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Alguns elementos da nossa vida cerebral

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Alguns elementos da nossa vida cerebral
Site: ESKADA | Cursos Abertos da UEMA
Curso: Neuropedagogia
Livro: Alguns elementos da nossa vida cerebral
Impresso por: Tatiane Santana dos Santos
Data: quinta, 1 set 2022, 23:50
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Índice
1. Os dois hemisférios, os neurônios, as sinapses, neurotransmissores, as células da glia, impulso nervoso etc
2. Alguns elementos da nossa vida cerebral
3. Como funciona a comunicação dos neurônios?
4. As células da glia
5. As sinapses
6. Os neurotransmissores
7. Exemplo de tipos de neurotransmissores (Parte 1))
8. Exemplo de tipos de neurotransmissores (Parte 2)
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1. Os dois hemisférios, os neurônios, as sinapses, neurotransmissores,
as células da glia, impulso nervoso etc
Os dois hemisférios: o equilíbrio do poder (Contraria sunt complementa) 
Cada hemisfério cerebral cuida de um lado do corpo. O controle é cruzado. O hemisfério direito cuida do lado esquerdo e o hemisfério
esquerdo cuida do lado direito. Eles estão sempre buscando o equilíbrio, embora de acordo com a situação, eles procedam de maneira
diferente. 
procedam de maneira diferente. O diálogo entre eles é feito através do corpo caloso. Quando há uma ruptura de simetria (usando aqui os
termos de Nicolescu Basarab) nesse diálogo, um dos dois hemisférios toma o “controle”, inibindo a intervenção do outro, para poder dar uma
resposta adaptada ao que está sendo solicitado. 
Apesar de serem complementares, eles não são simétricos. A linguagem, por exemplo, é tratada principalmente pelo hemisfério esquerdo,
mas isso não é sistemático porque o hemisfério direito pode intervir quando necessário. Roger Sperry e Michael Gazzaniga mostaram que os
hémisférios separados por uma calosotomia podiam funcionar de maneira independente, obtendo raciocínios distintos a partir das
informações que cada hemisfério tinha acesso. 
Cada hemisfério tem sua especificidade. O hemisfério direito trata as informações visuais e espaciais que permitem a localização no espaço.
Ele trabalha de maneira rápida, simultânea, sintética e global. Ele se apoia na experiência. Ele é intuitivo e parte da dedução. O hemisfério
esquerdo encarrega-se das tarefas de compreensão e produção da linguagem. Ele trabalha de maneira lenta, precisa, analítica, detalhada,
sequencial, lógica. Ele parte do detalhe rumo à complexidade. 
As atividades de cálculo, a escrita, a fala, a categorização, a diferenciação, a seleção, a compreensão semântica etc., são em geral
reconhecidas como sendo específicas do hemisfério esquerdo. Quando este é danificado aparecem os problemas de sintaxe, de
denominação, de percepção das sequências. Já a linguagem estereotipada, os sons não verbais, as melodias, os ruídos, os ritmos, as
relações espaciais, a compreensão intuitiva… são reconhecidos como características do hemisfério direito. Quando este hemisfério é
danificado, observamos que os problemas de percepção periférica, de entonação, de orientação espacial, ou então, mudanças de humor. Por
muito tempo, o hemisfério direito foi considerado como passivo e inferior ao hemisfério esquerdo. Com as novas pesquisas, o hemisfério
direito vem sendo reabilitado. 
Os dois hemisférios analisam. Ambos são capazes de perceber os conjuntos, tanto o hemisfério direito como o hemisfério esquerdo são
capazes de reconhecer as fisionomias, o que a maioria das pesquisas passadas atribuía somente ao hemisfério direito. Logo, é importante
levar em conta a influência das características dos estímulos e do método utilizado. 
Segundo Trocmé-Fabre, não somente é confirmada a necessidade de ir do global para o analítico, do contexto para o detalhe, do geral para
o particular, mas os formadores são solicitados a construírem um programa de plena ocupação do cérebro, sobre a base da cooperação dos
dois hemisférios. Observe, a seguir, a Figura 7: 
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Cada hemisfério contém o germe do outro. Eles são complementares e não opostos. Como no símbolo do Tai Chi, as áreas, clara e escura
encontram em interrelação dinâmica entre elas. O predomínio de um é equivalente à supressão da diferença e à negação da realidade. 
A representação acima da complementaridade de nossos dois hemisférios e dos aspectos de nossa gestão mental foi inspirada pelo livro de
C. Hampden-Turner onde o autor faz um mapa histórico do psiquismo e da cognição. 
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2. Alguns elementos da nossa vida cerebral
Esquema A:
As células do nosso cérebro 
O sistema nervoso é composto de dois tipos de células: as células da glia e os neurônios. 
Os neurônios, como todas as células do nosso organismo possuem uma membrana cercando um citoplasma e um núcleo (o corpo celular)
onde se encontram os genes. 
A atividade principal dos neurônios é transmitir a informação e para isso eles possuem dois tipos de prolongamentos que os distinguem de
outras células. Esses prolongamentos são: os dendritos e os axônios. Os dendritos (vem do grego dendron = árvore) se dividem como ramos
de uma árvore, captam a informação e a encaminham para o corpo da célula. O axônio em geral é bem comprido e único. Esse axônio
encaminha a informação do corpo da célula para outros neurônios com os quais ele faz conexões que são chamadas de sinapses. Os
axônios podem também estimular outros tipos de células, como as dos músculos e das glândulas. 
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Os neurônios organizam-se entre eles, constituindo uma fantástica rede. 
Essas células recebem e transmitem sinais de natureza eletroquímica. Os dendritos e os axônios asseguram a transmissão desses sinais.
Os dendritos recebem os sinais e os axônios os transmitem.
Todas as nossas sensações, nossos movimentos, nossos pensamentos e nossas emoções são o resultado da comunicação entre os
neurônios. Essa comunicação é assegurada através de dois processos: a condução elétrica e a transmissão química. 
A condução elétrica permite ao impulso nervoso viajar rapidamente dentro do mesmo neurônio. Trata-se de uma breve variação elétrica que
se propaga dos dendritos ao corpo celular até ao final do axônio. 
A transmissão química efetua-se ao nível da sinapse. Ela permite transmitir o impulso nervoso de um neurônio para outro. Essa transmissão
é chamada de transmissão química. Trata-se da difusão de moléculas químicas entre os neurônios, permitindo ao impulso elétrico passar
para o próximo neurônio. 
Segundo Bruno Dubuc, biólogo e pesquisador canadense, não devemos confundir a condução elétrica do impulso nervoso dentro dos
neurônios com as sinapses elétricas. Estas podem transmitir o sinal elétrico diretamente de um neurônio para o outro. 
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3. Como funciona a comunicação dos neurônios?
Os neurônios se comunicam entre eles graças a eletricidade e a química. 
Os neurônios se comunicam, usando a eletricidade quando se trata do mesmo neurônio e usando a química quando se trata de passar de
um neurônio para o outro. 
Eles recebem as informações sob forma elétrica, nessa super arborescência, os dendritos, indo até o âmago/núcleo da célula neuronal, onde
elas são processadas. O neurônio desencadeia então um novo sinal elétrico que vai se propagar a quase 400km/h, ao longo de filamento. No
final desse filamento se encontra um fabuloso conjunto de conexõesorgânicas que são chamadas de sinapses. São pontos de contato entre
dois neurônios, são espaços microscópicos Figura 8- Corpo caloso de comunicação, através dos quais cada neurônio vai poder comunicar
com outros milhões de neurônios. Os neurocientistas falam de bilhões e bilhões de conexões em nosso cérebro, comparáveis à quantidade
infinita de grãos de areia. 
Quando o sinal elétrico chega à sinapse, ele libera nesse espaço de um milionésimo de milímetro, milhares de moléculas químicas,
chamadas neurotransmissores. Esse contato libera uma cascata de tempestades elétricas que se propagam de neurônio em neurônio,
através das sinapses. 
Na realidade, essa operação sofisticada dura apenas um décimo de milhar de segundos e cada dia de nossa vida, esse fenômeno terá se
reproduzido bilhões de vezes. 
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4. As células da glia
Ouvimos falar menos das células da glia porque o papel delas na comunicação celular é menos evidente. Segundo estudos recentes, é
provável que a quantidade de células da glia seja igual à quantidade de neurônios, aproximadamente 100 bilhões. 
As células da glia são extremamente importantes porque sem elas os neurônios não poderiam funcionar corretamente. São elas que
alimentam, dão apoio e protegem os neurônios. São elas que eliminam os resíduos deixados pela morte neuronal e aceleram a condução
nervosa, agindo como um isolante de certos axônios. 
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5. As sinapses
A sinapse é o ponto de junção entre dois neurônios 
A palavra sinapse refere-se ao lugar onde o axônio se encontra com o dendrito. A palavra vem do grego “syn” (conjunto) e “haptein (unir,
tocar). Os neurônios apresentam duas maneiras bem diferentes de se unirem: 
A sinapse elétrica onde as células se tocam e são conectadas, através de pequenos orifícios, que permite ao impulso nervoso passar
diretamente de uma para outra; 
A sinapse química onde as células não se tocam e onde o influxo (impulso) nervoso precisa de moléculas específicas para passar de uma
célula para outra; 
A sinapse química é formada pelo botão terminal do axônio, contendo mensageiros químicos que serão lançados através da fenda sináptica,
antes de atingir o dendrito do próximo neurônio; 
Essas moléculas são os neurotransmissores que são liberados pelo neurônio pré-sináptico e que vai se fixar nos receptores situados em
apenas algumas dezenas de nanômetros de distância;
 As sinapses químicas são menos rápidas do que as sinapses elétricas, mas, elas são mais flexíveis e maleáveis, uma característica preciosa
na base de toda aprendizagem; 
Em uma sinapse química, o influxo (impulso) nervoso só pode circular em um único sentido, ao contrário da sinapse elétrica onde o impulso
circula nos dois sentidos. Além do mais, a transmissão nervosa em uma sinapse química leva 0,5 milisegundos, enquanto que com a sinapse
elétrica esse tempo é quase inexistente. 
Cada neurônio pode fazer mais de mil sinapses com outros neurônios e como temos mais de cem bilhões de neurônios, isso significa que o
cérebro humano contém aproximadamente 1.000.000.000.000.000 de sinapses. Cada milímetro cúbico de córtex contém meio bilhão. 
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6. Os neurotransmissores
Os neurotransmissores são moléculas que agem como « ferry » químicos, permitindo ao influxo/impulso nervoso passar de um neurônio para
outro. 
Os neurotransmissores liberados na fenda sináptica podem ter dois efeitos opostos sobre o próximo neurônio. 
Alguns favorecem a propagação do influxo nervoso no interior do mesmo. Eles são excitadores. 
Outros diminuem a probabilidade do neurônio de enviar um impulso. Eles são chamados neurotransmissores inibidores. 
É a forma específica do neurotransmissor que vai permitir que ele se fixe no bom lugar para produzir seu efeito. 
O neurotransmissor é como uma chave buscando a boa fechadura. Se sua forma é a boa para o neurônio seguinte, ele vai produzir um efeito
nesse neurônio. 
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7. Exemplo de tipos de neurotransmissores (Parte 1))
A acetilcolina é um neurotransmissor excitador bem disseminado, que provoca uma contração muscular e estimula a excreção de certos
hormônios. No sistema nervoso central, ele influi, entre outros, no estado de alerta, na atenção, na raiva, na agressividade, na sexualidade,
na sede. 
A dopamina que participa no controle do movimento e da postura. Ele modula também o humor e a dependência. 
O GABA (ácido gama-aminobutírico) é um neurotransmissor inibidor muito disseminado nos neurônios do córtex. Ele participa na
coordenação motora, na visão e em várias outras funções corticais. Ele regula também a ansiedade. 
O glutamato é um neurotransmissor excitador super importante. Ele está associado à aprendizagem e a memória. 
O Influxo (impulso) nervoso
O impulso nervoso é um fenômeno de natureza elétrica que ocorre no sistema nervoso, propagando-se ao longo dos neurônios. 
Porém, essa eletricidade em nosso cérebro não é produzida por elétrons como nos fios elétricos de nossas casas. É o movimento de
moléculas carregadas eletricamente por meio da membrana do neurônio que causa esse fenômeno.
Essa condução de natureza particular é chamada de condução eletroquímica, ou seja, eletricidade feita com moléculas químicas.
A membrana dos neurônios como a de todas as células possuem pequenos orifícios chamados canais. É por meio desses canais que as
moléculas carregadas eletricamente atravessam a membrana. Mas, ao contrário das outras células, os canais da membrana dos neurônios
se especializaram de tal maneira que eles conseguem coordenar o movimento dessas cargas elétricas através da membrana para produzir a
condução nervosa. 
Essa sequência de acontecimentos da condução nervosa pode ser resumida da seguinte forma: 
1. Em repouso, os canais da membrana do neurônio criam uma distribuição desigual de cargas: mais cargas negativas dentro e mais cargas
positivas fora; 
2. O impulso nervoso, abrindo ou fechando certos canais reverterá o potencial elétrico de ambos os lados da membrana: durante um breve
instante dentro se torna mais positivo que fora; e 
3. O potencial de repouso é rapidamente restaurado pelo trabalho dos outros canais. Mas, já na região vizinha, o fenômeno se repete,
propagando assim o impulso nervoso ao longo do axônio do neurônio. 
É importante notar que a condução nervosa seria inútil sem o outro componente da comunicação neuronal que é a transmissão sináptica que
permite ao impulso nervoso passar de um neurônio para outro. 
Como os neurônios não se tocam ao nível de suas sinapses, eles precisam de mensageiros químicos chamados neurotransmissores para
fazer passar o impulso nervoso de um neurônio para outro. Essa transmissão química do impulso nervoso leva o axônio e os dendritos a
desenvolverem estruturas especializadas para facilitála. Os dendritos possuem assim milhares de “espinhos” que brotam em sua superfície.
É no sentido desses espinhos que se situam os botões terminais dos axônios, espécie de protuberâncias onde os neurotransmissores são
excretados. 
A dupla natureza química e elétrica da nossa vida cerebral, e consequentemente, dos nossos meios de comunicação é explicada por J. D.
Vincent, com os seguintes termos: 
Na comunicação neuronal há um termo técnico para descrever o impulso nervoso chamado de potencial de ação. Trata-se de uma
despolarização breve e reversível que se propaga ao longo do axônio. 
O potencial de ação que se estabelece na área da membrana estimulada perturba a área vizinha, levando à sua despolarização. O estímulo
provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se propaga ao longoda membrana plasmática do neurônio. 
O exemplo mais citado para explicar o fenômeno do potencial de ação é o princípio da onda produzida pela torcida em um estádio. Algumas
pessoas se levantam e se sentam em um mesmo movimento. Seus vizinhos fazem imediatamente a mesma coisa. Em seguida, os vizinhos
dos vizinhos fazem também a mesma coisa, etc. Vemos então uma onda humana percorrer o estádio inteiro. O impulso nervoso que viaja
nas fibras nervosas é um fenômeno semelhante. Quando a membrana de um neurônio é estimulada, ela se despolariza. Em seguida, numa
fração de segundo, ele se repolariza. Imediatamente, quando o ponto estimulado está sendo repolarizado, o ponto vizinho sobre a
membrana, por sua vez se despolariza. Em seguida se repolariza quando o ponto vizinho está se despolarizando etc. Uma onda de
despolarização que se originou no ponto estimulado se propaga por toda a membrana do neurônio. 
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O potencial de ação difere do potencial recepetor (potencial sináptico) em vários aspectos. Primeiro, porque esse potencial de ação não se
propaga de maneira passiva, mas ativamente através dos canais iônicos especiais, sensíveis à voltagem, que possui o axônio e de um
dispositivo específico que permite acelerar a propagação do potencial de ação. 
Segundo, esse processo também requer energia por parte do neurônio que dever garantir a manutenção da atividade das bombas iônicas
que servem para reequilibrar as cargas elétricas de ambos os lados da membrana após a passagem do potencial de ação. 
Os potenciais de ação são de amplitude e de intensidade invariáveis. Sua formação funciona sob o modo do “ou tudo ou nada”. Ou seja,
nada acontece se o estímulo não for suficientemente intenso para excitar o neurônio, desencadeando o potencial de ação. Abaixo do limite
de excitação do neurônio, nada ocorre, porém, uma vez que a intensidade do estímulo desencadeador supera o limite de excitação, ele não
faz nenhuma diferença entre um pouquinho acima do limite ou amplamente acima do limite. Um potencial de ação sempre se produzirá para
uma determinada célula. Não existe potencial de ação mais forte ou mais fraco. Passou o limiar, ele é igual independente da intensidade do
estímulo. 
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8. Exemplo de tipos de neurotransmissores (Parte 2)
Um neurônio só pode transmitir a informação variando a frequência dos seus potenciais de ação, ou seja, pelo número de potenciais de ação
emitidos em um segundo. 
As alterações do potencial de membrana do neurônio. Exemplos de três situações possíveis na comunicação entre neurônios: 
1 - O neurônio recebe o potencial excitador que não alcança o limite de excitação, logo não será possível gerar um novo impulso nervoso; 
2 - O neurônio recebe dois potenciais excitadores cuja soma não permite alcançar o limite de excitação do neurônio e produzir um novo
impulso nervoso; e 
3 - O neurônio recebe dois potenciais excitadores cuja soma permite alcançar o limite de excitação do neurônio e produzir um novo potencial
de ação. 
O potencial de ação é uma inversão temporária do potencial elétrico da membrana do axônio que dura apenas alguns milissegundos. 
Após a passagem do potencial de ação, há um breve período refratário durante o qual a membrana não pode mais ser estimulada. Esse
fenômeno impede o potencial de ação de voltar, obrigando-o a prosseguir, como a chama que percorre um fio de pólvora. 
Os potenciais de ação são mensageiros essenciais para a linguagem neuronal. O impulso nervoso se propaga em um único sentido na fibra
nervosa. Os dendritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular. O axônio conduz o impulso em direção das extremidades,
longe do corpo celular. 
Todas as nossas percepções, nossos pensamentos, nossas lembranças não seriam possíveis sem a condução nervosa que permite a
propagação do impulso nervoso. 
O impulso nervoso permite ao vivente controlar seus gestos, compreender ume informação para comunicar. 
Desde os anos 70, as pesquisas em neurobiologia produziram uma quantidade considerável de informações sobre interpenetração dos
mecanismos eletro lógicos e neuroquímicos. 
Esses mecanismos deveriam ser levados em conta no ato de aprender e para que a aprendizagem possa ser coerente: 
A polaridade que é um fator essencial da troca, durante a qual a energia é transformada de uma forma para outra: química – elétrica –
química. 
A diversidade dos neurotransmissores e da sua ação.
A descontinuidade que é outra característica da transmissão do influxo nervoso. 
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