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Tendinopatias: Causas e Tratamentos

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Fernanda Budiski Bueno 
 Tendinopatias 
Tendões: faixas de tecido conjuntivo denso 
modelado, que unem os músculos aos ossos. 
Tendinopatias: espectro de alterações, que 
ocorrem em tendões danificados ou doentes, 
levando a dor e função reduzida. 
 
Contabiliza mais da metade da lesões esportivas 
por overuse. População geral entre 18-65 anos. 
MMSS: manguito rotador e cotovelo 
MMII: fáscia plantar, tendão de Aquiles, patelar, 
do glúteo e do tibial posterior. 
Fisiopatologia: multifatorial. Se inicia com uma 
sobrecarga repetitiva no tendão, que leva a lesão 
das fibrilas de colágeno. 
↳ Devido ao baixo suprimento sanguíneo nessas 
estruturas, possui baixa cicatrização, levando ao 
acúmulo de dano na matriz. 
Manifestações clínicas 
Dor, rigidez matinal ou após longos períodos 
parados, rigidez, dor a palpação, testes positivos. 
O diagnóstico clínico não exige exame de imagem 
- No entanto, podem ser utilizados como forma 
de descartar outras patologias 
- No ultrassom pode-se perceber espessamento 
tendinoso, perda de organização e alinhamento 
do colágeno e neovascularização. 
Alterações estruturais nem sempre vão estar 
acompanhadas de sintomas! Mas continuam 
sendo fortes fatores de risco aos sintomas. 
A recuperação pode levar de 6-12 meses ou mais, 
com períodos de recuperação mais curtos em 
casos menos severos. 
Tratamento: objetiva reduzir a dor, melhorar a 
função e reparar o tecido lesionado. 
Tendinopatia do manguito rotador 
Manguito rotador: subescapular, supraespinhal, 
infraespinhal e redondo menor. 
Dor e fraqueza, mais comumente em rotação 
externa e elevação do ombro. 
Estima-se 65-70% das queixas de dor no ombro. 
Comum em atletas e trabalhadores que fazem 
muito movimentos “overhead”. 
Pode levar a significativas limitações funcionais e 
alterações cognitivas. 
Epicondilite lateral (cotovelo de tenista) 
Acomete a origem dos músculos extensores do 
punho e dos dedos, no epicôndilo lateral. 
Pode acometer 1 a 3% da população mundial. 
Frequente em atletas que utilizam raquete, 
trabalhadores em linhas de produção. 
Sexo feminino. Principalmente 40-49 anos. 
 
Dor na região do epicôndilo lateral exacerbada 
por movimentos de extensão, supinação e 
preensão palmar. 
Podem apresentar pontos dolorosos na região 
dos extensores, diminuição da força na preensão 
palmar e funcional. 
Epicondilite medial (cotovelo de golfista) 
Acomete principalmente o flexor superficial dos 
dedos e pronador redondo, no epicôndilo medial 
Comum, mas menos frequente que a lateral. 
Mais frequente no lado do braço dominante. 
 
Frequente em atletas (arremessadores e golfistas) 
além de sobrecarga ocupacional. 
Quadro clínico semelhante a epicondilite lateral. 
Diminuição da força de preensão palmar e da 
funcionalidade, dor na pronação e flexão de 
punho resistidas e parestesia do nervo ulnar. 
 
Fernanda Budiski Bueno 
Tenossinovite de Quervain 
Acomete o primeiro compartimento extensor 
(tendão abdutor longo e extensor curto do polegar). 
Tendinopatia mais comum na região do punho. 
Principalmente em mulheres, entre 35-55 anos. 
Dor na região radial do punho, no estiloide radial 
(além de edema ou proeminência), a dor pode 
irradiar para o polegar ou antebraço. 
→ Piora com movimentos do polegar. 
Diagnóstico: teste de Finkelstein é positivo. 
Dedo em gatilho 
Encarceramento (bloqueio) do tendão na sua 
passagem pelo túnel osteofibroso, que possui 
espessamento da bainha sinovial. 
 
O tendão flexor superficial dos dedos é o mais 
afetado, juntamente com o polegar e o quarto 
dedo. Principalmente mulheres adultas. 
Lentidão e dificuldade para realizar extensão, 
que pode progredir para queixas de travamento, 
contratura e dor nas interfalangianas. 
Tendinopatia glútea 
Acomete os tendões do glúteo médio e mínimo. 
Dor e sensibilidade na região lateral do quadril 
(sobre o trocanter maior) 
- Principal causa de dor lateral no quadril. Mais 
comum após os 40 anos, em mulheres. 
Interfere no sono (deitado de lado) e nas tarefas 
comuns de sustentação de peso, funcionalidade. 
Tendinopatia patelar (joelho de saltador) 
Tendinopatia que acomete o tendão patelar. 
Dor na região inferior da patela, relacionada com 
a demanda dos extensores de joelho (quadríceps). 
↳ Principalmente em atividades que armazenam 
e liberam energia no tendão patelar. 
Comum em atletas jovens homens (corrida ou salto) 
Pode afetar a performance, levar a prejuízos 
funcionais e o retorno ao esporte de atletas. 
 
Fascite plantar 
Condição causada por overuse, resultando em 
alterações degenerativas da fáscia plantar. 
Causa mais comum de dor no calcâneo. 
- principalmente, em atletas (corredores) 
Dor aguda na região anteromedial do calcâneo, 
geralmente se inicia com a deambulação após 
um período de inatividade (deitada). 
Sensibilidade a palpação na inserção da fáscia. 
Piora com a dorsiflexão forçada dos dedos com o 
tornozelo estabilizado (movimento de molinete). 
Tendinopatia do tibial posterior 
Dor e disfunção do tendão tibial posterior 
(músculo mais central e profundo da panturrilha) 
que pode progredir para deformidade em pé 
plano e osteoartrite subtalar e de tornozelo. 
 
A prevalência varia entre 3,3-10%. Essa condição 
dificilmente é diagnosticada no início. 
Tendinopatia de Aquiles 
Tendinopatia do tendão do tríceps sural. 
↳ Composto por gastrocnêmio (medial e lateral) e sóleo 
Acomete 6% da população geral, dando destaque 
para alta prevalência em corredores. 
- Afeta a participação no esporte em atividades 
de suporte de peso. 
Dor e edema na região do tendão, limitação 
funcional, sensibilidade focal, espessamento, 
dificuldade de usar sapatos fechados.

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