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MATHEUS MORAIS – M9 TUTORIA AES 7 P1 – SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • Formado por ovários, tubas uterinas (de falópio), útero, vagina e órgãos genitais femininos externos (vulva) • Durante a vida reprodutiva feminina, que compreende, em média dos 13 aos 46 anos, cerca de 400 a 500 folículos primordiais se desenvolvem e são capazes de ser liberados • OVÁRIOS • são um par de glândulas semelhantes a amêndoas >> são fixados ao útero e a cavidade pélvica pelos ligamentos • estão envolvidos com a produção dos ovócitos secundários que vão dar origem a óvulos maduros após a fertilização • produzem também hormônios como progesterona, estrogênio, inibina e relaxina. • É revestido pelo epitélio germinativo >> epitélio simples cuboide baixo ou escamoso • Internamento, os ovários são formados por duas regiões >> córtex e medula 1. Córtex do ovário >> região de tecido conjuntivo denso que contém os folículos ovarianos em desenvolvimento 2. Medula do ovário >> região de tecido conjuntivo frouxo que contém vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos • Na região cortical os folículos ovarianos são formados pelo ovócito e um número variável de células circundantes >> nutrem o ovócito >> à medida que o folículo cresce ele secreta estrogênio • Ao formar um folículo maduro (de Graaf) é liberado o ovócito secundário >> os remanescentes do folículo formam o corpo lúteo (corpo amarelo). • O Corpo lúteo é capaz de produzir progesterona, estrogênio, relaxina e inibina >> até ele forma o corpo fibroso denominado Corpo albicante (Corpo branco) TUBAS UTERINAS • Estrutura responsável pelo transporte do ovócito secundário do ovário até o útero >> formado por três partes: istmo, ampola e infundíbulo • A extremidade da tuba uterina é aberta para a cavidade pélvica >> termina com projeções digitiformes denominadas fímbrias • O ovócito é movido para a tuba mediante os cílios no revestimento mucosa da tuba e por contrações peristálticas • É na tuba uterina que o ovócito é fecundado pelo espermatozoide >> fecundação pode ocorrer até 24 horas após a ovulação MATHEUS MORAIS – M9 ÚTERO • Possui formato de uma pera invertida e está localizado entre o reto e a bexiga • É o local de implantação de um óvulo fertilizado, desenvolvimento do feto e do trabalho de parto • É formado pelo fundo, corpo, colo e cavidade uterina. • Histologicamente, o útero possui três camadas de tecido: perimétrio, miométrio e endométrio • Perimétrio >> túnica serosa que é parte do peritônio visceral >> formada por tecido epitélio escamoso simples e tecido conectivo areolar • Miométrio >> camada formada por músculo liso >> garante a contração uterina durante o parto • Endométrio >> parte mais interna da parede uterina >> formada por duas camadas 1. BASAL >> mais profunda >> tec. Conjuntivo denso >> responsável pela renovação mensal do endométrio 2. FUNCIONAL >> possui o estrato esponjoso (formada por glândulas endometriais em desenvolvimento, vasos e nervos) e o compacto (formado por glândula endometriais que sofrem influência hormonal) • Durante a menstruação, o estrato esponjoso e boa parte do estrato compacto são eliminados >> camada basal é responsável pela reepitelização VAGINA • Canal tubular que se estende do óstio da vagina até o colo uterino >> a túnica muscular que compõem o canal vaginal se distende para receber o pênis • A túnica mucosa da vagina contém grandes depósitos de glicogênio >> a decomposição produz ácidos orgânicos >> a acidez retarda o crescimento microbiano, mas também prejudica os espermatozoides. CRESCIMENTO DO FOLÍCULO • Ao nascer, uma menina possui seus óvulos circundados por uma única camada de células da granulosa >> folículo primordial • são organizados na região cortical do ovário >> região do estroma (sustentação) • Essas células da granulosa são responsáveis pela nutrição do óvulo >> secretam também uma substância denominada fator inibidor da maturação do ovócito>> garante que o óvulo fique parado em seu estado primordial na prófase I MATHEUS MORAIS – M9 • Somente a partir da puberdade, quando há o aumento da produção de FSH e LH que os ovários começam a crescer >> folículos serão capazes de se desenvolver FASE FOLICULAR • A partir da puberdade, os hormônios hipofisários estimulam o desenvolvimento do folículo >> aumento do próprio óvulo >> desenvolvimento de camadas adicionais de células da granulosa >> folículos primários • aumento do tamanho do folículo • distanciamento da região cortical do estroma ovariano • alteração do formato pavimentoso das células da granulosa dos folículos primordiais >> agora células cúbicas envolvem o folículo primário • uma fina camada glicoproteica é formada entre o ovócito e as células da granulosa >> zona pelúcida • Além do crescimento de mais camadas de células da granulosa, uma nova camada de células fusiformes forma a teca • Essa camada é formada por teca interna e uma teca externa >> células da teca interna secretam mais hormônios esteroides >> estrogênio e progesterona • A teca externa forma a cápsula de tecido conjuntivo altamente vascularizada MATHEUS MORAIS – M9 • o folículo secundário é caracterizado por várias camadas de células da granulosa • é possível observar espaços entre as células da camada de células da granulosa • as células do estroma imediatamente próximas ao folículo estão organizadas • A proliferação estimula as células da granulosa a secretar líquido folicular >> formado majoritariamente de estrogênio >> aumenta a quantidade de receptores de FSH >> garante a formação do antro >> folículos antrais (folículo terciário) • os espaços formados entre as camadas de células da granulosa se unem e formam o antro folicular • com o passar do tempo, a antro folicular cresce ainda mais • redução dos espaços entre as células • todas se unem e formam o antro folicular MATHEUS MORAIS – M9 • maior delimitação do antro folicular • delimitação celular ao redor do folículo >> células fusiformes • a região em verde escuro representa a coroa radiada >> região formada por células da granulosa • as células do estroma ovariano ao redor do folículo formam a Teca >> células fusiformes (principalmente a teca externa) • O estímulo pelo FSH continua até formar estruturas ainda maiores >> folículo maduro • Inicialmente cerca de 6 a 12 folículos são estimulados a crescer >> ação do FSH Apenas um folículo cresce mensalmente, o restante sofre atresia >> permite que apenas um folículo cresça mensalmente a ponto de ovular • Quando a concentração de estrogênio liberado pelas células da granulosa atinge uma certa quantidade, haverá a supressão da libertação de FSH pela adeno- hipófise >> fase final da fase folicular • Mas o excesso de estrogênio tem efeito contrário sobre o LH, estimulando sua liberação • O estrogênio produzido pelas células do folículo maior inibe o FSH e impossibilita o crescimento dos outros folículos • O folículo pré-ovulatório possui 1 a 1,5cm na época que precede a ovulação. Folículo primordial → folículo primário → folículo secundário → folículo antral → folículo maduro → folículo pré-ovulatório MATHEUS MORAIS – M9 REGULAÇÃO HORMONAL DO CICLO REPRODUTIVO • O sistema hormonal que realiza o controle do ciclo reprodutor feminino pode ser dividido em hierarquias de hormônios 1. Primeira hierarquia >> Hormônio liberador de Gonadotrofina (LHRH ou GnRH) >> liberado pelo hipotálamo 2. Segunda hierarquia >> hormônios liberados pela adeno-hipófise >> Hormônio Foliculoestimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) 3. Terceira hierarquia >> estrogênio e progesterona liberados pelos ovários • FSH (Hormônio folículo estimulante) é responsávelpor estimular o crescimento folicular e a secreção de estrogênio durante a maturação do folículo • LH (Hormônio luteinizante) estimula posteriormente o folículo ovárico e a secreção de estrogênio >> na metade do ciclo estimula a formação do corpo lúteo a partir da liberação do ovócito secundário pelo folículo maduro • O LH estimula o corpo lúteo a liberar estrogênio, progesterona, relaxina e inibina. • Entre 9 e 12 anos se inicia a produção de FSH e LH >> garante o início da puberdade entre os 11 e 15 anos • Os receptores das células-alvo ovarianas são do tipo metabotrópica >> receptores acoplados a proteína G >> geram uma cascata de reações que intensifica a produção dos hormônios gonotrópicos Estrogênio • São secretados em quantidades significativas pelos ovários >> podem ser produzidos também pelos córtices adrenais e pela placenta durante a gravidez • É secretado pelo folículo ovárico durante a sua maturação >> principalmente o folículo dominante • A principal variedade secretada pelos ovários é o B-estradiol • É secretado em pequenas quantidades durante a infância >> aumenta a partir da puberdade • Promove alteração do epitélio vaginal de simples cuboide para estratificado >> mais resistente a traumatismo e infecções • É responsável pelo desenvolvimento e a manutenção das características sexuais secundárias femininas e das glândulas mamárias >> distribuição do tecido adiposo nas mamas, abdômen, no monte do púbis e quadril; formato da pélvis (mais amplo) e o crescimento capilar corporal e na cabeça • Promove o aumento da quantidade de células ciliadas da tuba uterina • Causam desenvolvimento da mama >> deposição de gordura e crescimento do sistema de ductos • Inibe atividade osteoclástica nos ossos >> evita desmineralização da matriz inorgânica do osso – fosfato de cálcio/cristais de hidroxiapatita MATHEUS MORAIS – M9 • Estímulo a síntese de proteínas • Redução dos níveis de colesterol no sangue >> menor risco de doença arterial coronária • Promove maior vascularização da pele >> pele mais quente • Promove retenção de sódio e água nos túbulos renais >> o aumento do hormônio na gravidez ocasiona a presença de edema Progesterona • A maior produção ocorre somente a partir da formação do corpo lúteo • Garante as condições ideias para o desenvolvimento do feto >> aumento da parede do endométrio >> prepara as glândulas mamarias para secreção de leite • Diminui as contrações uterinas >> evitar a expulsão do óvulo fecundado caso ele se fixe ao endométrio Relaxina • Tem a função de relaxar o útero >> inibe as contrações do miométrio >> útero “calmo” garante uma implantação melhor do ovulo fecundado • Durante a gravidez esse hormônio é produzido em maior quantidade >> relaxar o musculo liso do miométrio >> aumento da flexibilidade da sínfise púbica e maior dilatação do colo do útero Inibina • Produzido pelo folículo em crescimento e pelo corpo lúteo após a ovulação • Funciona como um mecanismo de feedback negativo sobre o FSH e, em menor proporção, do LH MATHEUS MORAIS – M9 CICLO ENDOMETRIAL MENSAL E MENSTRUAÇÃO • Durante o ciclo reprodutivo feminino a estrutura do endométrio passa por diversas alterações. Essas alterações podem ser divididas em três momentos: 1. Fase proliferativa (estrogênica) (a) Caracterizada pelo restabelecimento do endométrio (b) O FSH restabelece os níveis adequados de estrogênio que garantam a proliferação das células epiteliais (c) O endométrio é reepitelizado dentro de 4 a 7 dias após o início da menstruação >> alcança 3 a 5 mm de espessura • ductos em pequenas quantidades • ductos glandulares pequenos e de aspecto retilíneo • o epitélio de revestimento é do tipo simples colunar 2. Fase secretora (progestacional) >> uma semana após a ovulação (a) Aumento da concentração de estrogênio e progesterona pelo corpo lúteo >> cria condições para o desenvolvimento do óvulo (b) Garante aumento das glândulas secretoras de muco (c) Maior deposição de lipídeos e glicogênio (d) Aumento do suprimento sanguíneo do endométrio (e) Endométrio alcança 5 a 6 mm de espessura MATHEUS MORAIS – M9 • ductos aumentados e em maior quantidade. • os ductos glandulares apresentam aspecto tortuoso • a espessura do endométrio está visivelmente mais desenvolvida 3. Menstruação (a) Se não houver fertilização, o corpo lúteo involui dois dias antes do final do ciclo menstrual >> diminuição da concentração de estrogênio e progesterona (b) A involução do endométrio libera vasoconstritores >> prostaglandinas >> redução do aporte sanguíneo ao endométrio >> necrose das células do endométrio >> descamação (c) 4 a 7 dias após o início da menstruação a perda de sangue cessa >> endométrio se reepitelizou. FASES DO CICLO REPRODUTIVO FEMININO • Varia de 24 a 36 dias >> média de 28 dias • É formado por quatro fases: 1. Fase menstrual 2. Fase pré-ovulatória 3. Fase de ovulação 4. Fase pós-ovulatória Fase menstrual • Dura aproximadamente os primeiros cinco dias do ciclo • Folículos ovarianos estão crescendo no ovário >> preparação para um novo ciclo • Há a liberação de 50 a 150 ml de sangue e células teciduais provenientes do endométrio >> estrato esponjoso e parte do estrato compacto do endométrio MATHEUS MORAIS – M9 • A redução na liberação de estrogênio e progesterona promove a contração das artérias uterinas >> células das camadas do endométrio perdem aporte nutricional e de oxigênio >> morte celular Fase pré-ovulatória • É a fase mais variável do ciclo reprodutivo >> dura de 6 a 13 dias • É caracterizada pelo crescimento dos folículos >> influenciado pelo aumento do FSH >> aumento da produção de estrogênio e inibina • Aproximadamente no 6º dia um dos folículos se torna dominante >> estrogênio e inibina do folículo causam feedback negativo no FSH >> interrupção do crescimento dos outros folículos (atresia) • Folículo dominante continua se desenvolvendo até se tornar maduro >> folículo de Graaf >> o folículo maduro aumenta até liberar o ovócito • Durante a maturação há o aumento na produção do LH >> estimula a produção de estrogênio Ovulação • Fase o qual ocorre a ruptura do folículo maduro e liberação do ovócito secundário >> geralmente no 14º dia • A concentração aumentada de estrogênio no final da fase pré-ovulatória causa feedback positivo no LH e no GnRH >> GnRH estimula a liberação de mais LH • O pico de LH causa a ruptura do folículo maduro e liberação do ovócito secundário Fase pós-ovulatória (lútea) • Fase de duração mais constante >> dura 14 dias (do 15º ao 28º) • Após a liberação do ovócito, a alta concentração de LH estimula a liberação de progesterona, estrogênio, relaxina e inibina pelo corpo lúteo >> garantem o espessamento da parede do endométrio >> crescimento das glândulas endometriais, secreção de glicogênio e aumento da vascularização • O endometria atinge sua espessura máxima principalmente uma semana após a ovulação >> momento em que o ovócito fecundado estaria chegando no útero • Caso o ovócito liberado não seja fecundado em até duas semanas, o corpo lúteo é degenerado a corpo albicante • A degeneração do corpo lúteo promove a diminuição na concentração dos hormônios >> supressão do feedback negativo sobre os hormônios FSH e LH • O aumento de FSH e LH retoma o crescimento folicular >> novo ciclo • Caso o ovócito seja fecundado, o corpo luteo não é degenerado em duas semanas >> hCG estimula a atividade secretora do corpo lúteo • hCG (Gonodotrofina Cariônica humana) é produzida pela placenta a partir de aproximadamente oito dias após a fertilização >> HCG mimetiza a atuação do LH MATHEUS MORAIS – M9 OSCILAÇÕES DE FEEBACK DO SISTEMA HIPOTÁLAMO-HIPOFISIÁRIO- OVARIANO• para que o processo de ovulação aconteça é necessário um pico de LH no final da fase pré-ovulatória • a concentração aumenta cerca de 8 vezes 24 a 48 horas antes da ovulação • não existe evidências concretas sobre o que causa esse aumento, a principal hipótese é: 1. a alta concentração de estrogênio liberado pelo folículo ovariano tem efeito de feedback positivo na secreção hipofisária de LH >> contrário ao que acontece nas fases posteriores, o qual o estrogênio inibe LH e FSH • após a ovulação, o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona, estrogênio e inibina >> feedback negativo sobre a liberação de FSH e LH MENOPAUSA E CLIMATÉRIO • a menopausa constitui a cessação permanente dos períodos menstruais por 12 meses consecutivos de amenorreia • segundo a OMS ocorre entre 45 a 65 anos >> em média aos 50 anos • antes do período de menopausa em si, existe um período de transição denominado perimenopausa >> é caracterizado por irregularidades dos ciclos menstruais e consequentemente a manifestação de sintomas atrelados a alterações nos hormônios sexuais • a alteração hormonal durante a perimenopausa pode ocasionar o aparecimento de sintomas >> fogachos, distúrbios do sono e ressecamento vaginal • acontece em razão do esgotamento dos folículos primordiais >> diminuição de estrogênio e, consequentemente, de progesterona • devido à ausência dos hormônios gonadotróficos, os hormônios hipofisários são produzidos em quantidades elevadas >> não existe mais o feedback negativo sobre os hormônios hipofisários • a perda de estrogênio costuma causar mudanças fisiológicas como: 2. “fogachos” caracterizado por rubor extremo da pele 3. Sensação psíquica de dispneia 4. Irritabilidade 5. Fadiga 6. Ansiedade 7. Diminuição da resistência e da calcificação dos ossos por todo o corpo • Os fogachos, sintoma comum durante o climatério, são resultado de alterações na concentração de estrogênio, que provoca uma percepção anormal pelo hipotálamo >> termostato natural do corpo >> são associados com transpiração e ruborização >> tentativas de amenizar o pseudo aumento de temperatura
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