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MECANISMO DE PARTO

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Prévia do material em texto

1 Melinna Cardoso – P5 
MECANISMO DE PARTO 
RELAÇOES UTERO FETAIS 
Estabelecidas através da manobra de Leopold: 
ATITUDE 
Relação das partes fetais entre si. Na maioria das 
vezes, o feto apresenta atitude de flexão generalizada. 
A ausência persistente de flexão de todos os membros 
é anormal e pode significar sofrimento fetal grave por 
perda do tônus muscular. 
 
SITUAÇÃO 
Consiste na relação entre o maior eixo da cavidade 
uterina e o maior eixo fetal. Essa relação dá origem a 
três possibilidades de situação fetal: longitudinal, 
transversa e oblíqua. 
 
APRESENTAÇÃO 
Região fetal que ocupa a área do estreito superior da 
mãe e nela vai se insinuar. 
 Quando a situação fetal é longitudinal, há 
duas possibilidades de apresentação: cefálica 
ou pélvica. 
 Nas situações transversas, por sua vez, duas 
outras possibilidades ocorrem: as 
apresentações córmicas (ou de ombro), em 
que o dorso fetal se apresenta anterior ou 
posteriormente, ou as apresentações dorsais 
superior e inferior. 
OBS: Em situações anômalas, pode haver extensão da 
coluna com deflexão do polo cefálico, o que leva às 
apresentações defletidas de 1º, 2º e 3º graus. 
 No primeiro grau de deflexão, surge, no centro da 
área do estreito superior, como ponto de 
referência fetal, o bregma (apresentação de 
bregma). 
 No segundo, surge a glabela como ponto de 
referência fetal (apresentação de fronte). 
 No terceiro, é o mento que surge como ponto de 
referência fetal (apresentação de face). 
 
POSIÇÃO 
Relação do dorso fetal com o lado materno. Assim, 
diz-se que a posição fetal é esquerda (primeira 
posição) ou direita (segunda posição). A finalidade da 
posição é buscar a melhor localização para ausculta 
cardíaca fetal durante o trabalho de parto, que será 
ipsilateral a seu dorso na maioria das vezes. 
VARIEDADE DE POSIÇÃO 
A variedade de posição complementa a orientação 
espacial do concepto ao relacionar um ponto de 
referência da apresentação fetal com um ponto de 
referência ósseo da bacia materna, levando- se em 
consideração as faces anterior, posterior ou lateral da 
gestante. 
Condicionou- se, para tal, o emprego de três letras 
como nomenclatura definidora de apresentação, 
posição e variedade de posições fetais: 
1. A primeira letra diz respeito ao ponto de 
referência da apresentação fetal: O (occipício). B 
(bregma), N (naso), M (mento), S (sacro) e A 
(acrômio). 
2. A segunda letra refere- se ao lado materno para 
o qual está voltado o ponto de referência fetal 
(posição): D (direita) e E (esquerda). OBS: essa 
letra é suprimida nas variedades anteroposteriores 
(sacral e púbica). 
3. A terceira letra indica a variedade de posição, 
conforme o feto esteja voltado para o ponto de 
 
2 Melinna Cardoso – P5 
referência ósseo da bacia materna: A (anterior) - 
eminência ileopectlnea, T (transversa) - 
extremidade do diâmetro transverso, P (posterior 
ou púbis) – sinostose sacroilíaca ou púbis, S 
(sacro) - materno. 
 
Para a avaliação fetal durante o trabalho de parto 
realiza-se toque vaginal procurando identificar a 
variedade de posição, tendo por base a relação entre 
pontos de reparo (acidentes ósseos) maternos e fetais, 
além de observar os pontos de referência e as linhas 
de orientação. 
Pontos de referência importantes: 
 Fontanela lambdoide (em forma de Y); 
 Fontanela bregmática (em forma de losango). 
Linhas de orientação: 
 Sutura sagital: cefálicas fletidas. 
 Sutura sagitometópica: cefálicas defletidas de 1º 
grau ou bregmáticas. 
 Sutura metópica: cefálicas defletidas de 2º grau ou 
de fronte. 
 Linha facial: cefálicas defletidas de 3º grau ou de 
face. 
 Sulco interglúteo: pélvicas. 
 
 
 
TEMPOS DE MECANISMO DO PARTO 
INSINUAÇÃO 
Passagem do maior diâmetro da parte apresentada 
através do anel do estreito superior da bacia materna. 
Na maioria das mulheres, quando a parte fetal 
apresentada está insinuada, significa que o ponto de 
referência ósseo fetal está no nível das espinhas 
isquiáticas maternas (plano 0 de De Lee). 
 
OBS: A ocorrência de insinuação indica que o estreito 
superior é adequado para a passagem do feto, mas 
não permite inferir as características dos estreitos 
médio e inferior. 
 Mecanismo de flexão cefálica: pressão axial 
do feto; 
 Assinclitismo X Sinclitismo: um dos ossos 
parietais atravessará o estreito superior da 
pelve antes do outro, aproximando a sutura 
sagital de um dos ossos do eixo 
anteroposterior da bacia materna (púbis ou 
sacro). Ou seja, assinclitismo é um mecanismo 
para diminuir diâmetro, passa um osso parietal 
por vez. 
 
3 Melinna Cardoso – P5 
 
 Cavalgamento – quando os ossos do crânio 
se adaptam para um menor diâmetro ao 
passar através do canal de parto. 
DESCIDA 
 É a passagem do polo cefálico (ou da apresentação 
fetal em geral) do estreito superior para o estreito 
inferior da pelve materna. Na prática clínica, usa-se o 
esquema de De Lee, com os planos ditos em 
centímetros, a partir das espinhas isquiáticas. 
 Móvel: > -3 cm. 
 Ajustada ou fixada: ·3, ·2 ou -1 cm. 
 lnsinuada: 0. 
 Fortemente insinuada: +1, +2 ou +3 cm. 
 Baixa: +4 ou +5 cm ( já aflorando na vulva). 
ROTAÇÃO INTERNA 
O objetivo da rotação interna é coincidir o diâmetro 
anteroposterior do polo cefálico com o maior diâmetro 
da bacia materna. 
Os diâmetros com maiores proporções variam, 
dependendo do estreito em que se encontra a cabeça 
fetal. 
Assim, o estreito superior apresenta maior dimensão 
no sentido transverso; no estreito médio, o sentido 
anteroposterior é maior ou eles têm iguais proporções; 
e no inferior o anteroposterior é maior. 
OBS: A rotação normalmente traz o ponto de 
referência fetal para a frente, junto ao púbis, o que é 
denominado rotação anterior (ou púbica). Quando, 
excepcionalmente, o feto roda para trás, díz se que 
ocorreu rotação posterior (ou sacra). 
 Nas apresentações cefálicas fletidas o occipício é o 
ponto de referência que irá percorrer a distância 
de um arco de circunferência, necessária para sua 
locação no subpúbis. 
 
 
DESPRENDIMENTO CEFÁLICO 
O desprendimento cefálico ocorre com a descida final 
da cabeça fetal em posição occipitopúbica, até que 
seja possível a locação do suboccipicio no subpúbis 
materno. 
Como o polo cefálico está em flexão, é necessário que 
ocorra o movimento de deflexão ou extensão da 
cabeça para ocorrer exteriorização do maciço frontal. 
Ocorre, portanto, a exteriorização do bregma, da 
fronte, do nariz e do mento do feto, sucessivamente. 
 
 
 
ROTAÇÃO EXTERNA 
A rotação externa da cabeça fetal leva o occipício a 
voltar-se para o lado materno que ocupava no interior 
do canal de parto. A sutura sagital apresenta-se em 
sentido transversal ao da fenda vulvar ao fim desse 
tempo. 
Nessa ocasião, as espáduas, que se insinuaram no 
diâmetro oblíquo oposto ao da cabeça fetal, rodam, 
trazendo o diâmetro biacromial para o diâmetro 
anteroposterior do estreito inferior. 
DESPRENDIMENTO DO OVÓIDE CÓRMICO 
Exteriorização das cinturas escapular e pélvica do feto. 
 Após a rotação das espáduas, o ombro anterior 
fixa-se no subpúbis e desprende-se por 
movimento de abaixamento. 
 Desprende-se então o ombro posterior por 
movimento de elevação e, em seguida, completa-
se a expulsão da cintura escapular. 
PARTO – FASES CLÍNICAS 
DILATAÇÃO E EXPULSÃO 
 os fenômenos clínicos e mecânicos do parto compõem 
uma unidade, completando-se ou se sucedendoem 
um ritmo que a contratilidade uterina, e só ela, 
comanda. Esses fenômenos resumem-se na abertura 
de dois diafragmas, o cervicossegmentário (colo do 
útero) e o vulvoperineal, através dos quais passa o 
feto. 
 Sob ponto de vista clínico, a ampliação do diafragma 
cervicossegmentário corresponde ao primeiro período 
 
4 Melinna Cardoso – P5 
do parto (fase de dilatação), e a passagem do feto pelo 
diafragma vulvoperineal corresponde ao segundo 
período (fase de expulsão) 
 A fase de expulsão se inicia quando a dilatação está 
completa e se encerra com a saída do feto. 
Caracteriza-se pela associação das contrações uterinas, 
força contrátil do diafragma e da parede abdominal 
que comprimem o útero de cima para baixo e da 
frente para trás. 
DEQUITAÇÃO 
 Começa com a saída total da criança e termina com a 
eliminação da placenta e seus anexos. 
PERIODO DE GREENBERG OU QUARTO 
PERIODO 
 Corresponde às primeiras 1 ou 2 horas após a saída da 
placenta. 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO CEFÁLICA DEFLETIDA 
A cabeça em atitude indiferente ou de semiflexão, em 
virtude da pressão axial, não evolui para flexão quando 
ocorre impedimento à descida do occipício. 
Isso ocorre em casos de bacias viciadas, contração 
ineficiente, anomalias de conformação da cabeça fetal 
e modificações na forma uterina, sobretudo quando o 
fundo uterino está muito desviado para um dos lados 
e arrasta consigo o tronco fetal, como ocorre nas 
grandes multíparas. 
 
 
 
 
CEFÁLICA DEFLETIDA DE 1º GRAU 
Os fatores de risco incluem multiparidade, 
desproporção cefalopélvica, braquicefalia fetal, bacias 
muito amplas ou feto pequeno. 
O diagnóstico de apresentação cefálica defletida de 1º 
grau é realizado intraparto, por meio do toque vaginal, 
com o qual se identifica a linha de orientação 
sagitometópica e a fontanela bregmática. 
OBS: O diagnóstico diferencial é feito com as 
variedades occipitoposteriores, nas quais se toca o 
lâmbda e a linha sagital. 
 
 
OBS: Aqui, a cabeça desprende-se em dois tempos: 
flete e libera o occipício para em seguida defletir e 
exteriorizar a fronte e a face. 
CEFÁLICA DEFLETIDA DE 2º GRAU 
Os fatores predisponentes repetem-se em relação às 
defletidas de 1º grau, acrescentando-se também 
causas como feto volumoso, feto pequeno, feto morto, 
dolicocefalia, polidrâmnio e placenta prévia. 
São extremamente raras e, a não ser em fetos muito 
pequenos ou macerados, não é possível a evolução 
para parto vaginal. 
 
5 Melinna Cardoso – P5 
No exame vaginal, é possível sentir a sutura metópica 
(como linha de orientação) e a glabela ou raiz do 
nariz, que corresponde ao ponto de referência fetal. 
 
OBS: Em relação aos planos de De Lee, situa-se 
sempre em nível mais alto. 
CEFÁLICA DEFLETIDA DE 3º GRAU 
Entre os fatores fetais estão: hidrocefalia acentuada, 
tumores cervicais anteriores, excesso de líquido 
amniótico e rotura intempestiva das membranas 
ovulares. 
Dos fatores maternos já citados em outros graus de 
deflexão, a multiparidade é o mais importante, pois a 
flacidez da musculatura abdominal faz com que o 
dorso fetal fique pendente, o que predispõe à 
extensão cervical do feto. 
 Ao toque vaginal, reconhece-se a linha de 
orientação representada pela linha facial, na qual é 
possível sentir glabela, nariz, boca e mento, este é o 
ponto de referência fetal. 
 
FENÔMENOS PLÁSTICOS DO POLO CEFÁLICO 
CAVALGAMENTO ÓSSEO DO POLO CEFÁLICO 
Tem por objetivo reduzir os diâmetros cefálicos, 
facilitando a adaptação e a descida da cabeça fetal 
pelo canal de parto. Ocorre por conta da grande 
plasticidade do polo cefálico, constituído por tabuas 
ósseas articuladas por suturas mais ou menos elásticas. 
 
BOSSA SEROSSANGUÍNEA 
Consiste na transudação dos vasos presentes entre a 
derme e o periósteo do cranio ou da face fetal, com 
instalação de infiltração local decorrente da pressão 
negativa gerada no centro do canal vaginal. 
OBS: Para que essa pressão negativa possa interferir 
na filtração plasmática local, é preciso que a bolsa das 
águas esteja rota. 
A bossa será tanto maior quanto mais prolongado for 
o período de trabalho de parto com membranas rotas. 
OBS: O diagnóstico diferencial é feito principalmente 
com o cefalematoma, que respeita o limite das suturas 
(ao contrário da bossa). 
 
APRESENTAÇÃO PÉLVICA 
A incidência de apresentação pélvica nas gestações a 
termo é de 3 a 4%. A frequência dessa apresentação é 
tanto maior quanto menor for a idade gestacional. 
APRESENTAÇÃO PÉLVICA COMPLETA: 
O feto permanece em atitude de flexão generalizada, 
com as coxas fletidas sobre o tronco e as pernas 
fletidas sobre as coxas (5 a 10%). 
APRESENTAÇÃO PÉLVICA NO MODO DE 
NÁDEGAS OU AGRIPINA: 
O feto fica com as coxas fletidas sobre o tronco e as 
pernas estendidas, de tal forma que os pés se 
encontram próximos ao polo cefálico (50 a 70%). 
APRESENTAÇÃO PÉLVICA INCOMPLETA OU 
MODO DE JOELHO OU DE PÉ: 
O feto apresenta uma ou ambas as coxas estendidas, 
de tal forma que permaneçam um ou ambos os 
joelhos ou pés no estreito superior (10 a 40%). 
 
6 Melinna Cardoso – P5 
 
FATORES PREDISPONENTES: 
1. Malformações e anomalias de conformação da 
cavidade uterina (mioma, tumores etc.); 
2. lnserção anômala de placenta; 
3. Multiparidade; 
4. Polidrâmnio; 
5. Malformação fetal (anencefalia, hidrocefalia ou 
teratoma sacrococcígeo); 
6. Gestação múltipla; 
7. Prematuridade; 
8. Restrição do crescimento fetal; 
9. Óbito fetal; 
10. Cordão curto. 
OBS: Estudos recentes mostraram que a cesárea 
eletiva reduz significativamente a mortalidade 
perinatal, a mortalidade neonatal e a ocorrência de 
morbidades neonatais graves. 
MECANISMO DE PARTO: 
1. Insinuação; 
2. Descida e rotação do polo pélvico; 
3. Desprendimento das espáduas; 
4. Desprendimento da cabeça. 
 
MANOBRA DE VERSÃO CEFÁLICA EXTERNA 
Manobra de modificação da apresentação fetal pélvica 
ou córmica para cefálica. 
CONTRAINDICAÇÕES: 
1. Gestação múltipla. 
2. Presença de oligoâmnio. 
3. Alteração da vitalidade fetal. 
4. Restrição do crescimento fetal. 
5. Presença de placenta prévia. 
6. Malformações uterinas. 
Atenção especial: quadros sugestivos de 
descolamento prematuro de placenta, sofrimento fetal, 
sangramento genital, compressão funicular, etc. 
TÉCNICA: 
Consiste em elevação delicada da apresentação (no 
caso, do polo pélvico) e apreensão dos dois polos, 
cada um com uma das mãos, reforçando a flexão 
cefálica. Desloca-se a pelve fetal para cima e a cabeça 
para baixo do abdome materno, suave e lentamente. 
MANOBRA DE BRACHT 
Consiste em atender ao parto em apresentação pélvica 
adotando uma atitude passiva, sem executar tração 
alguma, apenas orientando o feto, que é rebatido 
sobre o abdome da mãe. 
 
MANOBRA DE PINARD 
Nas apresentações pélvicas de nádegas, orienta-se 
realizar a manobra de Pinard, que consiste na 
transformação desse tipo de apresentação em pélvica 
completa. 
 
 
7 Melinna Cardoso – P5 
Manobras para o desprendimento das espáduas: 
MANOBRA CLÁSSICA DE DESPRENDIMENTO 
DAS ESPÁDUAS 
Utilizada em casos de 
resistência ao 
desprendimento com 
braços flexionados. 
Ela consiste na 
apreensão de um dos 
braços fetais (anterior 
ou posterior), 
aplicando-se os dedos 
indicador e médio no 
úmero e o polegar na 
axila,tracionando o braço pela face anterior do tórax 
fetal. 
MANOBRA DE DEVENTER-MULLER 
Baseia-se em movimentos pendulares de abaixamento 
e elevação do corpo fetal, procurando fazer com que o 
ombro anterior se encaixe no subpúbis e, em seguida, 
desprenda com auxílio digital. 
 
MANOBRA DE ROJAS 
A manobra de Rojas consiste na transformação da 
espádua posterior em anterior, por meio de tração, 
rotação axial e translação fetal. 
OBS: Essa manobra pode ser traumática, resultando 
em luxação de coluna cervical e sequelas neurológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANOBRA DE PAJOT 
Está indicada nos casos em que não houve apenas 
deflexão dos braços, mas também o deslocamento 
destes para a face anterior ou posterior da cabeça 
fetal. 
 
Manobras para desprendimento da cabeça 
derradeira: 
MANOBRA DE MC ROBERTS 
Consiste na hiperflexão da coxa materna para 
aumentar a amplitude dos estreitos médio e inferior da 
bacia. 
 
MANOBRA DE MAURICEAU 
Consiste em apreender o corpo fetal com uma das 
mãos sobre o dorso e os dedos indicador e médio 
em tomo da região cervical. A outra mão deve segurá-
lo pelo ventre, com os dedos indicador e médio 
locados no interior da boca fetal, na base da língua. 
Por meio de movimento de tração delicada, flexiona-se 
o tronco do feto para baixo e traz-se o mento de 
encontro ao esterno. Ao se visualizar a raiz do couro 
cabeludo, levanta-se o corpo do feto em direção ao 
ventre. 
 
 
 
8 Melinna Cardoso – P5 
MANOBRA DE CHAMPETIER-RIBES 
Indicada para casos em que o polo cefálico 
ultrapassou o estreito superior. 
São necessários dois auxiliares para realizá-la, além do 
obstetra. 
1. O primeiro auxiliar imprimirá compressão 
abdominal suprapúbica, no sentido do estreito 
inferior; o segundo auxiliar segurará o feto pelos 
pés, exercendo leve tração; e o obstetra operador 
apreende o feto, como na manobra de 
Mauriceau, mantendo a flexão do polo cefálico. 
 
2. A seguir, o segundo auxiliar eleva o corpo do feto, 
direcionando sua face lateral para o ventre 
materno, enquanto o operador imprime pressão 
na base lateral do crânio do concepto de baixo 
para cima. 
 
APRESENTAÇÃO CÓRMICA 
Deriva da situação transversa, em que o maior eixo 
fetal é perpendicular ao maior eixo materno. 
Suas variações são determinadas de acordo coma face 
materna para a qual o dorso fetal se direciona. Assim, 
reconhecem-se as variedades de posição 
dorsoanterior, posterior, superior e inferior. 
Assim como as apresentações pélvicas, são mais 
frequentes quanto menor for a idade gestacional, por 
causa da maior proporção entre a capacidade uterina e 
o líquido amniótico, quando comparados ao volume 
fetal. 
O parto vaginal é impossível, salvo em situações nas 
quais o feto é muito pequeno. 
 
 
CARACTERÍSTICAS AO EXAME 
 A presença de pequenas partes fetais no colo 
uterino e, por vezes, na vagina, é comum, 
configurando a procidência de membro; 
 O prolapso de cordão é acidente frequente; 
 No exame interno, com colo uterino pérvio, é 
possível tocar o gradeado costal e uma das 
espáduas fetais; 
 À palpação abdominal, observa-se, na gestante a 
termo, os polos pélvico e cefálico paralelos e 
situados um em cada fossa ilíaca. 
Linha de orientação da apresentação córmica: 
gradeado costal. 
 
VARIEDADE DE POSIÇÃO 
 Primeira letra: A de acrômio; 
 Segunda letra: lado do acrômio fetal que ocupa o 
estreito superior (D ou E); 
 Terceira: orientação do dorso (A ou P) 
 
A. Acrômio Direito Anterior 
B. Acrômio Esquerdo Posterior 
MECANISMO DE PARTO 
O parto nas apresentações córmicas é inerentemente 
distócico. É impossível ocorrer a passagem do feto 
pelo canal de parto nos casos de gestação a termo, 
ainda que morto . 
OBS: O mecanismo de parto descrito por alguns 
autores é baseado em casos de óbitos de fetos muito 
pequenos. 
Os riscos que advêm da escolha pela via vaginal são 
grandes, mesmo em rasos de fetos pequenos. 
Se o feto já não estiver morto, o óbito é inexorável. 
 
9 Melinna Cardoso – P5 
Entre outras complicações associadas a esse tipo de 
parto estão: 
 prolapso de cordão; 
 asfixia neonatal; 
 hipertonia, atonia e rotura uterina; 
 endometrite; 
 óbito matemo. 
Em feto vivo, a indicação de cesárea é mandatória 
como via de parto. 
CONDUPLICATO CORPORE 
Se o desprendimento se iniciar pela espádua 
insinuada, com liberação do tronco e da cabeça 
fetais sincronicamente. Na maioria das vezes, o que 
ocorre é o encravamento fetal. 
 
 
VERSÃO PÉLVICA INTERNA 
Reservada para feto morto. 
Consiste na incisão segmentar transversa no útero e a 
extração pélvica do concepto. 
OBS: A via vaginal com embriotomia, nos casos de 
óbito fetal, já não é mais utilzada nos dias atuais.

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