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Ciclo Mestrual e Ciclo Ovariano

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Lívi� �aí� Rodrigue� C�t� - XXXI - Medicin�
Cicl� menstrua� � � Cicl� ovarian�
CICLO MENSTRUAL
O ciclo menstrual são as mudanças histológicas do
endométrio em decorrência das variações
hormonais.
O endométrio é um “espelho” do ciclo ovariano
porque ele responde de maneira consistente às
flutuações de
concentrações de hormônios gonadotróficos e
ovarianos. O tempo médio do ciclo menstrual é de
28 dias, sendo o primeiro dia do ciclo determinado
quando se inicia o fluxo menstrual.
Fases do Ciclo Menstrual: As alterações nos níveis
de estrogênio e progesterona causam mudanças
cíclicas na estrutura do sistema genital feminino,
notadamente no endométrio. O ciclo menstrual é
um processo contínuo; cada fase passa
gradualmente para a fase seguinte
Fase Menstrual: A camada funcional da parede
uterina desintegra-se e é expelida no fluxo
menstrual ou menstruação (sangramento mensal),
que normalmente dura 4 a 5 dias. O sangue
descartado pela vagina está misturado a pequenos
fragmentos de tecido endometrial. Após a
menstruação, o endométrio erodido fica delgado.
Portanto, essa fase é a expulsão da camada
funcional (endométrio) da parede uterina devido à
redução das taxas de progesterona
Fase Proliferativa:
Os estrogénios produzidos pelo folículo em
crescimento (o crescimento verifica-se na
quantidade de líquido no seu interior)
provocam o crescimento do endométrio. Esta
camada, que reveste o interior do útero cresce
e fica mais espessa.O muco cervical e
vaginal, sob o efeito hormonal, fica
gradualmente mais abundante e fino, claro,
elástico, tipo “clara de ovo”
Esta fase, que dura aproximadamente 9 dias,
coincide com o crescimento dos folículos
ovarianos e é controlada pelo estrogênio secretado
pelos folículos. Nesta fase de reparo e proliferação
ocorre um aumento de duas a três vezes na
espessura do endométrio e no seu conteúdo de
água. No início desta fase, a superfície do epitélio
se refaz e recobre o endométrio. As glândulas
aumentam em número e comprimento e as artérias
espiraladas se alongam.
Fase Secretora/Lútea
- Não ocorre espessamento do endométrio,
mas sim secreção de substâncias
químicas, artérias e veias bem espiraladas,
preparando o endométrio para a nidação
A fase secretora ou fase lútea, dura
aproximadamente 13 dias e coincide com a
formação, o funcionamento e o crescimento do
corpo lúteo. A progesterona produzida pelo corpo
lúteo estimula o epitélio glandular a secretar um
material rico em glicogênio. As glândulas se tornam
grandes, tortuosas e saculares, e o endométrio se
espessa devido à influência da progesterona e do
estrogênio produzidos pelo corpo lúteo e também
por causa do aumento de fluido no tecido
conjuntivo. Conforme as artérias espiraladas
crescem na camada compacta superficial, elas se
tornam mais tortuosas. A rede venosa torna-se
mais complexa e ocorre o desenvolvimento de
grandes lacunas (espaços venosos). As
anastomoses arteriovenosas são características
importantes desse estágio.
Se a fecundação não ocorrer:
● O corpo lúteo se degenera.
● Os níveis de estrogênio e progesterona
diminuem e o endométrio secretor entra
na fase isquêmica.
● Ocorre a menstruação
Fase Isquêmica
A fase isquêmica ocorre quando o oócito não é
fecundado; as artérias espiraladas se contraem,
dando ao endométrio uma aparência pálida. Essa
constrição é resultado da diminuição da secreção
de hormônios, principalmente a progesterona,
devido à degradação do corpo lúteo. Além das
alterações vasculares,a queda hormonal provoca a
parada da secreção glandular, a perda de fluido
intersticial e um importante adelgaçamento do
endométrio. No fim da fase isquêmica, as artérias
espiraladas se contraem por longos períodos, isso
Lívi� �aí� Rodrigue� C�t� - XXXI - Medicin�
provoca estase venosa (congestão e diminuição da
circulação venosa) e necrose isquêmica (morte)
dos tecidos superficiais. Finalmente, ocorre a
ruptura das paredes dos vasos lesionados e o
sangue penetra o tecido conjuntivo adjacente.
Pequenas lacunas de sangue se formam e se
rompem na superfície endometrial, resultando em
sangramento para a cavidade uterina e através da
vagina. À medida que pequenos fragmentos de
endométrio se destacam e caem dentro da
cavidade uterina, as extremidades das artérias
sangram para a cavidade, levando à perda de 20 a
80 mL de sangue. Por fim, 3 a 5 dias depois, toda a
camada compacta e a maior parte da camada
esponjosa do endométrio são eliminadas na
menstruação. Os
remanescentes das camadas esponjosa e basal
permanecem para que se regenerem durante a fase
proliferativa subsequente do endométrio. Torna-se
óbvio, por meio das descrições anteriores, que a
atividade hormonal cíclica do ovário está
intimamente ligada às mudanças histológicas do
endométrio.
Se a fecundação ocorrer:
● Inicia-se a clivagem do zigoto e a
blastogênese (formação do blastocisto).
● O blastocisto começa a implantar-se no
endométrio aproximadamente no sexto dia
da fase lútea .
● A gonadotrofina coriônica humana, um
hormônio produzido pelo
sinciciotrofoblasto, mantém o corpo lúteo
secretando estrogênio e progesterona.
● A fase lútea prossegue e a menstruação
não ocorre.
CICLO OVARIANO
- O ciclo sexual é controlado pelo GnRh, secretado
pelo hipotálamo, que estimula a produção das
gonadotrofinas (FSH e LH)
O FSH e o LH produzem mudanças cíclicas nos
ovários – o ciclo ovariano – o desenvolvimento dos
folículos, a ovulação (liberação de um oócito de um
folículo maduro) e a formação do corpo lúteo.
Durante cada ciclo, o FSH estimula o
desenvolvimento de vários folículos primários em 5
a 12 folículos primários ; entretanto, somente um
folículo primário normalmente chega ao estágio de
folículo
maduro e se rompe na superfície ovariana,
expelindo seu oócito.
Desenvolvimento Folicular: O desenvolvimento de
um folículo ovariano é caracterizado por:
• Crescimento e diferenciação de um oócito
primário.
• Proliferação das células foliculares.
• Formação da zona pelúcida.
• Desenvolvimento das tecas foliculares.
Conforme o folículo primário aumenta de tamanho,
o tecido conjuntivo ao redor se organiza como uma
cápsula, a teca folicular. Essa teca logo se
diferencia em duas camadas, uma camada vascular
e glandular interna, a teca interna, e uma camada
capsular, a teca externa. Acredita-se que as células
tecais produzam fatores angiogênicos que
estimulam o crescimento de vasos sanguíneos na
teca interna, fornecendo, assim, nutrientes para o
desenvolvimento folicular. As células foliculares se
dividem ativamente, formando uma camada
estratificada ao redor do oócito. O folículo ovariano
logo se torna oval e o oócito assume uma posição
excêntrica. Subsequentemente, surgem em torno
das células foliculares espaços preenchidos por
líquido, os quais coalescem para formar uma única
e grande cavidade, o antro, que armazena o líquido
folicular. Após a formação do antro, o folículo
ovariano é denominado de vesicular ou folículo
secundário. O oócito primário é deslocado para um
lado do folículo, onde é envolvido por acúmulo de
células foliculares, o cumulus oophorus, que se
projeta para o antro. O folículo continua a crescer
até estar maduro e produz uma dilatação (estigma
folicular) na superfície ovariana. O desenvolvimento
inicial dos folículos ovarianos é estimulado pelo
FSH, mas os estágios finais da maturação
necessitam também do LH. Os folículos em
desenvolvimento produzem estrogênio, o hormônio
que regula o desenvolvimento e o funcionamento
dos órgãos genitais. A teca interna vascular produz
um fluido folicular e algum estrogênio. Suas células
também secretam androgênios que passam para
as células foliculares (Fig. 2-8), as quais os
convertem em estrogênio. Certa quantidade de
estrogênio também é produzida por grupos
dispersos de células estromais secretoras,
conhecidas coletivamente como glândula
intersticial do ovário.
Ovulação: Por volta da metade do ciclo ovariano, o
folículo ovariano, sob influência do FSH e do LH,
sofre um repentino surto de crescimento,
produzindo uma dilatação cística ou uma saliência
na superfície ovariana. Um pequeno pontoavascular, o estigma, logo aparece nessa saliência.
Antes da ovulação, o oócito secundário e algumas
células do cumulus oophorus se desprendem do
interior do folículo distendido. A ovulação é
disparada por uma onda de produção de LH.
Normalmente, a ovulação acontece de 12 a 24
Lívi� �aí� Rodrigue� C�t� - XXXI - Medicin�
horas após o pico de LH. A elevação nos níveis de
LH, induzida pela alta concentração de estrogênio
no sangue, parece causar a tumefação do estigma,
formando uma vesícula. O estigma logo se rompe
expelindo o oócito secundário junto com o líquido
folicular. A expulsão do oócito é o resultado da
pressão intrafolicular e possivelmente da contração
da musculatura lisa da teca externa (capsular),
estimulada pelas prostaglandinas.
Corpo Lúteo: Logo após a ovulação, as paredes do
folículo ovariano e da teca folicular colapsam e se
tornam pregueadas. Sob a influência do LH, elas
formam uma estrutura glandular, o corpo lúteo, que
secreta progesterona e alguma quantidade de
estrogênio, o que leva as glândulas endometriais a
secretarem e, assim, o endométrio se prepara para
a implantação do blastocisto. Se o oócito é
fecundado, o corpo lúteo cresce e forma o corpo
lúteo gestacional e aumenta a produção de
hormônios. A degeneração do corpo lúteo é
impedida pela ação da gonadotrofina coriônica
humana, um hormônio secretado pelo
sinciciotrofoblasto do blastocisto. O corpo lúteo
gestacional permanece funcionalmente ativo
durante as primeiras 20 semanas de gestação.
Nesse momento, a placenta assume a produção de
estrogênio e de progesterona necessária para a
manutenção da gestação. Se o oócito não é
fecundado, o corpo lúteo involui e se degenera 10 a
12 dias após a ovulação. Ele é, então, chamado
corpo lúteo menstrual. O corpo lúteo, em seguida,
se torna uma cicatriz branca no tecido ovariano,
denominada corpo albicans. Os ciclos ovarianos
cessam na menopausa, a suspensão permanente
da menstruação devido à falência dos ovários. A
menopausa normalmente ocorre entre os 48 e os
55 anos de idade. As alterações endócrinas,
somáticas (corporais) e psicológicas que ocorrem
ao término do período reprodutivo são
denominadas de climatéricas.

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