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Universidade Paulista - UNIP PRÁTICA CLÍNICA DO PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA MULHER 5/6° Semestres 2022/2 AULA PRÁTICA ROTEIRO 6 EXAME FÍSICO DA GESTANTE Técnicas propedêuticas 1. Palpação 2. Mensuração 3. Ausculta 4. Toque vaginal 1. PALPAÇÃO Objetivos: · Avaliar o desenvolvimento uterino e fetal. · Diagnosticar desvios da normalidade do desenvolvimento fetal a partir da relação entre altura uterina e idade gestacional. · Identificar a situação fetal (3º trimestre) · Longitudinal, transversa ou oblíqua · Identificar a apresentação fetal (3º trimestre) · Cefálica, pélvica ou córmica · Identificar o dorso do feto (3º trimestre). · A partir do 7º mês de IG pode-se palpar partes fetais (paredes uterinas mais finas e distendidas). 1.1 Apresentação fetal Região fetal que ocupa a área do estreito superior da pelve da mulher e que nele se insinuará. Córmica (de ombro) 1.2 Situação fetal Relação entre o maior eixo uterino e fetal. Longitudinal Transversal 1.3 Palpação obstétrica Posição da Gestante · Decúbito dorsal, com a cabeça levemente fletida; · Membros superiores paralelos ao longo do tronco; · Membros inferiores em extensão; · Abdômen descoberto. Técnica (Escola Alemã) – Manobras de Leopold 1ª - Fundo Uterino 2ª - Flancos 3ª - Mobilidade cefálica 4ª - Escava 1º tempo: Fundo Uterino Objetivos: · Exploração do FUNDO UTERINO · Identificar a parte fetal que ocupa o fundo uterino. Características do polo cefálico: · Resistente · Liso · Irredutível e · Regular Características da pelve: · Menos duro · Mais volumoso · Redutível · Superfície irregular 2º tempo: flancos Objetivos: · Exploração dos FLANCOS · Identificar o dorso fetal e os membros Fixar uma mão e com a outra explorar o abdômen materno com pressões e compressões. Características do dorso fetal: · Contínuo e resistente. Características dos membros fetais: · Cilindros que fogem às mãos. 3º tempo: mobilidade cefálica Objetivos: · Exploração da MOBILIDADE CEFÁLICA FETAL · Verificar se o polo cefálico fetal (cabeça) está alto e móvel ou ajustado e fixo em relação ao estreito superior. · Executar movimentos de lateralidade, com os dedos apoiados na fronte e no occipício. 4º tempo: escava Objetivos: · Verificar se a apresentação fetal está no estreito superior da pelve materna. · Confirmar a apresentação fetal por meio do preenchimento ou não da escava. Situação · Longitudinal · Quando os dedos comprovam a presença da apresentação. · Transversal · Quando não existe o preenchimento da pelve. 2. MENSURAÇÃO DA ALTURA UTERINA (AU) Objetivos: · Acompanhar o crescimento fetal. · Detecção precoce de alterações. · Correlação entre IG (semanas) e AU (centímetros) Material: · Fita métrica flexível Gestante: · Solicitar o esvaziamento vesical (aumento 3-4 cm) · Posicionar em decúbito dorsal (abdômen descoberto) Técnica: 1º - Delimitar as regiões: Borda superior da sínfise púbica Fundo uterino 2º - Ficar a extremidade inicial da fita métrica (0 cm) na borda superior da sínfise púbica com uma das mãos. 3º - Deslizar a fita métrica entre os dedos indicador e médio da outra mão sob a linha mediana do abdômen até o fundo do útero com a margem cubital da mesma mão. 4º - Anotar o valor na ficha da gestante e no cartão da gestante 5º - Preencher a Curva de altura uterina no Centro Latino-Americano de Perinatologia (CLAP) 3. AUSCULTA OBSTÉTRICA Objetivos: · Avaliar a vitalidade fetal · Constatar a presença, ritmo e a frequência dos batimentos cardíacos fetais (BCF) · Verificar presença de gestação múltipla Equipamentos Estetoscópio de Pinard OU Sonar Doppler Ausculta com o estetoscópio de PINARD · Posicionar a abertura mais ampla do Pinard (parte coletora) perpendicularmente sobre o abdome da gestante no local identificado como foco de escuta. · Encostar o pavilhão auricular na outra extremidade do estetoscópio (parte auricular), com a cabeça voltada para os pés da cliente. · Pressionar levemente a cabeça sobre o estetoscópio, mantendo postura cômoda. · Retirar a mão do estetoscópio (podendo apoiar o lado oposto do abdome). · Contar os BCF por um minuto, observando ritmo e frequência. Ausculta com o SONAR · Identificar foco de ausculta. · Colocar pequena quantidade de gel no transdutor do sonar antes de ligar o estetoscópio e antes de posicioná-lo na região abdominal da gestante. · Contar os BCF por um minuto, observando ritmo e frequência. Ruídos a serem captados a) FETO · BCF · Sonar: a partir 10ª – 12ª semana de IG · Pinard: a partir 17ª ou 18ª semana de IG – média 20ª semana · Sopro funicular · Sons do cordão umbilical b) MATERNO · Artéria uterina · Aorta abdominal Normal · 120 e 160 batimentos por minuto (bpm) Últimas semanas de gravidez: · Pode ocorrer queda gradual da FCF · Normal: 110 e 160 bpm 4. TOQUE VAGINAL Realizado pelo enfermeiro obstetra. · Bidigital · Mulher em posição ginecológica · Colocar luvas de procedimento · Descobrir somente a genitália externa · Entreabrir os pequenos lábios · Introduzir os dedos indicador e médio ajustados em direção ascendente. · Avaliar características: · Paredes da vagina · Colo uterino · Posição, consistência, comprimento e permeabilidade. · Identificar a presença de obstáculo no trajeto vaginal · Identificar polo fetal: · Cefálico: duro, arredondado e liso · Pélvico: menos duro, mais volumoso e irregular
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