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Manual Caseiro - Lei de Drogas

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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI DE DROGAS 
Lei nº 11.343/2006 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ed. 2020 
 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
Manual Caseiro 
Instagram: @manualcaseiro 
E-mail: manualcaseir@outlook.com 
Site: www.meumanualcaseiro.com.br 
Lei de Drogas – Lei n º. 11.343/2006 
 
LEI DE DROGAS 
Lei nº 11.343/2006 
 
 
 
Prezado aluno, passaremos nesse momento ao estudo da Lei de Drogas, uma das leis penais especiais 
mais recorrentes em provas de concursos. Assim, merece a nossa total atenção! 
O presente material tem por objetivo reunir todas as informações que o candidato precisa para resolver 
questões dos certames públicos. Dessa forma, nosso material trouxe uma abordagem doutrinária sobre o tema 
objeto de estudo, a legislação (lei seca), questões que já foram cobradas pela Banca CESPE, questões já 
cobradas em concurso público pelas diversas bancas, alterações promovidas pelo PAC, súmulas, e, por fim, 
os informativos. 
Feita as devidas considerações iniciais, vamos ao conteúdo! 
Bons estudos, #TmJuntos! 
 
1. Contextualização da regulamentação legal do tráfico de Drogas no Ordenamento Jurídico 
Brasileiro 
Atualmente, encontra-se vigente no Ordenamento Jurídico Brasileiro regulamentando o tráfico de 
drogas, bem como, o tratamento para o usuário, a Lei n.º 11.343/2006. A Lei é do final de 2006 e revogou 
expressamente a lei de drogas antiga (Lei n. 6.368/1976 e 10.409/2002). 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
 
 
Para tratar do tema de Drogas, antes da edição da Lei nº 11.343 de 2006, tínhamos duas legislações 
distintas, uma que tratava do regramento quanto aos crimes (tipificação das condutas) e outra sobre o 
procedimento (lei penal e lei procedimental). No atual cenário, toda a matéria envolvendo drogas, seja a parte 
penal ou a parte investigatória, bem como, procedimental estão previstas na Lei nº 11.343/2006. 
 Em resumo: 
• A legislação que trata sobre o regramento das drogas é a Lei nº 11.343/2006. 
• Atualmente, todo tratamento da matéria encontra-se prevista na Lei nº 11.343/2006, a qual 
revogou expressamente as Leis nº 6.368/76 e 10.409/2002. 
 
- Aspectos da “Nova” Lei de Drogas 
 
• Criação do SISNAD – Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. 
• Substituição da expressão substâncias entorpecentes por drogas. 
• Tratamento mais rigoroso ao traficante e mais “benéfico” ao usuário. 
A nova lei confere um tratamento mais rigoroso ao traficante e um tratamento mais brando ao usuário, 
isto porque a Lei de drogas antiga permitia a prisão do usuário, o qual tinha pena prevista de até 03 anos. 
Em sentido oposto, com a atual lei de drogas, o usuário não pode mais ser preso. A descarcerização 
do usuário é um grande benefício trazido pela nova Lei (Art. 28, Lei nº 11.343/2006). 
à Não há para o usuário pena privativa de liberdade! 
E quais são as penas aplicadas ao usuário? Nos termos do art. 28, temos as seguintes: 
Penas para o Usuário (Art. 28, Lei nº 11.343/2006) 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
Leis sobre 
Drogas: Lei n. 6.368/1976 
Lei n. 
10.409/2002
Lei n. 
11.343/2006
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Em caso de descumprimento dessas penas, o juiz aplicará medidas sancionatórias, e quais são elas? 
Admoestação verbal e multa. 
Art. 28. § 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos 
I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - 
admoestação verbal; II - multa. 
Vejamos: 
 
Destaca-se ainda que, não cabe a prisão cautelar para o usuário, isso porque não permite sequer 
de modo definitivo ao término da demanda processual. 
àNão cabe Prisão em Flagrante (2ª fase do flagrante). 
Por outro lado, para o traficante, todavia, o tratamento foi recrudescido – a pena mínima, por exemplo, 
foi aumentada. O tratamento dado ao traficante na nova Lei de Drogas era tão rigoroso que o Supremo 
Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade de algumas afirmações, as quais tinham por base a 
vedação em abstrato de determinados benefícios.Corroborando ao exposto, preleciona Roque; Távora e Alencar1: 
Dentre inúmeros pontos marcantes que podem ser apontados, no que se refere às distinções entre 
a atual Lei de Drogas e a legislação revogada, devemos enaltecer a substancial distinção levada 
a efeito, no que pertine ao tratamento conferido a usuários e traficantes. Na Lei nº 6.368/76, 
o crime de tráfico estava previsto no art. 12, e previa uma pena de “reclusão, de 3 (três) a 15 
(quinze) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa”. Por sua 
vez, a conduta do usuário estava contida no art. 16, cuja pena era de “detenção, de 6 (seis) meses 
a 2 (dois) anos, e pagamento de (vinte) a 50 (cinqüenta) dias-multa”. Na atual legislação, o crime 
do traficante está previsto no art. 33, cuja pena prevista é de “reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) 
anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa”. Por sua vez, o 
crime do usuário tem previsão no art. 28, e não há previsão para pena privativa de liberdade. De 
fato, para o usuário, a Lei nº 11.343/06 previu as seguintes penas: a) advertência sobre os efeitos 
 
1 Legislação Criminal para Concursos. 5ª edição, revista, atualizada e ampliada. Editora Juspodivm. 2020. 
Descumprimento AdmoestaçãoVerbal Multa
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
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das drogas; b) prestação de serviços à comunidade; c) medida educativa de comparecimento a 
programa ou curso educativo. 
 
 
 
2. Noções introdutórias 
A Lei de Drogas continua sendo muito alterada ao longo dos anos pelo fato de conter crimes comuns 
na sociedade, gerando bastante demanda processual e muita jurisprudência, proporcionando diversas 
alterações legislativas com novas conceituações em nosso Ordenamento Jurídico. 
O objeto material do crime é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa. Nesse sentido, 
o objeto material nos crimes da lei de drogas é a droga. Nessa perspectiva, proclama o art. 1º, parágrafo 
único da Lei nº 11.343/2006. 
Nesse sentido, iniciamos a nossa contextualização da legislação questionando: se o objeto material 
da lei de drogas é a drogas, qual a compreensão legal do termo drogas? 
- Candidato, o que se entende por droga? 
A Lei de Drogas não trouxe o conceito de seu tipo penal “Droga”, tornando-se, portanto, uma norma 
penal em branco, aquela que o preceito primário vem incompleto, precisando de uma complementação. 
Nessa esteira, a Lei n. 11.343/06 traz apenas em seu artigo 1º parágrafo único: 
 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos 
capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas 
atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. 
 
E então, como saberemos o que é droga para fins de tipificação dos crimes previstos na Lei n. 
11.343/2006? Para suprir essa ausência a definição de drogas para fins penais, a Portaria 344/98 da Secretária 
de Vigilância Sanitária – ANVISA, do Ministério da Saúde dispôs: 
 
Art. 1º Para os efeitos deste Regulamento Técnico e para a sua adequada aplicação, são 
adotadas as seguintes definições: 
 Droga - Substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária. 
 
 Nessa portaria são trazidos ainda em seu anexo, mais de 400 substâncias consideradas como 
substância entorpecente. Atente para o fato do termo droga não se referir apenas a maconha, cocaína, heroína, 
etc. 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Direito Administrativo – De 
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 Corroborando ao exposto, Roque; Távora e Alencar 2: 
Atualmente, o rol de substâncias prescritas encontra-se na portaria SVS/MS nº 344, de 12 de 
maio de 1998, que “aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos 
a controle especial”. A propósito, o art. 66 da Lei de Drogas, em comento, estabelece que: “para 
fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da 
lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, 
precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS no 344, de 12 de maio de 1998”. 
 
Uma vez identificado que se trata de uma norma penal em branco, aproveitamos para reforçarmos a 
sua definição. Vejamos! 
 
Relembrando! Normal penal em branco subdivide-se em: 
 
Norma penal em branco homogênea: a sanção vincula-se a um tipo que precisa ser complementado por 
uma mesma lei ou por uma outra lei – originadas da mesma instância legislativas. 
 
Complementação está contida na mesma lei (homovitelinas); remissão interna: remetem a outros 
dispositivos contidos na mesma lei. Código Penal com Código Penal. 
 
Complementação está contido em outra lei, mas de mesma instância legislativa (heterovitelinas) – 
remissão externa. Remetem a outra lei formal, mas de mesma instância legislativa. Lei que remete a outra 
Lei, Portaria que remete a outra Portaria, Decreto que remete a outro Decreto. 
 
Norma penal em branco heterogênea: Há fonte formal heteróloga, pois remetem a individualização 
(especificação) do preceito a regras cujo autor é um órgão distinto do poder legislativo, o qual realiza o 
preenchimento do branco por meio de sua individualização, p. exemplo, via ato administrativo. 
Exemplo: Lei 11.343/2006 que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – 
SISNAD. 
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1o desta Lei, até que seja atualizada a terminologia 
da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras 
 
2 LegislaçãoCriminal para Concursos. 5ª edição, revista, atualizada e ampliada. Editora Juspodivm. 2020. 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Direito Administrativo – De 
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e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS no 344, de 12 de maio de 1998. (Fixa as substâncias 
entorpecentes ou que determinam dependência física ou psíquica). 
 
 Candidato, os crimes da Lei de Drogas estão previstos em qual espécie de norma penal em branco? 
Excelência, os crimes da Lei de Drogas conforme se pode extrair da redação do parágrafo único do art. 1º da 
Lei nº 11.343/2006, tanto podem vim a serem complementados por uma Lei (e nesse caso, seria classificado 
nessa hipótese como uma norma penal em branco homogênea) como também por Ato Administrativo (e 
nesse caso a norma penal em branco é heterogênea), inobstante essa dupla possibilidade, atualmente em 
nosso ordenamento jurídico os crimes previstos na lei de drogas estão contidos em norma penal em branco 
heterogênea pois a norma que complementa a legislação vem descrita em ato administrativo da União. 
Assim, contemplamos que quem define conduta criminosa é a Lei, mas o complemento é dado pela Portaria 
da Anvisa (vai definir qual substância é droga) – a ANVISA é uma agência do Poder Executivo da União. 
 Dessa forma, por ser a fonte de complemento uma portaria, fala-se que a lei é uma norma penal em 
branco heterogênea. 
 Na Lei de Drogas, a norma penal em branco é heterogênea, isto porque o complemento é dado por 
ato infralegal – Portaria da ANVISA. 
 Vamos ESQUEMATIZAR? 
Normal Penal em Branco 
Heterogênea Homogênea 
Quando o complemento estiver definido em ato 
infralegal. 
Quando o complemento estiver definido em lei. 
(Divide-se em homóloga – mesma lei - ou heteróloga 
– lei distinta). 
 
 
O art. 2º da Lei 11.3434/06 segue afirmando: 
 
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, 
a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas 
drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que 
estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 
1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso. 
 
 Uma primeira ressalva a proibição, fica a cargo do caput deste artigo, fazendo menção a Convenção 
de Viena que trata da utilização de substrato de drogas para fins religiosos. (caso em que será necessário 
autorização judicial). 
 Vejamos: 
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Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos 
no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo 
predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas. 
 Mais duas ressalvas são feitas em casos de autorização para fins medicinais ou científicos, como trata 
o parágrafo único acima. Portanto, a proibição, exploração, plantio ou cultivo de drogas possuem três 
exceções: A religiosa, a científica e medicinal. 
 Vejamos as ressalvas: 
 
3. Sujeitos do Crime: ativo e passivo 
Em regra geral, os crimes da lei de drogas são crimes comuns ou gerais, que significa que podem ser 
praticados por quaisquer pessoas, não exigem qualidade especial do agente. Contudo, temos uma exceção 
prevista ao teor do art. 38 da Lei nº 11.343/2006, que é classificado como crime próprio ou especial (exige 
qualidade especial do agente), trata-se do crime de prescrição ou ministração culposa de drogas. Vejamos: 
 
 
Prescrição ou Ministração Culposa de Drogas 
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou 
fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 
(duzentos) dias-multa. 
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da categoria 
profissional a que pertença o agente. 
 
 
 No tocante ao verbo do tipo “prescrever”, entendimento já consolidado afirma ser crime próprio, pois 
se exige a qualidade especial do agente de “médico, dentista, farmacêutico ou profissional de enfermagem”. 
Apenas profissional da saúde é quem pode prescrever. 
Fins 
religiosos
Fins 
medicinais
Fins 
cientifícos
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No tocante ao sujeito passivo, é a coletividade. Oscrimes da lei de drogas são classificados como 
crimes vagos. Entende-se por crime vago aquele que tem como sujeito passivo um ente destituído de 
personalidade jurídica. 
 
4. Crimes de perigo abstrato 
Os crimes previstos na lei de drogas são crimes de perigo abstrato. A prática da conduta prevista em 
lei acarreta a presunção absoluta de perigo ao bem jurídico, não cabendo prova em contrário. Não obstante 
a regra, temos uma exceção. Trata-se do tipo penal do art. 39 da lei em comento. No crime do art. 39 da 
Lei de Drogas, há um crime de perigo concreto: não basta conduzir a embarcação sob o efeito da droga, é 
necessário que haja efetivamente a exposição da incolumidade de outrem a um perigo concreto, real, 
efetivo. 
 Os crimes de perigo abstrato são aqueles em que não são exigidos a colocação do bem jurídico em 
risco real e concreto tampouco a lesão do mesmo. Apenas retratam uma conduta que em si, sem apontar 
resultado específico como elemento expresso do injusto. Então para ser configurado tipo penal incriminador 
basta comportamento comissivo ou omissivo previsto no tipo penal3. 
5. Dos crimes e das penas 
 
5.1 Porte de drogas para o consumo pessoal 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
O sujeito ativo do delito do art. 28 é qualquer pessoa, o que significa que se trata de crime comum 
(aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa, não exige qualidade especial do agente). Conforme já 
destacamos acima, os crimes da lei de drogas, em regra, são crimes comuns. Contudo, no delito de tráfico 
(art. 33), na modalidade prescrever e ministrar, o delito é classificado como crime próprio (porque exige 
qualidade especial do agente). 
 
3 https://jus.com.br/artigos/73188/crime-de-perigo-abstrato 
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No tocante ao sujeito passivo, o direto/imediato ou eventual é a coletividade, já o indireto/mediato ou 
constante é o Estado. 
O bem jurídico que se pretende tutelar, in casu, é a saúde pública. Trata-se de crime contra a saúde 
pública. O objeto material, por sua vez, é a pessoa ou coisa sobre qual a pessoa ou coisa. No delito do art. 
28, da Lei 11.343, o objeto material é a droga. 
Quais são as condutas criminalizadas pelo art. 28? Trata-se de tipo penal misto alternativo4, 
contemplando cinco verbos, se consumando com a realização de qualquer dos verbos. 
• Adquirir; 
• Guardar; 
• Trazer Consigo; 
• Ter em depósito; 
• Transportar. 
 
Vamos ESQUEMATIZAR? 
ADQUIRIR GUARDAR TER EM 
DEPÓSITO 
TRANSPORTAR TER EM 
DEPÓSITO 
“Adquirir”: traduz a 
ideia de obter, 
conseguir. Trata-se da 
obtenção da posse ou 
propriedade da droga, 
seja a título oneroso 
ou gratuito. Nesta 
modalidade de 
conduta, o crime é 
instantâneo, isto é, 
ocorre a consumação 
de forma imediata, 
com a simples 
aquisição da droga. 
 
“Guardar”: traduz a 
ideia de acondicionar, 
conservar, ocultar, 
proteger, tomar conta, 
ter sob vigilância, em 
geral de forma 
clandestina. Nesta 
modalidade de 
conduta, o crime é 
permanente, isto é, a 
ação do agente se 
protrai no tempo. 
 
“Ter” (em depósito): 
traduz a ideia de 
manter armazenado, 
conservar em 
determinado local. No 
geral, também há a 
ideia de 
clandestinidade, 
ocultação, muito 
embora não seja 
imprescindível, pois o 
depósito pode, em 
certos casos, ser 
exposto ao público. 
Nesta modalidade de 
conduta, o crime é 
permanente. 
“Transportar”: traduz a 
ideia de deslocar a 
droga, levando-a de um 
local para outro. Para a 
caracterização do 
crime, pouco importa 
qual é a forma de 
transporte da droga. 
Contudo, em geral, 
diferencia-se da quinta 
conduta (“trazer 
consigo”) pelo fato de 
que, nessa última, a 
droga é conduzida junto 
ao corpo do agente, ao 
passo que, no 
transporte, ela está, por 
exemplo, 
acondicionada no 
veículo automotor. 
Nesta modalidade de 
conduta, o crime é 
permanente. 
“Trazer” consigo: 
traduz a ideia de 
transportar a droga 
junto ao corpo, ou em 
compartimento que é 
carregado pelo próprio 
agente (ex.: bolsa, 
mochila, etc.). Nesta 
modalidade de 
conduta, o crime é 
permanente. 
 
 Os conceitos acima foram extraídos da obra Legislação Criminal para Concursos (2020). Editora Juspodivm. 
 
4 Nas lições do prof. Márcio Cavalcante (Dizer o Direito), o tipo penal misto alternativo é aquele em que o legislador descreveu 
duas ou mais condutas (verbos). Se o sujeito praticar mais de um verbo, no mesmo contexto fático e contra o mesmo objeto 
material, responderá por um único crime, não havendo concurso de crimes nesse caso. 
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Candidato, é possível pensar em tentativa em relação a esses crimes? É muito difícil falar em tentativa 
nesses casos; em tese, é admissível, mas é difícil pensar em uma situação prática de tentativa. A doutrina 
ressalta que é possível tentar adquirir a droga. A dificuldade da tentativa decorre do fato de que mesmo que 
praticado na forma tentada, é provável que já seja consumada em um dos outros verbos do tipo. 
A Lei não menciona o verbo usar, mas menciona verbos que teoricamente incidem na prévia prática 
do consumo. 
Corroborando ao exposto, Roque; Távora e Alencar 5: 
O art. 28 da Lei de Drogas trata das condutas a serem praticadas pelo usuário. A primeira 
anotação que devemos fazer é, justamente, no sentido de que a Lei não criminaliza o consumo 
em si, mas sim condutas relacionadas à pretensão de consumir a droga. Basta perceber que dentreos núcleos do tipo não se encontra o verbo “consumir”. De todo modo, inconcebível que o 
usuário consiga fazer uso da droga sem que realize pelo menos um dos núcleos do tipo – 
“adquirir”, “guardar”, “ter” (em depósito), “transportar” ou “trazer” consigo. 
Candidato, porque a conduta descrita no art. 28 é considerada crime, tendo em vista que somos 
regidos pelo princípio da alteridade? 
O princípio da alteridade basicamente significa dizer que aquele indivíduo que causa lesão a si 
próprio, esta lesão não será punida. No entanto, o sujeito passivo da Lei de drogas é a saúde pública, desta 
forma, não interessa apenas o usuário de drogas, o interesse principal é de que a saúde pública seja 
preservada, caso contrário, a coletividade é diretamente prejudicada com situações de marginalidade, 
problemas de overdose, problemas com a sobrecarga do sistema de saúde. 
 
5.1.1 Figura Equiparada 
Art. 28 § 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva 
ou colher plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto 
capaz de causar dependência física ou psíquica. 
 Este parágrafo traz as condutas equiparadas ao crime do caput, semear cultivar ou colher. E quais são 
as condutas? 
• Semeia; 
 
5 Legislação Criminal para Concursos. 5ª edição, revista, atualizada e ampliada. Editora Juspodivm. 2020. 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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• Cultiva; 
• Colhe. 
... plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar 
dependência física ou psíquica. 
 
O dispositivo refere-se ao local em que o agente planta uma pequena quantidade de substância ou 
produto capaz de causar dependência física ou psíquica para seu consumo pessoal (Exemplo: plantar um pé 
de maconha em um vaso na varanda do apartamento). 
 
Obs.1: A plantação deve ser com a finalidade específica de consumo pessoal; 
Obs.2: A prática de alguma das condutas já caracteriza o delito, pois trata-se de tipo penal misto 
alternativo. 
Obs.3: Deve ser planta destinada a pequena quantidade. A lei expressamente tratou “pequena 
quantidade”. 
 
 
5.1.2 Punições 
 
Na atual lei de drogas, o usuário não pode mais ser preso. A descarcerização do usuário é um grande 
benefício trazido pela nova Lei (Art. 28, Lei nº 11.343/2006). Não há mais incidência para o usuário pena 
privativa de liberdade! 
E quais são as penas aplicadas ao usuário? Com relação a punição o Art. 28 ainda disciplina em seus 
incisos que: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
 
 O STF se manifestou acerca da tese da “descriminalização” deste artigo, e para a Corte há uma 
despenalização, o legislador manteve a natureza da infração, continua sendo uma infração penal. Tornando-
se um crime de ínfimo menor potencial ofensivo. 
 Penas NÃO privativas de liberdade: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviço 
à comunidade e medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo, preferencialmente 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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sobre questões de drogas. Quanto ao prazo, este será de 5 meses se for primário e 10 meses se for reincidente, 
no caso da reincidência o STJ se pronunciou no RESP 1.771.304-ES, e entendeu que se tratava de uma 
reincidência especifica no uso de drogas. 
 Vale ressaltar que de acordo com o Art. 27, é possível aplicar cumulativamente duas ou três penas: 
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, 
bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor. 
 Candidato, condução coercitiva após o descumprimento de um Termo Circunstanciado, para 
comparecimento ao juiz e aplicação de uma advertência por exemplo, é permitida no porte de drogas 
para consumo pessoal? Sim. No entanto vale lembrar que na lei de abuso de autoridade e em julgados do 
STF, o entendimento é de que não se pode conduzir o réu coercitivamente para presença do juiz com fins de 
interrogatório, baseado no princípio da presunção de inocência, e não o princípio de não fazer prova contra 
si mesmo. No caso do portador de drogas para uso pessoal, não há o princípio da presunção de inocência 
tendo em vista que já está condenado a uma pena de advertência. Portanto de acordo com o Enunciado do 
FONAJE (Fórum Nacional dos Juizados Especiais), em caso de ausência injustificada do usuário de drogas 
à audiência de aplicação de pena de advertência, ele poderá ser conduzido coercitivamente. 
A prestação de serviços preferencialmente será na prevenção do consumo ou recuperação de 
usuários e dependentes de drogas, possuindo duas características: A não substitutividade e não 
conversibilidade. Essa pena é autônoma, não substitui nenhuma outra pena, como a pena restritiva de direito 
substitui a pena restritiva de liberdade, bem como uma vez descumprida a pena imposta, esta não será 
convertida em prisão. Sendo assim essas as principais diferenças com as penas restritivas de direitos, a não 
substitutividade e a não conversibilidade. 
Em caso de descumprimento, o juiz aplicará medidas sancionatórias, e quais são elas? Admoestação 
verbal e multa. Destaca-se ainda que, não cabe a prisão cautelar para o usuário, isso porque não permite 
sequer de modo definitivo ao término da demanda processual. Não cabe Prisão em Flagrante (2ª fase do 
flagrante). 
Cuidado, muita atenção aqui, a admoestação verbal e a multa não são penas do Art. 28! Isso é efeito 
extrapenal, com intuitode coagir as devidas penas: advertência, prestação de serviço à comunidade e 
frequência em curso educativo. 
Candidato, pode-se de imediato aplicar a multa em caso de descumprimento de prestação de 
serviço ou frequência em curso educativo? Não. O entendimento pacifico é de que essas medidas 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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coercitivas (admoestação verbal, multa) para garantia do cumprimento das penas do art. 28 são sucessivas. 
Primeiro deve-se admoestar e depois aplicar a multa, não pode ser simultaneamente. 
Candidato, imagine que o usuário foi admoestado, posteriormente aplicado a multa coercitiva 
e mesmo assim não surte efeito no tocante ao cumprimento da pena, chegando ao falecimento deste 
indivíduo, a multa anteriormente arbitrada pode ser cobrada corrigida dos herdeiros? Sim. Não se 
utiliza aqui o princípio da intranscendência da pena, tendo em vista que tanto a admoestação verbal como 
essa multa NÃO SÃO PENAS, são efeitos extrapenais para efeito de coerção ao cumprimento das penas. 
Portanto, os herdeiros responderão na medida do espólio deixado pelo de cujus todas as multas que foram 
arbitradas (a Lei não define até quantas podem ser aplicadas). 
Observação. O Art. 28 gerava reincidência para outros crimes, contudo houve uma mudança de 
entendimento do STJ tendo em vista que, se na lei de contravenções penais que possui uma pena de prisão 
simples não gera reincidência, não tem lógica um crime como o do art. 28 que tem uma pena apenas de 
“advertência”, “prestação de serviços” e “medida educativa” gerar reincidência. Lembrando que a lei de 
contravenções penais informa que se houver uma contravenção penal e a prática de um crime posterior essa 
contravenção não gera reincidência, apenas caso seja uma contravenção e outra contravenção, neste caso 
gera reincidência, bem como na prática de um crime e uma contravenção posterior irá gerar reincidência. 
Nesse sentido, vejamos: 
A condenação pelo art. 28 da Lei 11.343/2006 (porte de droga para uso próprio) NÃO configura 
reincidência: O porte de droga para consumo próprio, previsto no art. 28 da Lei nº 11.343/2006, possui 
natureza jurídica de crime. O porte de droga para consumo próprio foi somente despenalizado pela Lei nº 
11.343/2006, mas não descriminalizado. Obs: despenalizar é a medida que tem por objetivo afastar a pena 
como tradicionalmente conhecemos, em especial a privativa de liberdade. Descriminalizar significa deixar de 
considerar uma conduta como crime. Mesmo sendo crime, o STJ entende que a condenação anterior pelo art. 
28 da Lei nº 11.343/2006 (porte de droga para uso próprio) NÃO configura reincidência. Argumento principal: 
se a contravenção penal, que é punível com pena de prisão simples, não configura reincidência, mostra-se 
desproporcional utilizar o art. 28 da LD para fins de reincidência, considerando que este delito é punido apenas 
com “advertência”, “prestação de serviços à comunidade” e “medida educativa”, ou, seja, sanções menos 
graves e nas quais não há qualquer possibilidade de conversão em pena privativa de liberdade pelo 
descumprimento. Há de se considerar, ainda, que a própria constitucionalidade do art. 28 da LD está sendo 
fortemente questionada. STJ. 5ª Turma. HC 453437/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 
04/10/2018. STJ. 5ª Turma. AgRg-AREsp 1.366.654/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 13/12/2018. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1672654/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 21/08/2018 (Info 
632). 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Sobre o delito do art. 28 e a reincidência, vale a pena conferirmos o teor do Info 662 do STJ: 
A reincidência de que trata o § 4º do art. 28 da Lei nº 11.343/2006 é a específica: O art. 28 da Lei nº 
11.343/2006 prevê o crime de porte de drogas para consumo pessoal. Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver 
em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos 
das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou 
curso educativo. Em regra, as penas dos incisos II e III só podem ser aplicadas pelo prazo máximo de 5 meses. 
O § 4º prevê que: “em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão 
aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.” A reincidência de que trata o § 4º é a reincidência específica. 
Assim, se um indivíduo já condenado definitivamente por roubo, pratica o crime do art. 28, ele não se enquadra 
no § 4º. Isso porque se trata de reincidente genérico. O § 4º ao falar de reincidente, está se referindo ao crime 
do caput do art. 28. STJ. 6ª Turma. REsp 1771304-ES, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 10/12/2019 (Info 
662). 
 
5.1.3 Competência 
Como já citado anteriormente, o crime previsto no Art. 28 da Lei 11.343/06 é um crime de ínfimo 
potencial ofensivo, portanto a competência para julgar é do Juizado Especial Criminal, na Justiça Estadual. 
O processo e julgamento do crime do art. 28 segue o procedimento sumaríssimo. É crime de 
competência do Juizado Especial Criminal. 
Assim, temos que o art. 28 da Lei de Drogas é infração de menor potencial ofensivo. Seu processo e 
julgamento seguem o rito sumaríssimo (arts. 60 e seguintes da Lei 9.099/1995). 
Corroborando ao exposto, Victor Eduardo Rios Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior (2016):6 
O procedimento em relação a qualquer das condutas previstas no art. 28, salvo se houver 
concurso com crime maisgrave, é aquele descrito nos arts. 60 e seguintes da Lei n. 9.099/95, 
sendo, assim, de competência do Juizado Especial Criminal. Dessa forma, a quem for flagrado 
na prática de infração penal dessa natureza não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor 
do fato ser imediatamente encaminhado ao juizado competente, ou, na falta deste, assumir o 
compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando a 
autoridade policial as requisições dos exames e perícias necessários. Concluída a lavratura do 
 
6 Gonçalves, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial / Victor Eduardo Rios Gonçalves, José Paulo Baltazar Junior; 
coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016. – (Coleção esquematizado®) 1. Direito penal - Legislação - Brasil 
I. Baltazar Junior, José Paulo. II. Título. III. Série. CDU-343.3/.7(81)(094.56). 
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termo circunstanciado, o agente será submetido a exame de corpo de delito se o requerer, ou se 
a autoridade policial entender conveniente, e, em seguida, será liberado. 
 
5.1.4 Princípio da Insignificância 
É majoritário o posicionamento de que o princípio da insignificância não é aplicado ao Art. 28, 
tendo em vista que já é em sua essência um crime de ínfimo potencial ofensivo, baixa ofensividade, possui 
um teor de insignificância. Muito embora exista jurisprudência permitindo sua aplicação. 
Nesse sentido, vejamos o Informativo do STJ. 
INFORMATIVO 541, STJ. 
LEI DE DROGAS: Não se aplica o princípio da insignificância para a 
posse/porte de droga. 
Não se aplica o princípio da insignificância para o crime de posse/porte de 
droga para consumo pessoal (art. 28 da Lei nº 11.343/2006). Para a 
jurisprudência, não é possível afastar a tipicidade material do porte de substância 
entorpecente para consumo próprio com base no princípio da insignificância, 
ainda que ínfima a quantidade de droga apreendida. STJ. 6ª Turma. RHC 35.920-
DF, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/5/2014 (Info 541). 
 
Atenção! Porte de Droga para Consumo Pessoal x Princípio da Insignificância! 
Se a pessoa for encontrada com alguns poucos gramas de droga para consumo próprio, é possível 
aplicar o princípio da insignificância? 
àSTJ: não é possível aplicar o princípio da insignificância 
A jurisprudência de ambas as turmas do STJ firmou entendimento de que o crime de posse de drogas 
para consumo pessoal (art. 28 da Lei n° 11-343/06) é de perigo presumido ou abstrato e a pequena 
quantidade de droga faz parte da própria essência do delito em questão, não lhe sendo aplicável o 
princípio da insignificância (STJ. 6• Turma. RHC 35-920-DF, Rei. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 
2o/5f2014.lnfo 541) . 
àSTF: possui um precedente isolado, da 1ª Turma, aplicando o princípio: HC 110475, Rei. Min. 
Dias Toffoli,julgado em 14/02/2012. 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Obs.: se esse tema for cobrado em prova, você deverá responder que NÃO é possível a aplicação do 
princípio, uma vez que o referido precedente da 1ª Turma do STF não formou jurisprudência. 
Assim: 
STF STJ 
Em regra, não admite. Admitiu de forma 
excepcional. 
Não admite. 
STF: “Ao aplicar o princípio da insignificância, a 1ª 
Turma concedeu habeas corpus para trancar 
procedimento penal instaurado contra o réu e 
invalidar todos os atos processuais, desde a 
denúncia até a condenação, por ausência de 
tipicidade material da conduta imputada. No caso, o 
paciente fora condenado, com fulcro no art. 28, 
caput, da Lei 11.343/2006, à pena de 3 meses e 15 
dias de prestação de serviços à comunidade por 
portar 0,6 g de maconha” (HC 110.475/SC, rel. Min. 
Dias Toffoli, 1ª Turma, j. 14.02.2012, noticiado no 
Informativo 655). 
STJ: “Não é possível afastar a tipicidade material do 
porte de substância entorpecente para consumo 
próprio com base no princípio da insignificância, 
ainda que ínfima a quantidade de droga apreendida” 
(RHC 35.920/DF, rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, 
6ª Turma, j. 20.05.2014, noticiado no Informativo 
541). 
 
 
5.1.5 Habeas Corpus 
Não é possível a impetração de habeas corpus em face da conduta delitiva do art. 28, posto que esse 
crime não oferece nenhum risco ou ameaça à liberdade de locomoção, tendo em vista que a pena não é 
privativa de liberdade. 
5.1.6 Critérios para determinação do consumo 
Na continuidade do artigo, temos parágrafo 2º: 
Art. 28 § 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à 
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se 
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos 
antecedentes do agente. 
 O juiz, portanto, irá verificar a quantidade de droga, as circunstâncias de forma geral, a condição 
financeira do usuário e seus antecedentes por exemplo. 
5.1.7 Prescrição penal 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciadopara: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no 
tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. 
 
Dispõe o art. 30, da Lei 11.343 que prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, 
observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. 
Para o delito do art. 28, da Lei nº 11.343/2006 a prescrição é de 2 anos. Esse prazo é aplicável tanto 
à prescrição da pretensão punitiva como também à prescrição da pretensão executória. 
O presente dispositivo (art. 30) foi objeto de cobrança na prova de Delegado do Estado do Pará. 
Prescrevem, portanto, a prescrição a pretensão punitiva, bem como a prescrição da pretensão 
executória. Uma das menores prescrições existentes no nosso ordenamento jurídico. Todas as regras dos arts. 
107 e seguintes serão aplicadas ao crime do art. 28. Exemplo: Um indivíduo de 19 anos foi preso usando 
drogas, a prescrição desse crime será de 1 ano, vide art. 115. CP; 
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo 
do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. 
 
5.2 Tráfico de drogas 
Na lei de drogas o termo tráfico de drogas do crime é dado pela doutrina, não existe na legislação 
propriamente o crime de “tráfico de drogas”. 
 Observação. Cumpre destacar de imediato, que os crimes previstos nos Arts. 33 caput e §1º, 
Art. 34, Art. 36 e Art. 37 são o chamado TRÁFICO DE DROGAS. 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à 
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, 
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil 
e quinhentos) dias-multa. 
 O art. 33, caput, contempla 18 núcleos. Trata-se de tipo misto alternativo, também denominado de 
crime de ação múltipla ou de conteúdo variado. Se o agente praticar duas ou mais condutas contra o mesmo 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: hugo - CPF: 143.065.677-88Licenciado para: vitor - CPF: 085.378.047-11Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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objeto material (mesma droga), ele responderá por um único crime. Contudo, se as condutas forem 
praticadas contra drogas diversas, estará caracterizado o concurso de crimes. 
 E quais são as condutas criminalizadas? 
• Importar; 
• Exportar; 
• Remeter; 
• Preparar; 
• Produzir; 
• Fabricar; 
• Adquirir; 
• Vender; 
• Expor à venda; 
• Oferecer; 
• Ter em depósito; 
• Transportar; 
• Trazer consigo; 
• Guardar; 
• Prescrever; 
• Ministrar; 
• Entregar a consumo ou 
• Fornecer drogas 
 Sobre a definição de cada conduta, descreve Victor Eduardo Rios Gonçalves e José Paulo Baltazar 
Junior (2016):7 
Importar consiste em fazer entrar o entorpecente no País, por via aérea, marítima ou por terra. 
O crime pode ser praticado até pelo correio. O delito consuma-se no momento em que a droga 
entra no território nacional. Pelo princípio da especialidade, aplica-se a Lei de Drogas, e não o 
art. 334 do Código Penal (contrabando ou descaminho), delito que, dessa forma, só pune a 
importação de outros produtos proibidos. 
Exportar é enviar o entorpecente para outro país por qualquer dos meios mencionados. 
Remeter é deslocar a droga de um local para outro do território nacional. 
Preparar consiste em combinar substâncias não entorpecentes, formando uma tóxica pronta 
para o uso. 
 
7 Gonçalves, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial / Victor Eduardo Rios Gonçalves, José Paulo Baltazar Junior; 
coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016. – (Coleção esquematizado®) 1. Direito penal - Legislação - Brasil 
I. Baltazar Junior, José Paulo. II. Título. III. Série. CDU-343.3/.7(81)(094.56). 
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Produzir é criar. É a preparação com capacidade criativa, ou seja, que não consista apenas em 
misturar outras substâncias. 
Fabricação é a produção por meio industrial. 
Adquirir é comprar, obter a propriedade, a título oneroso ou gratuito. Só configura o crime de 
tráfico se a pessoa adquire com intenção de, posteriormente, entregar a consumo de outrem. 
Quem compra droga para uso próprio incide na conduta prevista no art. 28 — porte de droga 
para consumo próprio, que possui pena muito mais branda. 
Vender é alienar mediante contraprestação em dinheiro ou outro valor econômico. 
Expor à venda consiste em exibir a mercadoria aos interessados na aquisição. 
Oferecer significa abordar eventuais compradores e fazê-los saber que possui a droga para 
venda. 
O significado das condutas “guardar” e “ter em depósito” é objeto de controvérsia na doutrina. 
Com efeito, Nélson Hungria entende que “ter em depósito” é reter a droga que lhe pertence, 
enquanto “guardar” é reter a droga pertencente a terceiro. É esse também o entendimento de 
Fernando Capez. Para Vicente Greco Filho, ambas as condutas implicam retenção da substância 
entorpecente, mas a figura “ter em depósito”sugere provisoriedade e possibilidade de 
deslocamento rápido da droga de um local para outro, enquanto “guardar” tem um sentido, pura 
e simplesmente, de ocultação. 
Transportar significa conduzir de um local para outro em um meio de transporte e, assim, difere 
da conduta “remeter” porque, nesta, não há utilização de meio de transporte viário. Enviar droga 
por correio, portanto, constitui “remessa”, exceto se for entre dois países, quando consistirá em 
“importação” ou “exportação”. Por outro lado, o motorista de um caminhão que leva a droga de 
Campo Grande para São Paulo está “transportando” a mercadoria entorpecente. 
Trazer consigo é conduzir pessoalmente a droga. É, provavelmente, a conduta mais comum, 
porque se configura quando o agente, por exemplo, traz o entorpecente em seu bolso ou bolsa. 
Prescrever, evidentemente, é sinônimo de receitar. Por essa razão, a doutrina costuma 
mencionar que se trata de crime próprio, pois só médicos e dentistas podem receitar 
medicamentos. Lembre-se de que há substâncias entorpecentes que podem ser vendidas em 
farmácias, desde que haja prescrição médica. Porém, se o médico, intencionalmente, prescreve 
o entorpecente, apenas para facilitar o acesso à droga, responde por tráfico. O crime consuma-se 
no momento em que a receita é entregue ao destinatário. Se alguém, que não é médico ou 
dentista, falsifica uma receita e consegue comprar a droga, responde por tráfico na modalidade 
“adquirir” com intuito de venda posterior. A prescrição culposa de entorpecente (em dose maior 
que a necessária ou em hipótese em que não é recomendável o seu emprego) caracteriza crime 
específico, previsto no art. 38 da Lei de Drogas. 
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Ministrar é aplicar, inocular, introduzir a substância entorpecente no organismo da vítima — 
quer via oral, quer injetável. Exemplo: um farmacêutico injeta drogas em determinada pessoa 
sem existir prescrição médica para tanto. 
Fornecer é sinônimo de proporcionar. O fornecimento pressupõe intenção de entrega continuada 
do tóxico ao comprador e, por tal razão, difere das condutas “vender” ou simplesmente 
“entregar”. O fornecimento e a entrega, ainda que gratuitos, tipificam o crime. 
Se o indivíduo pratica alguma dessas condutas descritas pelos verbos supracitados, mesmo que 
gratuitamente incorre neste crime, ou seja, não é necessário para a configuração do delito que tenha relação 
financeira. 
No tocante aos sujeitos do crime, trata-se de crime comum ou geral: pode ser praticado por qualquer 
pessoa. A maior parte das condutas previstas no tipo penal do art. 33 da Lei de Drogas são caracterizadas 
como crime comum, ou seja, não exigem qualidade especial do agente. Todavia, no tocante as condutas 
prescrever e ministrar é crime próprio. É considerada crime próprio porque só quem pode prescrever é 
profissional da área de saúde. Por outro lado, referente a conduta ministrar (aplicar a droga) existe 
divergência, pois parte dos defensores argumentam que a aplicação (ministrar) pode ser feita por qualquer 
pessoa. 
O tipo penal do art. 33 da Lei de Drogas possui um elemento normativo que merece a nossa atenção, 
qual seja, “sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar”. Desse modo, para 
a configuração do delito em comento é necessário que a conduta seja praticada sem autorização ou ainda em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar. O tráfico só restará configurado se a conduta for 
praticada sem autorização legal. 
Candidato, é possível o comércio lícito de drogas? É possível sim excelência, pois só existe o crime 
se a conduta é realizada “sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar”. 
Exemplo: venda de remédio com receita controlada, pois contém o princípio ativo de alguma droga. 
 O parágrafo 1º traz mais verbos com todas as condutas equiparadas: 
 § 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, 
tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto 
químico destinado à preparação de drogas; 
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 Essa substância é qualquer que seja extraída de entorpecente de droga, não precisa ser o tóxico, desde 
que seja idônea a preparação do dispositivo. A observação deste inciso vai para a importação de semente de 
maconha, esta não configura crime de tráfico. No julgado de 11 de setembro de 2018, Gilmar Mendes afirma 
que: “...a matéria-prima ou insumo devem ter condições e qualidades químicas para, mediante transformação 
ou adição, por exemplo, produzirem a droga ilícita, o que não é o caso das sementes da planta Cannabis 
sativa, que não possuem a substância psicoativa (THC) ”. STF, 2º turma HC 144161 SP, Rel. Min. Gilmar 
Mendes (info 915). Em resumo quando não tiver THC, não haverá crime de tráfico. 
 Outro ponto em destaque é acerca da importação de pequenas quantidades de sementes de 
maconha. A 5º turma do STJ entende que SIM, a importação clandestina de sementes de Cannabis sativa 
configura o tipo penal descrito no art. 33, §1º, I, da Lei 11.343/2006, não sendo possível aplicar o princípio 
da insignificância (REsp 1723739/SP). Enquanto que a 6º turma entende que NÃO, tratando-se de 
pequena quantidade de sementes e inexistindo expressa previsão normativa que criminaliza entre as condutas 
do art. 28 da lei de Drogas, a importação de pequena quantidade de matéria prima ou insumo destinadoà 
preparação de droga para consumo pessoal, forçoso reconhecer a atipicidade do fato (REsp 1616707/CE). 
Em suma esse é o entendimento majoritário tanto o STF quanto a 6º turma do STJ entendem não 
configurar crime de tráfico a importação da semente da Cannabis sativa. 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
 Para caracterização desse crime, pouco importa o princípio ativo, diferente da semente abordada no 
inciso anterior, na medida em que a Lei de Drogas só exige que elas sejam destinadas a preparação da droga. 
Portanto, a planta não precisa do princípio ativo. Enquanto a semente, o STF entende que necessita do 
princípio ativo. 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, 
guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de 
drogas. 
 Essa propriedade não necessariamente precisa ter noção de posse, pode apenas ser sob administração 
ou vigilância. Terá também de ser a propriedade cedida para fins de tráfico e não de consumo pessoal. 
Ressalta-se que sendo o imóvel para fins de associação, sem as figuras do tráfico não á crime tipificado neste 
inciso, ou seja, se o imóvel é usado para reuniões de traficantes, mas lá dentro não existe nenhuma das 
condutas do tráfico, este crime não existirá. 
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Assim, no caso do inc. III, o agente empresta o carro, a casa para o tráfico de drogas. Esse local pode 
ser imóvel (terreno, casa, apartamento) ou móvel (carro, avião). O crime é doloso, ou seja, somente estará 
caracterizado quando o proprietário/possuidor do local conhece a natureza da substância. 
Na sequência, temos uma novidade acrescida pelo Pacote Anticrime. 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis 
de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019). 
 Trata-se de novidade trazido pelo Pacote Anticrime (PAC): agente disfarçado. Até o advento do PAC, 
a conduta do agente se disfarçar para poder comprar a droga não poderia acontecer porque configuraria um 
crime impossível, agora quem vender ou entregar ainda que por agente disfarçado a droga, vai responder por 
crime de tráfico. Lembrando que não pode faltar elementos probatórios razoáveis de conduta criminal 
preexistentes, uma câmera que a polícia civil já tinha filmando e então o policial disfarçado vai e comprova 
por exemplo. 
Observação¹. Presente o elemento da conduta criminal preexistente, a venda ou a entrega ao agente policial 
disfarçado ensejará o flagrante nos termos do art. 33, §1º, IV da Lei 11.343/06. 
Observação². Ausente o elemento de conduta criminal preexistente, mas o criminoso prontamente entrega a 
droga pedida pelo policial disfarçado, só será viável o flagrante nas modalidades de “ter em depósito, 
transportar, trazer consigo ou guardar e a tipificação ficará no art. 33 caput, da Lei 11.343/06. 
Observação³. Ausente o elemento da conduta criminal preexistente, e o agente policial disfarçado solicita a 
droga ao traficante e este vai buscá-la em outra localidade, a prisão em flagrante será considerada, 
inevitavelmente, ilegal, nos termos da Súmula 145 do STF. Tendo em vista que não trazia consigo, não 
guardava, etc. o policial provoca ele a ir a outro lugar. 
Súmula 145 STF. Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível 
a sua consumação. 
 
Nessa linha, corroborando ao exposto, William Garcez e Davi André Costa e Silva 8(2020): 
 
8 https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2020/04/08/figura-policial-disfarcado-e-mitigacao-flagrante-preparado/ 
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Diante desse novo cenário jurídico, entendemos que, em outras palavras, a lei deixa claro que a 
venda e entrega de droga a agente policial disfarçado não configuram o flagrante preparado, 
desde que presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
Repare-se que a lei traz um elemento normativo condicionador, o qual funciona como um 
requisito para a configuração típica. O flagrante só será válido quando presentes elementos 
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. Se, diversamente, não houver prova de 
conduta criminal preexistente e o policial disfarçado receber a droga do traficante, a prisão em 
flagrante se dará com base no art. 33, caput, da Lei 11.343/06, e somente nos verbos 
configuradores de crime permanente (ter em depósito, transportar, trazer consigo ou guardar) se 
presentes no cenário fático. 
Assim, três situações podem ocorrer: a) Presente o elemento da conduta criminal preexistente, a 
venda ou a entrega ao agente policial disfarçado ensejará o flagrante nos termos do art. 33, §1°, 
IV, da Lei 11.343/06; b) Ausente o elemento de conduta criminal preexistente, mas o criminoso 
prontamente entrega a droga pedida pelo policial disfarçado, só será viável o flagrante nas 
modalidades de ter em depósito, transportar, trazer consigo ou guardar e a tipificação ficará no 
art. 33, caput, da Lei 11.343/06; c) Ausente o elemento de conduta criminal preexistente, o agente 
policial disfarçado solicita droga ao traficante e este vai buscá-la

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