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Anatomia e Conceitos Básicos em Oftalmologia

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Oftalmologia
1. Anatomia e Conceitos Básicos
Córnea
Tecido transparente, RICAMENTE INERVADO, AVASCULAR (recebe oxigênio anteriormente a partir do ar ambiente e posteriormente recebe oxigênio e nutrientes a partir das trocas com humor aquoso)
Responsável por 2/3 do poder de refração (o outro 1/3 é responsabilidade do cristalino)
O epitélio tem grande capacidade de REGENERAÇÃO
A camada de Bowman não tem tanto poder de regeneração, então lesões nessa parte podem deixar sequelas
Estroma: Principal responsável pelo poder de refração da córnea e sua transparência. Principal responsável pelo EDEMA de córnea
Membrana de Descemet: Formada por colágeno e da RESISTÊNCIA a córnea
Câmara anterior
Região entre a córnea e a íris, que é banhado pelo humor aquoso
Humor aquoso
Líquido produzido no corpo ciliar, que é possibilitado pela anidrase carbônica
Quem reduz a produção do humor/inibe anidrase: Betabloqueadores, alfa-1-agonista e inibidores da anidrase carbônica
Drenagem
Via convencional (ângulo de filtração iridocorneano) – 80-95%. É feita através da rede trabecular. Os colírios que atuam nesse local são agentes colinérgicos (mióticos-PILOCARPINA), que realizam a contração do M. cilicar/esfíncter da pupila – abre rede trabecular
Via alternativa (úveo-escleral) – 5-20%. Feita pelos canais de drenagem na íris e no corpo ciliar. Os colírios que atuam nesse local são análogos de prostaglandina alfa-2-agonistas
Úvea (Íris + Corpo Ciliar + Corióide)
Íris
Regula a entra de luz abrindo e fechando a pupila
Corpo ciliar
Altera a curva do cristalino para acomodação visual
Câmara posterior
Região entre a íris, cristalino e corpo ciliar, que também é banhado pelo humor aquoso
Corpo vítreo
Região entre cristalino e retina, que é banhado pelo Vitro (gel que da sustentação ao olho)
Retina
Contém cones e bastonetes que: Captam a luz → Impulsos nervosos → N. Óptico → Sistema nervoso
No mecanismo de visão, as seguintes estruturas são atravessadas pela luz: Córnea → Câmara anterior→ Cristalino→ Câmara Vítrea → Fóvea central
Músculos que movimentam os olhos
2. Síndrome do Olho Vermelho
2.1 Conjuntivites
Tipos
Conjuntivite Viral (Ceratoconjuntivite Adenoviral)
Adenovirus
Mais comum; Epidêmica; História de IVAS ou contato; Inicia em um olho primeiro e alguns dias depois o outro; Auto-limitada 10-20 dias
Secreção mucosa (clara) acentuada; Folículos na conjuntiva; Adenopatia pré-auricular; Lacrimejamento; Acometimento da conjuntiva e córnea
Tratamento: Medidas gerais (Compressa com água gelada; Colírios lubrificantes; Lavagem frequente das mãos e afastamento do trabalho)
Complicações: Infiltrados corneanos; Pseudomembranas
Conjuntivite Bacteriana
Aguda
S. aureus; S. pneumoniae; H. influenzae; M. catarrhalis
Autolimitada; Transmissão DIRETA
Secreção purulenta; Papilas conjuntivais; Sem adenopatia pré-auricular
Tratamento: Colírios ATB (Clorenfenicol; Tobramicina) e Medidas gerais
Gonocócica
Neisseria gonorrhoeae (diplococo G-)
DST; Transmissão DIRETA
Aparecimento hiperagudo (12-24h); Secreção purulenta copiosa; Linfadenopatia intensa
Tratamento: Ceftriaxona + Colírios ATB (Clorenfenicol; Tobramicina)
Meningocócica
Neisseria meningitidis
Mais comum em crianças
Manifestações sistêmicas: Febre alta + septicemia + meningite; Hemorragia subconjuntival; Linfadenopatia
Tratamento: Colírios ATB (Clorenfenicol; Tobramicina)
Clamídia (adulto)
Chlamydia trachomatis
DST: Conjuntivite + Uretrite ou Cervicite; Inflamação crônica autolimitada; Recidivas podem causar CEGUEIRA; Baixas condições de higiene; Localização mais SUPERIOR
Conjuntivite crônica folicular unilateral; Secreção mucopurulenta; Fossetas de Herbert; Cicatrizes e opacidades corneanas e cicatrizes palpebrais
Tratamento: Azitromicina dose única + Colírios ATB (Clorenfenicol; Tobramicina)
Conjuntivites Neonatais (surgem até 28d de vida)
Tóxica (química)
Colírio de nitrato de prata 1%
Ocorre com 1-2d de vida; Causa MAIS comum de conjuntivite neonatal
Tratamento: EXPECTANTE. Resolvem em 2-3d
Gonocócica
Neisseria gonorrrhoeae
Ocorre com 2-5d de vida
Aparecimento hiperagudo (12-24h); Secreção purulenta copiosa
Tratamento: Ceftriaxona
Clamídia
Chlamydia trachomatis
Ocorre com 5-19d de vida; Principal causa INFECCIOSA de conjuntivite neonatal
Tratamento: Eritromicina ORAL
Conjuntivite Alérgica
Associado à rinite alérgica, asma, dermatite atópica
Exacerbações sazonais (verão e primavera); Predominância em homens; Medida por IgE e imunidade celular (hipersensibilidade I e IV)
Prurido e dermatite; Secreção mucosa; Hiperemia conjuntiva; Papilas; Pontos de Horner-Trantas; Fotofobia; Associação com ceratocone
Tratamento: Compressas geladas; Anti-histamínicos tópicos e orais; Corticoide tópico (se presença de ceratite)
Principais sinais e sintomas
Hiperemia conjuntival
Secreção ocular
Crostas matinais
Sensação de “areia nos olhos”
Blefarite
Diagnóstico
Biomicroscopia (exame da lâmpada de fenda)
Papilas: Tem em todas as conjuntivites
Folículos: Conjuntivites VIRAIS e na conjuntivite bacteriana por C. Trachomatis 
Papilas gigantes: Conjuntivites Alérgicas
Pseudomembranas: Conjuntivites BACTERIANAS
2.2 Uveítes
Classificação
Anterior
Íris (irites) e/ou Corpo ciliar (ciclites)
Sinais e sintomas
Dor, fotofobia, lacrimejamento, hiperemia conjuntiva
Turbidez do humor aquoso (flare)
Precipitados ceráticos
Sinéquias posteriores, hipópio e miose
Causas: Espondilite anquilosante; Sd. Reiter; Artrite Idiopática Juvenil; Hanseníase
Intermediárias
Retina periférica e Vítreo
Causas: Sarcoidose; HIV; Esclerose múltipla; Tuberculose; Sífilis
Posteriores – NÃO cursa com a Sd. do Olho vermelho
Retina (retinites) e/ou Coroide (coroidites)
Sinais e sintomas
Moscas volantes; ↓ acuidade visual; Opacidades na retina; Nódulos na coroide/retina
Causas: Toxoplasmose; Citomegalovírus
Difusas/Panuveítes
Todo o trato uveal
↓↓ SEVERA da acuidade visual
Causa: Doença de Behçet
Tratamentos
Midriáticos
Corticoides tópicos e/ou orais
Antimetabólitos (Azatioprina, Metotrexate)
Moduladores imunológicos (Ciclosporina, Tacrolimus)
Uveítes Anteriores
Espondilite Anquilosante
Doença inflamatória crônica
HLA B27
Homem (4x), 20-40 anos
Acometimento ocular 25% dos casos
SEM relação com atividade da doença articular
Clínica
Artropatia sacroilíaca e coluna vertebral
Uveíte; Conjuntivite
Síndrome de Reiter
Causa MAIS COMUM de OLIGOARTROPATIA em jovens
HLA B27
Agentes: Shigella, Salmonella, Campylobacter, Yersínia, Chlamydia e Mycoplasma
Clínica
Artropatia de MMII
Uretrite/Cervicite
Conjuntivite (60%); Uveíte (30%)
Artrite Idiopática Juvenil
Causa MAIS COMUM de uveíte anterior em CRIANÇAS
HLA B27
Mulher (3x), <16ª
Quadro ocular NÃO está relacionado com a gravidade articular
Critério diagnóstico
Artrite em 1 ou mais articulações
Duração mínima de 6 semanas
Início antes dos 16 anos
Classificações
Poliarticular (>5 articulações): Uveíte anterior 5%
Pauciarticular (<4 articulações): Forma mais comum de acometimento ocular – Uveíte anterior 20%
Sistêmica ou doença de Still (Febre + rash + artrite)
Uveítes Posteriores
Toxoplasmose
Toxoplasma gondii – taquizoíta → Ele vai através do ramo oftálmico do N. TRIGÊMIO
Causa MAIS COMUM de uveíte posterior
Infecção congênita (80%): Tétrade de Sabin
Hidrocefalia + calcificações intracranianas + retardo + uveíte
Adquirida (20%): Carnes cruas/malcozidas
Assintomáticos (70%)
Diagnóstico: Sorológico (IgM+) + Fundoscopia
Títulos séricos não estão associados à atividade da doença
Tratamento
Sulfadiazina; Pirimetamina; Ácido Folínico; Prednisona
Profilaxia
Linfócitos T CD4<100-200 cel/mm3= Bactrin
Recidiva em 3 anos = 50%
Citomegalovirus
Infecção OCULAR oportunista mais comum da AIDS
Ocorre em 30%
Lesão em queijo com Ketchup
Tratamento
Ganiciclovir
Uveíte Difusa
Doença de Behçet
HLA B51
Clínica
Úlceras orais
Úlceras genitais
Panuveíte
Cutâneo
2.3 Ceratites
Ceratite Bacteriana
Geralmente há lesão corneana prévia
Agentes: S. aureus; S. epidermidis; Streptococcus sp; Pseudomonas sp
Fatores de risco
Uso inadequado de lentes de contato
Traumas oculares
Queimaduras químicas
Anormalidades de pálpebras e cílios
Sd. do olhoseco
Sinais e Sintomas
Aguda ou hiperaguda
Ceratite ulcerada necrosante
Dor ocular; Fotofobia
Lacrimejamento
Hiperemia conjuntiva
Quemose
Hipópio
Tratamento
Colírio de Ciprofloxacina (quinolona de amplo espectro)
Ceratite Fúngica
Meio rural: Trauma com vegetais
Mais comum
Fungos filamentosos: Fusarium sp; Aspergillus sp
Meio urbano
Imunocomprometido; Lesão corneana prévia; Uso de múltiplos ATB
Fungos leveduriformes: Candida sp.
Sinais e sintomas
Insidiosa (crônica)
Ceratite ulcerada necrosante
Outros: Hipópio, infiltrados satélites
Tratamento
Filamentosos: Colírio de natamicina
Leveduriformes: Colírio de imidazol
Ceratite Viral
Herpética → Agente: Herpes simples
Sinais e sintomas
Ceratite dendrítica → Mais superficial
Dor leve, lacrimejamento, turvação visual
Extensão da lesão com uso de corticoides
Tratamento
Aciclovir pomada
Aciclovir oral (profilático) se 2 ou mais recidivas anuais
2.4 Outras Causas
Hemorragia subconjuntival
Acúmulo de sangue DELIMITADO decorrente da rotura de veias da conjuntiva
Acúmulo de sangue entre conjuntiva e esclera
ASSINTOMÁTICO
Causas
Tosse ou vômito
Esforço físico
Fragilidade capilar (corticoides, ACO, HAS, DM, cirurgia ocular)
Tratamento: EXPECTANTE
Obstrução Congênita do Ducto Lacrimal
10% dos RN
Causa: Falha na canalização da válvula de Hasner
Sinais e sintomas
Lacrimejamento
Secreção mucoide à expressão digital do saco lacrimal
Eritema da pele
Dacriocistite
Conjuntivite de repetição
Diagnóstico: Dacriocistografia
Tratamento
Melhora espontânea antes de 1 ano (90%)
Manobra de Crigler
Colírios ATB (Clorenfenicol; Tobramicina)
Sondagem do ducto nasolacrimal
Em caso de não resolução até 1 ano de vida e/ou dacriocistite de repetição
Corpo Estranho na Córnea
Causas: Partículas de ferrugem, vidro, plástico, madeira, fragmentos vegetais
Sinais e sintomas
Dor
Fotofobia
Sensação de corpo estranho
Tratamento
Retirada mecânica precoce
Queimadura Química da Córnea
Emergência médica!
Ácidos (pH<4)
Ácido sulfúrico (baterias de carro), ácido clorídrico
Acometem o epitélio corneano (superficial)
Bases (pH>10)
Cal, amônia, soda cáustica
Pior prognóstico (profundo)
Sinais e sintomas
Dor
Hiperemia e edema de conjuntiva
Opacidade de córnea
Tratamento
LAVAGEM OCULAR COPIOSA (Água limpa, SF 0,9% ou Ringer Lactato)
ATB tópico (colírio/pomada)
Cicloplégicos e corticoides tópicos
Graves: Enxerto de conjuntiva, transplante de córnea
Hordéolo
Infecção aguda das glândulas de Zeis e Meibomius
Sinais e sintomas
Eritema, dor, calor, edema e pus palpebral
Tratamento
Compressas quentes
ATB tópico
Refratários: drenagem cirúrgica
Calázio: Nódulo residual INDOLOR → Remoção cirúrgica
3. Tumores e Estrabismo
3.1 Retinoblastoma
Tumor intraocular (IO) PRIMÁRIO MAIS COMUM da infância
Maligno
1 a cada 200.000 nascidos vivos: 4% de todas as neoplasias pediátricas
Mortalidade: 10%
Idade média ao diagnóstico: 18 meses
Transmissão: Hereditária x Não Hereditária (esporádica)
	
	Hereditária
	Esporádica
	Total
	40%
	60%
	Diagnóstico
	15 meses
	25 meses
	Lateralidade
	Bilateral (90%)
	Unilateral
	Extensão
	Multifocal
	Unifocal
Sinais e sintomas
Leucocoria/Reflexo do olho de gato (70%)
Estrabismo (20%)
Outros: Baixa visão, proptose, olho vermelho e doloroso, anisocoria, heterocromia de íris, hifema, descolamento de retina, hemorragia vítrea
Diagnóstico
Fundo de olho (fundoscopia)
Massa branco-acinzentada, vascularizada e calcificada
Sementes vítreas
USG
Opacidade de meios
TC/RNM
Extensão/massa IO e disseminação extraocular
Biópsia IO: CONTRAINDICADA
Apenas nos casos de ENUCLEAÇÃO
Se História Familiar +: Fundoscopia regular até 5 anos de idade
Tratamento
Tumores pequenos: Fotocoagulação à lase/Crioterapia
Tumores maiores: Quimioterapia
Refratários: Radioterapia/Enucleação
A taxa de cura é de 95% e o acompanhamento com fundoscopia deve ser feito até os 7 anos
3.2 Rabdomiosarcoma
Tumor maligno DA ÓRBITA mais comum na infância
Origem: Células pluripotentes da órbita
Mais incidente em homens
Sinais e sintomas
Início: 6-8ª
Proptose de rápida evolução
Outros: Edema de conjuntiva, dificuldade de mobilidade ocular
Diagnóstico
Biópsia INCISIONAL
TC: Tamanho e extensão
RNM: Recidivas
Tratamento
Exérese + QT
3.3 Estrabismo
É o desalinhamento dos olhos
Pode gerar AMBLIOPIA (surge quando o paciente tem diferença de acuidade acentuada entre os olhos); Além do estrabismo, tem como causa: Ansiometropia (diferença de graus entre os olhos), opacidade dos meios (catarata, ptose)
A intervenção deve ser PRECOCE
Conceitos
Ortoforia: sem desvio
Heterotropia: desvio ocular
Esotropia: para dentro (convergente)
Exotropia: para fora (divergente)
Hipertropia: para cima
Hipotropia: para baixo
Ao nascimento
Divergente: 70%
Ortoforia: 30%
Convergente: raro
Após 2 meses deve ser encaminhado ao oftalmologista
Pseudoestrabismo
Convergente ou divergente
Epicanto
Base nasal larga ou estreita
Teste de Hirschberg: reflexo pupilar simétrico
Principais tipos
Estropia congênita/infantil/do lactente
É o tipo mais frequente de estrabismo na infância
Início: após nascimento e <6m
Desvio acentuado
Sinais: Desvio CONVERGENTE, ambliopia, nistagmo e face girada
Tratamento: Cirurgia ANTES DE 1 ano
Se ambliopia: Tampão antes da cirurgia para corrigir → Coloca o tampão no olho BOM
Esotropia essencial/Adquirida/Não acomodativa
Início entre 1-3ª
Desvio súbito após estresse físico ou emocional
Forte história familiar
Tratamento: Cirurgia
Se ambliopia: Tampão antes da cirurgia para corrigir → Coloca o tampão no olho BOM
Esotropia acomodativa
Crianças HIPERMÉTROPES
Início: entre 1-5ª
Intermitente: Fixação da visão para perto e cansaço
Tratamento
Correção da hipermetropia (óculos ou lente)
Exotropia intermitente
Tipo mais comum de exodesvio
Início: Entre 2-3 anos
Intermitente: Cansaço
Tratamento
Até 4-5a: Oclusão
>5a: Cirurgia
Paralisia Nervosa
	Músculo
	Inervação
	Movimento
	
	Reto superior
	NC III (Oculomotor)
	Elevação
	Sinais: Ptose palpebral, exotropia, hipotropia e midíase
	Reto inferior
	
	Depressão
	
	Reto medial
	
	Abdução
	
	Oblíquo inferior
	
	Extorção e elevação
	
	Levantador da pálpebra
	
	Elevação da pálpebra
	
	Reto Lateral
	NC VI (Abducente)
	Abdução
	Causas: Trauma, neoplasia, meningite, hidrocefalia, hipertensão intracraniana, neuropatia pós-viral, pós imunização
Sinais: Esotropia IPSILATERAL + virada da cabeça para o lado afetado
	Oblíquo superior
	NC IV (Troclear)
	Intorção e depressão
	Sinais: Hipertrofia + cabeça inclinada sobre ombro contralateral (torcicolo)
4. Catarata e Glaucoma
4.1 Catarata
Definição: Opacidade do cristalino→Perda visual
Processo NATURAL do envelhecimento
Fisiopatologia
O cristalino é importante para REFRATAR (“organizar”) a luz: Lente CONVERGENTE (+20D→Equivalem a 1/3 do poder de refração)
Conexão do Cristalino: Fibras zonulares e músculo ciliar → Fazem movimentos ANTAGÔNICOS para ACOMODAÇÃO do cristalino
Epidemiologia: Causa mais comum de perda visual REVERSÍVEL
Fatores de risco
>50a
Exposição ao sol
Tabagismo
DM
Corticoides (qualquer via)
Trauma
Classificação (Local de Opacificação)
Nuclear: Miopização/ perda de diferenciação das cores e contorno
Vê BEM de perto
Na lâmpada de fenda, a opacificação fica mais no centro do cristalino
Cortical: Mais branda
Na lâmpada de fenda, a opacificação fica mais na periferia
Subcapsular posterior: MAIS GRAVE
Principais fatores de risco: DM e corticoide
Sinais e sintomas
Borramento visual: bilateral, ASSIMÉTRICO e indolor
Início: Miopização (nuclear)
Longe PIOR e perto melhora
Perda de CONTRASTE: Letras e objetos
Final: Perto e longe 
Outras: Alteração de cor (nuclear); FOTOFOBIA (subcapsular)
Diagnóstico
Teste de Snellen
Lâmpada de fenda (biomicroscopica do seguimento anterior)
Tratamento
Cirurgia de FACOEMULSIFICAÇÃO
Complicações
INTRA-operatório: Ruptura capsular posterior
PÓS-operatório: Opacificação da cápsula posterior
Facoglaucoma
É uma complicação da catarata → Glaucoma induzido pela catarata
Mecanismo: Bloqueio da drenagem do humor aquoso
Sinais e sintomas
Aumento da PIO
Dor, olho vermelho, cefaleia e borramento
Tratamento
Redução imediata da PIO
Correção dacatarata
Catarata congênita/infantil
Quando a criança já nasce com catarata = CONGÊNITA; Quando ocorre antes dos 24 meses de vida = INFANTIL PRECOCE
Causa
1/3 Esporádico (genético)
2/3 Miscelânea
Infecciosas (rubéola, herpes, CMV)
Metabólicas (galactosemia, DM)
Cromossômicas (Down)
Oculares (Coloboma, microftalmia)
Prematuridade
Sinais e sintomas: Leucocoria, estrabismo, nistagmo, microftalmia
Diagnóstico: Teste do olhinho/Biomicroscopia
Tratamento
Retirada CIRÚRGICA do cristalino opacificado + vitrectomia anterior
Precoce: Primeiros meses de vida
Tardio: Implante de Lente Intraocular → Depois de 1 ou 2 anos de idade
4.2 Glaucoma
Definição: Degeneração dos axônios da papila do nervo óptico
Principal causa de cegueira IRREVERSÍVEL
Em 85% dos casos, haverá aumento da PIO (normal: 12-21mmHg)
4.2.1 Glaucoma Primário de Ângulo Aberto
90% dos casos
Causa MAIS COMUM de cegueira IRREVERSÍVEL
Evolução: INCIDIOSO (crônico), bilateral e assimétrico
PIO> 21mmHg (85%)
Fatores de risco
PIO>21mmHg (85%)→ Não é definidora de doença
Idade avançada
História familiar
Negros (3x)
Corticoides (tópicos/colírio>sistêmicos e inalatórios)
DM e HAS
Miopia de alto grau
Sinais e sintomas
Assintomático (início)
Perda da visão periférica
Diagnóstico
Tonometria (triagem): PIO>21mmHg
Lâmpada de fenda (biomicroscopia) – Triagem
Teste de Van Herick: A fonte luminosa irá provocar 2 reflexos e será analisado a distância entre eles. Dessa forma, poderá ser visto se trata de um ângulo iridocorneano aberto ou fechado (o que da nome a doença)
Fundoscopia (oftalmoscopia)
Exame inicial para diagnóstico
Alterações mais precoces que no campo visual
Achado: Maior relação escavação-papila
Campo visual (perimetria) → Bom para acompanhar glaucoma
Alterações: se perda > 40% de fibras de nervo óptico
Limitações: depende da colaboração do paciente
Gonioscopia → Melhor exame para determinar o ângulo
Ângulo iridocorneano: aberto x fechado
Tratamento
Objetivo: <PIO – estabilizar lesão de nervo óptico
PIO alvo: Redução de 25-30%
Opções
Colírios
Prostaglandinas (Bimatroprosta)
↑Drenagem (alternativa)
Efeitos colaterais
Hiperemia
↑Cílios, cor da íris
Betabloqueadores (Timolol)
↓ Produção
Efeitos colaterais
Broncoespasmo
Bradicardia
Hipotensão arterial
Descompensa IC
Inibidores AC (Dorzolamida)
↓ Produção
Efeitos colaterais
Hiperemia
Ardência
Lacrimejamento
Agonistas Alfa adrenérgicos (Brimonidina)
↓ Produção e ↑Drenagem (alternativa)
Efeitos colaterais
Conjuntivite alérgica (prurido e hiperemia)
Agonistas colinérgicos (Pilocarpina)
↑Drenagem (convencional)
Efeitos colaterais
Pupilas fixas (mióticas) – Embaçamento
Laser
Seguro e indolor
Efeitos TEMPORÁRIOS (3-5 anos)
Cirurgia (última opção): Trabeculectomia – TREC
Indicações
Refratariedade a colírios e laser
Perda severa de campo visual
Objetivo: aumentar drenagem
Riscos
Hipotonia ocular
Infecções
4.2.2 Glaucoma Primário de Ângulo Fechado
10% dos casos
Ângulo iridocorneano estreito
Cursos: Agudo, subagudo ou crônico
PIO>21mmHg (85%)
Fatores de risco
PIO elevada
Idade avançada
História familiar
Sexo FEMININO
Asiáticos e esquimós
Hipermetropia
Medicamento que pode INDUZIR episódio desse tipo de glaucoma: TOPIRAMATO
CONTRAINDICADO: Tricíclicos
Forma Aguda
Emergência médica
Desencadeado por BLOQUEIO PUPILAR
Desencadeantes: Estresse, meia-luz (cinema, teatro...), colírios midriáticos
Sintomas
Dor ocular
Cefaleia
Fotofobia
Lacrimejamento
Náuseas e vômitos
Borramento visual
Sinais
PIO 40-90mmHg
Hiperemia conjuntival
Opacificação córnea
Pupilas em meia midríase não fotorreagente ou pouco reagentes
Tratamento
Colírios: BB (Timolol) + Alfa-2-adrenérgico (Apraclonidina) + Colinérgico (Pilocarpina)
Oral: Inibidor de AC (Acetazolamida – DIAMOX)
Endovenoso: Agente osmótico (manitol)
Iridotomia a laser: prevenção de novas crises
4.2.3 Glaucoma congênito/infantil
Congênito verdadeiro: Intrauterino
Infantil (55%): <3a
Causa: Disgenesia angular
Bilateral
Homens (65%)
Sinais e sintomas
Lacrimejamento (epífora)
Fotofobia
Blefaroespasmo
Córnea aumentada e opaca
Aumento do globo ocular (buftalmo)
Tratamento
Goniotomia (para pacientes com córneas mais cristalinas) ou Trabeculotomia (para pacientes com córnea mais opacificada)
Trabulectomia (TREC): Cirurgia, para aqueles que não responderam
	
	
	Gabriel Galeazzi	1

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