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1 Livro Gerenciamento de Emoções

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INTRODUÇÃO
Vivemos uma época de ampla exposição a telas e formas de interação que modi�caram nossa forma de nos
relacionar. Por um lado, a tecnologia nos permitiu avançarmos em conectividade, por outro, permanecemos
com as mesmas necessidades e respostas emocionais de nossos ancestrais de 70 mil anos atrás, nem sempre
compatíveis com nossa experiência. Acima de tudo, somos seres sociais e organizamos a realidade a partir da
interação com outras pessoas.
Nesta aula, vamos compreender as rotas evolutivas de nossas emoções, especialmente medo, raiva e tristeza, e
como o cérebro emocional trabalha para garantir nossa sobrevivência e promover comportamentos
adaptativos. 
Falaremos da resposta luta-fuga e da síndrome geral de adaptação, entendendo a relação entre nossas
emoções e nosso corpo físico. Ao �nal, esperamos que você possa ampliar a própria capacidade de percepção
de estados emocionais, identi�cando os sentimentos envolvidos e seu impacto na tomada de decisão e
comportamento.
 Assimile
Os assuntos desta aula têm a ver com o tema “gerenciamento de emoções”. Você sabe o que é isso? O
gerenciamento de emoções diz respeito a competências emocionais intra e interpessoais e nos permite
lidar com estados emocionais positivos e negativos, de forma construtiva e positiva, possibilitando maior
abertura à experiência, ao acolhimento afetivo e ao bem-estar, além de favorecer processos de
desenvolvimento e relacionamentos. Desejamos que o conteúdo a ser apresentado contribua para que
você saiba como gerir suas emoções.
REAÇÃO – LUTA-FUGA
Do conceito – resposta: luta-fuga e estresse
Nossas emoções negativas são provenientes de uma necessidade de sobrevivência; tudo nasceu com a resposta
luta-fuga, que nos prepara para ameaças iminentes.
Aula 1
EMOÇÕES E COMPORTAMENTO
Nesta aula, vamos compreender as rotas evolutivas de nossas emoções, especialmente medo,
raiva e tristeza, e como o cérebro emocional trabalha para garantir nossa sobrevivência e
promover comportamentos adaptativos.
26 minutos
A resposta luta-fuga, também conhecida como resposta ao estresse agudo, representa as escolhas que nossos
ancestrais tiveram de fazer quando confrontados com o perigo em seu ambiente: lutar ou fugir. Em ambos os
casos, a resposta �siológica e psicológica ao estresse prepara o corpo para reagir ao perigo, sendo liberados
hormônios que preparam o corpo para confrontar a ameaça ou fugir para um local seguro. 
Mais especi�camente, o sistema nervoso simpático estimula as glândulas adrenais, desencadeando a liberação
de adrenalina e noradrenalina, que provoca aumento na frequência cardíaca, pressão arterial e frequência
respiratória. A resposta de lutar ou fugir pode acontecer diante de um perigo físico iminente (como encontrar
um cachorro rosnando no meio da rua) ou como resultado de uma ameaça psicológica (como se preparar para
fazer uma apresentação importante na faculdade ou no trabalho).
A resposta luta-fuga pode ocorrer como “alarme”, conhecido como parte do primeiro estágio da síndrome geral
de adaptação, um padrão especí�co de resposta comportamental proposto por Hans Selye, em 1936, e que
ajuda a explicar o efeito do estresse no corpo humano. De acordo com a teoria (Figura 1 a seguir), existem três
fases sucessivas de resposta diante de um evento estressor: alerta, resistência e exaustão:
Fase de alerta: ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor e o seu corpo perde o
equilíbrio. Alguns sintomas possíveis são dores no estômago (acidez estomacal), aumento de sudorese,
tensão nos ombros, insônia, mudança de apetite.
Fase de resistência: nessa fase, o corpo busca voltar ao equilíbrio. Há um aumento de liberação de
cortisol e tem-se impressão de controles esporádicos. Alguns sintomas possíveis podem ser cansaço
constante, problemas dermatológicos, problemas com memória, gastrite prolongada, tonturas,
sensibilidade emotiva excessiva e obsessão pelo agente estressor.
Fase de exaustão: na última fase, podem ocorrer diversos comprometimentos físicos em forma de
doença. Alguns sintomas podem ser: diarreias frequentes, tiques nervosos, problemas dermatológicos
prolongados, tonturas frequentes, úlcera, impossibilidade de trabalhar, taquicardia, insônia prolongada,
formigamento nas extremidades.
Após a fase de exaustão, podem se instalar no organismo diversas doenças crônicas, como úlceras, hipertensão
arterial, artrites e lesões miocárdicas.
Figura 1 | Síndrome geral de adaptação
Fonte: adaptada de Healthline (2018).
A resposta ao estresse é um dos principais tópicos estudados na psicologia da saúde e comportamento
humano. A compreensão de nossas rotas emocionais e seus efeitos no corpo nos permite encontrar maneiras
de combater o estresse em direção a uma vida mais saudável e produtiva. Nesse sentido, compreender a
resposta natural de luta ou fuga do corpo é uma maneira de ajudar a lidar com situações estressantes em nossa
vida.
A TECNOLOGIA E O CÉREBRO HUMANO
As últimas quatro décadas trouxeram uma explosão de inovações tecnológicas. Na década de 1980,
comemoramos a linha telefônica disponível em residências; já na virada do milênio, tivemos computadores
individuais; e nas últimas décadas, cada pessoa vem carregando consigo um computador com seus e-mails,
vídeos preferidos, programação da própria dieta, conta bancária e tantas outras funcionalidades de aplicativos
de celular.
Sem dúvida, como sociedade, avançamos muito na acessibilidade de informações que nos são interessantes, no
entanto, um mecanismo permanece o mesmo há 70 mil anos: nossa capacidade de assimilar, compreender e
expressar informações emocionais. Sim, nosso cérebro emocional é o mesmo. E isso acarreta uma série de
di�culdades em nossa relação com nosso mundo interior e as outras pessoas, ou seja, provoca-nos desa�os à
adaptação.
De acordo com Paul MacLean (1990), a progressão da vida pode ser vista em nosso cérebro a partir dos níveis
de desenvolvimento que ele possui: reptiliano (primitivo ou instintivo), límbico (emocional) e neocórtex
(racional). Nossos tecidos corticais são mais complexos, lentos, situam-se na periferia do cérebro (ou topo) e são
responsáveis pelas nossas funções executivas (tomada de decisão, raciocínio lógico, memória da linguagem). No
centro do cérebro, abaixo do córtex e acima do tronco cerebral, �ca nossa região subcortical, também
conhecida como sistema límbico.
No centro do sistema límbico, no meio do caminho entre nossas orelhas e atrás de nossos olhos, está a
amígdala cerebral, envolvida, principalmente, no processamento de emoções e nas memórias associadas ao
medo (Figura 2). Ela é peça-chave de como processamos emoções fortes, como medo ou prazer, e responsável
por disparar a resposta luta-fuga.
Figura 2 | Amígdala cerebral
Fonte: Goleman (2011, p. 94).
Podemos não perceber o papel da amigdala em nosso comportamento, no entanto, a título de exemplo, se
estamos com nossos “sensores de medo” ligados, �camos mais “descon�ados” e “atentos” a qualquer sinal de
desaprovação. Isso, por um lado, pode servir para nos tornar mais prudentes, por outro, pode tornar impossível
o ato de con�ar nas pessoas. A amígdala é, ainda, capaz de orientar nossos pensamentos, atenção e percepção,
tornando-nos instintivamente vigilantes a estímulos que corroborem nossa ideia inicial de ameaça.
Além disso, é interessante o mecanismo de contágio emocional que nosso cérebro sofre. Quando �camos
encantados com um bebê sorridente ou quando nos entristecemos diante de uma pessoa em situação
vulnerável, estamos nos conectando às outras pessoas, e essa também é uma característica de nossa espécie:
somos in�uenciáveis socialmente e necessitamos do contato com outras pessoas. Isso ajuda a explicar o
fenômeno das redes sociais e seu amplo crescimento nas últimas décadas.
Para compreendermos as implicações do contágio emocional, é interessante falarmos sobre o papel de cada
emoção e de como elas eliciam nossos comportamentos.
O fatode que podemos desencadear qualquer emoção em outra pessoa – e ela em nós
– atesta o poderoso mecanismo por meio do qual os sentimentos de uma pessoa se
espalham para outras. Esses contágios são a principal transação da economia
emocional, o intercâmbio de sentimentos que acompanha toda interação humana, não
importa qual seja o tema em questão.
— (GOLEMAN, 2019, p. 26)
DAS EMOÇÕES BÁSICAS AO COMPORTAMENTO
Aprendemos, nesta aula, sobre nosso cérebro emocional e suas respostas evolutivas; para �nalizar, vamos falar,
especi�camente, de nossas emoções e de como elas eliciam o comportamento e in�uenciam nossa resposta
diante das mais diversas situações.
Uma emoção é composta de vários elementos; ela passa por nossa consciência tão rapidamente que, por vezes,
não a percebemos. Existem, pelo menos, três elementos em cada emoção: o tipo de pensamento associado a
ela; a resposta �siológica que ela gera, e o comportamento que assumimos a partir dela (GONZAGA, 2021).
De acordo com Paul Ekman (2016), temos emoções universais, ou seja, compartilhadas por toda a espécie a
partir de cinco rotas evolutivas. A compreensão de nossas cinco rotas emocionais básicas nos permite saber as
bases de nosso comportamento:
Medo: uma percepção de ameaça real e iminente.
Raiva: aponta uma percepção de injustiça, algo que nos bloqueia.
Tristeza: provoca nossa resposta diante da perda de algo de valor.
Nojo: aponta nossos gostos e preferências pessoais.
Alegria: indica percepção de algo de valor.
Cada uma dessas cinco rotas abre caminho para centenas de estados emocionais secundários, como
melancolia, ansiedade ou frustração, perceptíveis em nossas relações de trabalho. Para cada “família”
emocional existem determinadas atitudes, e todas as emoções são “úteis” no sentido de que nos trazem
informações sobre nossa relação com o mundo. No entanto, podemos utilizá-las a nosso favor, de maneira
construtiva (visando ao bem-estar e a uma melhor relação com a realidade) ou destrutiva (quando não nos
desvencilhamos dos estados negativos ou prejudicamos outras pessoas).
Vamos, então, compreender alguns comportamentos possíveis para cada uma das famílias emocionais,
explorando respostas construtivas ou destrutivas a partir de exemplos:
Ações diante do medo: evitar a ansiedade (medo de uma ameaça imaginada) pode ser construtivo, se nos
ajudar a fazer uma apresentação para uma sala cheia de pessoas, e destrutivo, se nos impedir de
confrontar nosso difícil relacionamento com nosso chefe.
Ações diante da raiva: suprimir nossa frustração pode ser algo construtivo, se nos ajudar a evitar
discussões, e destrutivo, se estivermos magoados por não falarmos por nós mesmos.
Ações diante da tristeza: renunciar a sentimentos de desamparo pode ser uma ação construtiva para
superar um luto intenso, porém destrutiva, se não buscarmos apoio quando precisarmos ou se formos
vítimas de uma positividade tóxica (evitação extrema de sentimentos negativos).
Ações diante do nojo: evitar a aversão pode ser algo construtivo para superar o preconceito, mas
destrutivo se levar a um envolvimento com uma pessoa prejudicial.
Ações diante da alegria: expressar nossa alegria por um comportamento extrovertido e brincalhão pode
ser construtivo como meio de compartilhar com amigos um �nal de tarde, mas destrutivo se for em
resposta a zombar de alguém.
Com base nesses exemplos, re�ita sobre a forma como você lida com as diferentes emoções, se de maneira
construtiva ou destrutiva, e qual família emocional (medo, raiva, tristeza, nojo, alegria) representa um desa�o à
inteligência emocional.
Sobre a inteligência emocional e as habilidades que ela traz, trataremos na próxima aula.
VIDEOAULA
Você já reparou como a tecnologia permite que ampliemos nossas conexões com outras pessoas, mas, ainda
assim, sofremos de ansiedade, tristeza e frustração entre tantas emoções? Isso porque, por mais que
avancemos tecnologicamente, permanecemos com as mesmas necessidades emocionais, a partir de milênios
de nossa evolução humana. 
Nesta aula, compreendemos de que forma podemos reagir às ameaças reais ou imaginárias analisando a
resposta luta-fuga e a síndrome geral de adaptação; aprendemos um pouco sobre a amígdala cerebral,
integrante de nosso sistema límbico, e como nossas emoções são a base para o comportamento; por último,
re�etimos sobre respostas construtivas ou destrutivas a partir de nossas emoções universais.
 Saiba mais
1. Navegue pelo Atlas de emoções considerando efeitos físicos, psicológicos e comportamentais das
emoções. 
2. Assista ao documentário O Dilema das Redes, disponível na Net�ix, e saiba mais sobre a necessidade
de conexão emocional que as redes sociais têm buscado atender por meio da tecnologia.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 2
A ESCOLA DE HARVARD DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Nesta aula, vamos falar, em primeiro lugar, da escola clássica de inteligência emocional,
conhecida como modelo quadrifatorial ou de aptidões; em seguida, vamos conhecer a escola de
Harvard de inteligência emocional a partir do modelo de competências socioemocionais
proposto por Daniel Goleman.
24 minutos
INTRODUÇÃO
Por muito tempo, consideramos inteligência e emoção como áreas de nossa cognição e comportamento
totalmente distintas e antagônicas. Nos últimos anos, no entanto, a pesquisa e a aplicação de técnicas na área
de inteligência emocional foram ampliadas consideravelmente. Sim, existe uma maneira inteligente de lidarmos
com nossas emoções! 
Nesta aula, vamos falar, em primeiro lugar, da escola clássica de inteligência emocional, conhecida como
modelo quadrifatorial ou de aptidões; em seguida, vamos conhecer a escola de Harvard de inteligência
emocional a partir do modelo de competências socioemocionais proposto por Daniel Goleman; por �m,
esperamos que você reconheça as próprias competências emocionais, conectando-as com as atividades de seu
dia a dia e re�etindo sobre sua aplicação nos relacionamentos.
Bons estudos!
UMA INTELIGÊNCIA PARA AS EMOÇÕES
Demorou muito tempo para que a palavra inteligência se aproximasse de uma visão subjetiva ou emocional.
Por muitos séculos, o mundo emocional foi associado a nossos instintos e ao homem-animal. Um marco
importante para mudar isso ocorreu em 1983, quando Howard Gardner apresentou as inteligências pessoais à
lista de inteligências múltiplas humanas.
Esse par, denominado inteligências "intrapessoal" e "interpessoal” é, atualmente, referida por muitos autores
como inteligências pessoal e social. 
A inteligência intrapessoal de Gardner diz respeito ao "eu localizado no indivíduo", bem como ao
“desenvolvimento dos aspectos internos de uma pessoa”. Em um ponto-chave, ele observou que ela envolvia,
principalmente, acesso à própria vida sentimental (GARDNER, 2009). Já a inteligência interpessoal é a
capacidade de entender as intenções, motivações e desejos de outras pessoas e, consequentemente, trabalhar
com outras pessoas de maneira e�caz.
Baseados no modelo de Gardner, os pesquisadores John Mayer e Peter Salovey publicaram, em 1990, o
primeiro artigo cientí�co que fez menção a uma inteligência emocional, ou seja, a um conjunto de habilidades
mentais para se lidar com as emoções. Esse modelo �cou conhecido como quadrifatorial ou de ability cuja
tradução é melhor de�nida como de aptidões mentais para se lidar com emoções humanas. 
De acordo com o modelo quadrifatorial, são quatro as habilidades de inteligência emocional (Figura 1):
Perceber emoções: identi�car emoções em si, nos outros e em coisas, bem como expressá-las
acuradamente.
Usar emoções: facilitar o pensamento e o julgamento a partir de estados emocionais.
Entender emoções: nomear emoções e sentimentos complexos e compreender progressões.
Administrar emoções: estar aberto aos sentimentos e gerenciar emoções em si e nos outros.
Figura 1 | Modelo quadrifatorial de IE
Fonte: elaborada pela autora.
Em uma revisão do modelo clássico, Mayer e Salovey (1997, p. 10) de�nemdessa forma a inteligência
emocional:
No modelo quadrifatorial, todas as habilidades incluem as faculdades interpessoal e intrapessoal, ou seja, a
compreensão e a interação com nós mesmos e com os outros. A principal contribuição desse modelo de
inteligência emocional é considerar que nossas emoções são informações que podemos utilizar para melhor
avaliarmos cada situação da vida e como nos posicionarmos. Para Susan David (2018), nossas emoções podem
servir como guias ao nosso comportamento, uma vez que sinalizam que valores nossos estão sendo acionados.
Inteligência emocional é a habilidade de perceber, avaliar e expressar emoções de
forma acurada e adaptativa; a habilidade de entender a emoção e o conhecimento
emocional; a habilidade de acessar ou gerar sentimentos quando eles facilitam o
pensamento; e a habilidade de regular emoções de maneira a auxiliar o pensamento.
Enquanto navegamos pela vida, nós, humanos, temos poucas maneiras de saber que
rumo tomar ou o que vem pela frente. Não temos faróis que nos mantenham afastados
de relacionamentos problemáticos. Não temos vigias na proa ou radares na torre
atentos a possíveis ameaças submersas que podem afundar nossos planos de carreira.
DO EMOCIONAL AO SOCIAL
Em 1995, o então psicólogo e jornalista cientí�co Daniel Goleman lançou o best-seller Inteligência Emocional – a
teoria revolucionária que rede�ne o que é ser inteligente, e os estudos na área cresceram em número e
complexidade impressionantes. Já na época, o escritor trazia algumas provocações sobre a Inteligência
Emocional (IE), conectando-a ao contexto organizacional e ao exercício da liderança pela primeira vez. Em seu
trabalho, Goleman disseminou a inteligência emocional em todos os continentes, sendo sua obra uma das mais
traduzidas no mundo inteiro. Nos anos 2000, Goleman se associou à Korn Ferry Hay Group, uma consultoria
global de recursos humanos, e desenvolveu, em parceria com outros pesquisadores de Harvard, o modelo de
competências socioemocionais para explicar sua ideia de inteligência emocional.
Faz-se interessante notar que, no modelo de competências, as dimensões intra e interpessoais ganham
destaque, servindo para separar as competências do ser (self) das competências interpessoais (sociais), tanto
para reconhecimento como para regulação das emoções. Surge, então, uma nova de�nição de inteligência
emocional, que contempla o social:
De forma a promover a avaliação de competências socioemocionais de executivos do mundo inteiro, Goleman e
Boyatzis (2016) associaram-se à Korn Ferry Hay Group e criaram o assessment ESCI – Emotional and Social
Competence Inventory, que serve de base para processos de desenvolvimento gerencial e coaching sistêmico
em equipes de liderança. O instrumento ESCI é uma avaliação 360° que permite que um indivíduo se avalie e
seja avaliado por pares, clientes, líderes e liderados em relação a 12 competências socioemocionais ligadas ao
trabalho nas dimensões de autoconsciência, autocontrole, consciência social e gestão de relacionamentos:
Autoconsciência: reconhecer e entender as próprias emoções. Competência emocional associada (1):
autoconsciência das emoções.
Consciência social: reconhecer e entender emoções em outros. Competências emocionais associadas (2):
empatia e consciência organizacional.
Em vez disso temos nossas emoções – sensações como medo, ansiedade, alegria e
euforia – um sistema neuroquímico que evoluiu para nos ajudar a navegar pelas
complexas correntes da vida.
— (DAVID, 2018, p. 12)
Inteligência emocional e social é a capacidade de reconhecer nossos próprios
sentimentos e de outros, motivar a nós mesmos e administrar emoções efetivamente
em nós mesmos e outros.
— (GOLEMAN; BOYATZIS, 2016, p. 2)
Autocontrole: efetivamente, administrar as próprias emoções. Competências emocionais associadas (4):
adaptabilidade, otimismo, autocontrole, orientação para resultados.
Gestão de relacionamentos: aplicar e entender as emoções ao lidar com as emoções de outros.
Competências emocionais associadas (5): coaching e mentoring, gestão de con�itos, in�uência, liderança
inspiradora, trabalho de equipe.
Além do assessment ESCI, existem diversas escalas para avaliação de competências socioemocionais, algumas
com validação cientí�ca, outras não. O que se espera desse tipo de assessment é que possa contribuir para que
a organização possa medir a inteligência emocional de líderes e liderados, aumentar a conscientização das
pessoas a respeito de seus comportamentos, desenvolver qualidades especí�cas para as interações sociais e
promover con�ança e emoções positivas em indivíduos e equipes.
BASES PARA AVALIAR E DESENVOLVER A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Uma pergunta muito comum para quem trabalha com emoções é: como faço para avaliar minha inteligência
emocional? Ou, ainda, qual é a competência socioemocional mais importante para o nosso sucesso e como
desenvolvê-la?
De acordo com a escola de competências de inteligência emocional, a resposta é: comece por você. Isso signi�ca
que a competência emocional mais importante para se desenvolver é a autoconsciência das emoções; ela diz
respeito à capacidade de compreender suas próprias emoções e seus efeitos no raciocínio e na ação. 
Quando você sabe como se sente e por que sente, ou seja, os motivos por trás de seus sentimentos, �ca mais
fácil não se “deixar levar” pelas situações, mantendo uma atenção �utuante em relação às coisas que
acontecem. Quem é autoconsciente também tem uma maior clareza de suas forças e fraquezas e consegue
direcionar seus esforços de aprendizagem; frente a isso, muitos estudos de inteligência emocional estão se
direcionando para a compreensão dos mecanismos de nossa atenção, uma vez que ela pode promover
mudança de comportamento.
O movimento rumo ao próprio desenvolvimento parte da autoconsciência e caminha para as dimensões de
autocontrole e consciência social, simultaneamente, porque, uma vez que temos maior consciência, passamos,
também, a regular mais facilmente nossos estados emocionais e, paralelamente, a “reparar” mais nas reações e
mensagens não verbais das outras pessoas.
Por último, uma vez desenvolvida a nossa dimensão intrapessoal e ampliado o nosso processo empático com
outras pessoas, passamos a ter maior clareza do efeito que causamos em interações de longo prazo, ou seja,
passamos a levar inteligência emocional para nossos relacionamentos.
Re�etindo sobre a própria Inteligência Emocional (IE)
Uma di�culdade nos programas de desenvolvimento organizacionais é medir o nível de consciência e ação
emocional das pessoas. Nesse sentido, há uma contradição em relação aos testes de Inteligência Emocional,
porque, se de um lado, somos pouco acurados em medir nossas próprias habilidades emocionais (na maioria
das vezes, quem “menos precisa” de Inteligência Emocional é quem mais se bene�cia de programas de
desenvolvimento), de outro, é interessante perguntar aos outros sobre nosso comportamento, e isso faz com
que as avaliações por pares ou por informantes sejam largamente utilizadas. Porém, para que essas avaliações
sejam bem-sucedidas, é preciso treinamento quanto à forma de condução e muito zelo com as informações
coletadas, a �m de que não promovam um clima de descon�ança e perseguição.
Com base em nossa aula, re�ita sobre suas competências socioemocionais, iniciando pela autoconsciência:
quais são suas maiores forças em relação à interação com outras pessoas? E as fraquezas? Em seguida, procure
re�etir sobre seu autocontrole: existem pessoas que acionam seus gatilhos emocionais? Quem são essas
pessoas e que valores elas violam?
Finalizando a compreensão “intrapessoal” de suas competências, vale a pena escolher um colega ou amigo de
con�ança para perguntar se você é uma pessoa que transmite empatia, como é trabalhar em grupo com você,
se você consegue in�uenciar as pessoas a modi�car seu comportamento e, ainda, se você contribui para o
aprendizado de outras pessoas.
Esse tipo de questionamentoajuda a colocar sua inteligência social em perspectiva, favorecendo o processo de
autodesenvolvimento.
VIDEOAULA
Você sabia que o acesso ao nosso mundo emocional requer inteligência? Desde os anos 1990, convivemos com
modelos de inteligência emocional, compreendendo que existem habilidades mentais e comportamentais
especí�cas às pessoas com alta Inteligência Emocional. Mais especi�camente, a escola de Harvard de
Inteligência Emocional reconhece que temos competências socioemocionais, ou seja, existem determinados
comportamentos que levam pessoas a uma melhor performance social. Nesta aula, vamos conhecer o modelo
clássico e o modelo de competências de inteligência emocional, bem como falar das implicações para
programas de avaliação e desenvolvimento nas organizações.
 Saiba mais
Leia artigos sobre inteligência emocional na newsletter semanal da Conexão Inteligência Emocional.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 3
QUANDO FALTA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Não existe um comportamento ótimo que sempre provê os melhores resultados numa dada
situação; é preciso �exibilidade e agilidade emocional para moldar o comportamento e a decisão,
conforme o contexto de cada situação.
https://www.linkedin.com/newsletters/conex%25C3%25A3o-ie-6862089471215726593/
INTRODUÇÃO
Como percebemos que uma pessoa tem inteligência emocional? Podemos entender as emoções como veículos
para troca de informações que impactam o nosso desempenho e a qualidade ou e�cácia das interações que
mantemos com as outras pessoas, e uma pessoa com inteligência emocional considera essas informações para
moldar o seu comportamento e a sua tomada de decisão. 
Não existe um comportamento ótimo que sempre provê os melhores resultados numa dada situação; é preciso
�exibilidade e agilidade emocional para moldar o comportamento e a decisão, conforme o contexto de cada
situação. 
Uma pessoa com habilidades de inteligência emocional é considerada aquela capaz de processar informações
emocionais de forma adequada. Nesta aula, vamos debater sobre o tema.
Bons estudos e até breve!
SOBRE EMOÇÕES E ESTADOS EMOCIONAIS
Todos estamos sujeitos a fenômenos afetivos, que, de acordo com o professor Rafael Bisquerra, da
Universidade de Barcelona, englobam:
Emoções: respostas de nosso organismo aos estímulos que recebemos.
Sentimentos: tomada de consciência sobre essas emoções.
Estados emocionais: podem ser entendidos como uma predisposição dos indivíduos para uma
determinada atitude, comportamento ou decisão.
Esses fenômenos afetivos são modulados por crenças e valores pessoais, isto é, o mesmo estímulo pode
provocar respostas distintas nas pessoas, e isso traz impactos não apenas em nosso comportamento individual
mas também nos relacionamentos interpessoais. Vamos analisar esses impactos a seguir, no curto e no longo
prazo.
No curto prazo, esses fenômenos emocionais predispõem nossa intenção de ação, podendo in�uenciar nossa
percepção ou predisposição a atuar em favor ou contra uma ideia ou a posição de algum colega ou funcionário
sob nossa supervisão. Por exemplo: um gestor tomado de um estado emocional de impaciência pode rejeitar
novas ideias ou estratégias por considerá-las, inicialmente, de alto risco, sendo que, frente a uma análise mais
calma e sensata, poderia enxergá-las como uma excelente oportunidade. Se esse gestor pudesse perceber
como esse estado emocional o in�uencia, talvez, viesse a tomar outra linha de ação em relação a essa situação
especí�ca. Para isso, precisaria colocar em prática as habilidades de inteligência emocional do modelo dos
professores Goleman e Richard Boyatzis que aprendemos em nossa última aula, ou seja, ele precisaria:
exercitar a autoconsciência de seu estado emocional e perceber que sua impaciência di�culta a análise de
novos conceitos e ideias; exercer a consciência social, entrando em sintonia com as necessidades e expectativas
de seus colegas ou funcionários; praticar o autocontrole, regulando sua resposta emocional para um estado de
24 minutos
maior calma e abertura; por �m, realizar uma boa gestão dos relacionamentos, aplicando o entendimento
emocional no trato com os outros, mantendo-se assertivo e aberto ao diálogo que pode levá-lo a decidir por
uma nova linha de ação ou decliná-la de forma adequada, sem gerar frustração ou desmotivação em seus pares
ou funcionários.
Já no longo prazo, precisamos considerar que os fenômenos afetivos constituem aspectos essenciais de nossa
personalidade. A exteriorização repetida de certas emoções em uma pessoa pode chegar a constituir um traço
de sua personalidade.
Retomando o nosso exemplo, se um gestor se mostra constantemente impaciente em suas atitudes e
posicionamentos, isso pode passar a ser percebido como um traço de sua personalidade. Tendemos a
identi�car as pessoas pela emoção predominante em seu comportamento, logo, se um gestor é percebido
como impaciente, isso pode levar seus pares ou funcionários a nem mesmo cogitar apresentar-lhe uma nova
ideia, podendo provocar prejuízos a ele ou ao próprio negócio que administra.
Tal situação caracteriza o que a doutora Susan David chama de falta de agilidade emocional. Por mais
inteligente e capaz que esse gestor de nosso exemplo possa ser, se ele mantém um estado contínuo de
impaciência, seus sentimentos determinam suas ações, decisões e a forma com que administra seus
relacionamentos. É necessário, portanto, que ele perceba o seu estado emocional e aja para mudar padrões,
hábitos ou comportamentos que o impedem de se adaptar às diferentes situações que são apresentadas e de
atuar de forma e�caz frente a elas, modulando suas respostas emocionais.
A NECESSIDADE DE FLEXIBILIDADE E AGILIDADE EMOCIONAL
Vamos reforçar o entendimento das competências que compõem o modelo de inteligência emocional para
reconhecer e regular emoções em si e nos outros. Considerando nossas respostas aos estímulos internos e
externos do ambiente, precisamos exercer as competências desse modelo de forma balanceada, pois a falta de
alguma delas poderá prejudicar o processamento e o uso da informação emocional. 
Vamos às competências:
Autoconsciência
É a principal competência de inteligência emocional, pois exerce grande in�uência nas demais, e é baseada
numa vontade de ter acesso a novas perspectivas e no entendimento de si mesmo(a). Pessoas com essa
habilidade têm maior facilidade para o desenvolvimento pessoal.
Você demonstra autoconsciência quando:
Dá-se conta de seus próprios sentimentos.
Sabe o que causa esses sentimentos.
Compreende as consequências de seus estados emocionais em seu comportamento ou em suas
decisões.
Conhece suas forças e limites.
Está aberto ao feedback.
Autocontrole
O autocontrole provê direção, energia e restrição ao nosso comportamento. 
Ele nos permite regular as emoções no cotidiano e ter maior controle das respostas emocionais em
situações desa�adoras.
Você demonstra autocontrole emocional quando:
Consegue lidar de forma calma com situações estressantes.
Consegue regular a intensidade de suas respostas emocionais e controlar seus impulsos.
Mantém sua positividade e otimismo mesmo perante eventos difíceis.
Consegue realizar suas entregas mesmo quando envolto em sentimentos negativos.
Consciência social
Consciência social tem a ver com entrar em sintonia com as necessidades, expectativas, comportamentos e
estados emocionais de outras pessoas. Aqui, é necessário considerar pessoas e contextos.
Você demonstra empatia quando:
Consegue ler pistas sobre os estados emocionais de outras pessoas de forma precisa.
Desenvolve escuta ativa.
Entende as perspectivas e os pontos de vista de outras pessoas.
Compreende as razões que motivam as outras pessoas.
Você demonstra sensibilidade ao contexto quando:
Entende as forças políticas em seu trabalho, grupo ou organização.
Consegue compreender as principais relações de poder existentes.
Compreende os valores e a cultura de seu grupo ou organização.
Compreende os processosinformais existentes em seu grupo ou ambiente de trabalho.
Entende quais comportamentos são valorizados e quais são considerados inadequados em seu grupo
ou ambiente de trabalho.
Gestão de relacionamentos
A gestão de relacionamentos é a competência que nos permite "fazer a diferença", in�uenciar e motivar
outras pessoas, bem como aplicar o entendimento emocional no trato com o outro, mantendo a
assertividade e o diálogo fácil para objetivos comuns.
Você demonstra uma boa gestão de relacionamentos quando:
Consegue construir consenso e in�uenciar pessoas para apoiar suas ideias e sugestões.
Oferece feedback para melhorar o desempenho de outras pessoas, reconhecendo suas forças e
oportunidades de desenvolvimento.
Consegue inspirar outras pessoas para atingir metas e objetivos, extraindo o melhor de cada uma
delas.
Consegue promover con�ança, cooperação e espírito de equipe nos grupos em que atua.
QUANDO FALTA UMA HABILIDADE DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Exploramos as competências de inteligência emocional, mas será que �cou claro o que acontece quando essas
competências não estão presentes? Para reforçar o entendimento, apresentaremos, a seguir, quatro casos de
indivíduos que encontramos, frequentemente, em organizações.
CASO 1 – “O disperso”: você deve conhecer o per�l desse indivíduo, que apresenta muita di�culdade em
manter o foco na tarefa. Essa pessoa trabalha com muitas janelas mentais abertas ao mesmo tempo ou se
desdobra tentando atender a muitas demandas. A fala é acelerada, di�cultando o entendimento da ideia
que está tentando, efetivamente, transmitir, e como não consegue atuar nesse nível de energia por muito
tempo, apresenta comportamento inconstante. Frente a isso, a competência que falta nesse caso é a
autoconsciência, seja por não perceber seu estado, seja por estar, propositadamente, tentando ignorar
seus limites. E para evitar isso, sempre preste atenção em seu corpo, pois é nele que o estresse se
manifesta; busque desacelerar com práticas de meditação e peça feedback de pessoas em quem con�a.
CASO 2 – “Pavio curto”: emoções acumuladas, irritação com todos, respostas ásperas, comportamento
passivo-agressivo ou agressivo e alta sensibilidade ao que os outros dizem. O que falta neste caso é o
autocontrole emocional. Procure identi�car quais são os gatilhos ou situações que disparam essas reações
intensas e busque re�etir sobre suas causas, bem como modi�car seu comportamento. Ajudar outras
pessoas a desenvolver seu controle emocional também traz benefícios para o nosso próprio autocontrole.
CASO 3 – “Muito racional”: esse indivíduo tem o comportamento de quem se acha dono da razão,
perguntando-nos, às vezes, se “queremos que ele desenhe” uma determinada situação, a �m de que a
entendamos e concordemos com o seu ponto de vista. Esse é um comportamento de desconexão social e
de di�culdade de perceber qualquer emoção manifestada por outras pessoas. Neste caso, é preciso,
preventivamente, pedir feedback contínuo a pessoas de nossa con�ança, que possam nos fornecer
legendas emocionais sempre que deixarmos de compreender o impacto de nossas atitudes perante nossos
colegas de trabalho.
CASO 4 – “Muito desconectado”: esse indivíduo apresenta desinteresse pelo grupo do qual participa,
tendo di�culdade de compor ideias com os outros. Ele é focado apenas no que precisa acontecer, sem
considerar que precisa que as pessoas compartilhem sua visão e sem se comprometer com os resultados.
Neste caso, falta a gestão de relacionamentos, e mais do que justi�car o que é preciso, corações e mentes
precisam ser conquistados. Sempre que encontrar resistência as suas ideias e opiniões, busque ouvir
ativamente as pessoas que apresentam contrapontos, esforce-se em conhecer seus motivos, valores e
opiniões e, assim, conseguirá in�uenciá-los de forma positiva.
Para compreender melhor a mudança necessária, além de assistir ao Ted recomendado da Dra. Susan David
(encontrará o link a seguir, em Saiba mais), é importante adotar as seguintes medidas:
•  Faça um esforço para reconhecer seus padrões de comportamento: precisamos nos dar conta de nossos
estados emocionais antes de qualquer iniciativa para modi�cá-los.
Faça um esforço para reconhecer seus padrões de comportamento: precisamos nos dar conta de nossos
estados emocionais antes de qualquer iniciativa para modi�cá-los.
Tenha o hábito de nomear seus pensamentos e emoções: isso o ajudará a separar o estado emocional do
indivíduo.
Aceite seus estados emocionais: desenvolva compaixão por si mesmo em vez de negar tais estados,
buscando entender suas causas, e aproveite essa informação valiosa para o seu processo de aprendizado e
crescimento pessoal.
Tome decisões e haja com base em valores: esse comportamento representa o que você ou sua
organização valoriza ou aspira?
Já as transformações de longo prazo, voltadas ao desenvolvimento da agilidade emocional, requerem a
aplicação dessas competências de forma continuada.
VIDEOAULA
Em nosso vídeo resumo, vamos explorar as competências do modelo de inteligência emocional e, por meio de
estudos de caso, compreender o impacto de sua falta em nossas relações interpessoais, bem como formas de
desenvolvê-las. Além disso, vamos explorar o desenvolvimento de longo prazo de nossas competências e nossa
agilidade emocional.
 Saiba mais
Com base na obra Agilidade Emocional, o TED Talk da psicóloga Susan David explora como a forma de
encararmos nossas emoções determina tudo aquilo que é importante: os nossos comportamentos, a
nossa carreira pro�ssional, as nossas relações, a nossa saúde e a nossa felicidade.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 4
COMO DESENVOLVER A GESTÃO EMOCIONAL
Ao �nal desta aula, esperamos que você descubra formas de acalmar estados ansiosos e garantir
o alívio da tristeza a partir do acesso a emoções positivas.
25 minutos
https://www.ted.com/talks/susan_david_the_gift_and_power_of_emotional_courage?language=pt-br
INTRODUÇÃO
Vivemos uma época em que a ansiedade e a depressão alcançam níveis epidêmicos. Segundo a Organização
Mundial de Saúde, estima-se que uma a cada cinco pessoas desenvolve quadros depressivos durante a vida e
uma a cada quatro pessoas sofre de ansiedade. 
Com a pandemia da Covid-19, essas estimativas ampliaram-se consideravelmente, especialmente entre jovens e
adolescentes, por conta do excesso de estímulos audiovisuais, do isolamento social, do alto grau de incertezas e
de risco a que todos estamos submetidos, entre outros fatores. Disso, surgiu a necessidade de
compreendermos formas de regulação emocional frente às emoções a�itivas, logo, conheceremos alguns
conceitos ligados à psicologia positiva e falaremos sobre o valor das práticas contemplativas.
Ao �nal desta aula, esperamos que você descubra formas de acalmar estados ansiosos e garantir o alívio da
tristeza a partir do acesso a emoções positivas.
UMA EPIDEMIA DE ANSIEDADE
Um fato que intriga pesquisadores de saúde mental é o aumento signi�cativo de quadros de ansiedade nas
mais diversas culturas e populações. Segundo Leahy (2011), a criança média, hoje, exibe o mesmo nível de
ansiedade do paciente psiquiátrico da década de 1950! Considerando que, atualmente, temos acesso facilitado
a tratamentos médicos, as pessoas vivem mais e vivem em melhores condições de saúde, por que isso
acontece?
Uma explicação para isso está em nosso estilo de vida. Por exemplo: a alta facilidade em nos conectarmos às
mais diferentes notícias e realidades nos coloca em constante comparação e confusão. Absorvermos
informações demais sobre fatos e imagens, o que “cansa” nossos sensores emocionais e nos coloca em uma
espécie de vertigem, algo típico da ansiedade.
De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA), a ansiedade é uma emoção caracterizada por
sentimentos de tensão, pensamentos preocupados e mudanças físicas, como aumento da pressão arterial.
Pessoas com transtornos de ansiedade, geralmente, têm pensamentos ou preocupaçõesintrusivas recorrentes;
elas podem evitar certas situações por preocupação e apresentar sintomas físicos, como sudorese, tremores,
tonturas ou taquicardia. 
Como outros estados emocionais, a ansiedade pode ser facilitada por questões �siológicas, mas é, das emoções
a�itivas, a mais ligada ao modo como projetamos nossa percepção da realidade. Ela é, portanto, uma emoção
ancorada no tempo futuro, geralmente, ocupando nossa mente com situações sobre as quais não temos
controle, mas desejamos controlar.
De acordo com Laguaite (2011), são múltiplos os sintomas de ansiedade, entre eles:
Evitar amigos ou família.
Preocupação constante.
25 minutos
Choro.
Sensação de irritação, cansaço ou tensão.
Sentir que você precisa ser perfeito.
Ter problemas para dormir.
Ter problemas para se concentrar ou lembrar das coisas.
Perder o interesse no seu trabalho.
Comer demais ou de menos.
Existem situações que podem disparar nossa ansiedade e nos fazer antecipar nosso desempenho diante de
outras pessoas. No espaço de trabalho, algumas delas são:
Lidar com problemas de colegas.
Montar e realizar apresentações.
Acompanhar e atualizar as redes sociais.
Reuniões, almoços de equipe e festas de escritório.
Cumprir e de�nir prazos em equipe.
Falar durante as reuniões.
Certos comportamentos não nos ajudam a lidar com preocupações e ansiedades, como tentar suprimir os
pensamentos, alienar-se com álcool e outros vícios, superestimar o risco de algo ruim acontecer ou checar
repetidamente o status nas redes sociais. Ao contrário! O que pode contribuir para a diminuição da ansiedades
é ter clareza do que efetivamente se pode controlar e uma certa apreciação da experiência, ainda que a vida
apresente novos riscos e incertezas a cada dia. Em relação aos desa�os diários, para diminuir a ansiedade, é
importante dedicar-se a uma atividade por vez, buscando pausas para observar o que acontece e refazer as
energias.
NOSSO JEITO DE VIVER E A TRISTEZA
Com a depressão aumentando em todas as faixas etárias e o estresse se tornando algo comum em nossas
vidas, é seguro supormos que nosso estilo de vida pode estar contribuindo para nos deixar “para baixo”. Ao
contrário do que parece, o estresse não é um elemento isolado dos estados de abatimento, na verdade, são
estados emocionais que convivem. A fórmula já conhecemos: um esforço imenso para fazer as atividades mais
corriqueiras seguido de um cansaço extremo e a vontade de não fazer nada. Em muitas situações, estresse e
fadiga são duas faces da mesma moeda, assim como ansiedade e depressão.
Todo mundo tem um dia ruim de vez em quando; uma discussão com um cliente, uma briga dolorosa com o
cônjuge, a perda de um animal de estimação, ser preterido de uma promoção e outras decepções do dia a dia
podem fazer com que nos sintamos péssimos. A tristeza é uma emoção normal, que deve desaparecer com o
tempo, mas quando essa melancolia não é temporária, o perigo de depressão pode estar no horizonte.
Existem alguns pontos importantes que apontam a diferença entre a simples tristeza e um quadro depressivo.
O Quadro 1 a seguir explica em que elas se diferem:
Quadro 1 | Diferenças entre tristeza e depressão
Característica Tristeza Depressão
Duração Horas ou dias Semanas a meses
Perda afetiva recente Presente Geralmente ausente
Autoestima Preservada Muito comprometida
Sentir-se um peso aos outros Ausente Presente
Desempenho frente a tarefas cotidianas Geralmente preservado Muito comprometido
Às vezes consegue se animar Geralmente sim Nunca
Sintomas corporais Mínimos Graves
Lentidão psíquica e motora Leve ou ausente Geralmente presente
Ideia de suicídio Improvável Comum
Fonte: Botega (2020, p. 23).
É importante compreendermos que a tristeza é uma emoção humana normal, que todo mundo sente de vez em
quando. Como vimos na primeira aula, ela está associada a algum tipo de perda, podendo estar vinculada à
forma como entendemos alguma situação da vida. Uma característica interessante da tristeza é que, quando a
sentimos, é como se “nunca tivéssemos” sentido a felicidade antes, além disso, facilmente, ela é a emoção
dominante. Quando em intensidade baixa, a tristeza favorece a análise crítica e a empatia por outras pessoas;
por essa razão, a tristeza pode ser aliviada quando desabafamos, choramos ou, simplesmente, entramos em
contato com nossos sentimentos.
O mais importante em relação à tristeza é que ela é temporária. Se ela se intensi�car e não estiver mais
vinculada a algum fato especí�co (geralmente de perda), é possível que haja algo mais a se investigar, como
uma possível depressão, e, nesse caso, o ideal é procurar ajuda de um pro�ssional de saúde mental. 
Ainda, a depressão pode ser desencadeada por uma predisposição �siológica, como uma forte alteração
hormonal, ou devido a circunstâncias externas. O termo "deprimido" é frequentemente mal utilizado e muitas
pessoas explicam estados de melancolia a partir do sentimento de depressão. A depressão clínica, no entanto,
só pode ser diagnosticada por um pro�ssional de saúde mental, que pode avaliar os sintomas e recomendar o
tratamento adequado.
PRÁTICAS PARA VIVER MELHOR
Como vimos até aqui, nosso estilo de vida conectado e hiperligado contribui para a perda de bem-estar e
satisfação pessoal. Por isso, para fazer frente a estados depressivos e ansiosos, muitas pessoas estão se
voltando a práticas contemplativas, como mindfulness e meditação, que ajudam a diminuir o fardo de nossos
embates emocionais cotidianos. 
Muitas são as práticas contemplativas, podendo ser generativas, quando intentam gerar pensamentos e
sentimentos de compaixão ou conexão com algo superior (como orações e mantras), de movimento (como
caminhadas ou artes marciais) ou de quietude, quando buscam promover calma e tranquilidade (como
meditação sentada). Elas são chamadas "práticas" porque se aperfeiçoam com o tempo e a repetição,
modi�cando a forma como experimentamos a realidade. 
De acordo com a organização CMind (2021), as práticas contemplativas podem incluir atividades como cantar,
tocar música e tricotar, bem como práticas como ioga ou tai-chi. Em comum, elas têm a característica de
promover uma melhora em nossa saúde emocional, afastando-nos de emoções a�itivas e nos aproximando de
estados de bem-estar e apreciação da vida.
Mindfulness é uma expressão em inglês melhor traduzida como “atenção plena” e diz respeito a uma
observação da realidade de forma curiosa e distanciada. Quando estamos “mindful”, percebemos o que
acontece de maneira livre de julgamentos, por isso, a prática de mindfulness 
torna-se uma ferramenta poderosa para nos ajudar a controlar o sofrimento que experienciamos, promovendo
calma, apreciação da experiência e felicidade. 
Não é preciso fechar os olhos para a prática de mindfulness; podemos praticar, por exemplo, a partir de uma
alimentação consciente, em que cada garfada é apreciada cuidadosamente, bem como o sabor dos alimentos e
suas diferentes texturas. Outra opção é uma caminhada ao ar livre, de forma que todos os nossos sentidos
estejam atentos ao ambiente e que possamos “prestar atenção” às nossas passadas sob efeito do vento e das
paisagens que vislumbramos.
Muitas são as práticas possíveis de meditação. Uma delas é sentar-se confortavelmente por alguns minutos
diariamente, fechando os olhos para presenciar as diferentes “janelas mentais”, separando sons, percepções do
corpo e pensamentos, bem como observar a si mesmo com tranquilidade. Outra meditação bastante comum é,
simplesmente, prestar atenção na respiração, pontuando o ar que entra e o ar que sai, e nas diferentes
sensações e nos sentimentos que surgirem, sem julgamentos.
Outra opção simples é prestar atenção no seu momento presente. Pratique agora: inspire profundamente pelo
nariz e exale devagar pela boca, por três inspirações e expirações. Em seguida feche os olhos e deixe o
“pensamento �utuar”, sem julgar, sem reter nenhuma emoção e sem evitar. Você verá como uma prática tão
simples podenos fazer “recuperar o fôlego” e, quem sabe, levar a vida um pouco mais leve. 
No Saiba mais desta aula, sugerimos que você construa a árvore de práticas contemplativas, descobrindo o seu
jeito de estabelecer uma conexão saudável com suas emoções.
VIDEOAULA
Vivemos em uma época acelerada, em que o isolamento social e o excesso de informações nos tornam cada vez
mais estressados e ansiosos. Nesta aula, falamos sobre ansiedade e depressão, compreendendo as
características que desa�am nossas mentes a lidar com a realidade; ao �nal, apresentamos algumas formas de
fazer frente às emoções a�itivas, a partir de práticas contemplativas de mindfulness e meditação.
 Saiba mais
Baixe o aplicativo Cíngulo em seu celular e acompanhe, diariamente, sua evolução na gestão de emoções
a�itivas. Existe uma versão gratuita do “app” que dá direito a uma série de dicas para gestão emocional.
Assista, também, ao documentário Em busca do bem-estar (2020), na Net�ix, e acompanhe a jornada de
um homem estressado ao lado do monge francês Matthieu Ricard, considerado “o homem mais feliz do
mundo”.
Por �m, baixe a sua árvore de práticas contemplativas e preencha-a com suas atividades preferidas de
meditação, mindfulness ou outras que possibilitam a você um contato saudável com suas emoções.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
EKMAN, P. A linguagem das emoções. São Paulo: Lua de Papel, 2011.
[EKMAN, P.] Atlas of emotions: Resposta, [2016]. Disponível em: http://atlasofemotions.org/#actions/. Acesso
em: 19 jan. 2022.
GOLEMAN, D. Inteligência social: a ciência revolucionária das relações humanas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2019.
GOLEMAN, D. The brain and emotional intelligence: new insights. 2. ed. Florence: More Than Sound, 2011.
GONZAGA, A. Com que humor eu vou? Newsletter Conexão IE, 2021. Disponível em
https://www.linkedin.com/pulse/com-que-humor-eu-vou-alessandra-gonzaga-ph-d-/?
trackingId=nlmsi%2B0jTWGGgjFJ7GoBhw%3D%3D. Acesso em: 19 jan. 2022.
HANSON, R. O cérebro de Buda: neurociência prática para a felicidade. São Paulo: Alaúde Editorial, 2011.
HARARI, Y. N. Sapiens: uma breve história da humanidade. Porto Alegre: L&PM, 2015.
REFERÊNCIAS
4 minutos
https://www.contemplativemind.org/admin/wp-content/uploads/tree_7x9_blank.pdf
http://atlasofemotions.org/#actions/.
https://www.linkedin.com/pulse/com-que-humor-eu-vou-alessandra-gonzaga-ph-d-/?trackingId=nlmsi%2B0jTWGGgjFJ7GoBhw%3D%3D.
MACLEAN, P. D. The triune brain in evolution: role in paleocerebral functions. New York and London: Springer
Science & Business Media, 1990.
Aula 2
DAVID, S. Agilidade emocional: abra sua mente, aceite as mudanças e prospere no trabalho e na vida. São
Paulo: Editora Cultrix, 2018.
GARDNER, H. Inteligências múltiplas. Porto Alegre: Penso Editora, 2009.
GOLEMAN, D.; BOYATZIS, R. The ESCI Model and Competences. [S. l.]: Korn-Ferry Hay Group, 2016.
GOLEMAN, D.; BOYATZIS, R.; MCKEE, A. O poder da inteligência emocional. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
GONZAGA, A. Com que humor eu vou? Newsletter Conexão IE, 2021. Disponível em:
https://www.linkedin.com/pulse/com-que-humor-eu-vou-alessandra-gonzaga-ph-d-/?originalSubdomain=pt.
Acesso em: 12 jan. 2022.
MAYER, J. D.; SALOVEY, P. What is emotional intelligence. In: MAYER, J. D.; SALOVEY, P. Emotional development
and emotional intelligence: educational implications. v. 3. New York: Basic Books, 1997. p. 3-31.
Aula 3
BISQUERRA, R. Universo de emociones. Valência: PalauGea, 2015.
DAVID, S. Agilidade emocional: abra sua mente, aceite as mudanças e prospere no trabalho e na vida. São
Paulo: Editora Cultrix, 2018.
GOLEMAN, D.; BOYATZIS, R.; MCKEE, A. O poder da inteligência emocional. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
GOLEMAN, D. et al. 10 leituras essenciais em inteligência emocional. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2019.
Aula 4
BOTEGA, N. J. A tristeza transforma, a depressão paralisa. São Paulo: Saraiva Educação S.A., 2020.
CMIND. The tree of contemplative practices illustrates some of the many contemplative practices used in
education and secular organizations. [s. d.]. Disponível em:
https://www.contemplativemind.org/practices/tree. Acesso em: 13 jan. 2022.
KINGSLAND, J. Budismo e meditação mindfulness: a neurociência da atenção plena e a busca pela iluminação
espiritual. São Paulo: Editora Cultrix, 2018.
LAGUAITE, M. How to deal with anxiety at work. 2021. Disponível em: https://www.webmd.com/anxiety-
panic/features/workplace-anxiety. Acesso em: 13 jan. 2022.
https://www.linkedin.com/pulse/com-que-humor-eu-vou-alessandra-gonzaga-ph-d-/?originalSubdomain=pt
https://www.contemplativemind.org/practices/tree
https://www.webmd.com/anxiety-panic/features/workplace-anxiety
LEAHY, R. L. Como lidar com as preocupações: sete passos para impedir que elas paralisem você. Porto Alegre:
Artmed Editora, 2016.
LEAHY, R. L. Livre de ansiedade. Porto Alegre: Artmed Editora, 2012.

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