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1. No momento de atacar o hospedeiro humano, alguns microrganismos são bastante específicos e atingem apenas um determinado tecido. Por outro lado, existem microrganismos capazes de afetar vários tecidos, causando doenças em diferentes locais do corpo, dependendo das condições do hospedeiro. Considerando o que foi exposto, responda:
a) Identifique e caracterize um microrganismo que causa apenas uma doença no hospedeiro humano. Descreva com detalhes essa doença.
A Mycobacterium leprae provavelmente é a única bactéria que cresce no sistema nervoso periférico, embora também possa crescer nas células da pele, afetando os olhos e, eventualmente, alguns outros órgãos. É provável que a transmissão se dê pelas secreções das vias aéreas superiores e por gotículas de saliva. A hanseníase é considerada uma infecção crônica granulomatosa. Sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas. Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.
b) Identifique e caracterize um microrganismo que causa diferentes tipos de doença, ou que atinge diferentes tipos de tecidos no hospedeiro humano. Descreva, com detalhes, pelo menos duas doenças causadas por esse patógeno.
S. aureus é uma bactéria Gram-positiva pertencente à família Micrococcaceae. As células têm a forma de cocos, apresentam-se frequentemente agrupados em cacho e são imóveis. Quando em condições favoráveis, produz toxinas – enterotoxinas – que são o agente responsável pela intoxicação alimentar.
Bacteremia por S. aureus , que frequentemente provoca focos metastáticos de infecção, pode ocorrer com qualquer infecção por S. aureus localizada, mas é particularmente comum com infecção relacionada a cateteres intravasculares ou outros corpos estranhos. Pode ocorrer também sem qualquer outro local primário óbvio. S. epidermidis e outros estafilococos coagulase-negativos provocam cada vez mais bacteremias de aquisição hospitalar associadas a cateteres e a outros corpos estranhos porque podem formar biofilmes nestes materiais. Bacteremia estafilocócica é uma causa importante de morbidade (especialmente prolongamento da hospitalização) e mortalidade em pacientes debilitados.
A endocardite desenvolve-se particularmente em usuários de drogas intravenosas e em pacientes com próteses valvares. Devido ao uso de cateteres intravasculares e ao aumento do implante de dispositivos cardíacos, o S. aureus tornou-se uma das principais causas de endocardite bacteriana.
A endocardite por S. aureus é uma doença febril aguda frequentemente acompanhada por abscessos, fenômenos embólicos, pericardite, petéquias subungueais, hemorragia subconjuntival, lesões purpúricas, sopros cardíacos, abcesso perivalvular, defeitos de condução e insuficiência cardíaca secundária à lesão valvar cardíaca.
Osteomielito ocorre mais comumente em crianças e provoca calafrios, febre e dor sobre o osso envolvido. Posteriormente, os tecidos moles sobrepostos tornam-se eritematosos e edemaciados. Infecção articular pode ocorrer e na maioria das vezes resulta em derrame, sugerindo artrite séptica e não osteomielite. A maioria das infecções dos discos intervertebrais e vertebrais em adultos é por S. aureus
c) Com base nas duas respostas anteriores, pense e responda: qual organismo é mais fácil de ser controlado, um que atinge várias partes do corpo, ou outro que atinge uma única área? Explique o porquê de sua resposta.
Acredito que seja mais fácil tratar com mais facilidade uma doença que atinge apenas uma região do corpo humano, pois neste caso o quadro de caracterização e acompanhamento da doença se torna mais prático para avaliação, tratamento e administração de medicamentos. Uma vez que uma doença quando sistêmica se torna mais difícil de diagnostica-la e trata-la de modo mais simples. 
d) Com base em sua resposta para o item a, descreva como proceder para a identificação do microrganismo em questão (coleta de material, tratamento da amostra, cultivo e identificação microbiológica, testes confirmativos).
Para realizar a coleta é necessário que o procedimento ocorra em sala específica já identificada nas UBS. É importante que ela seja arejada, limpa e com boa iluminação. Para realização da coleta, seguir os passos descritos abaixo:
a) Acomodar o paciente confortavelmente.
b) Explicar o procedimento que será realizado. No caso de criança explicar também para a pessoa responsável.
c) Observar indicações dos sítios de coleta na solicitação médica.
d) Manusear a lâmina pelas bordas evitando colocar os dedos no local onde a amostra será distribuída.
e) Identificar a lâmina com as iniciais do nome do paciente, o número de registro da unidade e data da coleta.
f) No momento de cada coleta fazer antissepsia com álcool a 70ºGL ou 70%, dos sítios indicados na solicitação médica.
g) Com o auxílio da pinça Kelly, fazer uma prega no sítio de coleta, pressionando a pele o suficiente para obter a isquemia, evitando o sangramento. Manter a pressão até o final da coleta tomando o cuidado de não travar a pinça 
h) Fazer um corte na pele de aproximadamente 5mm de extensão por 3mm de profundidade. Colocar o lado não cortante da lâmina do bisturi em ângulo reto em relação ao corte e realizar o raspado intradérmico das bordas e do fundo da incisão, retirando quantidade suficiente e visível do material. Se fluir sangue no momento do procedimento (o que não deverá acontecer se a compressão da pele estiver adequada) enxugar com algodão.
i) Desfazer a pressão e distribuir o material coletado na lâmina, fazendo movimentos circulares do centro para a borda numa área aproximadamente de 5 – 7mm de diâmetro, mantendo uma camada fina e uniforme.
j) O primeiro esfregaço deverá ser colocado na extremidade mais próxima da identificação do paciente (parte fosca), e o segundo próximo ao primeiro observando uma distância, de pelo menos 0,5cm entre cada amostra e assim sucessivamente. Os esfregaços devem estar no mesmo lado da parte fosca da lâmina.
k) Entre um sítio e outro de coleta, limpar a lâmina do bisturi e a pinça utilizada com algodão ou gaze embebido em álcool 70°GL ou 70%, para que não ocorra a contaminação entre eles.
l) Fazer curativo compressivo e nunca liberar o paciente se estiver sangrando.
2. Em 1943, a penicilina começou a ser usada no tratamento de infecções provocadas por Staphylococcus aureus. Entretanto, surgiram rapidamente cepas resistentes a esse antibiótico. Outros medicamentos foram criados, como a meticilina e novamente foram surgindo bactérias resistentes. Atualmente, enfrentamos o grande perigo das chamadas superbactérias, bactérias resistentes a uma grande gama de antibióticos. Dentre essas bactérias, destaca-se a Staphylococcus aureus, responsável por grandes surtos de infecção hospitalar. Discuta:
a) Como a resistência aos antibióticos é adquirida pelas bactérias? Explique como o processo de resistência ocorre.
Os antibióticos são medicamentos usados para tratar infecções bacterianas. A resistência ao medicamento é potencializada pelo mau uso ou administração excessiva de antibióticos, bem como a falta de popularização de novos fármacos pela indústria farmacêutica.
Utilizado de maneira errada, o antibiótico impulsiona a evolução das superbactérias. A resistência pode ocorrer espontaneamente por meio de mutação, mas esta não é a única forma. 
Os antibióticos, quando mal administrados, eliminam apenas as bactérias mais sensíveis às drogas. As mais resistentes, como resultado da seleção natural, permanecem no corpo do indivíduo infectado.
Algumas pesquisas científicas na área têm apontado que um fator importante para o aumento da resistênciaa antibióticos é a falha nas dosagens. O fato de a mesma dose ser recomendada e administrada para todos os pacientes, desconsiderando suas características particulares, pode comprometer muito a eficácia desses medicamentos.
A resistência das bactérias aos antibióticos é resultado de mudanças na estrutura genética desses organismos. Esse processo pode acontecer, basicamente, de duas formas:
· mutações genéticas aleatórias e consequente seleção natural (genes de resistência que fazem parte de unidades de DNA chamadas de transposons); e
· aquisição de material genético de outro organismo, como vírus ou outras bactérias (trocas e recombinações de DNA cromossômico entre espécies).
Para entender como o uso inadequado de antibióticos pode resultar na alteração genética bacteriana precisamos recordar as formas de atuação desse tipo de medicamento:  
· destruição da parede celular bacteriana: alguns tipos de antibiótico têm ação direta na estrutura da parede celular;
· inibição de cromossomos: há também medicamentos que impedem que os genes responsáveis pela reprodução das bactérias se tornem inativos;
· alteração da permeabilidade da membrana plasmática: essa forma de atuação impede a síntese proteica bacteriana.
Com isso, a resistência bacteriana à ação de antibióticos está relacionada a mecanismos, desenvolvidos pela própria bactéria, para impedir a ação do medicamento. Ela é determinada pela existência e expressão de genes conhecidos como genes de resistência, que determinam o funcionamento dos mecanismos responsáveis pelo impedimento da ação antibiótica. 
b) Como o problema das cepas multidroga-resistentes pode ser controlado/minimizado?
Evitar mau uso ou administração excessiva de antibióticos, sendo utilizado apenas com prescrição médica . 
c) Quais análises podem ser usadas para detectar a resistência bacteriana aos antibióticos? Explique com detalhes pelo menos uma técnica.
Os testes a serem realizados em laboratório podem ter dois objetivos distintos: detectar a forma como as bactérias se comportam em relação à exposição aos antimicrobianos (expressão) ou, então, ser testes genéticos que têm como alvo elementos molecularesque dão origem ao processo de resistência.
O antibiograma, também conhecido por Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA), é um exame que tem como objetivo determinar o perfil de sensibilidade e resistência de bactérias e fungos aos antibióticos.
Para realizar o antibiograma, o médico irá solicitar a coleta do material biológico como sangue, urina, saliva, catarro, fezes ou células do órgão contaminado por microrganismos. A seguir, estas amostras são encaminhadas para um laboratório de microbiologia para que seja analisado e cultivado em meio de cultura que favorece o crescimento bacteriano ou fúngico.
Após crescimento, o microrganismo é isolado e submetido a testes de identificação para que se possa chegar à conclusão do microrganismo responsável pela infecção. Após isolamento, é também realizado o antibiograma para que se saiba o perfil de sensibilidade e resistência do microrganismo identificado, que pode ser feito de duas maneiras:
Antibiograma por difusão em agar: neste procedimento são colocados pequenos discos de papel que contêm diferentes antibióticos em uma placa com meio de cultura apropriado para crescimento do agente infeccioso. Após 1 a 2 dias na estufa, é possível observar se ouve ou não crescimento a volta do disco. Na ausência de crescimento, diz-se que o microrganismo é sensível àquele antibiótico, sendo considerado o mais indicado para o tratamento da infecção;
Antibiograma baseado em diluição: neste procedimento existe um recipiente com várias diluições de antibiótico com doses diferentes, onde são colocados os microrganismos que serão analisados, e é determinada a Concentração Mínima Inibitória (CMI) do antibiótico. O recipiente em que não foi observado crescimento microbiano corresponde à dose do antibiótico que deve ser utilizada no tratamento, já que impediu o desenvolvimento do microrganismo.
3. Staphylococcus e Streptococcus apresentam algumas características emcomum, como serem Gram positivos e suas formas seres cocos, como também são não-móveis, não são formadoras de esporos, e são aeróbicos e anaeróbicos facultativos. Contudo, essas duas espécies de bactérias também apresentam diversas diferenças. Além das características já citadas, quais outros procedimentos podem ser usados em um laboratório microbiológico para diferenciar Staphylococcus e Streptococcus?
A identificação dos estreptococos e estafilococos é baseada na morfologia que apresentam em meios líquidos. Sendo o estreptococo uma cadeia normalmente longa e os estafilococos mostrando-se em forma de cocos aos pares, em cachos de uva ou agrupados.
A identificação presuntiva começa com a inoculação primária na placa de ágar sangue de carneiro que deve ser incubada em 5% de tensão de CO² (método da vela ou estufa de CO2 ). As colônias de estafilococos são geralmente maiores, convexas, de coloração variando do branco-porcelana a amarelo podendo apresentar hemólise ou não. Note-se que o desenvolvimento da cor amarelada no S.aureus ocorre somente após incubação prolongada (72 h), à temperatura ambiente. As colônias deestreptococos tendem a serem menores (puntiformes), e com halos de hemólise total ou parcial (beta e alfa hemólise). A diferenciação entre os estreptococos e os estafilococos se dá, seguramente, pelaprova da catalase
PROVA DA C ATALASE
Com a alça bacteriológica ou com um palito coleta-se o centro de uma colônia suspeita e esfrega-se em uma lamina de vidro. Colocar sobre este esfregaço uma gota de água oxigenada a 3% e observar a formação de bolhas. Para a família Microccocacea (estafilococos) a prova é geralmente positiva, enquanto que para a família Streptococcacea (estreptococos) é negativa.

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