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Unidade I ORIENTAÇÃO EM SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Profa. Eva Mendes Objetivos A escola como organização de trabalho e lugar de ensino-aprendizagem Conhecendo a unidade escolar. A pesquisa como instrumento de conhecimento da escola. Unidades escolares como organizações aprendentes: aspectos culturais e organizacionais. Objetivos Sistemas de ensino e escolas particulares. Sistema federal de ensino. Sistema estadual de ensino. Diretoria regional de ensino no sistema estadual de ensino. Sistema municipal de ensino. A escola como organização de trabalho e lugar de ensino-aprendizagem Instituição educacional Compreendida a partir de um ponto de vista amplo, leva à compreensão dos fenômenos educativos em toda a sua complexidade: humana, técnica ou científica. O mundo contemporâneo tem passado por transformações diversas: econômicas, políticas, sociais e culturais. A escola como organização de trabalho e lugar de ensino-aprendizagem Transformações Avanços tecnológicos. Reestruturação do sistema de produção. Desenvolvimento da compreensão do papel do Estado. Globalização. A escola, instituição social, tem sido inquirida de qual seria seu papel frente a essas transformações. Trajetória das ideias Escolas Centradas nos alunos segundo uma abordagem individual, ou seja, como máquinas de aprendizagem. Preocupadas com a racionalização e a eficácia do ensino. Hoje em dia lugares de interação social, dotadas de cultura e caracterizadas por valores, crenças e ideologias. (LIBÂNEO, 2004) Formas de gestão centrada na escola segundo Libâneo (2004) Na perspectiva do ideário neoliberal Colocar a escola como centro das políticas significa liberar boa parte das responsabilidades do Estado, seguindo a lógica do mercado, deixando às comunidades e às escolas a iniciativa de planejar, organizar e avaliar os serviços educacionais. Formas de gestão centrada na escola segundo Libâneo (2004) Na perspectiva sociocrítica A escola é vista como espaço educativo, uma comunidade de aprendizagem construída por seus atores. A gestão e a organização da escola são: entendidas como práticas educativas; transmitem valores, atitudes, modos de agir, influenciando as aprendizagens de professores e alunos. A escola como organização de trabalho e lugar de ensino-aprendizagem Unidade escolar, organização social inserida em um contexto. Adquire características que se refletem em seu cotidiano. Sua prática realiza-se em condições historicamente delineadas, de modo que o atendimento das necessidades e interesses diversos ocorra. Conhecendo a unidade escolar A escola, organização social, é o lugar em que se concretiza o objetivo do sistema escolar, ou seja, o atendimento dos alunos nas relações de ensino e aprendizagem. Segundo Militão Silva (2001) há três modos de encarar a escola que poderão produzir formas diferenciadas para a abordagem das questões concretas e que levarão a soluções também diferentes. Conhecendo a unidade escolar: abordagens – três modos Centrado na sala de aula: quando o ponto central da realidade escolar encontra-se na própria sala de aula, local em que se dá a chave para mudanças, a relação professor-aluno. Pautado nas formas de organização da sociedade: nessa abordagem, as mudanças na escola somente ocorrerão quando já estiverem concretizadas na sociedade como um todo. As ações de professores e alunos são reflexos do contexto social em que a escola está inserida. Conhecendo a unidade escolar: abordagens – três modos Nível intermediário: não se detém apenas na sala de aula nem apenas no contexto social. Para que se entenda o funcionamento da escola é necessário compreender a unidade escolar como uma organização social. Escola espaço de interação entre sujeitos: sujeitos que ensinam e sujeitos que aprendem, isto é, espaço no qual sujeitos estabelecem relações com o saber. Conhecendo a unidade escolar É constituída da convivência e da realização de trabalho, uma construção social: “Leva a pôr ênfase na ação dos indivíduos, nos seus interesses, nas suas estratégias, nos seus sistemas de ação concreta.” (BARROSO, 1996, p. 10). Unidade escolar – dimensões Em que concepção de mundo acreditamos? Que homem queremos formar? Quem é o aluno de hoje? Em que realidade o aluno com quem trabalhamos está inserido? Que currículo poderá contribuir para a formação do aluno de hoje? Qual metodologia utilizar? Que tipo de avaliação realizar? Dimensões filosófica, social, política e pedagógica permeiam o trabalho do pedagogo. Dimensões filosófica, social, política e pedagógica Dimensão filosófica: concepção de mundo, visão de homem, valores e conhecimentos relacionados à formação integral do indivíduo. Dimensão política: protagonismo – promoção de situações e atividades que permitam a tomada de decisões e a vivência da consequência dos atos praticados. Dimensão social: conhecer e interpretar a realidade socioeconômica e psicológica do aluno e da comunidade. Dimensão pedagógica: currículo, metodologia, modo de avaliação. Conhecendo a unidade escolar Caracterizar o funcionamento de uma organização escolar como fruto de: um compromisso entre a estrutura formal e as interações entre grupos com interesses distintos. Identificar sua abrangência sob três grandes áreas: a) estrutura física da escola; b) estrutura administrativa da escola; c) estrutura social da escola. Conhecendo a unidade escolar Perez Gomez (apud LIBÂNEO, 2004, p. 32): “A escola – e o sistema educativo em seu conjunto – pode ser considerada como uma instância de mediação cultural entre os significados, sentimentos e as condutas da comunidade social e o desenvolvimento humano das novas gerações.” O pedagogo e sua função O profissional deve buscar meios emancipatórios para atingir seus objetivos, assumir compromissos com o momento social e histórico e contribuir para a formação de homens críticos, conscientes e participativos na sociedade. O pedagogo deve auxiliar a busca de soluções pedagógicas e metodológicas, visto que é na escola que o aluno aprende a conviver com o outro, a aceitar a diversidade cultural, a conviver com dificuldades e contradições, a trabalhar o diálogo. Interatividade A escola deve ser vista como espaço de interação entre sujeitos que ensinam e sujeitos que aprendem, poderíamos afirmar que a escola é: a) espaço no qual sujeitos estabelecem relações com o saber. b) espaço no qual os sujeitos estabelecem relações com a autoridade impessoal. c) espaço no qual os sujeitos estabelecem relações com o ensino. d) espaço no qual os sujeitos estabelecem relações com os professores. e) espaço no qual os sujeitos estabelecem relações entre si. Resposta A escola deve ser vista como espaço de interação entre sujeitos que ensinam e sujeitos que aprendem, poderíamos afirmar que a escola é: a) espaço no qual sujeitos estabelecem relações com o saber. b) espaço no qual os sujeitos estabelecem relações com a autoridade impessoal. c) espaço no qual os sujeitos estabelecem relações com o ensino. d) espaço no qual os sujeitos estabelecem relações com os professores. e) espaço no qual os sujeitos estabelecem relações entre si. A pesquisa como instrumento de conhecimento da escola O pedagogo, ao atuar em supervisão escolar/coordenação pedagógica e orientação educacional, deve observar, formular questões ou hipóteses, selecionar dados para elaborar seu plano de trabalho, daí a importância da pesquisa. Assim, parafraseando André (1999), cabe ao pedagogo planejar e orientar o processo de ensino do professor e de aprendizagem do aluno e, junto com ambos, avaliar os resultados alcançados no decorrer do processo e ao seu final. A pesquisa como instrumento de conhecimentoda escola O pedagogo (supervisor escolar e orientador educacional) tem papel importante no planejamento, no acompanhamento e na avaliação das atividades realizadas na escola. Caberá ao profissional: coordenar todo o processo; dar os estímulos iniciais; orientar docentes na busca de fontes, escolha de métodos para seleção de informações; propor modos de sistematizar, interpretar e relatar os dados. A pesquisa como instrumento de conhecimento da escola A pesquisa possibilita um processo significativo de construção da prática da supervisão escolar e orientação educacional e, para tal, o profissional deverá desenvolver habilidades como: observação; formulação de questões; seleção de dados e instrumental para coleta de dados; interpretação de dados e elaboração de relatórios. A pesquisa como instrumento de conhecimento da escola É fundamental que o profissional assuma papel investigador, por meio de diálogo e partilha de saberes e experiências, pois, deste modo, haverá a interação necessária para a definição de temas e problemas de interesse comum, bem como a busca de alternativas para equacionamento do problema. Características organizacionais e cultura escolar O funcionamento de uma escola é fruto de um compromisso entre: a estrutura formal e as interações entre grupos com interesses distintos. Abrange três grandes áreas: a) a estrutura física da escola; b) a estrutura administrativa da escola; c) a estrutura social da escola. Cultura organizacional Cultura organizacional está associada à ideia de que as organizações indicam interações sociais entre as pessoas e que podem ser influenciadas em seu modo de agir, conforme os fatores sociais, culturais e econômicos que as permeiam. Cultura instituída: normas legais, estrutura definida pelos órgãos oficiais, rotinas, grade curricular, horários etc. Cultura instituinte: aquela que os membros da escola criam e recriam em relações e vivência cotidiana. Tendências organizacionais – conhecimento da escola Atualmente, as tendências organizacionais apontam para uma gestão educacional que se caracteriza fundamentalmente por reconhecer a necessidade da participação dos atores que fazem parte, direta ou indiretamente, da organização escolar. Para isso, é preciso conhecer bem os objetivos e o funcionamento de uma unidade escolar, suas condições sociais, organizacionais, administrativas e pedagógico-didáticas. Saberes e competências – desenvolvimento profissional O desenvolvimento profissional de cada um dos envolvidos, sejam professores, diretor, supervisor, orientador, requer certos saberes e competências, entre os quais: elaboração e execução do planejamento escolar: projeto pedagógico-curricular, planos de ensino, planos de aula; organização e distribuição do espaço físico, qualidade e adequação dos equipamentos da escola e das demais condições materiais e didáticas; Saberes e competências – desenvolvimento profissional estrutura organizacional e normas regimentais e disciplinares; habilidades de participação e intervenção em reuniões de professores, conselhos de classe, encontros e em outras ações de formação continuada no trabalho; atitudes necessárias à participação solidária e responsável na gestão da escola, como cooperação, solidariedade, responsabilidade, respeito mútuo, diálogo; Saberes e competências – desenvolvimento profissional habilidades para obter informações em várias fontes, inclusive nos meios de comunicação e informática; elaboração e desenvolvimento de projetos de investigação; princípios e práticas de avaliação institucional e avaliação da aprendizagem dos alunos; noções sobre funcionamento da educação e controles contábeis, assim como formas de participação na utilização e controle dos recursos financeiros recebidos pela escola. Interatividade Nóvoa (1995) afirma que as organizações escolares, mesmo integradas em um contexto cultural mais amplo: a) reproduzem crenças aprendidas. b) produzem uma cultura interna própria, que validam na expressão dos valores e crenças de que o grupo partilha. c) produzem um plano de ensino. d) reproduzem programas e políticas públicas. e) produzem projetos para a comunidade local. Resposta Nóvoa (1995) afirma que as organizações escolares, mesmo integradas em um contexto cultural mais amplo: a) reproduzem crenças aprendidas. b) produzem uma cultura interna própria, que validam na expressão dos valores e crenças de que o grupo partilha. c) produzem um plano de ensino. d) reproduzem programas e políticas públicas. e) produzem projetos para a comunidade local. Sistemas de ensino público e escolas particulares LDBEN 9.394/1996 Define competências e responsabilidades para cada ente federado (União, estados, Distrito Federal e municípios) com relação à oferta da educação em seus diferentes níveis e modalidades. Organiza, em regime de colaboração, seus respectivos sistemas de ensino (Art. 8º). Sistemas de ensino público Competência dos municípios: atuar prioritariamente na educação infantil e no ensino fundamental. Cabe aos estados: assegurar o ensino fundamental e oferecer prioritariamente o ensino médio. Sistemas de ensino público e escolas particulares Distrito Federal: deverá desenvolver as competências referentes aos estados e municípios, ou seja, oferecer toda a educação básica. União: cabe a organização do sistema de educação superior e o apoio técnico e financeiro aos demais entes federados. Sistema de ensino O sistema de ensino é um sistema aberto que tem por objetivo proporcionar educação, especialmente no aspecto escolarização. Tende a ser considerado como conjunto de escolas das redes (compreende uma rede de escolas e sua estrutura de sustentação). Embora o sistema escolar se estruture em um conjunto de organizações de ensino, as escolas não perdem sua especificidade de estabelecimentos pautados em normativas regulamentadoras. Sistema de ensino – composição O sistema de ensino é composto de três partes: Instituições de ensino. Órgãos de administração (ministérios, secretarias, departamentos ou órgãos equivalentes). Conselho de educação. Sistema de ensino (DIAS, 2004) O sistema de ensino compreende: Uma rede de escolas (subsistema que se dedica à atividade-fim do sistema) e tem duas dimensões: a) Dimensão vertical – graus de ensino. b) Dimensão horizontal – modalidades de ensino. Estrutura de sustentação: estrutura administrativa do sistema de ensino. Sistema de ensino A estrutura de sustentação apresenta: Elementos não materiais: normas, metodologias de ensino, conteúdo (currículos e programas). Entidades mantenedoras: escolas mantidas pelo poder público; escolas particulares – leigas ou confessionais; entidades mistas – autarquias. Administração: organismos que têm por finalidade a gestão do sistema de ensino. Sistema federal de ensino Este sistema diz respeito às instituições, aos órgãos, às leis e às normas que são de responsabilidade da União. Tem a responsabilidade pela manutenção das instituições federais por meio do Ministério da Educação. Supervisiona e inspeciona as diversas instituições de ensino superior particulares. A normatização do sistema é realizada pelo Conselho Nacional de Educação, que é um órgão colegiado. Sistema estadual de ensino Escolas estaduais e particulares de educação básica e escolas técnicas. Tem a função de disciplinar e controlar a educação particular (fundamental e média, educação de jovens e adultos e cursos livres fora do âmbito escolar). Essa função é exercida pela Secretaria Estadual de Educação. Conselho Estadual de Educação: tem função normativa, deliberativa, consultiva e fiscalizadora da rede oficial e particular. Sistema municipal de ensino Unidadesescolares municipais. Órgão administrativo da Secretaria Municipal de Educação. Instituições de ensino particulares de educação infantil. Conselho Municipal de Educação que, em conformidade com a legislação educacional estadual e federal, exerce função normativa, deliberativa, consultiva e fiscalizadora da rede municipal de ensino e das escolas particulares de educação infantil. Sistema de ensino e escolas particulares A LDBEN 9.394/1996 Em seu art. 20 estabelece que as instituições privadas de ensino e Sistemas de Ensino Público e Escolas Particulares enquadrar-se-ão nas seguintes categorias: I. Particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as características das demais categorias. Sistema de ensino e escolas particulares II. Comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de pais, professores e alunos, que incluam em sua entidade mantenedora representantes da comunidade. (Redação dada pela Lei 11.183, de 2005) Sistema de ensino e escolas particulares III. Confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia específicas e ao disposto no inciso anterior. IV. Filantrópicas, na forma da lei. Sistema educacional O modelo econômico neoliberalista estabelecido no Brasil e as transformações que ocorrem mundialmente em nível tecnológico, informacional, mudanças nos processos de produção e organização do trabalho, atingem o sistema educacional, exigindo adequações aos interesses de mercado e investimentos na formação de profissionais mais preparados para tais modificações. Sistema educacional A escola de hoje não pode limitar-se a passar informação sobre as matérias, a transmitir o conhecimento do livro didático. Na escola, por meio dos conhecimentos e pelo desenvolvimento das competências cognitivas, torna-se possível analisar e criticar a informação. Sistema educacional A gestão educacional deve trazer em seu bojo ideias dinâmicas e integralizadoras das dimensões sociais e políticas, não sendo possível, de certa forma, admitir princípios orientadores pautados em uma administração de cunho legalista, burocrático e centralizador. É necessária uma proposta de acordo com perspectivas formativas, socializadoras, comunicativas e participativas, em consonância com uma visão democrática de sociedade. Sistema educacional Torna-se necessário que a unidade escolar, seja ela pública ou privada, proporcione a capacidade de articular a recepção e a interpretação da informação com a capacidade de produção de informações, considerando, desse modo, o aluno como sujeito de seu próprio conhecimento. Escola e construção da democracia social e política Libâneo (2004) propõe cinco objetivos: Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais dos alunos (processos mentais, estratégias de aprendizagem, competências do pensar, pensamento crítico) por meio dos conteúdos escolares. Escola e construção da democracia social e política Promover as condições para o fortalecimento da subjetividade e da identidade cultural dos alunos, incluindo o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da imaginação. Preparar para o trabalho e para a sociedade tecnológica e comunicacional, implicando preparação tecnológica (saber tomar decisões, fazer análises globalizantes, interpretar informações de toda natureza, ter atitude de pesquisa, saber trabalhar junto, etc.). Escola e construção da democracia social e política Formar para a cidadania crítica, isto é, formar um cidadão trabalhador, capaz de interferir criticamente na realidade para transformá-la e não apenas formar para integrar o mercado de trabalho. Desenvolver a formação para valores éticos, isto é, formação de qualidades morais, traços de caráter, atitudes, convicções humanistas e humanitárias. Sistema de ensino Escola: projeto pedagógico projeto de gestão escolar Os sistemas de ensino e as escolas devem prestar mais atenção à qualidade cognitiva das aprendizagens, colocada como foco primordial do projeto pedagógico e de gestão escolar. Interatividade Para José Augusto Dias (2004, p. 95-96), o sistema de ensino compreende: a) Diretorias de ensino e escolas. b) Escolas públicas e particulares. c) Uma rede de escolas e uma estrutura de sustentação (rede de escolas e subsistema que se dedica à atividade-fim do sistema). d) Escolas federais, estaduais e municipais. e) Conselhos de Educação e Diretorias de Ensino. Resposta Para José Augusto Dias (2004, p. 95-96), o sistema de ensino compreende: a) Diretorias de ensino e escolas. b) Escolas públicas e particulares. c) Uma rede de escolas e uma estrutura de sustentação (rede de escolas e subsistema que se dedica à atividade-fim do sistema). d) Escolas federais, estaduais e municipais. e) Conselhos de Educação e Diretorias de Ensino. A escola e sua função social Escola – instituição social Objetivo – propiciar o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos. Como? – por meio da aprendizagem dos conteúdos (conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes e valores) de maneira contextualizada. Para quê? – para tornar seus alunos cidadãos participativos na sociedade em que vivem. A escola e sua função social A escola: ensina; promove a identidade cultural do aluno, inserindo-o no mundo em que vive e oferece instrumentos para a compreensão da realidade local, garante a aprendizagem de certas habilidades e conteúdos necessários para a vida em sociedade e possibilita a vivência em diferentes papéis, facilitando a integração dos alunos no contexto maior. A escola e sua função social – perspectivas de ação pedagógica Devemos inferir que a educação de qualidade é aquela mediante a qual a escola promove para todos o domínio dos conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos. (LIBÂNEO, 2005) A escola e sua função social – ação pedagógica e planejamento De acordo com Penin e Vieira (2002): faz-se necessário que a escola repense sua organização, sua gestão, seus processos formadores. Por isso, ter clara a função social da escola é imprescindível para a realização de uma prática pedagógica competente e socialmente comprometida. A escola e sua função social – ação pedagógica e planejamento Ideias-força para o desenvolvimento da escola como organização aprendente e perspectivas de ação pedagógica: o desenvolvimento da escola acontece na interação ativa da instituição com o meio envolvente; a escola é constituída por pessoas, profissionais, também eles em desenvolvimento pessoal e profissional; as escolas organizadas estruturam-se em subsistemas articulados; A escola e sua função social – ação pedagógica e planejamento o desenvolvimento humano, individual e coletivo, é a mola propulsora para o desenvolvimento organizacional; a liderança estratégica deve ser pautada em uma visão de partilha, sistêmica e dialógica; a resolução coletiva dos problemas é aprendizagem e implica coesão organizacional. A escola e sua função social – ação pedagógica e planejamento Importante ressaltar que a escola, ao assumir a qualidade social, está atenta ao desenvolvimento do ser social em todas as suas dimensões: na econômica (inserção no mundo do trabalho); na cultural (apropriação, desenvolvimento e sistematização da cultura popular e da cultura universal); na política (emancipação do cidadão). (GRACINDO, 2007)A escola e sua função social – ação pedagógica e planejamento A escola, assim, para cumprir sua função social, precisa levar em conta as práticas existentes em nossa sociedade, considerando também as relações diretas e indiretas dessas práticas com a realidade específica da comunidade local a que presta seus serviços. Há necessidade de uma ação racional, estruturada e coordenada, com objetivos e estratégias, formas de controle e de avaliação. A escola e sua função social – ação pedagógica e planejamento Não se pode pensar em função social da escola pensando-se educação inclusiva com políticas educacionais excludentes. É de grande importância o estabelecimento, pelo poder público, de uma política educacional clara, com objetivos definidos e que garanta o atendimento escolar de qualidade a toda a população, bem como serem abertos canais de participação das escolas e da população na definição ou reorientação dessa política. Interatividade Libâneo defende que a escola deve exercitar seu papel na construção da democracia social e política e, para isso: I. promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais dos alunos; II. promover as condições para o fortalecimento da subjetividade e da identidade cultural dos alunos; III. preparar para o trabalho e para a sociedade tecnológica e comunicacional, implicando preparação tecnológica. Interatividade Estão corretas as afirmativas: a) I. b) II. c) III. d) I, II e III. e) II e III. Resposta I. promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais dos alunos; II. promover as condições para o fortalecimento da subjetividade e da identidade cultural dos alunos; III. preparar para o trabalho e para a sociedade tecnológica e comunicacional, implicando preparação tecnológica. d) I, II e III. Reflexão “A escola é uma comunidade pensante. Ao pensar a escola, os seus membros enriquecem-se e qualificam-se a si próprios. Nessa medida, a escola é uma organização simultaneamente aprendente e qualificante.” (ALARCÃO, 2004, p. 85) ATÉ A PRÓXIMA! Unidade II ORIENTAÇÃO EM SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Profa. Eva Mendes Planejamento educacional A escola é o lugar central do processo educativo, local em que se dá a formação da cidadania (entendida como exercício pleno pautado na democracia, por parte da sociedade, de seus direitos e deveres) e a mudança na unidade escolar, ou seja, lugar onde se concretiza o esforço de ensino-aprendizagem. (SILVA apud PADILHA, 2002) Planejamento educacional Pensar em planejar a educação a partir da cidadania ativa é parte da reflexão sobre como realizar e organizar as atividades no âmbito escolar e educacional. Realizar os diversos planos e planejamentos educacional e escolar, organizando a educação, significa exercer uma atividade intencional e científica. Assim, planejar é um processo que visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação. Planejar – o que é? Planejar é: levantar a situação atual; estabelecer o que se deseja mudar; organizar a ação futura. Para se obter: maior eficiência; maior exatidão e determinação; maiores e melhores resultados; maximização dos esforços e dos gastos. Prática planejada – ação do pedagogo Construir e estabelecer a relevância do seu trabalho. Garantir a natureza específica da prática do profissional pedagogo. Estabelecer uma imagem positiva. Dar à prática profissional um caráter sistemático e contínuo. Demonstrar a importância e a relevância do pedagogo para o desenvolvimento da prática pedagógica da escola como um todo. Planejar é analisar e traçar objetivos sobre a realidade e sua transformação. Planejar o que? Como? Para quem? Identificação da situação inicial (problema). Caracterização da situação. Estabelecimento dos objetivos. Verificação de mudanças – resultados – melhorias que se pretendem atingir. Metodologia, instrumentos, recursos. Atividades. Cronograma. Funções do planejamento Esboça situação futura a partir da atual. Prevê: o que, como, onde, quando e por que se quer realizar. Garante: objetividade, operacionalidade, funcionalidade, exequibilidade, produtividade e continuidade da ação. Planejamento educacional Tipos e níveis (PADILHA, 2002) Global ou de conjunto Para todo o sistema. Setorial Graus do sistema escolar. Regional Por divisões geográficas. Local Por escola. Planejamento educacional como processo Técnico Utiliza metodologia de análise, previsão, programação e avaliação. Político Permite a tomada de decisão. Administrativo Coordena as atividades administrativas. Sistêmico ou estratégico Tem visão total do sistema (recursos e oportunidades). Tático (ligado ao estratégico) Abrange todos os projetos. Planejamento educacional Prazos e método Prazo Curto, médio e longo. Método. Demanda Tem base nas demandas individuais da educação. Mão de obra Tem base nas necessidades de mercado. Custo e benefício Tem base nos recursos disponíveis. Planejamento educacional Enfoque Sociológico – ênfase nos valores culturais e políticos. Tem visão interdisciplinar. Desenvolvimentista – ênfase para atingir objetivos econômicos e sociais. Comportamental – resgate da dimensão humana, ênfase psicológica. Jurídico – práticas normativas e legalistas. Tecnocrático – predomínio dos quadros técnicos. Planejamento educacional Organizar e planejar as atividades no âmbito escolar e educacional significa compreender as relações institucionais, interpessoais e profissionais que ocorrem na escola, ampliando e avaliando a participação dos diferentes segmentos em sua administração e gestão. O planejamento organiza, sistematiza, disciplina a liberdade: em nível individual e coletivo. Ele dá os paradigmas para o exercício da prática pedagógica. (FREIRE, Madalena. 1997) Planejamento educacional O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação, processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir do resultado das avaliações. (PADILHA, 2002) Planejamento educacional Realizar os diversos planos e planejamentos educacionais e escolares significa exercer uma atividade engajada, comprometida e intencional. O planejamento é uma ação inerente ao ser humano em suas atividades diárias. O planejamento escolar constitui uma forma de ação que busca organizar coletivamente os espaços educativos em organizações escolares e não escolares. O pedagogo – seu papel no planejamento educacional Ao pedagogo, na função de supervisão escolar, coordenação pedagógica e orientação educacional, cabe a sistematização e a integração do trabalho no conjunto, caminhando na linha da interdisciplinaridade. Logo, a ação do pedagogo no planejamento educacional tem papel importante no processo de ensino e aprendizagem. Planejamento educacional Objetivos gerais Estabelecer condições necessárias à eficiência do sistema educacional. Conciliar e aperfeiçoar a eficiência interna e externa do sistema educacional. Alcançar maior coerência nos objetivos específicos e nos meios mais adequados para atingi-los. O pedagogo deverá centrar sua atenção em: questões centrais no processo, verificar o que os alunos já sabem, o que deve ser ensinado, o modo como ensinar, quando e onde ensinar. Interatividade A escola é uma organização social e o lugar central do processo educativo e, para isso, o planejamento é: a) O ato de planejar, de reflexão sobre a ação e de tomada de decisão. b) É um instrumento a ser utilizado quando necessário. c) É realizado somenteno início do ano letivo. d) Serve para justificar as ações da escola. e) É um documento a ser entregue na Diretoria de Ensino. Resposta A escola é uma organização social e o lugar central do processo educativo e, para isso, o planejamento é: a) O ato de planejar, de reflexão sobre a ação e de tomada de decisão. b) É um instrumento a ser utilizado quando necessário. c) É realizado somente no início do ano letivo. d) Serve para justificar as ações da escola. e) É um documento a ser entregue na Diretoria de Ensino. Planejamento: tipos e níveis e suas relações Qual o significado do verbete planejamento? Planejamento: ato ou efeito de planejar. Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados. Planejar: fazer plano de...; traçar, projetar, fazer o planejamento de... Planejamento: tipos e níveis e suas relações Planejamento é um processo contínuo e sistematizado de previsão de necessidades, de reflexão e análise crítica para tomada de decisão. Como processo é permanente... Visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios para sua superação, levando em conta os contextos e os pressupostos filosóficos, culturais, econômicos e políticos de quem planeja e com quem se planeja. Já o produto desse planejamento, o plano, é provisório. Planejamento: tipos e níveis e suas relações Para que o planejamento e os planos sejam efetivamente instrumentos para ação, devem: ser um guia de orientação; apresentar uma ordem sequencial; ter objetividade; ter coerência; apresentar flexibilidade. Planejamento educacional Planejamento educacional: “significa a elaboração de um projeto contínuo que engloba uma série de operações interdependes, [...] com determinação de objetivos e de recursos disponíveis, a análise das consequências que advirão das diversas atuações, a determinação de metas a atingir em prazos bem definidos e o desenvolvimento dos meios mais eficazes para implantação da política escolhida.” (Menegolla e Sant’Anna apud PADILHA, 2002, p. 32) Planejamento educacional Planejamento de sistema de educação: Aquele que se refere às políticas educacionais em níveis nacional, estadual e municipal. (VASCONCELLOS, 1995) Planejamento escolar Planejamento escolar ou projeto educativo: Aquele que pode ser concebido como processo que envolve a prática docente no cotidiano escolar, fruto do exercício contínuo da ação-reflexão-ação. (Fusari apud PADILHA, 2002, p. 34) Planejamento escolar – funções Diagnóstico e análise da realidade da escola: Busca de informações reais e atualizadas que permitam identificar as dificuldades existentes, causas que as originam, em relação aos resultados obtidos até então. Definição de objetivos e metas, compatibilizando a política e as diretrizes do sistema escolar com as intenções, as expectativas e as decisões da equipe da escola. Planejamento escolar – funções Determinação de atividades e tarefas a serem desenvolvidas em função de prioridades postas pelas condições concretas e compatibilização com os recursos disponíveis (elementos humanos e recursos materiais e financeiros). Avaliação dos processos e dos resultados previstos no projeto, tendo em vista a análise crítica e profunda do trabalho realizado e a reordenação de rumos. (LIBÂNEO, 2004, p. 150-151) Planejamento curricular Planejamento curricular: Aquele que define e expressa a filosofia de ação da escola, seus objetivos e toda a dinâmica escolar, os quais estão fundamentados na filosofia da educação nacional, sendo a partir dele planejada e elaborada toda a ação escolar de modo sistemático e global. (Menegolla e Sant’Anna apud PADILHA, 2002) Planejamento curricular Planejamento curricular: Tem a função de ir formando, progressivamente ou por meio das instâncias que o decidem e moldam, o currículo em diferentes etapas, fases. Gimeno Sacristán (1998) Envolve os fundamentos das áreas que serão estudadas, a proposta metodológica escolhida e a forma como se dará a avaliação. (MEC. Trabalhando com Educação de Jovens e Adultos, 2006, Caderno 4, p. 30) Planejamento de ensino e aprendizagem Planejamento de ensino-aprendizagem: É o processo que envolve a atuação concreta da prática do professor no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo todas as suas ações e situações. (Fusari apud PADILHA, 2002) Aquele que diz respeito ao aspecto didático e é subdividido em plano de curso, plano de ensino e plano de aula. (VASCONCELLOS, 1995) Plano de curso Plano de curso: É a organização do conjunto de matérias que vão ser ensinadas e desenvolvidas durante o período de duração de um curso/ano/série. (MEC. Trabalhando com Educação de Jovens e Adultos, 2006, Caderno 4, p. 31) Esse plano serve para sistematizar a proposta de trabalho do professor. Plano de ensino Plano de ensino: É o plano de disciplinas, de unidades e experiências propostas pela escola, professores, alunos ou pela comunidade, é específico e concreto. (MEC. Trabalhando com Educação de Jovens e Adultos, 2006, Caderno 4, p. 31) Plano de aula Plano de aula: É o plano mais próximo da prática do professor e da sala de aula. Refere-se totalmente ao aspecto didático. (MEC. Trabalhando com Educação de Jovens e Adultos, 2006, Caderno 4, p. 31) O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um caráter bastante específico. (Libâneo apud PADILHA, 2002, p. 37) Síntese do planejamento Objetivos: Competências. Habilidades. Conteúdo programático. Estratégia de trabalho. Avaliação. Interatividade Para se planejar, algumas informações são importantes para identificar o problema e as questões a serem respondidas são: a) O que, por que e para que. b) O que, por que, para que, quando e como. c) O que, por que, para que, quando, como e onde. d) O que, por que, para que, quando, como, onde e para quem. e) O que, por que, para que, quando, como, onde, para quem e com quem. Resposta Para se planejar, algumas informações são importantes para identificar o problema e as questões a serem respondidas são: a) O que, por que e para que. b) O que, por que, para que, quando e como. c) O que, por que, para que, quando, como e onde. d) O que, por que, para que, quando, como, onde e para quem. e) O que, por que, para que, quando, como, onde, para quem e com quem. Projeto pedagógico Proposta pedagógica Planejamento escolar deve ser pautado na legislação que rege a educação nacional vigente, destacando-se: a garantia da função social da escola; a gestão democrática; a construção participativa da proposta pedagógica. Projeto pedagógico Proposta pedagógica A equipe gestora da escola, como articuladora, coordenadora e implementadora dos princípios democráticos referendados pela Constituição Federal de 1988 e pela LDBEN n. 9394/96, deve organizar o planejamento escolar em um processo de ação participativa dos diferentes segmentos da comunidade escolar e seu entorno na construção documental da proposta pedagógica e do projeto político-pedagógico. Projeto pedagógico Proposta pedagógica A proposta pedagógica é o documento guia para a elaboração de todos os outros documentos escolares como: regimento escolar; plano escolar; plano de gestão; plano de curso; plano de ensino; plano de aula; entre outros. Projeto pedagógico Proposta pedagógica O que é o projeto político-pedagógico? É um documento teórico-prático que pressupõe relações de interdependência e reciprocidade entre os dois polos, elaborado coletivamente pelos sujeitos da escola e que aglutina os fundamentos políticos e filosóficos em que a comunidade acredita e os quais deseja praticar; que define os valores humanitários, princípios e comportamentos. (GRACINDO, 2007, p. 55) Projeto pedagógicoFunção Função do projeto pedagógico: organizar o trabalho da unidade escolar, perscrutar caminhos para que os objetivos sejam delineados e realizados em um processo coletivo. Sua construção requer uma análise minuciosa das questões a serem consideradas em todos os prismas da gestão: aspectos administrativos; aspectos pedagógicos; aspectos financeiros. Projeto pedagógico Ação intencional definida coletivamente que expressa as atividades pedagógicas e que leva ao alcance dos objetivos educacionais propostos. O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. E, por isso, todo projeto pedagógico da escola é também um projeto político, por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. (VEIGA, 2004) Projeto pedagógico Características ser processo participativo de decisões; preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições; explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo; conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade específica; Projeto pedagógico Características explicitar o compromisso com a formação do cidadão; nascer da própria realidade, tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem; ser exequível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação; Projeto pedagógico Características ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola; ser construído continuamente, pois, como produto, é também processo. Planejamento do projeto político-pedagógico – 3 etapas 1ª etapa – marco referencial Retrato das dimensões pedagógica, administrativa, social e financeira. 2ª etapa – conhecimento da realidade Retrato das dimensões da própria escola. 3ª etapa – proposta de ação O projeto político-pedagógico é importante para o processo de gestão educacional por ser um norteador das ações da organização e da educação, deve estar articulado ao compromisso sociopolítico e aos interesses reais e coletivos do grupo. Interatividade Observamos que usamos a palavra planejamento para diferentes situações de planejar no cotidiano educacional e envolve: a) A avaliação dos processos e resultados previstos, análise crítica e profunda do trabalho realizado e a reordenação de rumos. b) A organização das ações. c) O cronograma das atividades. d) A execução dos planos previstos. e) A previsão de verbas e materiais. Resposta Observamos que usamos a palavra planejamento para diferentes situações de planejar no cotidiano educacional e envolve: a) A avaliação dos processos e resultados previstos, análise crítica e profunda do trabalho realizado e a reordenação de rumos. b) A organização das ações. c) O cronograma das atividades. d) A execução dos planos previstos. e) A previsão de verbas e materiais. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) É um processo gerencial de planejamento estratégico de trabalho para definição de diretrizes, objetivos e metas estabelecidas pela Unidade Escolar. (Instituído pela Portaria Normativa MEC nº 27/2007) Pilares de sustentação: visão sistêmica da educação; territorialidade, desenvolvimento; regime de colaboração; responsabilização; mobilização social. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Objetivos: Responder ao desafio de reduzir desigualdades sociais e regionais na educação, por meio de uma estratégia de ação que contemple as dimensões: educacional e territorial. Fortalecer a autonomia da gestão escolar a partir de um diagnóstico dos desafios de cada unidade educacional. Definir um plano de gestão para melhoria dos seus resultados, tendo como foco principal a aprendizagem dos alunos. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Princípios de fundamentação: Liderança efetiva do diretor. Trabalho em equipe. Decisões com base em fatos e dados. Capacitação da equipe para trabalhar com a metodologia. Suporte técnico da Secretaria. Transferência de recursos financeiros para as escolas. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Finalidade: diagnosticar problemas, metas e planos de ação para as escolas das redes públicas de educação básica. Sua execução será realizada por meio de processos gerenciais de: autoavaliação da escola; definição de sua visão estratégica; elaboração de plano de ação. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) O PDE é uma ferramenta gerencial utilizada com o propósito de auxiliar a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia; assegurar que sua equipe esteja trabalhando para atingir os mesmos objetivos; avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança. (FUNDESCOLA/ DIPRO/FNDE/MEC, 2006, p. 20) Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Estrutura Visão estratégica: a escola identifica os valores que defende; a sua visão de futuro ou o perfil de sucesso que deseja alcançar no futuro; sua missão, que constitui a sua razão de ser; seus objetivos estratégicos. Plano de suporte estratégico: A escola define, a partir de seus objetivos estratégicos, o conjunto de estratégias, metas e planos de ação que transformarão a visão estratégica em realidade. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Coordenação e elaboração: Coordenadas pela liderança da escola (equipe composta de diretor, assistente de direção, coordenação/supervisão escolar e orientador educacional) e elaboradas de maneira participativa pela comunidade escolar. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Características das metas: estarem relacionadas claramente a um problema que se quer resolver, identificado na análise situacional; atender às necessidades/expectativas dos beneficiários, principalmente o aluno; serem específicas, ou seja, sem ambiguidade; Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) serem mensuráveis, isto é, serem quantificáveis; serem realistas, isto é, estar na esfera de possibilidades da escola, em termos humanos e materiais; terem um responsável; terem um prazo de execução. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Etapas de elaboração Preparação. Análise situacional. Coleta de dados. Elaboração do plano de gestão. Implementação dos planos de gestão. Acompanhamento e controle. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Critérios para eficácia escolar Ensino e aprendizagem – principal processo da escola, diz respeito à aquisição de conhecimentos e habilidades por parte dos alunos, por meio da proposta pedagógica, planejamento, metodologia utilizada, estratégias de ensino, práticas educacionais, avaliação da aprendizagem, material didático e pedagógico em quantidade e qualidade suficientes. Clima escolar – liderança, compromisso, motivação, ordem, disciplina, segurança e atmosfera geral da escola. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Critérios para eficácia escolar Pais e comunidade – participação e cooperação institucional dos pais e da comunidade na escola, contribuição dos pais e de outros parceiros no sucesso acadêmico dos alunos, no melhor desempenho da escola. Gestão de pessoas – excelência da equipe para o desempenho das funções, profissionais habilitados e capacitados. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Critérios para eficácia escolar Gestão de processos – clara compreensão da missão da escola, objetivos claros e amplamente definidos, planejamentoestratégico, método gerencial definido, gerenciamento da rotina, trabalho em equipe, informações gerenciais organizadas, existência de indicadores e de avaliação da gestão. Infraestrutura – condições materiais de funcionamento (instalações e equipamentos) para que o processo de ensino e aprendizagem ocorra de maneira adequada. Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-ESCOLA) Critérios para eficácia escolar Resultados – desempenho geral da escola: taxas de promoção, retenção, abandono, evasão, distorção idade-série, satisfação dos alunos, pais, colaboradores e sociedade, indicadores de melhoria das práticas da gestão, cumprimento das metas estabelecidas. PDE interativo Ferramenta de apoio à gestão escolar. Concebido a partir da metodologia de planejamento estratégico utilizado pelo PDE Escola. É autoinstrucional. Todas as escolas públicas podem utilizar o PDE interativo. Interatividade Plano de Desenvolvimento da Escola é definido como um processo gerencial de planejamento estratégico e é: a) Coordenado pela comunidade. b) Coordenado pela liderança da escola (equipe composta de diretor, assistente de direção, coordenação/supervisão escolar e orientador educacional). c) Coordenado pela supervisão escolar. d) Coordenado pelo orientador escolar. e) Coordenado pela diretoria de ensino. Resposta Plano de Desenvolvimento da Escola é definido como um processo gerencial de planejamento estratégico e é: a) Coordenado pela comunidade. b) Coordenado pela liderança da escola (equipe composta de diretor, assistente de direção, coordenação/supervisão escolar e orientador educacional). c) Coordenado pela supervisão escolar. d) Coordenado pelo orientador escolar. e) Coordenado pela diretoria de ensino. Reflexão “ Avançaremos mais se aprendermos a equilibrar planejamento e criatividade, organização e adaptação a cada situação, a aceitar os imprevistos, a gerenciar o que podemos prever e a incorporar o novo, o inesperado. Planejamento aberto, que prevê, que está pronto para mudanças, sugestões, adaptações” José Manuel Moran ATÉ A PRÓXIMA! Unidade III ORIENTAÇÃO EM SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Profa. Eva Mendes Objetivos Orientação educacional e supervisão escolar na contemporaneidade Orientação educacional: a prática cotidiana. Orientação educacional em relação à direção da escola. Orientação educacional em relação aos funcionários da escola e ao corpo docente. Orientação educacional: relacionamento família-escola / escola-comunidade. Objetivos Orientação educacional e o trabalho com os alunos. Orientação educacional: relação escola-saúde. Orientação educacional e relações interpessoais. Orientação para o trabalho e a qualidade de vida. Orientação educacional e lazer. Orientação para a escolha profissional e a vida do trabalho. Objetivos Ação supervisora e orientação educacional: a prática. Professor-coordenador e suas atividades no processo educacional. Ação supervisora e orientação educacional na contemporaneidade. Supervisão escolar e orientação educacional: os espaços de atuação coletiva. Evasão, repetência e fracasso na escola: inclusão e o papel do pedagogo. Organizando o serviço. Orientação educacional e supervisão escolar. Orientação educacional: a prática cotidiana O orientador educacional em suas funções deve comprometer-se com: a realidade dos alunos; a prática educativa individual e coletiva; a discussão coletiva do projeto da escola em articulação com as ações diárias. Orientação educacional: a prática cotidiana – áreas de atuação Orientação escolar. Relação família-escola. Relação escola-comunidade. Acompanhamento escolar e saúde. Relações humanas. Lazer do educando. Orientação vocacional e para o trabalho. Acompanhamento pós-escolar. Orientação educacional: a prática “[...] um estabelecimento de ensino não é apenas uma unidade pedagógica [...]” Derouet, 1996, p.75 Envolve questões administrativas, sociais e sua forma deve estar em permanente reorganização. O orientador educacional atua com diversos segmentos do contexto escolar e tem sua atuação diretamente ligada às questões como: avaliação, evasão e repetência, disciplina, cidadania, valores humanos, problemas de aprendizagem, entre outros. Orientação educacional: a prática O orientador educacional deve estar comprometido com a transformação e assumir o papel de mediador do processo educativo, olhar a realidade do aluno e da comunidade em que a escola está inserida, visando propostas diferenciadas para o pleno desenvolvimento do alunado. Orientação educacional: a prática Com relação à direção, o orientador educacional colabora: participando da tomada de decisões; auxiliando na organização de classes e horários; propondo assuntos de interesse educacional. Com relação aos funcionários: reflete coletivamente sobre o acompanhamento dos alunos; realiza reuniões de estudo sobre temáticas relevantes para o trabalho desenvolvido. Orientação educacional: a prática O orientador educacional pode auxiliar o corpo docente quando: acompanha o rendimento escolar e orienta para que o aluno atinja os objetivos das atividades, sugere formas diferenciadas de tarefas; verifica as queixas apontadas pelo professor em relação aos alunos quanto à dificuldade de aprendizagem, problemas de saúde, encaminhando para diagnóstico e tratamento, se necessário; colabora na busca de soluções pedagógicas e metodológicas. Orientação educacional: a prática – relação família-escola e comunidade Ouvir e identificar valores e modos de conceber a vida que a família do aluno tem. Acolher a família para construção de um elo de confiança e parceria. Conversar com a família para orientação quando necessário. Incentivar a participação no Conselho de Escola e na Associação de Pais e Mestres. Propor parcerias com a comunidade. Orientação educacional – trabalho com os alunos Objetivos Auxiliar os alunos no seu desenvolvimento e na sua formação humana. Instrumentalizar o discente na organização eficiente do trabalho escolar. Realizar sessões de estudo. Fazer a mediação entre o aluno e aspectos do processo de ensino e aprendizagem. Estimular o protagonismo juvenil. Orientar para profissões. Estabelecer vínculo com alunos. Orientação educacional – relação escola-saúde Entender que seu aluno é um ser integral, constituído de aspectos físicos, psicológicos, mentais, emocionais, entre outros. Ao verificar questões relacionadas à aprendizagem, encaminhar aos setores competentes para avaliação. Acompanhar o desenvolvimento do aluno, trabalhando em parceria com profissionais de várias áreas. Orientação educacional – relações interpessoais Articular as relações interpessoais na escola. Saber ouvir, ver a totalidade e as partes e falar. Incentivar a reflexão sobre as atitudes de todos, oferecendo, com os demais membros da equipe, espaços de diálogo e atuação coletiva. Acreditar que é possível viver, conviver e aprender com as diferenças nas mais diversas situações. Orientação para o trabalho e qualidade de vida Qualidade de vida significa viver bem, viver de modo equilibrado em todas as áreas (social, afetiva, profissional, saúde, entre outras). Entender qualidade de vida e trabalho como um programa que visa a facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao desenvolver suas atividades na organização. Orientação educacional e o lazer Despertar discussões e reflexões sobre as peculiaridades e diferenças entre o lazer positivo e negativo em grupos. Esclarecer o que é prejudicial à sua qualidade de vida e o que favorece a qualidade de vida. Orientar quanto a práticas do tempo livre. Ajudar os alunos a alcançar uma qualidade de vida desejável por meio da ampliaçãoe promoção de valores, atitudes, conhecimentos e aptidões de lazer através do desenvolvimento pleno. Orientação para a escolha profissional e a vida do trabalho Auxiliar no conhecimento de várias profissões, despertar os interesses do aluno por meio do autoconhecimento. O trabalho humano objetiva satisfazer as necessidades do homem. O mundo da educação e do trabalho vem exigindo reformulações e transformações. A relação escola-trabalho-formação do trabalhador no âmbito das relações sociais na escola e na produção faz ver a educação como prática social e cultural. Orientação para a escolha profissional e a vida do trabalho O orientador educacional deve lançar mão do trabalho de grupos de orientação coletiva, formados espontaneamente ou em classe. Proposta de trabalho: escutar o aluno; identificar os interesses do aluno; refletir coletivamente alternativas e possibilidades; palestras com profissionais de diversas áreas; orientar posturas do jovem no mercado de trabalho. Interatividade Qual ou quais características a organização do sistema educacional ou da escola gerenciada com base na qualidade deve apresentar? I. Foco centrado nos seus alunos. II. Todos os funcionários e os setores conhecendo suas atribuições. III. Alguns funcionários capacitados para executar as suas tarefas. IV. Ampla participação dos atores. Assinale a alternativa correta: a) Apenas o item III está correto. b) Apenas os itens II e III estão corretos. c) Apenas o item IV está correto. d) Apenas os itens I, II e IV estão corretos. e) Apenas os itens III e IV estão corretos. Resposta Qual ou quais características a organização do sistema educacional ou da escola gerenciada com base na qualidade deve apresentar? I. Foco centrado nos seus alunos. II. Todos os funcionários e os setores conhecendo suas atribuições. III. Alguns funcionários capacitados para executar as suas tarefas. IV. Ampla participação dos atores. Assinale a alternativa correta: a) Apenas o item III está correto. b) Apenas os itens II e III estão corretos. c) Apenas o item IV está correto. d) Apenas os itens I, II e IV estão corretos. e) Apenas os itens III e IV estão corretos. Orientação educacional e supervisão escolar – ações Orientações aos docentes quanto às atividades desenvolvidas. Realizar sessões de estudo. Realizar sessões de orientação profissional. Propor realização de atividades de protagonismo juvenil. Propor atividades diferenciadas para sanar dificuldades em pequenos grupos, entre outras. Ação supervisora A ideia de supervisão teve sua origem na indústria, visando à melhoria em qualidade e quantidade na produção, ou seja, o modelo de supervisão escolar teve sua origem relacionada ao modo de produção capitalista, que objetivava a racionalização do trabalho, visando o aumento da produtividade. Supervisão escolar: conceito Processo que tem por objetivo prestar ajuda técnica no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades educacionais em nível de sistema ou de unidade escolar, tendo em vista o resultado das ações pedagógicas, o melhor desempenho e o aprimoramento permanente do pessoal envolvido na situação ensino e aprendizagem. (PRZYBYLSKI, s/d, p.16) Ação supervisora Decorre do sistema social, econômico e político e está intimamente relacionada a todos os determinantes que configuram a realidade brasileira ou por eles condicionada. Ao Supervisor Escolar/Coordenador Pedagógico cabe a articulação e a mediação entre as políticas públicas e as propostas pedagógicas das escolas. Ação supervisora: dois âmbitos Supervisão pedagógica – em nível de unidade escolar (coordenação pedagógica). Supervisão de ensino – fazendo a mediação entre a escola e o sistema central. A coordenação pedagógica é a articuladora do Projeto Pedagógico da instituição no campo pedagógico, organizando a reflexão, a participação e os meios para a sua concretização, de tal forma que a escola possa cumprir sua tarefa de propiciar que todos alunos aprendam e se desenvolvam como seres humanos plenos. Vasconcellos (2007, p. 87) Ação supervisora: dois âmbitos Atuando na escola Articulando, acompanhando e orientando as atividades educativas dos segmentos da comunidade escolar (supervisão escolar exercendo o papel de coordenação pedagógica). Ação supervisora: dois âmbitos Atuando no âmbito interescolar do sistema de ensino público (municipal, estadual) e privado de algum setor (por exemplo, Sesi, Senai) em suas modalidades e níveis de ensino, articulando, acompanhando, orientando ou assessorando as unidades escolares integrantes dos órgãos gestores da educação e as comunidades atendidas pelas escolas em que realiza sua ação supervisora. Ação supervisora Na ação supervisora deve ser observado o desenvolvimento qualitativo da organização escolar e dos que nela realizam seu trabalho de estudar, ensinar ou apoiar a função educativa por meio de aprendizagens individuais e coletivas, incluindo a formação de novos agentes. Daí a importância do conhecimento da realidade escolar, visto que conhecer a escola mais de perto significa colocar uma lente de aumento na dinâmica das relações e interações que constituem seu dia a dia. Ação supervisora – âmbito sistema Competências necessárias O supervisor deve atuar em uma relação de parceria e companheirismo, articular e ser elemento de apoio à formulação das propostas pedagógicas das escolas, orientando, acompanhando e avaliando a sua execução. Competências necessárias: conhecimento de legislação, funcionamento e organização da educação escolar e qualidade do ensino; capacidade de relacionar teorias e normas legais a situações particulares e reais; identificar impactos das medidas educacionais e melhoria do ensino. Ação supervisora – âmbito sistema Competências necessárias Competências de gestão. Compreensão e valorização do trabalho coletivo. Tolerância às divergências pessoais. Capacidade de articular, interpretar e mediar ações. Competências básicas. Clareza de comunicação. Empenho na socialização de informações e conhecimentos. Interesse na atualização pessoal e produção de conhecimentos. Ação supervisora Visto que a escola sofre influências sociais, econômicas, ideológicas dos momentos históricos, isso pode gerar um não atendimento às demandas na prática pedagógica. Assim, é fundamental na supervisão escolar, nos dois âmbitos de atuação, que o supervisor tenha conhecimento teórico e capacidade de relacionar e monitorar conhecimentos teórico-práticos. Também é necessário saber planejar, gerenciar, ensinar, documentar e pesquisar. Ação supervisora Dimensões Articuladora Preocupação em articular ações de formação e capacitação. Transformadora Preocupação com o estabelecimento de pautas para reuniões em que haja reflexão sobre as ações do cotidiano escolar e suas necessidades reais e possíveis revisões do percurso. Formadora Preocupação com a organização da ação formativa em reuniões de trabalho. Ação supervisora O papel do supervisor escolar se constitui na somatória de esforços e ações desencadeadas com o sentido de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem. A supervisão escolar precisa analisar as propostas de renovação, buscando sentido para sua realidade escolar, com base nas condições concretas, promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações democráticas. Interatividade Nos últimos anos, a sociedade brasileira tem vivido mudanças tecnológicas, econômicas e políticas rápidas e profundas. Assim, cabe ao supervisor, diante dessas mudanças, a tarefa de: a) divulgar entre os professores as técnicas de ensino que facilitem o controle da disciplina. b) permitir que cada professoratue livremente, porque a formação em serviço é uma prática utópica. c) formar o profissional em serviço, tornando-o consciente de suas ações e da sua prática diária. d) trazer revistas atualizadas sobre educação para ocupar os professores nas reuniões de estudo. e) formar um novo profissional em serviço, apontando seus erros e falhas, ensinando o que fazer de correto. Resposta Nos últimos anos, a sociedade brasileira tem vivido mudanças tecnológicas, econômicas e políticas rápidas e profundas. Assim, cabe ao supervisor, diante dessas mudanças, a tarefa de: a) divulgar entre os professores as técnicas de ensino que facilitem o controle da disciplina. b) permitir que cada professor atue livremente, porque a formação em serviço é uma prática utópica. c) formar o profissional em serviço, tornando-o consciente de suas ações e da sua prática diária. d) trazer revistas atualizadas sobre educação para ocupar os professores nas reuniões de estudo. e) formar um novo profissional em serviço, apontando seus erros e falhas, ensinando o que fazer de correto. Ação supervisora e escola participativa O supervisor escolar em sua ação na escola participativa deve visar: o provimento de condições, meios e todos os recursos para o funcionamento da escola e da sala de aula; o envolvimento das pessoas no trabalho e garantir a realização da aprendizagem de todos. Supervisão escolar Fonte: adaptado do livro-texto. A AÇÃO SUPERVISORA em suas dimensões na no ESCOLA SISTEMA deve ter SUPERVISOR ESCOLAR com capacidade Conhecimento teórico relacionar conhecimentos mobilizar conhecimentos teóricos práticos de Supervisão escolar A AÇÃO SUPERVISORA em suas dimensões na no ESCOLA SISTEMA deve ter SUPERVISOR ESCOLAR quesaiba planejar possibilite a crie/inove gerenciar ensinar pesquisar documentar troca de experiências construção coletiva tomada de decisão metodologias de ensino Fonte: adaptado do livro-texto. Ação supervisora e orientação educacional na contemporaneidade A melhoria da qualidade do ensino que aposta na apropriação do conhecimento tem sido o enfoque das políticas educacionais com vistas à organização do ensino e a práticas pedagógicas eficazes para atingir a instrumentalização dos que vão atuar na realidade social que se mostra cada vez mais diversificada. Vetores de qualidade para análise na ação do pedagogo Função do projeto: a qualidade do projeto está ligada ao custo e às condições materiais e funcionais. Produto ou resultado do processo: refere-se à obtenção efetiva dos objetivos propostos e a sua permanência nos efeitos da aprendizagem. Vetores de qualidade para análise na ação do pedagogo Processo ou função por meio do qual se desenvolvem os resultados: refere-se aos procedimentos por meio dos quais se desenvolve a intervenção, qual metodologia é utilizada para as situações de aprendizagem. Desenvolvimento organizacional como processo diferenciado: refere-se às intervenções que objetivam o aperfeiçoamento institucional. Organização do sistema educacional ou da escola: características para gerenciamento Para o gerenciamento pautado na qualidade: foco centrado nos seus alunos; todos os seus objetivos claros, bem definidos e compartilhados por todos; todos os seus processos documentados e otimizados; todos os funcionários e setores conhecendo suas atribuições e capacitados para executar suas tarefas; ampla participação de todos no processo; preocupação com a inovação e a mudança. Supervisão escolar e orientação educacional – atuação coletiva Conselhos de escola Conferem transparência às ações da direção, permitem a distribuição de tarefas sem descaracterizar o trabalho do corpo diretivo da escola. Conselho de classe É significativo se possibilitar a análise do desempenho da própria escola, de forma conjunta e cooperativa, pelos que integram a organização escolar. Supervisão escolar e orientação educacional – atuação coletiva Reunião de pais ou responsáveis Espaço que se tem para explicar a importância e a validade do trabalho que é feito na escola. Reunião de formação com professor Deve ser utilizada para discussão e estudo de textos, troca de experiências e diálogos. Outras reuniões com funcionários. Ação do pedagogo – inclusão Uma análise das relações entre inclusão, dificuldades, queixas e expectativas supõe: observação, avaliação ou diagnóstico contínuo dos diferentes fatores constituintes da questão, o que implica: intervenções, redirecionamentos ou redefinições que favoreçam aos objetivos buscados individualmente ou institucionalmente. Ação do pedagogo – inclusão No contexto escolar, a inclusão de alunos com deficiência e altas habilidades / superdotação depende de variados fatores: plano de ensino com projetos específicos; adequações metodológicas (LIBRAS, Braille); especialmente da quebra de estereótipos e preconceitos. Ação do pedagogo – inclusão A necessidade de construir um sistema educacional de qualidade para todos impõe uma atuação diferenciada daqueles que atuam no campo da educação, principalmente uma educação inclusiva. A sociedade e a organização social escolar devem promover o processo de educação inclusiva. Ação do pedagogo – inclusão Cabe ao pedagogo: envolvimento, apropriação da legislação vigente, comprometimento e aprofundamento sobre questões pertinentes à inclusão. A visão do pedagogo requer uma percepção do sistema escolar como um todo unificado. Ação do pedagogo – inclusão O pedagogo deve ter sua atenção voltada para a remoção das barreiras que existem na escola quando se trata do acolhimento ao aluno com deficiência e altas habilidades / superdotação. É fundamental ao supervisor escolar, em âmbito de sistema ou em âmbito local, ter liderança proativa, na qual suas estratégias serão pluralistas e focadas no desenvolvimento do processo de aprendizagem de todos os alunos, até porque aprender o que se ensina na escola é necessidade ou exigência de todos. Ação do pedagogo – inclusão No plano de ação do pedagogo, precisam constar assuntos como: Acessibilidade: observar a acessibilidade física (se as tecnologias assistivas, a sinalética, a circulação e a segurança estão de acordo com a legislação pertinente). Organização da escola: verificar horários, instalações, serviços de apoio, biblioteca e outros aspectos que possam constituir-se em empecilhos e barreiras para o aluno com dificuldades. Ação do pedagogo – inclusão Estimular a qualificação profissional: propor programa de formação em serviço que propicie aos professores conhecimento aprofundado sobre a educação inclusiva; observar a pertinência dos serviços de apoio e parcerias. Ação do pedagogo – inclusão Diante da perspectiva da inclusão ter sucesso, as escolas devem ser comunidades conscientes, de modo que possam ajudar os professores e os alunos a serem transformados de uma coleção de ‘eus’ em um ‘nós’ coletivo, proporcionando-lhes, assim, um sentido singular da identidade, de pertencer ao grupo e à comunidade. Sem este sentido de comunidade, o esforço para atingir a inclusão torna-se muito difícil e a ação supervisora, por certo, inócua. Evasão, repetência e fracasso na escola As questões de evasão, repetência e fracasso na escola têm como foco central os aspectos políticos, estruturais e funcionais do sistema de ensino, há no interior da escola uma “mistura” de práticas e teorias educativas que ora culpabilizam a escola e o professor e ora responsabilizam o aluno e sua família. Evasão, repetência e fracasso na escola Cabe ao pedagogo garantir ao aluno possibilidade de permanência na escola, com aprendizado significativo e, para isso, irá: investigar práticas educativas adequadas; discutir mecanismos para superaras questões; garantir o encaminhamento de alunos que necessitam de atendimento específico; verificar como está sendo realizado o processo avaliativo. Interatividade O supervisor escolar tem, em uma escola ou em um sistema, a função de: I. Acompanhar o projeto pedagógico. II. Formar os professores. III. Individualizar suas ações. IV. Compreender as reais relações decorrentes de sua posição. Estão corretas as afirmativas: a) I e II. b) I, II e III. c) I, II e IV. d) II e IV. e) I, III e IV. Resposta O supervisor escolar tem, em uma escola ou em um sistema, a função de: I. Acompanhar o projeto pedagógico. II. Formar os professores. III. Individualizar suas ações. IV. Compreender as reais relações decorrentes de sua posição. Estão corretas as afirmativas: a) I e II. b) I, II e III. c) I, II e IV. d) II e IV. e) I, III e IV. O pedagogo e sua função Entre as temáticas a serem incluídas pelo pedagogo em seu plano de ação no que se refere à inclusão, deverão estar presentes ações que verifiquem a acessibilidade, estimulem a utilização das tecnologias assistivas, bem como programas de formação de professores e reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem e avaliação. Organizando o serviço É importante ter informações e documentações de interesse do pedagogo nos serviços de Supervisão Escolar, Coordenação Pedagógica e Orientação Educacional. Dados sigilosos. Dados informativos abertos de alunos, ex-alunos, professores, funcionários e técnicos. Também é importante manter informações de profissionais de interesse para o desenvolvimento do trabalho. O arquivo Manter, no setor, pastas com modelos de instrumentos (questionários e fichas), textos, informações úteis. Manter material sigiloso e informações coletadas em pastas, fichários ou arquivo. Correspondência recebida, expedida. Material informativo, de divulgação. Resultados de pesquisa. Planejamentos. Avaliação. Relação de alunado, telefones úteis. O arquivo Legislação. Prontuário: ficha informativa, questionários, informes, ficha médica, registro de entrevistas, regimento escolar e normas da escola. Livros, textos, revistas relacionadas à temática educacional. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Observação Meio direto de estudar os fenômenos tais como se apresentam, possibilita o registro de dados. Pode ser sistemática ou assistemática (ocasional). Questionários Coleta de informações por meio de perguntas a respeito de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos, possibilita a investigação da conduta e do comportamento do aluno. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Entrevista É uma conversa, um diálogo estabelecido entre duas pessoas para que haja ajuda ao outro ou resolução de problema que esteja a afligir. Tipos Investigação – procura reunir dados para elaboração de diagnóstico. Diagnóstica – recolhe dados que caracterizem atitudes, opiniões e outros. Aconselhamento – propõe-se a conduzir alguém à escolha adequada a respeito de uma situação. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Autobiografia Técnica destinada a possibilitar um melhor conhecimento do aluno por meio do relato de sua própria vida. Tipos Espontânea – não é estabelecido nenhum roteiro. Dirigida – elaborada por meio de roteiro fornecido ao aluno. Do futuro – projeção para o futuro. Projeção para daqui a alguns anos – consiste no estabelecimento de um prazo para o futuro e de como o aluno se vê lá. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Anedotário Coleta de amostras de comportamento do aluno, registro de um fato ou acontecimento inusitado que envolva o aluno, anotações sobre composições do aluno, cadernos, desenhos e trabalhos significativos. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Estudo de caso Visa ao estudo individualizado e minucioso a respeito de um aluno, grupo de alunos ou classe. Permite obter o quadro mais completo possível do aluno, abrangendo histórico do crescimento com êxitos e fracassos. Pressupõe uma pesquisa de caráter teórico, passando-se à uma investigação sobre determinada situação, a fim de se atingir resultados eficientes. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Sociometria Ajuda a mostrar a posição do aluno dentro de seu grupo. Objetivos: observar a estrutura social de relacionamento de uma classe; perceber alunos com possíveis desajustes com relação ao grupo; melhorar as relações entre alunos, alunos e professores e da classe como grupo. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Visitas Prestam-se para realizar observações por parte do supervisor e professores, bem como melhorar o relacionamento entre os participantes. As visitas podem ser programadas pelo supervisor, podem ser solicitadas ou mesmo ocasionais. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Quanto à realização de uma visita, é interessante observar: Chegada do profissional 1. Dar uma palavra de cumprimento e explicativa sobre a visita. 2. No caso de visita à classe – sentar-se atrás da turma para não tomar o lugar do professor. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Atitudes 1. Evitar reações negativas expressas por tensões, desgostos ou surpresas. 2. Evitar tomar notas acintosamente na ocasião em que observar algum ponto vulnerável. Duração 1. Determinada pelo objetivo que se tem para visita. 2. Suficiente para a observação de uma atividade ou de uma parte desta, de acordo com os objetivos. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Discussão de filmes Filmes podem ser utilizados para se promover discussões entre todos os segmentos da escola. A seleção dos filmes dependerá dos objetivos a serem atingidos. É interessante que haja um roteiro de observação dos aspectos a serem analisados. Técnicas de orientação individual e de orientação em grupo Projetos de formação em serviço de intervenção são interessantes às ações do pedagogo, pois exigem o recurso sistemático da investigação pela necessidade de uma constante articulação teoria-prática. Interatividade O supervisor escolar e o orientador educacional, sabendo da importância das estratégias utilizadas em suas ações, decidiram estabelecer um plano de trabalho. Assim, atuando em uma escola pública de educação básica, poderão utilizar as seguintes situações: I. Coleta de informações sobre as relações da escola com a comunidade. II. Exibição de filme e posterior reflexão. III. Discussão em reuniões sobre as relações existentes entre professor e aluno no processo ensino-aprendizagem. IV. Observação em sala de aula para estabelecer um possível projeto de intervenção. Interatividade Pode-se afirmar que está(ão) correto(s): a) Somente o item III. b) Os itens I e II. c) Os itens I, II, III e IV. d) Somente o item II. e) Somente o item I. Resposta O supervisor escolar e o orientador educacional, sabendo da importância das estratégias utilizadas em suas ações, decidiram estabelecer um plano de trabalho. Assim, atuando em uma escola pública de educação básica, poderão utilizar as seguintes situações: I. Coleta de informações sobre as relações da escola com a comunidade. II. Exibição de filme e posterior reflexão. III. Discussão em reuniões sobre as relações existentes entre professor e aluno no processo ensino-aprendizagem. IV. Observação em sala de aula para estabelecer um possível projeto de intervenção. Resposta Pode-se afirmar que está(ão) correto(s): a) Somente o item III. b) Os itens I e II. c) Os itens I, II, III e IV. d) Somente o item II. e) Somente o item I. Reflexão No desempenho diário de suas atribuições, o supervisor escolar realiza tarefas, promove e desenvolve
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