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MELISSA XAVIER – 6° TERMO CLINICA MEDICA I - Aula 2 (semana padrão) A lesão da medula espinhal pode ser provocada por diferentes mecanismos, destacando-se a compressão mecânica, as lesões vasculares, as lesões tumorais e as lesões produzidas por projéteis de arma de fogo. Epidemiologicamente acomete predominantemente o sexo masculino, na idade produtiva. O espectro da lesão da medula espinhal é amplo e varia desde a contusão acompanhada de alteração leve e transitória das funções neurológicas até a lesão medular complexa com alteração permanente de suas funções. Contudo pode ocasionar danos neurológicos, como alterações da função motora, sensitiva e autônoma devido a síndrome do neurônio motor superior. Esta síndrome altera o cortico espinhal. A ruptura mecânica do tecido leva a um fenômeno hemorrágico (zona hemorrágica) com predomínio da substancia cinzenta. Com isto se dá início a lesão endógena secundaria que por sua vez aumenta a permeabilidade da barreira hematoencefálica, que evolui a apoptose da glia e neuronal. Frente a quebra da barreira hemato encefálica há uma liberação excessiva de glutamato, que leva ao estímulo exagerado do receptores glutamatérgicos, resultando na morte celular por excitotoxicidade. As células da glia, por sua vez, também são atingidas, sensibilização por ciclooxigenase-2 (cox-2 = fator inflamatório), resultando em morte excitotóxica. Na fase secundaria observamos uma área hemorrágica maior que o sitio da lesão primaria, vale lembrar que a hemoglobina liberada no tecido é toxica as células do SNC, levando a um processo neuro inflamatório. O infarto tecidual causado secundariamente auxilia na propagação da necrose do tecido nervosos (baixo suprimento sanguíneo frente a demanda = infarto). Durante a isquemia, enzimas presentes nas células endoteliais sofrem proteólise limitada, são geradas espécies reativas de oxigênio (ROS) que criam um forte estímulo para a morte celular. Vale ressaltar que as últimas fases da lesão endógena secundária, que podem durar de meses a anos, são caracterizadas pelo desenvolvimento de cistos e formação de uma cicatriz astroglial. Tipos de lesão: ♥ Lesão mecânica: corresponde a lesão primaria, é o trauma propriamente dito – é o impacto somado a compressão persistente da medula - é a mais comum. ♥ Lesão por hiperextensão: ocorre o cisalhamento (estiramento da medula ou suprimento sanguíneo = lembrar do quiropata/efeito chicote em acidente de carro) MELISSA XAVIER – 6° TERMO ♥ Laceração/ transecção da medula= leva a uma secção parcial ou total da medula. Motora: Se destaca o trato cortico motor/espinhal, este por sua vez emerge do córtex motor primário (mais especificamente no giro pré central) atuando por interneurônios e neurônios que controlam os músculos FLEXORES. Deve-se lembrar que anatomicamente a maioria das fibras se cruzam na decussação das pirâmides e vão diminuindo seu tamanho gradativamente até a região lombar. (obs: as fibras que não se cruzam formam os tratos corticoespinhais ventrais). Sensitiva: ♥ Cordão póstero-lateral medial : SENSIBILIDAD PROFUNDA E TATO- EPICRITICA ♥ Cordão lateral: SENSIBILIDADE, DOR, TEMPERATURA, TATO- PROTOPATICO, ♥ Cordão anterior: espinotalámico SENSIBILIDADE TATIL ♥ SD MEDULAR ANTERIOR = é decorrente de uma lesão na porção anterior da medula e/ou irrigação vascular da artéria vertebral anterior, relacionada a lesão devido a flexão da região cervical. Ocorre a perda das funções motoras e sensações de dor e temperatura abaixo no nível da lesão, com preservação da propriocepção, cinestesia e sensações vibratórias. ♥ SD. MEDULAR CENTRAL = relacionada a lesões por hipertensão na cervical e estenose congênita ou degenerativa do canal vertebral. Afeta mais os membros superiores, com prejuízos sensitivos em graus variáveis, grave deficiência motora, preservação das funções sexuais, intestinais e urinárias. ♥ SD. MEDULAR POSTERIOR = é extremamente rara, apresentando a preservação das funções motoras, sensação de dor e tato leve, perda da propriocepção e sensações epicríticas abaixo da lesão. Hemissecção do cordão lateral/ Sindrome Brown-Sequard = Perda da sensibilidade profunda (músculo articular, pressão, Vibratória) e epicritica, Haz Goll e Burdach: cordão posterior- ipsilateral que leva a anestesia de banda completa no nível do seção por interrupção das aferentes raiz. Corresponde a cauda equina correspondendo a lesão vertebral traumática T11- 12, gerando paraparesia ou plegia MMII, alterações esfincterianas / Impotência, distúrbios sensoriais, paraparesia ou plegia muscular. Corresponde as primeiras 24 horas do quadro em quem o paciente apresenta arreflexia dos membros inferiores (pode ou não ser indicativo de uma secção completa da medula). MELISSA XAVIER – 6° TERMO Neste quadro temos o envolvimento imediato de despolarização das membranas axonais de energia cinética da lesão e interrompe todas as funções distais à lesão, incluindo reflexos, força motora e sensibilidade. O choque neurogênico é uma condição na qual o paciente apresenta baixa pressão (hipotensão) associado à diminuição da frequência cardíaca (bradicardia) devido a uma perda da resistência vascular periférica na lesão medular. (gravidade extrema) Corresponde a uma dor entre os 12 primeiros meses pós a lesão traumática sem relação com o movimento, inflamação ou lesão medular traumática, e mesmo assim o paciente apresenta dor em queimação, pinçamento, espasmo, formigamento, congelamento, alodineia ou hiperalgesia.
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