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Tumores Ósseos - Ortopedia

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[tumores osseos]
Ívena B. Fiuza | Medicina | Turma IX
Neoplasia de alto grau com células malignas que produzem 
osteoides. Dentre as neoplasias primárias do osso, é a causa 
mais prevalente, correspondendo a cerca de 20%. 
Maior incidência em crianças, adolescentes e adultos 
jovens durante o período de maior crescimento e 
desenvolvimento ósseo. 
Pico de incidência: segunda década de vida. 
Proporção 1,6:1 (homem: mulher). 
Fatores de Risco: doença de Paget do osso, história de radiação 
ionizante, síndromes hereditárias (Li Fraumene, Retinoblastoma 
hereditário, Bloom ou Werner). 
Etiologia: possível ligação com mutação na linhagem terminal 
TP53. 
Caracteristicas: em adultos, geralmente tem relação com uma 
condição prévia (ex: irradiação, infartos ósseos, Doença de 
Paget, outras patologias ósseas benignas). 
Localização mais comum: fêmur distal, seguido por tíbia 
proximal e úmero proximal. Mais de 50% ocorre próximo 
ao joelho. 
Metástase: pulmão, osso, fígado e linfonodos. 
Quadro Clinico: dor óssea progressiva, dor noturna, aumento do 
membro afetado, limitação dos movimentos. Sintomas 
relacionados a eventos pós-traumáticos e/ou achado de fratura 
patológica ocorre em 25% dos casos. 
Sintomas sistêmicos são raros. 
Diagnostico: clínica sugestiva + exames de imagem precoces. 
Raio-X → região metafisária do tumor, reações periosteais 
(raios de sol), triângulo de Codman, lesão blástica e/ou lítica de 
bordas mal definidas. 
Pode ser acompanhada de RM para confirmar/descartar lesões 
agressivas relacionadas à lesão em estruturas adjacentes. 
Lesões ósseas suspeitas devem ser sempre biopsiadas para a 
confirmação do diagnóstico.. O dgx definitivo é o exame 
anatomopatologia. 
Confirmado pelo histopatológico, é necessário realizar o 
estadiamento. A cintilografia óssea e a TC de tórax elucidam a 
presença ou não de metástases ósseas e pulmonares, 
respectivamente. A RM do membro acometido pelo tumor 
busca a presença de outro sítio tumoral 
!atamento: iniciado com QT neoadjuvante + ressecção 
cirúrgica com margens livres + QT adjuvante. Opções principais 
de tto cirúrgico: cirurgias ablativas (amputação e desarticulação) 
e a cirurgia de preservação do membro, esta última visando à 
manutenção funcional.
OSTEOSSARCOMA
CONDROSSARCOMA
Neoplasia maligna mesenquimal, produtora de substância 
intersticial e células que assumem aspecto de cartilagem hialina, 
com variados graus de imaturidade e focos de calcificação. Mais 
comum em mulheres. 
Descrevem-se 4 tipos: primário, secundário, mesenquimal 
e desdiferenciado. Os dois últimos são bem mais raros. 
Primário: ocorre depois dos 30 anos, mais na pelve, fêmur 
e úmero. São originariamente tumores malignos. 
Crescimento lento, metástase em órgãos distantes 
Secundários: aparecem devo à transformação maligna dos 
tumores cartilaginosos ou ósseos, geralmente na segunda 
metade da vida. 
Fatores de Risco: lesão prévia de cartilagem benigna, 
transformando em maligna. 
Quadro Clinico: história natural indolente. Dor e tumefação. 
Massas dolorosas com crescimento progressivo. 
Diagnostico: clínica sugestiva + exames de imagem precoces. 
Raio-X → lesão pode ter aparência lobular, com calcificação 
mosqueada, pontilhada ou anular da matriz cartilaginosa. É difícil 
diferenciar o condrossarcoma de baixo grau de lesões benignas 
pelo raio-x ou exame histológico. Por isso, história e EF são 
essenciais. 
!atamento: essencialmente cirúrgico. Objetiva a ressecção em 
bloco com margens cirúrgicas livres, seja ela preservadora ou 
ablativa. De acordo com seu grau de diferenciação e graduação 
histológica, existem novos protocolos que propõem 
qu im io terap ia , espec ia lmente no condrossarcoma 
desdiferenciado e condrossarcoma de grau III. A radioterapia, 
atualmente, raramente é indicada.
[tumores osseos]
Ívena B. Fiuza | Medicina | Turma IX
Neoplasia maligna osteolítica de alto grau. É o segundo tipo de 
Tumor Ósseo Maligno mais comum e atinge mais comumente 
crianças. É mais comum aparecer na região do fêmur e 
pelve.Idade ao diagnóstico: 20 anos. 
Extremamente raro nos afrodescendentes e asiáticos. 
Predomínio discreto nos homens. 
Raro > 30 anos e < 5 anos. 
Proporção 1,6:1 (homem: mulher). 
Quadro Clinico: dor local, podendo ser intermitente, às vezes 
noturna, que piora com o tempo. Muitas vezes, a dor é 
confundida com dor do crescimento, infecção, osteomielite, 
lesões do esporte ou de atividades de vida diária. 
A dor pode ser seguida pela palpação de massa de partes 
moles. 
- Dor sem causa aparente, com duração > 1 mês deve ser 
investigada. 
Diagnostico: clínica sugestiva + exames de imagem precoces. 
Raio-X → áreas de destruição óssea, geralmente na metáfise-
diáfise do osso, com aparência de múltiplas camadas ("casca de 
cebola”). 
RM → define melhor a extensão da doença. Útil se o tumor 
não surgir no osso. 
Biópsia → necessária para o diagnóstico definitivo. Histologia: 
tumor de pequenas células redondas e azuis, que expressam 
altos níveis de CD99. 
!atamento: poliquimioterapia intensiva + tratamento local 
(ressecção cirúrgica +/- RT). 
A cirurgia pode ser a ressecção sem reconstrução (ex: 
amputação). A reconstrução pode ser feita pela colocação de 
endoprótese, implante, transplante ósseo halogênio ou autólogo. 
SARCOMA DE EWING

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