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HISTÓRIA DA ARQUITETURA BRASIL QUEST UN II E III

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UNIDADE II – HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL 
 
 Pergunta 1 
0,3 em 0,3 pontos 
 
A habitação coletiva no Brasil, tal como a conhecemos hoje, começa com o século 
XX. O problema da falta de moradias aumenta à medida que a população brasileira 
cresce e o número de habitantes na cidade também se amplia. A oferta de moradia 
não pode mais ser resolvida apenas por imóveis feitos pelos próprios moradores ou 
por pequenas empresas construtoras. Por isso, tanto o Estado quanto o setor 
imobiliário privado adotaram, aos poucos, o modelo da habitação coletiva, em suas 
várias modalidades, com financiamento público e/ou privado. Como sempre, esse 
modelo convive até hoje com inúmeras outras formas de habitação, seja na oferta de 
financiamentos, seja na variedade de tipologias construtivas arquitetônicas e 
urbanas. Também é possível afirmar que o início da oferta de habitações coletivas 
pelo Estado ocorre aproximadamente ao mesmo tempo em que a introdução da 
arquitetura moderna no Brasil. Por isso a maioria dos primeiros conjuntos residenciais 
(como eram chamados no início) possui características modernistas, principalmente 
na sua implantação. 
De acordo com o enunciado, por que os primeiros conjuntos residenciais no Brasil 
possuem características modernistas na sua implantação? 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Porque o princípio da oferta de habitações coletivas ocorre 
aproximadamente ao mesmo tempo que o início da arquitetura 
moderna no Brasil. 
 
 
 Pergunta 2 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Segundo muitos historiadores, houve duas vertentes principais da 
arquitetura moderna no Brasil, a Escola Carioca e a Escola Paulista. A 
segunda, que se consolida após a década de 1950, seria caracterizada 
por um léxico arquitetônico vinculado a uma linguagem brutalista da 
arquitetura. Como características dessa escola, temos a criação de 
espaços amplos com grandes vãos, o uso extenso do concreto armado 
aparente, a aplicação de projetos complementares aparentes (elétrica, 
hidráulica etc.), regularidade no intercolúnio e novas formas de 
implantação. 
Qual foi o material predominante nos projetos feitos pelos arquitetos e 
arquitetas que seguiam a linha da Escola Paulista? 
 
Resposta Selecionada: b. 
O concreto armado. 
 
 
 Pergunta 3 
0,3 em 0,3 pontos 
 
A preocupação do Estado brasileiro em resolver o problema da falta de 
habitação de qualidade para a maioria da população começa de fato 
após o início do século 20, e, ao longo dele, várias foram as iniciativas 
feitas para enfrentar esse problema. A falta de habitação só se agravou 
com o aumento considerável da população do país ao longo daquele 
século. De todas as iniciativas adotadas pelo Estado para resolver o 
problema, qual foi a que primeiro conseguiu atingir números realmente 
 
expressivos na quantidade de habitações construídas, alcançando um 
público que nunca se havia conseguido atingir com as iniciativas 
anteriores? 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Foi com a criação do BNH (Banco Nacional de 
Habitação) e com o SFH (Sistema Financeiro de 
Habitação). 
 
 
 Pergunta 4 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Os projetos arquitetônicos postos em execução pelo BNH (Banco 
Nacional de Habitação) têm sido pouco analisados por pesquisadores. 
A maioria desses edifícios repetiam fórmulas projetuais, como os 
conhecidos edifícios de apartamentos em planta H, com a circulação 
vertical no meio. Mas houve também projetos de qualidade, como o 
Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães (Guarulhos, SP) e o Conjunto 
Habitacional Padre Manoel da Nóbrega (Campinas, SP), ainda que 
executados com materiais construtivos e de acabamento bem simples, 
para baratear os custos. De acordo com o texto, qual desenho nas 
alternativas a seguir corresponde de maneira mais direta à planta mais 
utilizada nos projetos do BNH? (Considere que os desenhos são plantas 
esquemáticas, sem escala; o bloco hachurado corresponde à circulação 
vertical). 
 
Resposta Selecionada: b. 
 
 
 
 Pergunta 5 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Um dos arquitetos que mais utilizou sistemas industrializados em seus 
projetos, procurando sempre a melhor qualidade espacial e construtiva, 
foi o arquiteto João Filgueiras Lima. Fez projetos de hospitais, edifícios 
administrativos públicos e privados, escolas, entre outros programas, 
durante a segunda metade do século XX. 
 
 
Figura 1: Desenho de João Filgueiras Lima, do Tribunal de Contas da 
União, unidade de Minas Gerais, construído em Belo Horizonte em 
1997. 
 
Fonte: LIMA, J. F. CTRS – Centro de Tecnologia da Rede Sarah. 
Brasília: Sarah Letras; São Paulo: Fundação Bienal / ProEditores, 1999. 
p. 39. 
 
 
 
Figura 2: Tribunal de Contas da União, unidade de Minas Gerais, já 
concluído e em uso. 
 
 
Fonte: LIMA, J. F. CTRS – Centro de Tecnologia da Rede Sarah. 
Brasília: Sarah Letras; São Paulo: Fundação Bienal / ProEditores, 1999. 
p. 39. 
 
As figuras 1 e 2 mostram um dos projetos de João Filgueiras Lima para 
uma das sedes estaduais do Tribunal de Contas da União. O desenho 
na figura 1 mostra qual aspecto do projeto, que também está 
claramente visível na foto do projeto construído? 
Resposta Selecionada: d. 
O sistema estrutural. 
 
 
 Pergunta 6 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Um dos arquitetos que mais influenciou a Escola Carioca de arquitetura 
na primeira metade do século 20 foi o franco-suíço Charles-Edouard 
Jeanneret-Gris, vulgo Le Corbusier, que, com suas ideias, norteou boa 
parte do trabalho teórico e projetual da época. Uma das suas propostas 
eram os cinco pontos da arquitetura moderna: a planta livre, o edifício 
sobre pilotis, o teto jardim, a fachada livre, uso de janelas em fita. No 
projeto para o Ministério da Educação e Saúde, o arquiteto Lúcio Costa 
e equipe fizeram um projeto muito inovador para a época e aplicaram 
todos esses pontos na proposta que foi executada no Rio de Janeiro. 
 
 
 
Edifício Gustavo Capanema, antiga sede do Ministério da Educação e 
Saúde. 
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons. Acesso em: 23 abr. 2022. 
 
Na imagem, vemos parte do edifício projetado por Lúcio Costa e equipe. 
Escolha a alternativa que identifica qual dos cinco pontos da arquitetura 
moderna de Le Corbusier está visível. 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
O edifício sobre pilotis, que permitem a passagem 
livre pela quadra. 
 
 
 Pergunta 7 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Quando o governo federal brasileiro decide fazer uma nova capital para 
o país no seu interior, o presidente era Juscelino Kubitschek. Ele já 
havia trabalhado com Oscar Niemeyer e acreditava na arquitetura 
moderna como um representante adequado para a nova fase que ele e 
seu governo queriam implantar no país: uma era de industrialização, 
modernização e superação do passado agrário e colonial. O processo 
de criação da capital começou primeiro por uma fase de planejamento. 
Nessa fase, foi constituída a Novacap, acrônimo para Companhia 
Urbanizadora da Nova Capital, que gerenciaria a formação do 
planejamento, projeto e execução de Brasília. O seu primeiro presidente 
foi o engenheiro Israel Pinheiro, e um dos seus diretores foi Oscar 
 
Niemeyer, e, mais tarde, Lúcio Costa fez parte da equipe. A companhia 
existe e gerencia a cidade até hoje. Quais foram as atividades 
realizadas nessa primeira fase de planejamento da nova capital do 
país? 
I. Seleção, por meio de concurso nacional, do desenho da nova cidade. 
II. Escolha do local de implantação da nova capital. 
III. Elaboração dos projetos arquitetônicos dos principais edifícios 
administrativos. 
IV. Definição dos trabalhos e contratações que seriam necessários para 
a sua execução. 
São corretas as afirmativas: 
Resposta Selecionada: c. 
II e IV. 
 
 
 Pergunta 8 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Ao mesmo tempo em que a arquitetura moderna, que era considerada 
por muitos arquitetos e intelectuais a mais atual no mundo ocidental, 
estava sendo construída no Brasil, realizavam-se no país obras muito 
importantes e de grande portecom características ecléticas, como a 
sede do Ministério da Fazenda e, alguns anos depois, a Basílica de 
Nossa Senhora Aparecida, o maior templo católico do país. No dia 3 de 
outubro de 1938, em comemoração ao 8º aniversário da Revolução de 
1930, foi lançada a pedra fundamental da nova sede do Ministério da 
Fazenda. Com um projeto de autoria do arquiteto Luís Eduardo Frias de 
Moura, em estilo eclético, o Palácio da Fazenda, com um pórtico 
principal construído com mármore brasileiro e colunas em estilo dórico, 
foi inaugurado em 1943 (ver imagem abaixo). 
 
 
 
Palácio da Fazenda, antiga sede do Ministério da Fazenda, Rio de 
Janeiro, RJ. 
Vista do pórtico da entrada principal. 
Fonte: Adaptado de: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/eb/ 
Rio_de_Janeiro%2C_Brazil_%2823953479245%29.jpg. 
 
Acesso em: 30 abr. 2022. 
 
Como se explica que, após a introdução da arquitetura moderna no 
Brasil, ainda se praticavam estilos arquitetônicos mais antigos? 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Porque a convivência de arquiteturas diferentes 
sempre foi uma característica do Brasil. 
 
 
 Pergunta 9 
0,3 em 0,3 pontos 
 
A ideia de preservar os objetos, edifícios, obras de arte e atividades 
culturais do passado como forma de manter a memória e a identidade 
de um povo, de uma nação, não é nova e começa na Europa. Mas é na 
década de 1930 que esse interesse se torna parte da legislação federal 
brasileira, com órgãos especializados nesse assunto. Essa ideia se 
consolida com os ideais modernistas que circulavam nas cidades de 
São Paulo e Rio de Janeiro, manifestados principalmente por Mário de 
Andrade e Rodrigo Melo Franco de Andrade, que trabalharam na equipe 
do então ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema. Assim, 
em 1933, é criado o primeiro órgão federal que trata desse assunto. Em 
seguida, em 1937, é criado o SPHAN, que depois receberia o seu nome 
atual, IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 
Posteriormente, surgiram inúmeros órgãos semelhantes nas esferas 
estaduais e municipais, ampliando o rol preservado do patrimônio 
cultural, artístico, natural e arquitetônico do Brasil. 
De acordo com a descrição acima sobre o conceito de patrimônio 
histórico no Brasil, é correto afirmar que: 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
É a partir da década de 1930 que o conceito é 
abordado por lei federal. 
 
 
 Pergunta 10 
0,3 em 0,3 pontos 
 
O texto a seguir foi extraído do livro de Yves Bruand sobre a arquitetura 
no Brasil: ―Em 1960 e 1961, Artigas e seu associado Carlos Cascaldi 
foram encarregados, por um órgão oficial do Estado de São Paulo, da 
realização de duas escolas secundárias do primeiro ciclo, destinadas a 
Itanhaém (pequena cidade do litoral paulista) e Guarulhos, nos 
arredores de São Paulo. Os trabalhos foram prontamente executados 
em ambos os casos, e os arquitetos conseguiram criar, em alguns 
meses e dentro de um orçamento muito limitado, edifícios econômicos e 
funcionais de indiscutível originalidade plástica. O colégio de Itanhaém é 
definido por uma estrutura de concreto bruto, constituída por uma laje 
de cobertura suportada por pórticos trapezoidais espaçados com 
regularidade. No interior da superfície retangular coberta que é assim 
determinada, a disposição lógica dos três blocos (que correspondem 
respectivamente às salas de aula, às salas da direção e às instalações 
sanitárias) fez surgir um pequeno pátio, um corredor e um vasto pátio, 
com personalidades bem marcadas, apesar da articulação flexível que 
os unifica numa sucessão contínua (...). Retomada de um volume 
clássico na arquitetura brasileira desde os sucessos de Niemeyer e 
Reidy, imitação simplificada da estrutura do Museu de Arte Moderna do 
Rio de Janeiro (ver figura 1) com uma flexibilidade espacial notável no 
arranjo interno de um invólucro rigidamente geométrico, preocupação 
mais viva do que nunca com a racionalidade das formas e com a 
economia de meios — poder-se-ia pensar que o estilo de Artigas não se 
modificou e que se está em presença de uma nova produção inscrita na 
linha seguida depois de 1945. Mas um exame atento revela que não se 
trata disso. Em vez de desprender-se orgulhosamente do solo como os 
projetos semelhantes dos arquitetos cariocas, a escola de Itanhaém 
achata-se contra ele (ver figura 2): a enorme largura que resulta da 
incorporação dos espaços livres numa construção baixa inteiramente 
 
abrigada já teria contribuído naturalmente para dar esse efeito, mas 
houve ainda uma ampliação do fenômeno com a redução sistemática 
dos pés-direitos‖. (BRUAND, Y. Arquitetura Contemporânea no Brasil. 
São Paulo: Perspectiva, 1991, p. 299). Qual alternativa analisa 
corretamente a opinião de Bruand sobre a arquitetura de Artigas e 
Cascaldi para a escola de Itanhaém? 
 
 
Figura 1: Corte transversal da estrutura do salão de exposições do 
Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, RJ. Autor: Affonso Eduardo 
Reidy. 
 
Fonte: BRUAND, Y. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: 
Perspectiva, 1991. 
 
 
Figura 2: Corte transversal da estrutura de escola estadual, Itanhaém, 
SP. Autores: Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi. 
Fonte: BRUAND, Y. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: 
Perspectiva, 1991. 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Para o autor, apesar da nítida influência da arquitetura 
do Museu de Arte Moderna, Artigas e Cascaldi fizeram 
uma arquitetura menos solta e mais assentada no nível 
do solo. 
 
 
 
UNIDADE III – HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL 
 
 Pergunta 1 
0,4 em 0,4 pontos 
 
―No Brasil, o período do final dos anos 1960 até a década de 1970 
caracterizou-se por ‗aspirações desenvolvimentistas‘, porém, com um 
caráter tecnocrático diferente do nacional-desenvolvimentismo de 
Juscelino Kubitschek, que se propunha democrático e progressista. Os 
investimentos governamentais foram abundantes em área de 
infraestrutura e o governo militar, estatizante economicamente, foi um 
grande cliente para os arquitetos, que nessa época fizeram centros 
cívicos e administrativos, hospitais, estações, escolas, conjuntos 
habitacionais, centrais de energia elétrica e telefonia etc. Nos anos 
1970, imperavam os planos integrados de desenvolvimento, procurando 
ordenar e fazer frente ao processo de urbanização acelerada do 
país‖. In: BASTOS, M. A. J. Pós-Brasília: rumos da arquitetura 
brasileira: discurso: prática e pensamento. São Paulo: Perspectiva: 
FAPESP, 2003. p. 24. 
De acordo com esse texto, é correto afirmar que: 
 
Resposta b. 
 
Selecionada: o desenvolvimentismo gerou a realização de construções 
de diversos programas arquitetônicos e, por isso, o 
governo militar tornou-se um grande cliente para muitos 
arquitetos. 
 
 Pergunta 2 
0,4 em 0,4 pontos 
 
O projeto da Casa do Arcebispo de Mariana (ver figura abaixo) foi 
encomendado por D. Oscar de Oliveira, da ala conservadora da igreja. 
A concepção do edifício envolveu não só o problema da inserção do 
novo em meio tradicional, como o problema da representação da 
instituição, respondendo a ambos de forma singular. (...) O projeto foi 
implantado em dois terrenos vagos da arquidiocese de Mariana, na 
praça Gomes Freire, em meio ao conjunto arquitetônico e urbanístico 
preservado. O edifício deveria respeitar a volumetria da praça, ritmos e 
clima, e, ao mesmo tempo, ser expressão de sua época. 
 
 
Figura: Palácio Arquiepiscopal, residência do Arcebispo da cidade de 
Mariana, MG. Projeto dos arquitetos Éolo Maia, Maria Josefina de 
Vasconcellos e Sylvio Emrich de Podestá, realizado entre 1982-83. 
Fonte: Revista Projeto, n. 129, jan./fev., 1990, p. 141. 
 
De acordo com o enunciado da questão e a imagem do edifício, é 
correto afirmar que o projeto tinha de atender a três necessidades 
essenciais, mesmo que contraditórias entre si. Quais das afirmativas a 
seguir indicam corretamente essas necessidades? 
I. Ser um representante de sua época, que é o final do século 20. 
II. Usar a tecnologia da época em que a parteantiga da cidade de 
Mariana foi construída. 
III. Respeitar a volumetria do entorno do local de implantação, incluindo 
a praça e os edifícios. 
IV. Respeitar os limites da legislação, ocupando todo o terreno e 
mantendo o recuo frontal. 
V. Ser um representante arquitetônico adequado para a instituição que 
solicitou o projeto. 
 
Resposta Selecionada: e. 
As afirmativas I, III e V. 
 
 
 Pergunta 3 
0,4 em 0,4 pontos 
 
A crítica nacional sobre o Mube se pautou justamente nas relações 
estabelecidas pelo projeto com seu lugar de inserção. É nesse sentido 
que a historiadora Sophia Telles faz sua análise crítica sobre esse 
projeto: ―De início, parece claro que a inteligência do projeto é ter 
tomado o lote por inteiro, como seu campo de intervenção. Em vez de 
implantar um objeto dentro de um perímetro como se fora uma relação 
fundo/figura ou, talvez, dissolver o museu sob uma praça, o partido 
como que condensa, por sobreposição, a construção e o terreno, a 
 
implantação e o lote [...] o espaço interno aflora, surpreendentemente 
visível, no piso superior, sob a forma de uma praça recortada, um 
anfiteatro e um espelho d‘água‖. In: TELLES, S. Museu da Escultura, in 
AU, n. 32, out./nov., 1990, p. 45. Assim, Sophia Telles destaca que o 
autor do projeto do Mube escolhe uma estratégia projetual que evita 
soluções conhecidas. Que estratégia foi essa, de acordo com o texto do 
enunciado? 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
A condensação, por sobreposição, da construção 
com o terreno. 
 
 
 Pergunta 4 
0,4 em 0,4 pontos 
 
―O Centro foi criado para ser um laboratório de avaliação do impacto 
ambiental da hidrelétrica de Balbina. Os diversos equipamentos estão 
dispostos numa forma aproximada a um ‗U‘; todos os laboratórios são 
unidos pela cobertura que é contínua. Enquanto os laboratórios são 
construídos em alvenaria, com formas ortogonais, a cobertura, em 
estrutura independente, se esparrama com uma forma absolutamente 
livre, formando grandes beirais, de acordo com um desenho sinuoso 
que sobe e se alarga, desce e se estreita, alternadamente, com sua 
textura de cavacos de madeira‖. In BASTOS, M. A. J. Pós-Brasília: 
rumos da arquitetura brasileira: discurso: prática e pensamento. São 
Paulo: Perspectiva: FAPESP, 2003. p. 158. 
 
 
Figura: Centro de Proteção Ambiental da Usina Hidrelétrica de 
Balbina/Eletronorte, Manaus, AM. Projeto de Severiano Mário Porto e 
Mário Emílio Ribeiro, feito entre 1983-88 (primeira etapa). Fonte: 
Revista Projeto, n. 125, set. 1989, p. 69. 
 
De acordo com o enunciado e a imagem, escolha as afirmativas que 
descrevem corretamente a relação entre a cobertura e os espaços dos 
laboratórios no Centro de Proteção Ambiental. 
 
I. A volumetria movimentada da cobertura se diferencia da rigidez 
ortogonal dos espaços dos laboratórios. 
II. A aparência final da volumetria do Centro é dominada pela forma 
movimentada da cobertura. 
III. A área da cobertura é maior que a dos laboratórios e isso impede a 
criação de grandes beirais. 
IV. O desenho da cobertura é totalmente ortogonal e isso cria uma 
unidade plástica no conjunto. 
São corretas as afirmativas: 
 
Resposta Selecionada: a. 
I e II. 
 
 
 Pergunta 5 
0,4 em 0,4 pontos 
 
Leia o texto e a seguir responda à pergunta. 
 
―Como exemplo de requalificação urbana, pode ser citado o Parque do 
Forte (Macapá, AP, 1999), de Rosa Kliass, que constitui uma 
intervenção em monumento tombado, a Fortaleza de São José, uma 
das últimas fortificações implantadas pelos portugueses em terras 
brasileiras e símbolo de Macapá. A fortaleza encontrava-se ‗ilhada‘ na 
trama urbana, ‗cercada‘ de vias e de um amplo estacionamento 
asfaltado, e contava com intervenções pouco qualificadoras (...) O 
projeto consistiu na recuperação da fortaleza, onde foi instalado o 
Museu da Fortaleza, e de todo o seu entorno, com o oferecimento à 
cidade de um novo espaço de lazer e recreação, composto por 
esplanada de acesso, área de eventos, passeio à beira-mar e parque de 
recreação infantil‖. In FARAH, I; SCHLEE, M. B.; TARDIN, 
R. Arquitetura paisagística contemporânea no Brasil. São Paulo: Editora 
SENAC São Paulo, 2010. p. 193. 
 
 
Figura: Projeto e vista da Praça do Forte, 1999, Macapá, AP. Autoria: 
Rosa Grena Kliass. Fonte: FARAH, I; SCHLEE, M. B.; TARDIN, R. 
Arquitetura paisagística contemporânea no Brasil. São Paulo: Editora 
SENAC São Paulo, 2010. p. 194. 
 
De acordo com o texto e a imagem acima, qual foi a principal mudança 
da relação espacial entre a Fortaleza de São José e a cidade, 
proporcionada pela intervenção paisagística feita em 1999? 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Colocar à disposição da cidade um novo espaço de 
lazer e recreação. 
 
 
 Pergunta 6 
0 em 0,4 pontos 
 
―Parte da produção arquitetônica nacional a partir dos anos 1980, 
principalmente, manteve a preocupação de refletir, por meio da 
expressão formal, as possibilidades tecnológicas da construção civil. 
Não mais o arrojo estrutural, permitido pelo cálculo do concreto armado, 
mas as novas possibilidades fornecidas pelo desenvolvimento da 
indústria nacional, especialmente, da indústria siderúrgica, que tornou 
viável a construção em aço no Brasil. O concreto armado, que 
dominava tanto a arquitetura mais convencional quanto aquela mais 
ousada, com a estrutura aparente, começou a ceder espaço para o aço. 
Esse material nunca chegou a ameaçar a hegemonia do concreto 
armado, mas seu uso ampliou-se a partir dessa época. Um exemplo é o 
projeto da Estação de trem Largo 13 de Maio, posteriormente chamada 
de Estação Santo Amaro, localizada ao lado do rio Pinheiros em São 
Paulo, SP. O autor do projeto é o arquiteto João Walter Toscano (1933-
2011). Na Estação, a estrutura define a forma; a verdade estrutural é 
enfatizada pela ausência de acabamentos; a estrutura é elaborada – 
pórticos em sequência sustentam o mezanino por meio de tirantes; o 
 
edifício é definido por poucos materiais construtivos, com um forte 
predomínio do aço, da mesma forma como nos edifícios da escola 
paulista, havia um forte predomínio do concreto; a forma de empregar a 
cor, para valorizar um corpo construtivo, também se assemelha à da 
escola paulista‖ (Cf. BASTOS, M. A. J. Pós-Brasília: rumos da 
arquitetura brasileira: discurso, prática e pensamento. São Paulo: 
Perspectiva: FAPESP, 2003.). Em relação ao uso de materiais 
estruturais na Estação e de acordo com o texto é correto afirmar que: 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
A estratégia projetual escolhida foi uma sequência de 
pórticos que sustentam o mezanino por meio de 
tirantes. 
 
 
 Pergunta 7 
0,4 em 0,4 pontos 
 
O projeto do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no estado do 
Rio de Janeiro, é de autoria de Oscar Niemeyer com projeto estrutural 
do engenheiro Bruno Contarini. A arquitetura é formada por quatro 
elementos principais: as áreas técnicas (que ficam no subsolo); a praça 
aberta; a rampa, por onde se acessam diferentes níveis do museu; e o 
volume em forma de cálice que contém as áreas de exposição, apoiado 
sobre um ponto estrutural central. A organização desses elementos, 
bem como o seu desenho (ver Figura), contribuíram para tornar esse 
projeto tão marcante na região. 
 
 
Figura: Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Niterói, RJ. 
Inaugurado em 1996. Autor: Oscar Niemeyer. 
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/oscar-niemeyer-rio-de-janeiro-1087668/. Acesso 
em: 26 maio 2022. 
 
De acordo com o enunciado e com a imagem na Figura, o que 
caracteriza a estratégia projetual desse projeto? 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
A separação do programa arquitetônico em quatro partes, 
permitindo que a área de exposições fique elevada, 
criando uma praça com uma visão magnífica da Baía de 
Guanabara e colocando o volume principal em destaque, 
como uma escultura. 
 
 
 Pergunta 8 
0,4 em 0,4 pontos 
 
No início do século 20 aparece, no Brasil, uma nova forma de morar, 
que não existia de forma plena anteriormente. Essa novaforma de 
morar difundiu-se aos poucos na primeira metade daquele século e 
depois expandiu-se com muita força, formando hoje parte considerável 
do tecido urbano de várias cidades brasileiras. Uma parcela 
considerável da população mora nesse tipo de residência. A qual tipo de 
moradia esse enunciado se refere? 
 
Resposta Selecionada: c. 
Apartamentos. 
 
 
 Pergunta 9 
0,4 em 0,4 pontos 
 
O urbanismo modernista tinha no estímulo ao uso do automóvel – como 
um dos principais meios de locomoção e de referência de desenho das 
cidades – um dos seus principais conceitos de organização espacial 
urbana. Esse conceito foi amplamente usado em vários planos urbanos 
pelo país e, de forma mais profunda, no desenho da nova capital do país 
na década de 1950, Brasília. No entanto, após as revisões críticas e o 
uso de novos conceitos urbanos, essa visão foi sendo modificada e 
começa a ocorrer uma valorização dos percursos feitos a pé e da 
ocupação dos espaços urbanos pelo pedestre. Alguns dos exemplos 
dessas propostas, a partir dos anos 1970, são a pedestrianização de 
parte do centro de São Paulo e a revalorização de espaços urbanos para 
a população a pé no Rio de Janeiro. 
 
 
Figura: vista aérea de rua do centro de São Paulo após a 
pedestrianização, que consistiu em criar um espaço exclusivo para 
pedestres no lugar da rua. Somente viaturas policias, de combate a 
incêndio, resgate e algumas outras podem circular nesse espaço. 
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8f/Centro_de_S%C3%A3o_Paulo_-
_%2817122118315%29.jpg. Acesso em: 09 maio 2022. 
 
Abaixo, temos afirmativas sobre as novas propostas de desenho urbano 
apresentadas no enunciado e na imagem. 
 
I. A pedestrianização implica na remoção total da circulação de veículos 
das ruas, não importa o tipo de veículo ou sua finalidade. 
II. O redesenho de espaços para pedestres era uma proposta moderna, 
que tratava tanto o automóvel quanto o percurso a pé igualmente. 
III. A valorização do pedestre é uma consequência das revisões críticas e 
do uso de novos conceitos urbanos. 
São corretas as afirmativas: 
 
Resposta Selecionada: a. 
Somente a III. 
 
 
 Pergunta 10 
0,4 em 0,4 pontos 
 
―As novas teorias arquitetônicas, que faziam uma revisão do movimento 
moderno, de certa forma legitimaram uma maior liberdade formal – que 
se revelou especialmente nos edifícios comerciais‖ (Cf. BASTOS, M. A. 
J. Pós-Brasília: rumos da arquitetura brasileira: discurso: prática e 
pensamento. São Paulo: Perspectiva: FAPESP, 2003. p. 179). Essa 
liberdade, que evitava as formas rígidas da caixa moderna apoiada 
sobre pilotis, foi amplificada pelo uso de cores e texturas dos 
revestimentos que voltaram a ser usados a partir dos anos 1970, mas 
principalmente dos anos 1980 em diante, e por um maior figurativismo 
 
das formas arquitetônicas. Essas características aparecem com nitidez 
no edifício comercial Terra Brasilis (Figura), construído em São Paulo e 
destinado a escritórios. 
 
 
 
Figura: Edifício comercial ―Terra Brasilis‖, São Paulo, SP. Projeto de 
Jorge Königsberger e Gianfranco Vannuchi, construído no final dos 
anos 1980. Fonte: Revista Projeto, n. 137, dez. 1990/jan. 1991, p. 63. 
Sobre as novas teorias arquitetônicas de que trata o enunciado, é 
correto afirmar que: 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Incentivaram uma maior liberdade formal usada 
principalmente em edifícios comerciais.

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