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Revisão Problemas mentais e do comportamento

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PROBLEMAS MENTAIS & 
DO COMPORTAMENTO 
Julio Quaresma 
 
 
2022 
FPME 
Eunápolis – BA 
CONTEÚDO 
Clínica psiquiátrica ............................................................................................................................. 3 
Semiotécnica .................................................................................................................................. 3 
Transferência & contratransferência ........................................................................................... 3 
Comunicação não verbal............................................................................................................. 3 
Comportamento das principais síndromes ................................................................................... 5 
Funções elementares ....................................................................................................................... 5 
Consciência ................................................................................................................................ 0 
Atenção ...................................................................................................................................... 2 
Orientação ................................................................................................................................. 3 
Vivências do tempo & espaço ...................................................................................................... 4 
Sensopercepção .......................................................................................................................... 5 
Memória .................................................................................................................................... 6 
Afetividade ................................................................................................................................ 8 
Vontade, psicomotricidade & ação ............................................................................................ 10 
Pensamento .............................................................................................................................. 11 
Juízo de realidade ..................................................................................................................... 13 
Linguagem ............................................................................................................................... 14 
Exames complementares ............................................................................................................... 15 
Principais psicopatologias ................................................................................................................. 16 
Fobia & fobia social ...................................................................................................................... 16 
Definição ................................................................................................................................. 16 
Transtorno de ansiedade generalizada ............................................................................................ 17 
DEfinição ................................................................................................................................. 17 
Diagnóstico + Diferencial......................................................................................................... 17 
Tratamento .............................................................................................................................. 17 
Abuso & dependência de álcool ..................................................................................................... 18 
DEfinição ................................................................................................................................. 18 
Diagnóstico + Diferencial......................................................................................................... 18 
Tratamento .............................................................................................................................. 19 
Transtorno depressivo maior ......................................................................................................... 20 
Definição ................................................................................................................................. 20 
Diagnóstico .............................................................................................................................. 20 
Tratamento .............................................................................................................................. 20 
Transtorno afetivo bipolar ............................................................................................................. 21 
Definição ................................................................................................................................. 21 
Diagnóstico .............................................................................................................................. 21 
Tratamento .............................................................................................................................. 22 
Ajustamento/Adaptação ............................................................................................................... 23 
Definição ................................................................................................................................. 23 
Diagnóstico .............................................................................................................................. 23 
Tratamento .............................................................................................................................. 23 
Espectro esquizofrênico ................................................................................................................. 24 
Definição ................................................................................................................................. 24 
Diagnóstico .............................................................................................................................. 24 
Tratamento .............................................................................................................................. 24 
Delirium....................................................................................................................................... 25 
Definição ................................................................................................................................. 25 
Diagnóstico .............................................................................................................................. 25 
 
CLÍNICA PSIQUIÁTRICA 
 
Semiotécnica 
 
TRANSFERÊNCIA & CONTRATRANSFERÊNCIA 
 
A psique humana é de caráter imutavelmente subjetiva e variável de acordo com o sujeito. Assim sendo, é 
necessário a compreensão de que, para o cuidado e tratamento dos transtornos da psique, as vivências do 
próprio terapeuta ou psiquiatra são passíveis de interferências na sua conduta. Diferente das patologias 
infecciosas ou traumas, onde são geralmente delimitadas com critérios claros, os transtornos mentais 
possuem uma dimensão subjetiva, altamente influenciada pelas vivências do próprio indivíduo, o qual 
também pode sofrer influência das vivências do terapeuta ou psiquiatra ao ser tratado. 
A transferência é o fenômeno onde o paciente 
atribui ao seu cuidador o papel de uma pessoa a 
qual conhecia durante a vida passada. Esse 
fenômeno foi primeiro descrito por Freud, o qual 
acreditava que o sujeito adulto não passava dos 
hábitos infantis, fazendo do terapeuta uma figura 
de pai ou mãe. Por outro lado, também existe a 
contratransferência, onde o terapeuta atribui ao 
seu paciente um papelde uma pessoa que já 
conhecera durante a vida. Esses fenômenos podem 
influenciar negativamente sobre o desfecho de um 
tratamento, porém o conhecimento a respeito e a 
devida reflexão sobre pode minimizar o impacto. 
 
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL 
 
Entre os aspectos a serem analisados durante a entrevista psiquiátrica, os sinais não verbais emitidos pelo 
paciente são um dos mais informantes. Desde a aparência física até a linguagem, a maneira com que o 
paciente se expressa por meios sem ser a palavra dita pode trazer informações sobre seu estado mental e 
sua possível condição. 
Aparência física: A aparência física é um sinal não verbal muito influente. Inclui-se aqui o corpo, forma 
física, altura, peso, cabelos, cor e tonalidade da pele, tipo de pele, beleza ou feira física. Além do aspecto 
físico, também deve ser levado em conta as roupas, maquiagem, óculos, adereços e acessórios e pertences, 
além dos odores emitidos (tanto pelo corpo, pelo hálito ou perfumes utilizados. 
Indivíduos com o transtorno depressivo maior 
tendem a não apresentar uma aparência física 
marcante, mas podem ter menos cuidados com a 
vestimenta, higiene pessoal e postura devido a 
diminuição do pragmatismo e volição. Mulheres 
com transtorno bipolar em fase maníaca podem 
apresentar um uso excessivo de maquiagem ou 
joias. Em transtornos esquizoafetivos a 
automutilação e cicatrização em membros distais é 
comum. 
Proxêmica: A proxêmica é a utilização e percepção do espaço e hierarquia que as pessoas estabelecem 
entre si, e como se uso e reage a essa disposição em relacionamentos humanos. Inclui também a ocupação 
do espaço, posicionamento em uma sala relacionados a gênero, status, papéis sociais, formação cultural, 
intensão ou recusa a se comunicar e interagir, afabilidade ou hostilidade entre as pessoas. 
Crianças com transtorno opositor desafiante (TOD) tem como uma característica central a agressividade, 
desprezo a regras sociais convencionais ou estabelecidas e discussão com figuras de autoridade. O 
transtorno afetivo bipolar e a esquizofrenia podem cursar com delírios de grandeza, onde o indivíduo 
comporta-se como uma figura de alta potência ou uma figura religiosa/histórica. 
Movimentos do corpo: Um dos aspectos mais importantes da comunicação não verbal são a maneira de 
expressão através da postura, gestos, toques, expressões faciais e movimentos oculares. Entre esses itens 
estão: 
Gestos relacionadas à fala (ou gestos ilustradores) – Quando um indivíduo utiliza do corpo para 
enfatizar uma palavra ou pensamento; 
Gestos independentes da fala – Incluem os gestos que substituem palavras, símbolos, expressões, 
xingamentos etc., além dos gestos de autotoque ou autoconforto, que podem denotar algum grau 
de tensão ou ansiedade (pentear o cabelo com os dedos, roer unhas, etc.); 
Postura – A postura pode ser indício do estado emocional e do nível de engajamento na conversa 
com o locutor. Uma postura erguida para frente é indicadora de empatia e maior interesse, a 
postura tensa e rígida é sinal de ansiedade ou raiva e a postura curvado geralmente indica tristeza. 
Comportamento tátil – O modo, frequência e intensidade com que as pessoas se tocam são 
importantes. É variável de acordo com a cultura, porém vale ser analisado. O aperto de mão (firme, 
forte, fraco, largado, demorado), abraço (longo, forte) e erotização do contato são indicadores do 
estado mental do indivíduo. 
Expressões faciais – O rosto é um lócus primário do afeto. Os olhos, sobrancelhas e boca são as 
principais vias de propagação de informação emocional, e a partir delas são revelados os afetos 
básicos como tristeza, raiva, alegria, surpresa, medo e nojo. 
Paralinguagem: Qualidades vocais e vocalizações, latência entre respostas, pausas que o indivíduo produz 
ou deixa de produzir podem refletir o arranjo emocional interno. A paralinguagem é sobretudo como se diz 
algo, e não sobre o que é dito. Pacientes em mania podem se apresentar logorreicas enquanto pacientes em 
depressão grave podem ter uma vocalização extremamente fraca ou ausente. 
 
COMPORTAMENTO DAS PRINCIPAIS SÍNDROMES 
 
Depressão 
Redução da expressividade afetiva; contato ocular diminuído; redução global das 
interações sociais; face melancólica ou apática; boca e ângulo da cabeça curvado para 
baixo; diminuição global dos gestos e movimentos; voz baixa e/ou monótona com 
pouca expressividade; desalinhamento postural. 
Ansiedade 
Expressão facial tensa, preocupada ou amedrontada; tensão muscular; descarga 
importante (luta ou fuga); palidez da face, midríase, ereção dos pelos, aumento do 
ritmo cardíaco; suor frio; tremores de extremidades (mãos, dedos, lábios); respiração 
dificultada, sensação de sufocamento; voz tensa e hesitante; hipervigilância. 
Esquizofrenia 
Emoções desagradáveis intensas, porém, sem expressão; gestos e movimentos faciais 
indicadores de medo e desconfiança; desorganização mental e comportamental intensa; 
diminuição da expressão afetiva; diminuição dos gestos e redução ou imobilidade na 
expressão facial. 
Autismo 
Ausência por interesse por seres humanos; evitação do contato ocular com outras 
pessoas; dificuldade em expressar e entender sinais não verbais; dificuldade na 
regulação da interação social; ausência de postura antecipatória (estender os braços 
para o abraço); resistência ao toque ou abraço; estereotipias motoras. 
Mania 
Comportamento global muito ativo, alegre, eufórico ou irritável; proxêmica alterada; 
pode não respeitar a distância mínima de corpo com corpo; perda da inibição social; 
alegrai e grandeza, contentamento transbordante; vestimentas chamativas, mais 
maquiagem, adereços corporais; hiperatividade; movimentos incessantes. 
 
Funções elementares 
 
É necessário o estudo das funções elementares e suas alterações isoladamente, mas vale ressaltar que a 
separação da vida e da atividade mental em áreas ou funções psíquicas é um procedimento essencialmente 
artificial. Trata-se de uma estratégia de abordagem das condições mentais bastante útil, mas pode levar a 
simplificações inadequadas e enganos. Entre as funções elementares estão: 
 Consciência 
 Atenção 
 Orientação 
 Vivências do tempo e do espaço 
 Sensopercepção 
 Memória 
 Afetividade 
 Volição 
 Pensamento 
 Juízo de realidade 
 Linguagem
CONSCIÊNCIA 
 
 
Definições 
 Neuropsicológica – Estado vígil; grau de clareza do sensório; nível de consciência; 
Psicológica – Soma total das experiências conscientes de um indivíduo em determinado momento; 
campo da consciência; dimensão subjetiva da atividade psíquica; capacidade de entrar em contato 
com o meio ambiente, perceber e conhecer os seus objetos; 
Ético-filosófica – Capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir as responsabilidades, 
os direitos e os deveres concernentes a essa ética. 
Alterações normais 
As alterações normais da consciência são regidas pelos ritmos circadianos, definido como oscilações 
endógenas e autossustentadas do ritmo biológico num período de 24 horas. Entre as propriedades do dos 
ritmos circadianos estão: 
1. Sincronia com pistas ambientais (nível de luminosidade); 
2. Modulação da homeostase interno do cérebro e outros órgãos e sistemas; 
3. Expressado em vários níveis do funcionamento do organismo, desde o nível molecular até os 
sistemas sociais aos quais o indivíduo pertence. 
O sono se define como a principal alteração normal da consciência. O sono se caracteriza por: 
1. Ser um estado reversível, tipicamente expresso pela postura de repouso, comportamento quieto e 
redução da responsividade; 
2. Ter uma arquitetura neurofisiológica complexa; 
3. Ter duração e intensidade afetados por mecanismos de regulação homeostáticos; 
4. Ser afetado por experiências ocorridas durante a vigília; 
5. Ter efeitos restauradores e transformadores que otimizam funções neurocomportamentais da 
vigília. 
Alterações patológicas 
Em diversos quadro neurológicos e psicopatológicosé possível notar a diminuição progressiva do nível de 
consciência, desde o estado normal, vígil, desperto, até o estado de coma profundo, no qual não há 
qualquer resquício de atividade consciente. 
Os níveis de consciência, além de poder ser quantificado pela escala Glasgow, são classificados como: 
1° Grau – Obnubilação: Turvação da consciência ou sonolência patológica leve. Rebaixamento 
leve a moderado. Diminuição do grau de clareza do sensório, lentidão da compreensão e 
dificuldade de concentração. 
2° Grau – Torpor: Rebaixamento mais acentuado. Sonolência evidente. Responde ao ser chamado. 
3° Grau – Sopor: Marcante e profunda turvação da consciência. Sonolência intensa, da qual o 
indivíduo pode ser despertado apenas por um tempo muito curto. Paciente sempre se mostra 
intensamente sonolento, quase em coma. 
4° Grau – Coma: Perda completa da consciência. Grau mais profundo de rebaixamento de 
consciência. Não é possível qualquer atividade voluntária consciente. 
A lipotimia se caracteriza por perda parcial e rápida da consciência, durando apenas segundos. Geralmente 
cursa com visão borrada, palidez da face, suor frio, vertigens e perda parcial e momentânea do tônus 
muscular dos membros, com ou sem queda do corpo ao chão. O termo síncope designa um colapso súbito 
com perda abrupta e completa da consciência e perda total do tônus muscular, com queda completa ao 
chão. Entre as possíveis causas de perda abrupta de consciência estão: 
 Hipotensão ortostática 
 Hipoglicemia 
 Síncope vasovagal 
 Hipocapnia por hiperventilação 
 Síncopes por condições cardíacas 
 Crise dissociativa abrupta e curta 
 Crises convulsivas (epilepsia) 
 Síncope por tosse intensa 
 Síncope por micção, defecação, deglutição ou dor visceral 
ATENÇÃO 
 
Definição 
A atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental 
sobre determinado. Portanto, a atenção é o conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano 
capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas, podendo 
ser organizado em 4 componentes: 
1. Início da atividade consciente e focalização; 
2. Atenção sustentada e nível de alerta (vigilance); 
3. Atenção seletiva ou inibição de resposta a estímulos irrelevantes; 
4. Capacidade de mudar o foco de atenção (set-shifting). 
Semiotécnica 
A atenção está intrinsecamente relacionada ao estado de consciência. Um déficit no nível de consciência 
invariavelmente afetará o nível de atenção. A atenção, porém, pode sofrer de outras alterações que não 
necessariamente implicam num rebaixamento do nível de consciência. Durante a entrevista psiquiátrica a 
capacidade de atenção pode ser avaliada por meio de testes de desempenho contínuo. Um dos mais 
utilizados é o CPT III (Conners’ Continuous Performance Test), realizados para detecção de TDAH em adultos 
e crianças. 
Semiotécnica simplificada 
O paciente... 
 Tem dificuldade para se concentrar? 
 Distrai-se com facilidade? 
 Não escuta quando lhe falam? 
 Tem dificuldade para terminar tarefas? 
 Não consegue organizar as tarefas? 
 Perde seus pertences com frequência? 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÃO 
 
Definição 
A capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao ambiente é elemento básico da atividade mental 
e fundamental para a sobrevivência do indivíduo. Divide-se a orientação em duas capacidades primordiais: 
autopsíquica e alopsíquica. 
Orientação autopsíquica – Relação do indivíduo a si mesmo. Revela se o sujeito sabe quem é ou 
foi condicionado a ser: nome, idade, profissão, estado civil, com quem mora, etc. 
Orientação alopsíquica – Capacidade de orientar-se em relação ao mundo, quanto ao espaço ou 
tempo. 
Alterações da orientação 
Desorientação por redução do nível 
de consciência 
Também denominada desorientação torporosa ou confusa, 
ocorre quando o indivíduo está desorientado por 
rebaixamento ou turvação da consciência. Produzem 
alterações da atenção, concentração, memória recente e de 
trabalho, consequentemente afetando a capacidade de 
percepção e retenção dos estímulos ambientais. 
Desorientação por déficit de memória 
Também denominada desorientação amnéstica, o indivíduo 
não consegue reter as informações ambientais básicas em sua 
memória recente. 
Desorientação apática/abúlica 
Ocorre por apatia marcante e/ou desinteresse profundo. O 
indivíduo torna-se desorientado devido a uma marcante 
alteração do humor e da volição, comumente visto em 
quadros depressivos graves. 
Desorientação delirante 
Ocorre em indivíduos que se encontram imersos em um 
profundo estado delirante, vivenciando ideias delirantes 
muito intensa, crendo com convicção pela que estão 
habitando o lugar (e/ou tempo) de seus delírios. 
 
Semiotécnica 
Orientação temporal: 
Que dia é hoje? Qual o dia da semana? Qual o dia do mês? Em que mês estamos? Em que ano 
estamos? Qual a época do ano (começo, meio, fim)? Aproximadamente que horas são agora? 
Orientação espacial: 
 Onde estamos? Como se chama a cidade em que estamos? E o bairro? 
Orientação autopsíquica: 
Quem é você? Qual o seu nome? O que faz? Qual a sua profissão? Quem são seus pais? Qual a sua 
idade? Qual o seu estado civil? 
VIVÊNCIAS DO TEMPO & ESPAÇO 
 
“O ESPAÇO E O TEMPO SÃO AS ESTRUTURAS 
DENTRO DA QUAL A MENTE É CONSTRANGIDA 
A CONSTRUIR A SUA EXPERIÊNCIA DA 
REALIDADE.” 
 - Immanuel Kant 
 
Definição 
As vivências do tempo e do espaço constituem-se como dimensões fundamentais de todas as experiências 
humanas. O ato de ser, de modo geral, só é possível nas dimensões reais e objetivas do espaço e do tempo. 
Assim, o tempo e o espaço são condicionantes fundamentais do universo humano e estruturantes básicos 
da condição humana. 
Alterações na vivência do tempo 
Nos quadros depressivos leves a graves, a passagem do tempo é percebida como mais lenta e vagarosa. Em 
contrapartida, nos episódios maníacos, o tempo é percebida de forma mais rápida e acelerada. Durante as 
intoxicações por alucinógenos ou psicoestimulantes (cocaína, anfetamina, etc.), nas fases agudas e iniciais 
das psicoses e em situações emocionais especiais e intensas, pode ocorrer uma deformação acentada da 
percepção da duração temporal, denominada ilusão. 
Alterações na vivência do espaço 
No estado de êxtase, há perda das fronteiras entre o eu e o mundo exterior. Nesse caso, o sujeito sente-se 
como se estivesse fundido ao mundo exterior. 
Quadro maníaco – Espaço dilatado e amplo, invadindo o espaço alheio. Desconhece de fronteiras 
espaciais e vive como se todo o espaço exterior fosse seu. 
Quadro depressivo – Espaço encolhido, contraído, escuro e pouco penetrável pelo indivíduo e 
pelos outros. 
Quadro paranoide – Espaço invadido por aspectos ameaçadores, perigosos e hostis do mundo. Em 
agorafobia, o espaço exterior é como sufocante, pesado, perigoso e potencialmente aniquilador. 
 
 
SENSOPERCEPÇÃO 
 
Definição 
Sensação – Fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, 
originados fora ou dentro do organismo, produzindo alterações nos órgãos receptores, 
estimulando-os. Fenômeno passivo. 
Percepção – Tomada de consciência, pelo indivíduo, do estímulo sensorial. Fenômeno ativo. 
Alterações da sensopercepção 
As alterações qualitativas da sensopercepção são as mais importantes da psicopatologia. Entre elas estão: 
as ilusões, as alucinações, a alucinose e a pseudoalucinação. 
Ilusão – Percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente. Sempre há um objeto 
externo, real, gerador do processo de sensopercepção, mas tal percepção é deformada, adulterada, 
por fatores patológicos diversos. Tais fatores podem ser o rebaixamento do nível de consciência, 
estados de fadiga grave ou intenção marcante, ou alguns estados afetivos. 
Alucinação – Percepção de um objeto, sem que esteja presente, sem o estímulo sensorial respectivo. 
Ou seja, percepção clara edefinida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença de objeto 
estimulante real. 
Alucinose – Fenômeno pelo qual o paciente percebe a experiência alucinatória como estranha a 
sua pessoa. O indivíduo tem percepção imediata de que determinada sensação é alucinatória e fora 
do normal, comum em quadros psico-orgânicos como intoxicação por substâncias alucinógenas 
(LSD, psilocibina, mescalina, antocolinérgicos, ayahuasca, etc.). 
Semiotécnica 
Alucinações auditivas: 
Tem ouvido vozes de pessoas estranhas ou conhecidas? Entende o que dizem as vozes? Vêm de 
perto ou de longe? São vozes desagradáveis? Têm medo? 
Alucinações visuais: 
Tem visto algo estranho que lhe chamou atenção? Animais, homens, figuras, sombras, fogo, 
fantasmas, demônios ou coisas do tipo? Se aproximam ou se afastam? Sente medo? De onde vêm? 
 
 
 
MEMÓRIA 
 
 
 
Definição 
Capacidade de codificar, armazenar e evocar as experiências, impressões e fatos que ocorrem durante a 
vida. 
Alterações patológicas da memória 
Alterações quantitativas: 
Hipermnésia – Memória autobiográfica quase perfeita. Relacionado à hipertrofia amigdaliana e a 
conectividade entre a amígdala e o hipocampo. 
Amnésia ou hipomnésia – Denominada, genericamente, como a perda da memória, seja da 
capacidade de fixar, manter ou evocar antigos conteúdos mnêmicos. De forma geral, o indivíduo 
que sofre de lesão ou doença cerebral, perde a memória na seguinte sequência: perde primeiro 
elementos recentemente adquiridos, depois os mais antigos → perde primeiro elementos mais 
complexos e, depois, os mais simples → perde primeiro os elementos mais estranhos, menos 
habituais, só posteriormente, os mais familiares. A amnésia também pode ser anterógrada (sem 
fixação após trauma ou evento) e retrógrada (sem evocação de eventos anterior ao trauma ou 
evento). 
Alterações qualitativas: 
Ilusões mnêmicas – Acréscimo de elementos falsos a elementos da memória de fatos que realmente 
aconteceram. 
Alucinações mnêmicas – Criações imaginativas, dotadas de sensorialidade, marcadamente com a 
aparência de lembranças ou reminiscências que não correspondem a qualquer elemento mnêmico, 
a qualquer lembrança verdadeira. 
Confabulações – Recordações falsas (quanto ao conteúdo ou ao contexto), a qual o indivíduo não 
sabe da falsidade dessas recordações, que sejam plausíveis ou parecidas com o que poderia ter 
acontecido, mas que não aconteceu. 
Alterações do reconhecimento: 
Agnosia – Déficits do reconhecimento de estímulos sensoriais de objetos e fenômenos que não 
podem ser explicados por um déficit sensorial elementar, por distúrbios da linguagem e atenção 
ou por perdas cognitivas globais. São sempre de modalidades sensoriais específicas, no qual o 
indivíduo perde a capacidade de reconhecimento (de objetos, faces, sons, etc.) por determinada via 
sensorial (visão, audição ou tato). As mais importantes são as agnosias visuais e auditivas. 
 
Semiotécnica 
Memória recente: 
Há quanto tempo está na enfermaria? Onde dormiu na última noite? Onde esteve ontem? O que 
comeu ontem? A que horas se levantou da cama? Há quanto tempo estamos conversando? 
Memória remota: 
Estado civil? Com que idade casou? Como se chama seu cônjuge? Que idade tem seu cônjuge? Em 
que cidade casou? Tem filhos? Como se chamam? Que idade têm? 
 
 
 
 
 
 
 
AFETIVIDADE 
 
Definição 
A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a todas as vivências humanas. Embora seja 
controversa a ordenação das experiências da vida afetiva, distinguem-se cinco tipos básicos de vivências 
afetivas: Humor, emoção, sentimento, afeto e paixão. 
Humor – Também conhecido como estado de ânimo, é caracterizado como o tônus afetivo do 
indivíduo, o estado emocional basal e difuso em que se encontra a pessoa em determinado 
momento. 
Emoções – Reações afetivas momentâneas agudas desencadeadas por estímulos significativos. 
Assim, e emoção é um estado afetivo intenso, de curta duração, originando geralmente como 
reação do indivíduo a certas excitações internas ou externos, conscientes, não conscientes ou 
inconscientes. 
Sentimentos – Estados e configurações afetivas estáveis. Comparado às emoções, são mais 
atenuados em sua intensidade e menos relativos a estímulos passageiros. Os sentimentos estão 
comumente associados a conteúdos intelectuais, valores, representações e geralmente não 
implicam concomitantes somáticos. 
 Afetos – O tônus emocional que acompanham uma ideia ou representação mental. 
Paixões – Estado afetivo extremamente intenso que domina a atividade psíquica como um todo, 
captando e dirigindo a atenção e o interesse do indivíduo em uma só direção, inibindo os demais 
interesses. 
Alterações patológica da afetividade 
Alterações do humor 
Distimia – Qualquer alteração básica do humor, tanto no sentido da inibição como no sentido da 
exaltação. 
Disforia – Distimia acompanhada de uma tonalidade afetiva desagradável. 
Euforia – Humor morbidamente exagerado, predominando um estado de alegria intensa e 
desproporcional às circunstâncias. 
Puerilidade – Alteração caracterizado pelo aspecto infantil, simplório, regredido. O indivíduo ri 
ou chora por motivos banais, sua vida afetiva é superficial, sem afetos profundos, consistentes ou 
duradouros. 
Catatimia – Influência da vida afetiva sobre as demais funções psíquicas. 
Alterações das emoções e dos sentimentos 
Medo – Estado de progressiva insegurança e angústia, impotência e invalidez crescentes, ante a 
impressão iminente de que sucederá algo que o indivíduo quer evitar. 
Fobia – Medos determinados psicopatologicamente, desproporcionais e incompatíveis com as 
possibilidades de perigo real oferecidas pelos desencadeantes, chamados de objetos ou situações 
fobígenas. 
Pânico – Crises agudas e intensas de ansiedade, acompanhadas por medo intenso de morrer ou de 
perder o controle e de acentuada descarga autonômica (taquicardia, sudorese, etc.). 
Apatia – Diminuição da excitabilidade emocional. Indivíduos apáticos queixam-se de não 
conseguir sentir nem alegria, nem tristeza, nem raiva, nem nada. 
Anedonia – Incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e 
experiências da vida. Indivíduos anedônicos não sentem prazer sexual, ao comer, ao realizar 
atividades anteriormente prazerosas. 
Semiotécnica 
Humor ansioso: Sente-se nervoso? Agoniado? Tem dificuldades para relaxar? Dificuldades para se 
concentrar? 
Humor irritado: Você tem-se irritado com mais facilidade que antes? Os ruídos alheios incomodam 
muito? Tem discutido ou brigado com facilidade? 
Humor triste, apático ou inibido: Tem se sentido triste ou melancólico? As coisas que antes lhe 
davam prazer agora lhe são diferentes? 
Humor hipertímico (alegre): Sente-se mais alegre que o comum? Mais disposto? Tem nos últimos 
dias, mais vontade de falar e andar que geralmente? 
Verificar se as alterações são mais frequentes pela manhã, tarde ou à noite. 
Emoções e sentimentos: Verificar o padrão de reações emocionais do paciente. 
Perguntar há quanto tempo o paciente tem os sintomas, o que os desencadeou e o que os faz piorar 
ou melhorar. 
 
 
 
 
 
 
VONTADE, PSICOMOTRICIDADE & AÇÃO 
 
Definição 
A vontade, ou volição, é uma dimensão complexa relacionada intimamente com as esferas instintiva, 
afetiva e intelectiva, além do conjunto de valores, princípios, hábitos e normas éticas socioculturais do 
indivíduo. Existem 4 fases principais na evolução do processo volitivo: 
1. Fase de intenção ou propósito – Esboçam-se as tendências, inclinações e interesses inconscientes. 
2. Fase de deliberação – Ponderação consciente, levando em conta os motivos implicados no ato. 
3. Fase de decisão – Momento culminante do processo volitivo, instante que demarca a ação. 
4. Fase de execução – Etapa final do processo volitivo, onde todos os atos psicomotores são postos 
em funcionamento. 
Alterações da vontade 
Hipoabulia/Abulia– Diminuição ou abolição da vontade. Indivíduos relatam que “não tem 
vontade para nada”, sentindo-se muito desanimado, sem forças ou sem energias. Típico na 
depressão grave. 
Ato impulsivo – Espécie de curto circuito do ato voluntário. O ato salta da fase de intenção à fase 
de execução. São automáticos, sem reflexão, ponderação ou decisão prévia, de tipo instantâneo e 
explosivo. São realizados sem fase prévia de deliberação e decisão e de caráter egossintônica (não 
percebido como inadequado). 
Ato compulsivo – Diferente dos atos impulsivos, são reconhecidos como indesejáveis ou 
inadequados, e há tentativa de refreá-los. Também conhecido como rituais compulsivos, podem 
ser movimentos ou atos estereotipados como coçar-se, picar-se, arranhar-se, até movimentos mais 
complexos como tomar banho de forma repetida ou lavar as mãos inúmeras vezes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENSAMENTO 
 
 
 
Definição 
Uma das maneiras de definir o pensamento é quanto ao seu processo. Divide-se o pensamento em curso, 
forma e conteúdo. O curso é o modo em que o pensamento flui, sua velocidade e seu ritmo ao longo do 
tempo. A forma é a sua estrutura básica, sua arquitetura, preenchida pelos diversos conteúdos e interesses 
do indivíduo. Por último, o conteúdo pode ser definido como aquilo que lhe dá substância, seus temas 
predominantes, o assunto em si. 
Alterações do pensamento 
Alterações do curso do pensamento: 
Aceleração do pensamento – O pensamento flui de forma muito acelerada, com uma ideia 
sucedendo à outra rapidamente, tornando difícil acompanhar o ritmo do indivíduo. 
Lentificação do pensamento – O pensamento progride lentamente, de forma lenta e dificultosa. 
Há certa latência entre as perguntas formuladas e as respostas. Ocorre principalmente em pacientes 
gravemente deprimidos, em alguns casos de rebaixamento de nível de consciência e intoxicação. 
Bloqueio ou interceptação – O indivíduo, ao relatar algo, no meio de uma conversa, brusca e 
repentinamente interrompe seu pensamento, sem qualquer motivo aparente. O paciente pode 
relatar que, sem saber por que, “o pensamento para”, é bloqueado. Trata-se de alteração quase 
exclusiva da esquizofrenia. 
Roubo do pensamento – Frequentemente associado ao bloqueio do pensamento, no qual o 
indivíduo tem a nítida sensação de que seu pensamento foi roubado de sua mente, por uma força 
ou entre estranha. Trata-se de uma alteração característica da esquizofrenia. 
Alterações do conteúdo do pensamento: 
Pensamento persecutório – O paciente pode relatar a sensação de que está sendo perseguido por 
uma entidade ou grupo. 
Pensamento depreciativo – O paciente realiza ataques ao seu autoestima, diminuindo seu valor 
pessoal de forma exagerada. 
Pensamento de poder, riqueza ou missão – O paciente relata ser um indivíduo grandioso, 
incongruente com seu status socioeconômico real, ou se considera como estando numa missão 
importante. 
Pensamento religioso, místico ou mágico – O paciente relata que é iluminado, é a renascença de 
uma figura religiosa ou que é capaz de realizar atos mágicos. 
Pensamento erótico, sexuais ou de ciúmes – O paciente se considera um indivíduo procurado e 
desejado pelos demais. 
Pensamento de culpa – O paciente relata sentimento de culpa por algum ato ou evento que não lhe 
implica direta ou indiretamente. 
Pensamento hipocondríaco – O paciente relata estar doente ou estar infectado por alguma 
patologia não fisicamente presente ou diagnosticável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUÍZO DE REALIDADE 
 
Definição 
O ser humano afirma sua relação, discerne a verdade do erro, assegura-se da existência ou não de um 
objeto perceptível a partir dos juízos de realidade. 
Alterações patológicas do juízo 
Ideais sobrevaloradas: 
Anorexia nervosa/Bulimia 
Em pessoa muito emagrecida: “Tenho certeza de que estou muito 
gorda” 
Dismorfofobia 
Em pessoa com nariz considerado normal: “Meu nariz é disforme, 
enorme e muito feio” 
Hipocondria 
Em pessoa sem dados médicos e laboratoriais: “Estou convencido 
de que tenho câncer no estômago” 
Apotemnofilia 
“Tenho a nítida sensação de que minha perna não me pertence. 
Teria de ser amputada para me sentir confortável.” 
Ciúmes patológico não delirante “Tenho certeza de que minha mulher está tendo um caso.” 
Estado paranoide litigioso 
“A companhia de seguros me deve milhões de reais como 
compensação.” 
 
Delírio: 
Os delírios são juízos patologicamente falsos. É um erro do ajuizar que tem origem no adoecimento mental. 
Existem 3 características básicas que identificam os delírios. 
1. Convicção extraordinária por parte do indivíduo, inabalável, sem dúvida da veracidade. 
2. Modificação impossível do delírio a partir da experiência objetiva, por meio de provas explícitas, 
argumentos lógicos e plausíveis ou aparentemente convincentes. 
3. Apesar de que alguns delírios podem realmente se tornar verdadeiras (como um alcoólatra pensar 
que a mulher estar lhe traindo, e acabar acontecendo) não invalida o delírio, pois a construção da 
crença foi a partir de uma base patológica não fundamentada na realidade. 
Delírio Alucinação 
Formação de um juízo e convicção de um 
determinado fenômeno inabalável, baseado em 
estruturas reais e físicos. 
Percepção de sensações (visuais, auditivas) que 
não correspondem a nenhum tipo de fenômeno 
real fisicamente presente. 
Delírios envolvem pessoas reais, circunstâncias 
reais e fenômenos fisicamente plausíveis porém 
absurdas. 
Alucinações envolvem estímulos gerados 
corticalmente que atingem o órgão dos sentidos 
sem ter um equivalente no mundo real. 
Uma pessoa em delírio tem a convicção de que 
uma pessoa na rua é um espião que está lhe 
perseguindo. 
Uma pessoa que está tendo uma alucinação 
visualiza uma pessoa na rua que não está 
realmente lá, mas é capaz de descrever ela 
nitidamente. 
 
LINGUAGEM 
 
Definição 
A linguagem é uma das atividades mais distintas do ser humano, e também um dos mais marcantes da 
atividade mental. A linguagem pode ser dividida em 6 dimensões. 
 Fonética – Sons produzidos, transmitidos e recebidos pela linguagem humana. 
 Fônica – Referente aos fonemas, as unidades fonológicas mínimas, distintivas, de cada língua. 
 Semântica – Significação dos vocábulos, das palavras, utilizadas em determinada língua. 
 Sintática – Implica a relação e a articulação lógica das diversas palavras entre si. 
 Prosódia – Entonação da fala, essencial na transmissão e reconhecimento das emoções. 
Pragmática – Emprego da linguagem em situações sociais concretas, os contexos, circunstâncias, 
implicações e repercussões da linguagem quando utilizada concretamente pelos seres humanos. 
Alterações patológicas da linguagem 
As disfunções da linguagem podem ser secundárias a disfunção ou lesão neuronal ou específicas de 
determinadas psicopatologias. As alterações mais marcantes são referentes a produção e a qualidade da 
linguagem. 
Semiotécnica 
Produção: 
Como é a fala? Espontâneo ou apenas quando solicitado? Caso não fale, é por incapacidade ou 
recusa? Fala lenta ou rápida? Fala incoercível, inibida ou interceptada? 
Qualidade: 
Respostas são coerentes? Discurso compreensível? Discurso gramaticalmente correto? Emprega 
palavras estranhas ou bizarras? Há neologismos ou paralogismos? Repetições estereotipadas? 
 
 
 
 
 
 
Exames complementares 
 
Condições médicas com manifestações psiquiátricas 
Neurológicas 
Doença cerebrovascular; esclerose múltipla; doença de Parkinson e de 
Alzheimer; epilepsia; lesão cerebral traumática; enxaqueca; transtornos do sono 
(narcolepsia, apneia); 
Neoplásicas 
Tumores do SNC (primárias ou metastáticas); carcinoma pancreático; 
síndromes paraneoplásicas; tumores endócrinos; 
Autoimunes Lúpus eritematoso sistêmico; sarcoidose; 
Infecciosas HIV; neurossífilis; tuberculose; meningite e encefalite viral e bacteriana; 
Nutricionais 
Deficiência de vitamina B12; anemia; deficiência de tiamina; deficiência de 
zinco,magnésio, etc.; 
Endócrinas 
Doença tireoidiana e paratireoidiana; encefalopatia hepática; diabetes mellitus; 
porfirias; uremias; feocromocitoma; distúrbios hormonais gonadotrópicos; 
hipo/hiperglicemia; hipo/hipercalcemia; 
Substâncias/Toxinas 
Toxinas ambientais; organofosfatos, metais pesados, monóxido de carbono; 
intoxicação/abstinência de substância; efeitos adversos de medicamentos 
prescritos e sem receita; 
 
PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS 
 
Fobia & fobia social 
 
DEFINIÇÃO 
 
A fobia são medos determinados psicopatologicamente, desproporcionais e incompatíveis com as 
possibilidades de perigo real. Assim, o indivíduo tem um medo terrível e desproporcional de entrar em um 
elevador, de gatos ou contato com pessoas desconhecidas. No indivíduo fóbico, o contato com os objetos 
ou situações fobígenas desencadeia crises intensas de ansiedade. A fobia pode se dividir em fobia simples 
e fobia social. 
Fobia simples – Medo intenso e desproporcional de determinados objetos, geralmente pequenos 
animais (barata, sapo, cachorro, etc.) 
Fobia social – Medo de contato e interação social, principalmente com pessoas pouco familiares 
ao indivíduo e em situações nas quais o paciente posas se sentir examinado ou criticado por tais 
pessoas. 
Agorafobia – Medo de espaços amplos e de aglomerações, como estádios, cinemas, 
supermercados. Inclui-se na agorafobia o medo de ficar retido em congestionamentos. 
Claustrofobia – Medo de entrar e ficar em espaços fechados como elevadores, salas pequenas, 
túneis, etc. 
 
Transtorno de ansiedade generalizada 
 
DEFINIÇÃO 
DSM-5: Ansiedade e preocupação excessiva (expectativa apreensiva), ocorrendo pela maior parte da 
semana por pelo menos 6 meses sobre inúmeras atividades (escola, trabalho, etc.) 
 
DIAGNÓSTICO + DIFERENCIAL 
Critério diagnóstico 
A ansiedade e preocupação deve estar associado a pelo menos 3 ou mais dos seguintes 6 sintomas (com 
alguns sintomas presentes pela maior parte da semana pelos últimos 6 meses): 
1. Sensação de inquietação 
2. Facilmente fadigado 
3. Dificuldade de concentração ou dar branco 
4. Irritabilidade 
5. Tensão muscular 
6. Distúrbio do sono (dificuldade em dormir ou ficar dormindo, sono de má qualidade) 
Diagnóstico diferencial 
Não se considera desordem de ansiedade ou ansiedade generalizada se caso o distúrbio for melhor 
explicado por outros desordens mentais: 
 Preocupação sobre ataques de pânico na desordem do pânico 
 Avaliação social negativa na desordem de ansiedade social 
 Contaminação ou obsessão nas desordens obsessiva-compulsivos 
 Separação das figuras de apego na ansiedade de separação 
 Lembranças de eventos traumáticos no estresse pós-traumático 
 Ganho de peso na anorexia nervosa 
 Conteúdo das crenças delirantes na esquizofrenia ou desordem 
 
TRATAMENTO 
Para o tratamento adequado dos transtornos de ansiedade, é necessário eliminar as possíveis causas 
orgânicas. A primeira linha de tratamento é a psicoterapia, geralmente com uso de terapia cognitiva 
comportamental. Drogas como antidepressivos, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e 
inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina também podem ser utilizadas concomitante a 
terapia. 
Abuso & dependência de álcool 
 
DEFINIÇÃO 
 
As desordens relacionadas ao álcool podem variar dependendo da sintomatologia. O abuso de álcool é 
definido a partir do prejuízo social acarretada pelo consumo e pela embriaguez. A dependência ao álcool 
é caracterizada pelo aparecimento de sintomas de abstinência. 
 
DIAGNÓSTICO + DIFERENCIAL 
 
Abuso de álcool 
É necessário a manifestação de pelo menos 2 sintomas seguintes durante um período de 12 meses por um 
período prolongado: 
1. Álcool é consumo numa quantidade maior e num período mais prolongado do que o intencionado 
2. Há um desejo persistente, porém, insucesso na diminuição do consumo de álcool 
3. Muito tempo se perde nas atividades relacionadas a obtenção, uso ou recuperação dos efeitos do 
álcool 
4. Desejo intenso de consumo de álcool 
5. Uso recorrente de álcool levando a disfunção nos papeis exercitados no trabalho, em casa ou escola 
6. Uso contínuo de álcool apesar de prejuízo social 
7. Atividades social, ocupacionais e recreacionais são largados ou reduzidos devido ao uso de álcool 
8. Uso de álcool em situações onde é fisicamente perigoso (dirigindo) 
9. Uso de álcool apesar do conhecimento do prejuízo fisiológico causado ou exacerbado pelo 
consumo 
10. Tolerância caracterizado por: 
a. Necessidade de uma quantidade maior de álcool para tingir o nível de intoxicação 
desejado 
b. Efeito diminuído com uso contínuo da mesma quantidade de álcool 
Abstinência 
A abstinência é diagnosticada após o cessar ou redução do uso de álcool que tem sido intenso e prolongado. 
É necessário duas ou mais dos seguintes sintomas dentre as próximas horas ou dias após o cessar ou 
redução do uso de álcool: 
1. Hiperatividade autonômica (sudorese, FC > 100 bpm, etc.) 
2. Tremores nas mãos 
3. Insônia 
4. Náusea ou vômitos 
5. Alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias 
6. Agitação psicomotora 
7. Ansiedade 
8. Convulsões tônico-clônicas generalizadas 
Diagnóstico diferencial 
Uso não patológico do álcool – O elemento chave do abuso é o prejuízo físico e social relacionado 
a embriaguez. A maior parte dos consumidores de álcool bebem até se embriagar, mas somente 
20% desenvolvem desordem de uso de álcool. 
Desordem de uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos – É necessário a diferenciação pois o 
curso pode ser diferente, apesar da substância não ser condizente. 
Desordem de conduta e desordem de personalidade antissocial – O uso de álcool pode ser visto 
em pessoas antissociais e em crianças com distúrbios de conduta, não necessariamente levando ao 
diagnóstico de abuso. 
 
TRATAMENTO 
 
O início do tratamento de abuso de álcool geralmente inicia-se com a redução do uso de álcool. 
Benzodiazepínicos podem ser utilizados para poder melhorar os sintomas de abstinência caso surjam. O 
uso de psicoterapia também é indicado. 
 
 
Transtorno depressivo maior 
 
DEFINIÇÃO 
 
O transtorno depressivo maior, também conhecido como depressão clínica, é uma desordem mental 
caracterizada por pelo menos duas semanas de humor deprimido, baixa autoestima e perda de prazer ou 
interesse em atividades normalmente prazerosas. Os afetados podem sofrer delírios ou alucinações. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
Para o diagnóstico de transtorno depressivo maior, é necessário 5 ou mais dos seguintes sintomas durante 
um mesmo período de 2 semanas e representar uma mudança do estado de funcionamento, sendo 
obrigatório os sintomas de humor deprimido ou anedonia: 
1. Humor deprimido pela maior parte do dia, quase todo dia 
2. Anedonia 
3. Perda de peso 
4. Insônia ou hipersônia quase todo dia 
5. Agitação ou retardo psicomotora 
6. Fadiga ou perda de energia quase todo dia 
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva 
8. Capacidade diminuída de pensar, concentrar, indecisão 
9. Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida, planejamento ou tentativa de suicídio 
 
TRATAMENTO 
 
Para o tratamento de transtorno depressivo maior, é indicado psicoterapia, mudança do estilo de vida e 
uso de fármacos como antidepressivos. Em casos de não melhoria com antidepressivos, a terapia 
eletroconvulsiva também poderá ser prescrita e aplicada. 
 
 
Transtorno afetivo bipolar 
 
DEFINIÇÃO 
 
O transtorno afetivo bipolar, anteriormente conhecida como depressão maníaca, é um distúrbio do afeto 
caracterizado por períodos de depressão e períodos de anormalmente elevados do humo. Se o episódio de 
humor elevado vir associado de psicose, é chamado de mania, se for mais moderado ou leve, é chamado 
de hipomania. O transtorno afetivo bipolar é dividido em tipo I & II. O tipo I é o transtorno clássico, 
envolvendo mudanças de mania a depressão, enquanto o tipo II envolve estados dehipomania e estados 
de depressão severa. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Para o diagnóstico de transtorno afetivo bipolar I, é necessário o seguinte critério para episódio maníaco, 
podendo ter sido precedido por estado hipomaníacos ou episódios depressivos: 
Episódio maníaco 
A. Período de humor irritável, elevado ou expansivo anormalmente persistente com duração de pelo 
menos uma semana, presente pela maior parte do dia. 
B. Durante o período de mania estar presente: 
1. Autoestima aumentado ou grandiosidade 
2. Necessidade diminuída de sono 
3. Logorreia 
4. Fuga de ideias 
5. Distração fácil 
6. Agitação psicomotora 
7. Maior envolvimento de atividades de alto risco 
C. Prejuízo social ou ocupacional devido ao episódio, necessitando de hospitalização para evitar 
danos a si ou a terceiros 
D. Não atribuível ao consumo de substâncias ou drogas 
Episódio depressivo 
A. 5 ou mais dos sintomas tem sido presente, sendo obrigatório a presença de humor deprimido ou 
anedonia 
1. Humor deprimido pela maior parte do dia, quase todo dia 
2. Anedonia 
3. Perda de peso 
4. Insônia ou hipersônia 
5. Agitação ou retardo psicomotora 
6. Fadiga 
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva 
8. Incapacidade de concentrar, indecisão 
9. Pensamentos de morte recorrentes, ideação suicida, planejamento ou tentativa de suicídio 
 
TRATAMENTO 
O tratamento para o transtorno afetivo bipolar é diferente do tratamento de psicose e depressão 
isoladamente. O transtorno afetivo bipolar não faz uso de antidepressivos de primeira linha, mas sim, de 
estabilizadores de humor. O transtorno é ocasionado pela flutuação excessiva e exacerbada do humor, o 
que pode ser piorado com antidepressivos, que causam ciclagem dos humores. Os estabilizadores de humor 
como carbonato de lítio são capazes de atenuar os picos e vales humorais causados pelo transtorno. 
 
 
Ajustamento/Adaptação 
 
DEFINIÇÃO 
 
O transtorno de ajustamento é um dos diagnósticos 
diferenciais do transtorno de ansiedade generalizada. Diferente 
do TAG o transtorno de ajustamento ou adaptação requer 
obrigatoriamente um estressor identificável. No TAG os 
sintomas de ansiedade e preocupação são inespecíficos e 
muitas vezes não identificáveis. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
A. O desenvolvimento de sintomas emocionais ou 
comportamentais deve acontecer em resposta a um 
estressor identificável dentro de 3 meses do início do 
estressor. 
B. Os sintomas ou comportamentos devem ser clinicamente significantes, evidenciados pelos 
seguintes: 
1. Estresse desproporcional a severidade ou intensidade do estressor 
2. Disfunção social, ocupacional ou funcional importante 
C. O estressor não deve atingir critério para outra desordem mental ou exacerbação de outro distúrbio 
pré-existente 
D. Os sintomas não devem representar o luto fisiológico 
E. Ao estressor cessar, os sintomas não devem persistir por mais de 6 meses 
 
TRATAMENTO 
 
O tratamento para o transtorno de ajustamento faz uso de antidepressivos e ansiolíticos. O foco é 
primariamente sintomático com ênfase na retirada do estressor, haja visto que se trata de um transtorno 
essencialmente transitória. A psicoterapia também pode ser utilizada como meio de melhorar o estado 
afetivo, além da atividade física. 
 
 
Espectro esquizofrênico 
 
DEFINIÇÃO 
O espectro esquizofrênico e outros distúrbios psicóticos que envolvem esquizofrenia são definidos por 
anormalidades em um ou mais dos seguintes domínios: delírios (delusões), alucinações, pensamento 
desorganizado, comportamento motor anormal e sintomas negativos. 
A principal diferença entre distúrbios psicóticos e a esquizofrenia são o aparecimento de sintomas 
negativos, entre as quais estão: 
 Avolição 
 Desinteresse social 
 Anedonia 
 Pouca expressão facial 
 Mutismo ou fala diminuída 
 
DIAGNÓSTICO 
Para o diagnóstico de esquizofrenia, são propostos os seguintes critérios: 
A. Duas ou mais dos seguintes sintomas presentes por uma porção significativa de tempo durante 1 
mês, sendo obrigatórios no mínimo um dos 3 primeiros sintomas: 
1. Delusão/delírio 
2. Alucinações 
3. Fala desorganizada 
4. Comportamento desorganizado ou catatônico 
5. Sintomas negativos (expressão emocional diminuído ou avolição) 
B. Prejuízo no campo de trabalho, relações interpessoais, acadêmicos 
C. Duração dos sintomas superior a 6 meses 
D. Excluir episódios depressivos ou maníacos 
E. Não atribuível a medicações, drogas ou outras condições fisiológicas 
 
TRATAMENTO 
O tratamento de esquizofrenia é realizado principalmente a partir do uso de antipsicóticos. Os 
antipsicóticos podem ser divididos em típicos e atípicos. Os antipsicóticos típicos foram os primeiros a 
serem desenvolvidos e possuem ação dopaminérgica, concedendo lhes efeitos colaterais extrapiramidais. 
Os antipsicóticos atípicos são de ação primariamente serotonérgica, e menos efeitos colaterais 
extrapiramidais. 
 
Delirium 
 
DEFINIÇÃO 
 
Também conhecido como o estado confusional agudo, o delirium é um estado de causa orgânica que leva 
a declínio das funções mentais basais que se desenvolve ao longo de um período variando de horas a dias. 
O delirium é causado por um processo orgânico agudo que é, obrigatoriamente, um problema químico, 
funcional ou estrutural identificável ocasionado fora do encéfalo, que de uma maneira ou outra acaba 
afetando o encéfalo. 
Fatores predisponentes 
 65 anos ou mais 
 Sexo masculino 
 Demência 
 Comorbidade física (falha biventricular, 
câncer, doença cerebrovascular) 
 Comorbidade psiquiátrica (depressão) 
 Distúrbio sensorial (visual, auditiva) 
 Dependência funcional (depende de um 
cuidador) 
 Desidratação/desnutrição 
 Dependência e/ou vícios 
 Etilismo 
Fatores precipitantes 
 
 
 
 
 
Manifestações 
 Desatenção (100%) 
 Distúrbio de memória (64-100%) 
 Rebaixamento do nível de consciência (45-100%) 
 Perda de orientação no tempo-espaço (43-100%) 
 Onset agudo (93%) 
 Pensamento desorganizado (59-95%) 
 Distúrbio cognitivo difuso (77%) 
 Distúrbio de linguagem (41-93%) 
 Distúrbio de sono (25-96%) 
 Mudanças de humor (43-63%) 
 Mudanças psicomotoras (38-55%) 
 Delírios (18-68%) 
 Alucinações (17-55%) 
 
DIAGNÓSTICO 
 
A. Distúrbio de atenção e orientação. Sintoma obrigatório. 
B. Onset agudo com flutuações ao longo do dia 
C. Pelo menos um distúrbio cognitivo associado (memória, orientação, linguagem, etc.) 
D. Os distúrbios no critério A & C não podem ser causados por outro desordem neurocognitivo 
E. Evidência que os sintomas apresentados sejam de consequência fisiológica direta de outra 
condição médica como intoxicação, abstinência, entre outros

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