 2 a 10hz Largura de pulso alta mais que 100 microsegundos Intensidade aqui tem que atingir limiar motor, porque se eu não despolarizo neurônio motor não irá ter contração muscular. Quanto mais contrair, mais estimulo para ativação dessa via. Tempo de terapia no mínimo 15 minutos, tem que ser um abalo muscular confortável, se não vai ter fadiga. Agora tem que colocar modo burst. Para que eu consiga somação temporal. Resultado vai ser analgesia mais duradoura, porque quando ativa A-delta que na liberação de opióides endógenos prolonga a analgesia. Então esse modo vai ser interessante usar em dor crônica. Colocação de Eletrodos: Ao redor da área dolorosa. Eletrodo no ponto motor o outro na direção das fibras. Breve Intenso Ativar A-delta diretamente, e não por meio de abalo muscular. É muito igual ao método de Burst em questão de resultado, uma analgesia duradoura. A diferença é que não tem abalo muscular, então o limiar vai ser sensitivo, ou seja, o paciente vai te falar quando a corrente passar. Na clinica utiliza mais para dor crônica esse modo, invés de Burst. A frequência 100 a 150hz Largura de pulso 100 a 300 microsegundos vão ser mais altas. Intensidade vai ser limiar sensitivo. Tempo de terapia apesar de a analgesia ser duradoura, o tempo é menor em torno de 15 minutos. Colocação dos eletrodos: em volta da área dolorosa. Porque as modalidades de média frequência entraram como alternativa para tratar analgesia? É mais agradável porque a corrente tem mais facilidade pra passar no tecido, pois encontra menos resistência. Com isso pode- se aumentar intensidade para valores mais altos. Interferencial Vetorial Ela é de media frequência. No aparelho vai ter que escolher 2000hz, 4000hz ou 8000hz. Não tem qual é a melhor, a dica é escolha uma delas e na sessão subsequente use outra e pergunte ao paciente qual ele prefere, qual é mais agradável. Efeito Biológico: pode ser dor aguda ou crônica. Dor aguda: frequência alta acimade 90hz, e observar o limiar sensitivo Dor crônica: frequência mais baixa, menos de 90hz, observar o limiar motor. Largura de pulso, eu não mexo, já vem definido no aparelho, geralmente 125 microsegundos. Tempo de terapia: Dor aguda – mais que 30 minutos Dor crônica – de 20 a 45 minutos. Dor aguda: espera-se analgesia enquanto durar o estímulo, na dor crônica analgesia mais duradoura, porque na dor aguda mecanismo de ativação de A-beta, na dor crônica ativa A-delta. Colocação dos eletrodos Dor aguda os eletrodos vão circundar a área dolorosa, e na dor crônica tem que ter abalo muscular, um eletrodo no ponto motor perto da área dolorosa e o outro seguindo as direções das fibras musculares. Forma da onda é senoidal, despolarizada. Qual a ideia dela? É a interferência de duas correntes de média frequência gerando no tecido biológico uma corrente de baixa frequência. A interferência você usa duas correntes. Bipolar ou Tetrapolar. Tetrapolar – 4000hz no tecido biológico você tem que escolher uma interferência. Se eu colocar 4000hz vai chegar nos tecidos sem nenhum efeito. Porque para ter efeito no tecido biológico tem que ser menos que 1000hz? Suponhamos que escolhi 50hz, uma vai ter 4050 e a outra 4000. Ai no tecido biológico a interferencial de uma pela outra deu o resultado 50Hz. Se eu colocar no aparelho, frequência de 2000Hhz com interferência de 10Hz, uma das correntes (eletrodo) vai ter 2010hz o outro canal é uma corrente de 2000hz. O resultado é de uma interferêncial de 10HZ. Nos aparelhos modernos, tem como você fazer a bipolar. Bipolar – coloca-se só um canal com frequência de 4000hz e interferência de 90hz. O próprio aparelho já vai adequar a situação para que no tecido biológico receba 90hz de interferência. Mais prático usar essa. A analgesia tem que acontecer entre os eletrodos. Tem que circundar toda a área dolorosa. EFEITOS DA CORRENTE ELETRICA NA CICATRIZAÇÃO Só pelo fato de ter aquelas reações químicas em baixo do eletrodo, ajuda na cicatrização. Eletrodo negativo, tem efeito bactericida porque em baixo desses eletrodos ocorre uma reação básica forte. Quando a ferida esta infectada se a pessoa estiver com febre, ou outras questões que não seja local, recurso não é bom tratar local. É bom tratar de forma sistêmica primeiro, depois para o local. Eletrodo positivo, fase que precisa de mais células que ajuda a fechar as feridas, mais ligadas em cicatrização. CPAV (cabo com 3 fios) Colocação dos eletrodos Os eletrodos vão ficar ao redor da ferida, no caso da CPAV que é uma corrente polarizada, ela tem dois cabos, sendo dois com a mesma polaridade e um com a polaridade contraria, ou seja, tem os dois poros. Os dois de mesma polaridade vão ficar perto da ferida e o de polaridade oposta vai ficar distal. Escolhem-se os eletrodos que vão ficar próximos, dependendo da fase que estiver. Se estiver fase inflamatória os eletrodos próximos vão ser os negativos, fase de cicatrização os eletrodos próximos serão os positivos. Largura de pulso: 40-100 microsegundos. Frequência: 60-125 pulso por segundos. Pico de voltagem: 60-90V Somente tempo ON Amplitude – limiar sensitivo Tempo de terapia – 45 a 60 minutos, mas ela não queima. Pode usar esse recurso usando, por exemplo, cinesioterapia ao mesmo tempo, não sendo na área que tiver inflamação. CDBI: DIRETA OU GALVANICA (cabo com 2 fios) Efeitos polares que vão ajudar na fase de cicatrização Não é interessante usar ela no processo inflamatório, pois as reações que acontecem em baixo do eletrodo é a vasodilatação. Efeitos terapêuticos também vão depender dos efeitos polares. Eletrodo negativo: sobre área com necessidade de vasodilatação e aumento de metabolismo celular. Eletrodo positivo: Sobre área com edema instalado sem inflamação associada. Pode ser usado tanto eletrodo negativo (porque é um tipo de polaridade que atrai células importantes nessa fase inflamatória) quanto positivo EFEITOS POLARES VASOMOTOR – Em baixo dos eletrodos ocorre vasodilatação sob os eletrodos causa aumento de temperatura e hiperemia. O local fica mais vermelho, porque aumenta sangue no local. ELETROQUIMICO – Em baixo do eletrodo negativo vai ter uma reação básica forte. Embaixo do eletrodo positivo vai ter uma reação ácida fraca. No nosso organismo nos temos água e Nacl, quando essa corrente CDBI passa vai ter a dissociação desses íons. No eletrodo preto, vai ter acido clorídrico (HCL), no eletrodo vermelho vai ter hidróxido de sódio (NaoH). É mais fácil ter queimadura em baixo eletrodo negativo, devido a sua reação ser base forte. É a chance de ter vasodilação é maior. Em baixo do eletrodo negativo tem que colocar uma esponja umedecida. Evitar colocar eletrodo também sobre uma área que tem pintas. MODIFICAÇÕES OSMÓTICAS - Nem todo liquido é dissociado, então aquele liquido próximo ao eletrodo que não for dissociada ela fica com característica de carga positiva. AI ela sempre se direciona para o lado do eletrodo negativo. MODIFICAÇÕES POR EXCITABILIDADE - Em baixo do eletrodo negativo ocorre despolarização, em baixo do eletrodo positivo ocorre hiperpolarização de fibras. Quando sente dor, essa dor sobe pelo trato espino-talâmico lateral. Se eu tenho só corrente polarizada, e é dor que eu quero tratar, eu tenho que por positivo em cima da área de dor, pra hiperpolarizar a fibra. Eu tenho que hiperpolarizar para amenizar a dor Para aumentar aporte sanguíneo eu coloco em cima da área eletrodo negativo, por ele ter em baixo dos seus eletrodos reações básicas fortes. Se eu quero despolarizar um motoneuronio, para que eu consiga aumentando a intensidade contração muscular. Corrente Faradica (triangular polarizada) se ela é polarizada, eu tenho que pensar na colocação dos eletrodos. Um deles tem que ficar no ponto pontor e o outro seguindo a direção das fibras, mas em uma corrente polarizada eu tenho que pensar qual polaridade eu tenho que colocar em cima do ponto motor. Eletrodo negativo, porque ele despolariza. Ai nesse caso o negativo fica no ponto pontos e o positivo seguindo a direção das fibras. Parâmetros Técnica monopolar Eletrodos de tamanhos diferentes Objetivo: proporcionar uma corrente maior no eletrodo menor Técnica bipolar Eletrodos de tamanhos iguais Objetivo: distribuir uniformemente a corrente pela superfície do segmento a ser tratado Intensidade da corrente - Fórmula: 0,1 mA x área do eletrodo ativo Ex. eletrodo 7 cm de largura e 10 cm de comprimento: área do eletrodo = 70 cm 2 (0,1 mA x 70 cm 2 = 7 mA) Dose máxima eletrodo ativo negativo (cátodo) = 0,5 mA/cm2 Dose máxima eletrodo positivo (ânodo) = 1 mA /cm2 Dose: 40 mA-min a 80 mA-min Ex. 40 mA-min aplicado utlizando amplitude de 7 mA Tempo de tratamento = ~6 min (40 mA-min / 7 mA = 5,71 min) Tempo do tratamento: não exceder 15 a 20 min Em técnicas polarizadas é melhor focar em técnica bipolar com eletrodos do tamanho igual. Porque se eu optar por tamanhos diferentes, no eletrodo menor a concentração da intensidade é maior e com isso a chance de queimadura aumenta em baixo do menor. Você ate pode usar técnica monopolar, desde que faça os cálculos em base do eletrodo menor. INTENSIDADE : pra corrente polarizada a intensidade deve ser em torno de 0,1 miliamperes por área. 0,1 x área do eletrodo. Suponhamos que tenho o eletrodo com raio de 1cm. Como calculo a área do eletrodo: Pi x Raio² Então vai ser 3.14 x 1cm² = mais ou menos 3cm², ai eu pego isso e multiplico por 0,1. 0,1 x 3 = 0,3 miliamperes (essa vai ser a dose que eu vou usar) Essa dose calculada vai ser para evitar queimadura. Se for uma corrente excitomotora, por exemplo, onde o limiar é maior, eu posso até aumentar a dose, mas vai ser de acordo com o que meu paciente aguentar, por isso ele não pode ter nenhum déficit cognitivo. Duração do tratamento: Não use mais 20 minutos.
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