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Identificação do Mediador Nome: Janaína Silva dos Santos Celular: (22) 98186-7492 e-mail: janainasilvass172@gmail.com Identificação da unidade Escolar Unidade Escolar: E. M. Rita de Cássia Melgaço Localidade: Barra do Itabapoana – São Francisco de Itabapoana - RJ Direção: Valdelina Almeida Professor Regente: Wânia Viana Tipo de Mediação: ( ) Compartilhada ( X ) Exclusiva Discente Mediado: Heitor Farias de Oliveira Ano: Bloco I Turma: I A Turno: Tarde Discente Mediado: Giovanni de Oliveira Mônico Veríssimo Ano: Bloco III Turma: III A Turno: Tarde INTRODUÇÃO A inclusão escolar é um desafio e exige que as escolas repensem sua estrutura e usem novos métodos de ensinar. Classes repletas, formação deficitária, professores sobrecarregados, processos de aprendizagens diferenciados, singularidades, necessidades educacionais especiais, educadores e profissionais da saúde preocupados em construir maneiras de atender satisfatoriamente no processo de ensino aprendizagem de todos os alunos. Esses elementos propiciaram o surgimento da mediação escolar no Brasil, que fora espontâneo e inspirado em experiências estrangeiras, mas sem manter um registro sistemático (MOUSINHO et al., 2010). No contexto da Educação Inclusiva, o mediador é aquele que acompanha o aluno especial durante o período em que ele esteja na escola. Ele faz a mediação com a professora, com os colegas, etc. O mediador está entre a criança e as situações vivenciadas por ela, em particular aquelas em que há dificuldades de interpretação do mundo e de ação. Segundo Mousinho et al. (2010), o mediador escolar não deve agir de forma substitutiva ao professor regente, mas ser apoio para ele. Sua atribuição principal é ser intermediário diante das situações que envolvem questões comportamentais, pedagógicas, sociais, recreativas, de comunicação e de linguagem. Não como quem traduz o ambiente pelo aluno, mas sim em uma tentativa de fazer com que aquele estímulo seja perceptível para a criança e assim, possa ser interpretado por ela (MOUSINHO et al., 2010). MEU PRIMEIRO CONTATO COM MEU DISCENTE O aluno Heitor é diagnosticado com Síndrome de Down e possui 5 anos de idade. Foi muito interessante, nos damos super bem, apesar de eu já conhecê-lo fora da escola. O aluno é bem tranquilo, fica sempre quieto em sua cadeira e tem grande dificuldade em fazer as atividades propostas em sala de aula, fazendo com que necessita do incentivo do mediador para realizar as atividades propostas. Tem grande interatividade com os colegas. Identifiquei que ele gosta muito das aulas de Arte. O aluno permaneceu somente 15 dias na escola. O aluno Giovanni é diagnosticado com Esclerose Tuberosa e possui 3 anos de idade. Inicialmente o contato com o aluno foi excelente, me recebendo muito bem, porém, após um tempo de acompanhamento, já não estava aceitando a mediação. O aluno é bem agitado, fica entediado dentro de sala de aula. Quer ficar rodando a escola o tempo todo, não consegue ficar parado. Só quer ficar nos brinquedos. Tem grande dificuldade em fazer as atividades propostas em sala de aula, fazendo com que necessita do incentivo do mediador para realizar as atividades propostas. Não demonstra interesse em aprender, porém no decorrer do semestre, observei uma evolução positiva nas atividades realizadas em sala de aula. O aluno conhece o alfabeto, os numerais e as formas geométricas, adquirindo bem a linguagem dos conteúdos. Teve grande avanço em seu aprendizado e passou a ter interesse pelas atividades aplicadas em sala de aula. Em parceria com a mãe, alcançamos a dependência fisiológica. PLANO DE AÇÃO BIMESTRAL Objetivo Específico: Adaptação do currículo: muitas vezes, será necessária uma adaptação no currículo, adequando-o às necessidades dos alunos. Isso não significa que eles irão aprender algo diferente dos colegas de turma, mas que o conteúdo será abordado e avaliado de uma forma específica. Objetivos Gerais: Fragmentação de conteúdos: ao trabalhar um conteúdo em sala de aula, buscar estratégias de fragmentação. A repetição é importante para os alunos, que neste caso, são PNE’s e o trabalho em etapas facilita a memorização e o aprendizado. Uso de uma linguagem clara: assim como os recursos concretos ajudam na aprendizagem de alunos PNE’s, os comandos do mediador também devem ser claros e simples. Isso para que o entendimento do que deve ser feito ou é esperado dos alunos naquele momento possa ser melhor compreendido por eles. Repetição: a memorização dos conteúdos depende da repetição. A prática é muito importante para alunos na aprendizagem, por ser PNE’s. Estratégias: Desenvolvimento das Estratégias Pedagógicas: Estratégias de alfabetização: Trabalhar as letras e os sons; usar lápis mais grosso ou adaptadores com apoio para os dedos, trabalhando a escrita das letras com um tamanho maior. Utilizar apoio visual e materiais concretos para trabalhar a matemática. Material Pedagógico Utilizado: Jogos recreativos Cola glitter, barbante, EVA, tinta guache, papel crepom. Justificativa: Estratégias de alfabetização: alunos PNE’s costumam apresentar déficits de linguagem que dificultam a alfabetização. A aprendizagem de leitura pelo método fônico (som da letra) pode não ser o mais indicado. Ao mesmo tempo, eles costumam ter boa memória visual. Dessa forma, as estratégias de alfabetização que trazem mais benefícios são as que trabalham com a palavra inteira, como o método global. Trabalhar as letras e os sons deve ser um segundo passo na alfabetização das crianças PNE’s. Usar lápis mais grosso ou adaptadores com apoio para os dedos, trabalhando a escrita das letras com um tamanho maior. Alunos PNE’s podem apresentar hipotonia muscular, o que leva a dificuldades com a coordenação motora fina. Utilizar apoio visual e materiais concretos para trabalhar a matemática. Aprender matemática exige muita capacidade de abstração e raciocínio lógico e esses materiais ajudam a contextualizar o conteúdo, facilitando a compreensão do mesmo. Conclusão: O trabalho com as diferenças é um desafio para todos, mas também um aprendizado valioso. O mais importante no processo de ensino aprendizagem é fazer com que a criança se sinta capaz de superar as suas dificuldades, potencializando as suas habilidades. Essa é a verdadeira inclusão e estamos aprendendo com as crianças PNE’s (Pessoa com Necessidades Especiais), que não só elas, mas todas as crianças, têm necessidades especiais. O objetivo proposto alcançado que a discente Giovanni conseguiu alcançar foi a sua dependência de conseguir usar o banheiro sem o uso da fralda No início de algumas atividades necessitaram de ajuda, mas em seguida conseguiram fazer sozinhos. As dificuldades encontradas na mediação dos discente foram os alunos não estão se adaptando ao conteúdo ao seu nível de conhecimento. Dificuldades na coordenação motora e o Heitor não consegue ficar parado dentro da sala de aula. ANEXOS – ALUNO: HEITOR ANEXOS – ALUNO: GIOVANNI Inclusão é um direito daqueles que precisam, e incluir é um dever de todos. Letícia Butterfield