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SOBREMORDIDA EXAGERADA • É um conjunto de características esqueléticas, dentarias e neuromusculares que produz uma quantidade excessiva de trespasse vertical na região dos incisivos (trespassam mais do que 1/3 das coroas dos incisivos inferiores) • É um tipo de maloclusão vertical CLASSIFICAÇÃO • Leve: quando os bordos dos incisivos centrais tocam o terço incisal das coroas dos incisivos superiores • Média: quando os bordos dos incisivos centrais inferiores ocluem com a metade das coroas dos incisivos superiores • Exagerada: quando os bordos dos incisivos centrais inferiores ocluem na região de cíngulo das coroas dos incisivos superiores ou na mucosa palatina PREVALÊNCIA • Até 60% na dentadura mista • A encontramos com uma prevalência maior na classe II de Angle (57%) seguida de classe I (41%) • Quanto ao gênero, é maior no sexo feminino e em paciente leucodermas • A maioria das sobremordidas são moderadas COMPORTAMENTO DA SOBREMORDIDA NAS FASES DE CADA DENTADURA • Incisivos decíduos: normal porque não tem levante posterior. Pode encontrar mordida moderada/profunda • Primeiros molares decíduos: geralmente é leve ou em topo • Primeiro molar permanente: tem levante posterior. 1/3 de recobrimento • Fase do patinho feio: moderada a profunda • Pré-molares: diminuição da sobremordida • Segundo molar permanente: recobrimento de até 1/3 ETIOLOGIA • Tem etiologia multifatorial • Fatores dentários: supra oclusão dos incisivos, infraoclusão dos dentes posteriores ou combinação de ambos; inclinação axial lingual excessiva ou oclusão lingual completa dos molares e pré-molares (quando tem inclinação, a altura fica reduzida, fazendo com que a dimensão vertical diminua); oclusão lingual (síndrome de Brodie: na posterior, há a mordida cruzada vestibular total. Geralmente, é encontrada em pacientes adultos porque há perda de dentes posteriores); inclinação axial dos incisivos superiores; perda de dentes posteriores; curva de spee acentuada • Fatores musculares: hábitos orais; tonicidade muscular • Fatores esqueléticos: altura inferior da face; altura do ramo mandibular longo (quando é mais vertical, tem mais propensão a mordida aberta) DIAGNÓSTICO • Exame clínico (avalia a proporção de terços da face; a exposição de lábio), fotografia de frente e perfil, radiografia cefalométrica lateral, modelo de gesso, radiografia de mão e punho (para ver o crescimento) • A diminuição do ângulo goníaco é a que mais contribui para a sobremordida profunda (37%) seguido da rotação maxilar no sentido horário (32%) e ângulo do plano mandibular (19%) TRATAMENTO • Envolvimento esquelético e dentário: localização do problema, época de intervenção e sobrecorreção (terminar o paciente topo a topo ou com uma leve mordida aberta). O ideal é intervir na dentadura mista • Placa com batente anterior: toca os 4 ou pelo menos 2 incisivos, que fazem a extrusão dos dentes posteriores. Também promove crescimento do processo alveolar na região posterior no sentido vertical e aumento do 1/3 inferior da face • Indicações da placa com batente anterior: pacientes jovens e em crescimento; terço inferior da face diminuído; EFL (espaço funcional livre) menor que 3 mm • Contraindicações da placa com batente anterior: face longa; pacientes adultos • Quando precisa intruir os incisivos, a placa não estão indicados, sendo necessário ortodontia fixa • Contenção depois da correção com a placa: pode usar a própria placa. Ela deve ser usada 24h por dia e depois deve ter uma diminuição gradativa (após cerca de 6 meses) • Contenção em pacientes dolicocefálicos: como tem musculatura menos desenvolvida, é menos influente em relação a oclusão, sendo menos crítica (contenção por períodos menores), diferentemente dos braquicefálicos • A placa deve entrar antes ou bem próximo do pico de crescimento • Em adultos, a recidiva é maior, pois tem outros problemas envolvidos, como a perda de dentes
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