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Aula 8 leoriki (2)

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AULA 7: DOENÇAS DERMATOLÓGICAS COM REPERCUSSÃO NA CAVIDADE ORAL E 
UAR 
 
 
PÊNFIGO VULGAR: 
Dermatose que formam vesículas e bolhas, autoimune, grave evolução clínica, 
afeição para adultos e ambos os sexos. 
➢ É uma dermatose mucocutânea vesicuobolhosa autoimune, pouco comum 
com grave evolução clínica. 
➢ É afecção quase exclusiva da idade adulta e sem predisposição por sexo 
➢ Caracterizada pelo surgimento de lesões vesicobolhosas na pele e/ou 
mucosas; 
 
Clinicamente: mucosa oral, 50 anos, dor forte, ardência, hipersalivação, dificuldade 
para falar e comer, presença de vesículas ou bolhas que se rompem ao menor 
trauma, transformando-se em úlceras persistentes de fundo hemorrágico, bordas 
irregulares e intensamente dolorosas (até 2 anos antes de lesões de pele). Primeiro 
indicio de pênfigo, quando o paciente apresenta bolhas que viram ulceras em 
cavidade oral, avisam da manifestação até 2 anos antes. 
 
➢ Paciente diz que existe bolha mas é difícil identificar no momento de 
diagnóstico 
➢ Erosões irregulares e ulcerações com fundo hemorrágico, em palato, 
mucosa labial, mucosa jugal, ventre da língua e gengiva 
➢ Envolvimento ocular menos frequente, talvez conjuntivite bilateral 
inflamatória. 
 
Oral: tipos de pênfigo - vulgar e vegetante. Ambos afetam a mucosa oral. 
➢ Lesões bucais: primeiro sinal da doença - -2 anos antes. 
 
Pênfigo vulgar é o mais comum. 
 
➢ Ocorre uma produção anormal de autoanticorpos que são dirigidos contra 
proteínas de superfície da célula epidérmica, a desmogleina 3 e 1, 
responsáveis pela adesão celular → Como resultado desse ataque 
imunológico, uma fenda se desenvolve dentro do epitélio, causando a 
formação de uma bolha intraepitelial. 
 
Ocorre produção anormal de anticorpos que destroem a desmogleína 3 e 1, 
responsáveis pela adesão celular, ocasionando fenda no epitélio e uma bolha 
intraepitelial 
 
 
 
 
 
 
 
Sinal de Nikolski + manobra semiotécnica em área suspeita, faz-se pressão digital 
ou instrumental, e irá formar a bolha na hora. Provável diagnóstico de pênfigo 
 
CC: 
➢ Início: mucosa bucal 
➢ Idade média: 50 anos 
➢ Dor forte, ardência, hipersalivação, dificuldade para falar e comer 
➢ Erosões irregulares e ulcerações com fundo hemorrágico; 
➢ Palato, mucosa labial, mucosa jugal, ventre da língua e gengiva. 
➢ Vesículas ou bolhas intrabucais, raramente são identificadas ao exame 
clinico – rompem facilmente 
➢ Envolvimento ocular: menos frequente. 
 
 
 
 
 
 
 
➢ + de 50% dos pacientes: lesões bucais antes das lesões cutâneas. 
➢ Quase todos os pacientes: envolvimento intrabucal. 
➢ Pele: vesículas e bolhas flácidas que se rompem com rapidez. 
 
 
PÊNFIGO VEGETANTE: muito mais rara 
 
Variante “benigna”, 1% a 2% de todos os casos. Ao invés de úlceras são formadas 
placas menos dolorosas hiperpigmentadas de aspecto verrucoso. Iniciam-se em 
mucosa oral ao evoluírem, acometem áreas de flexão e intertriginosas 
 
Foleáceos - – outras variantes. Não acometem a cavidade oral. 
Paraneoplásico – extremamente agressivo, principalmente associado ao câncer. 
Tratamento oncológico. (Linfoma ou Leucemia) 
 
Biópsia incisional: tecido perilesional, não em úlceras - separação intraepitelial logo 
acima da camada de células basais do epitélio. Citologia esfoliativa (células 
acantolíticas), Imunofluorescência (IF) direta, indireta e ELISA. 
 
➢ Tecido Perilesional: separação intraepitelial logo acima da cama de células 
basais do epitélio. 
 
Tratamento: 
➢ corticosteroides sistêmicos (prednisona 80-300mg) 
➢ médico com experiência em terapia imunossupressora combinada 
➢ pode sofrer resolução embora remissões são comuns 
➢ taxa de mortalidade de 5 a 10% devido às complicações de uso de 
corticosteroides a longo prazo. 
 
PENFIGÓIDE DAS MEMBRANAS MUCOSAS: 
➢ O Penfigóide das membranas mucosas representa um grupo de doenças 
autoimunes mucocutâneas vesiculobolhosas crônicas, no qual auto 
anticorpos ligados aos tecidos são dirigidos contra um ou mais componentes 
da membrana basal; 
➢ Penfigóide cicatricial – acometimento ocular 
➢ Semelhante ao Pênfigo – “óide” 
 
Grupo de doenças autoimunes vesiculobolhosas mucocutâneas, no quais 
anticorpos ligados ao tecido são dirigidos contra um ou mais componentes da 
membrana basal 
Ocorre lá na membrana basal (soltura) 
 
Penfigóide cicatricial: tem acometimento ocular (mais grave) 
Semelhante ao pênfigo, 2x mais comum, curso clínico mais indolente que o pênfigo 
 
Clinicamente: mulheres, adultos, 60 anos, lesões orais na maior parte, conjuntiva, 
nasal, esofágica, laríngea e vaginal, se iniciam como vesículas e bolhas que podem 
ser identificadas clinicamente (fenda subepitelial), ao contrário do pênfigo. Lesões 
em pele não são comuns. Padrão de gengivite descamativa. Complicação mais 
grave: simbléfaro (junção das conjutivas), entrópio, triquíase. (as pálpebras se 
cicatrizam para dentro) envolvimento de mucosa vaginal: dispareunia 
 
PENFIGÓIDE BOLHOSO: 
 
Incomum na mucosa oral, idosos, 70+, prurido na pele, bolhas e crostas sem 
cicatrizes 
biópsia incisional: perilesional, evitar epitélios soltos, IF direta. 
 
Tendencia e não deixar cicatrizes 
Diagnóstico – Biópsia Incisional (tecido perilesional). Evitar epitélios soltos; IF direta. 
 
Tratamento: corticoterapia tópico, em não remissão a corticoterapia é sistêmica, 
tetraciclinas, corticóide com imunossupressor, paciente avisado que pode 
recidivar, reavaliados constantemente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍQUEN PLANO: 
 
Desordem mucocutânea de etiologia desconhecida, a partir de uma resposta 
imunológica frente a alteração antigênica de queratinócitos, comum em mulheres, 
30-70, raro em crianças, qualquer sítio de mucosa oral e normalmente 
bilateralmente 
 
• Afeta, aproximadamente, 1-2% da população mundial 
• Mais comumente, mulheres, na 3° a 7°década de vida, sem predisposição 
étnica evidente. Raramente acomete em crianças. 
 
75% pacientes têm lesões orais, 10% vai possuir lesões cutâneas, diagnóstico por 
correlação de aspecto clínico +histopatológico 
 
O diagnóstico é determinado pela correlação clínica e histopatológica. 
 
Doença crônica afeta pele, anexos cutâneos e mucosas, mucocutânea 
imunomediada, relação com estresse e ansiedade controversa. 
 
Clinicamente: adultos de meia idade, acomete mais mulheres 
 
- reticular: mais comum, assintomática, região posterior da mucosa jugal 
bilateralmente, estrias de Wickham (aspecto de rede), pode apresentar 
fases de remissão e exacerbação. Pode apresentar lesões em placa e 
papulares. 
- “Reticular’ = padrão característico de linhas brancas entrelaçadas (também 
conhecido como estrias de Wickham). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- erosivo: sintomático, atrófico, eritematosas, ulceração central, ao redor da 
ulceração há estrias. Mucosa gengival há gengivite descamativa. Lesões em 
pele são pápulas poligonais e vermelhas, superfície flexora, linhas brancas 
- > Lesões sintomáticas 
- > Áreas eritematosas, atróficas, com ulceração central. 
- > Periferia das regiões atróficas costuma ser circundada por finas estrias 
brancas irradiadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Superfície das pápulas da pele: linhas brancas finas semelhantes a um 
rendilhado (estrias de wickham). 
 
Variante erosiva: como uma lesão potencial em se transformar em câncer. 
Potencial transformação maligna? OMS, 5 a 6% 
 
Diagnóstico: o reticular pode ser fechado com os sinais patognomônicos, o erosivo 
necessita de biópsia 
 
Eliminar desordens associadas: deficiência de Hb ferro, vitamina B12, ácido fólico, 
cisteína sérica, alopécia, HCV (hepatite C) 
 
DIFERENCIAR DE REAÇÕES LIQUENÓIDES: reação de hipersensibilidade do tipo IV – 
th2, unilateral, por medicações (AINES, anticonvulsivante, anti hipertensivo, anti 
maláricos), restaurações e próteses metálicas associadas, a remoção do agente 
leva a resoluçãoda lesão 
 
Tratamento: 
reticular - nenhum é necessário, quando há candidíase se recomenda uma terapia 
antifúngico, reavaliação anual 
erosivo - 1. corticosteroides tópico intralesional e sistêmico, 2. retinóides, 3. terapia a 
laser / pdt, 4. inibidor de calcineurina, 5. ciclosporina (25-200mg), 6. drogas 
alternativas e métodos 
A corticoterapia escolhida primeiro vai ser a tópica, caso não der certo, coloca a 
sistêmica. A terapia não é curtativa, mas sim, dirigida para controlar a inflamação e 
os sintomas associados. 
 
 
LÚPUS ERITEMATOSO: 
 
imunomediada, com 3 formas clinico-patológicas: sistêmico,cutâneo crônico e 
subagudo 
 
➢ Lúpus eritematoso sistêmico (LES): envolve diversos sistemas, com uma 
variedade de manifestações cutâneas e bucais. 
➔ Aumento na atividade dos linfócitos B e função anormal dos linfócitos T. 
➢ Lupus eritematoso cutâneo crônico (LECC): afeta principalmente a pele e a 
mucosa bucal e o prognóstico é bom. 
➢ Lúpus eritematoso cutâneo subagudo (LECS): características clínicas 
intermediárias entre o LES e LECC. 
 
LES: doença autoimune rara, mais frequente em mulheres, a partir de um 
desequilíbrio do sistema imunológico → Defesa imunológica contra tecidos do 
próprio organismo como pele, articulações, fígado, rins e cérebro 
 
Difícil diagnóstico inicial, febre, perda de peso, artrite, fadiga, mal-estar 
generalizado, 40-50% exantema borboleta sobre malar e nasal, luz solar agrava as 
lesões, período de remissão ou de inatividade da doença 
 
Oral: 5 a 25% dos pacientes, palato, mucosa jugal e gengiva 
 
LECC: pouco ou nenhum sintoma sistêmico, 
Lúpus eritematoso discóide - placas eritematosas que descamam, atrofiam, 
distúrbio de pigmentação, mais evidentes na pele exposta ao sol, dolorosas, 
ulceração e estrias, raramente ocorrem na ausência de lesões cutâneas 
➢ Uma área central eritematosa ulcerada ou atrófica, circundada por estrias 
brancas finas e irradiadas – semelhantes líquen plano oral (LPO) 
➢ Dolorosas 
➢ Porém, raramente ocorrem na ausência de lesões cutâneas. 
 
 
LECS: intermediárias, lesões em pele são mais evidentes 
 
Diagnóstico: além das características clinicas e microscópicas, vários estudos 
imunológicos podem auxiliar no estabelecimento do diagnóstico do LE. 
FAN (1,2), de anticorpos – exames de sangue. 
 
Tratamento: evitar luz solar, anti inflamatório e imunossupressores, corticosteróides 
sistêmicos e tópicos, prognóstico variável, causa de morte mais comum é a 
insuficiência renal 
 
ULCERAÇÃO AFTOSA RECORRENTE: aphtae - acender fogo 
 
Responsáveis por causarem afta: Alergia, predisposição genética, influência 
hormonal, fatores imunológicos, agentes infecciosos, deficiência nutricional, 
estresse e trauma 
 
- menores: mais comum 80%, menor taxa de recorrência, sintomas 
prodrômicos, mácula eritematosa, infância ou adolescência. até 10mm de 
diâmetro, 14 dias de duração, 1 a 5 lesões 
- maiores: 1 a 3 cm, 2 a 6 semanas, cicatriz, 1 a 10 lesões, pós puberdade 
- herpetiformes: maior número de lesões (100), maior taxa de recorrência, 01 a 
03 mm de diâmetro, 7-10 dias de duração 
 
Exames solicitados; hemograma, ferritina, vitamina B12, ácido fólico. 
 
Conduta; pesquisar doenças associadas e fatores precipitantes 
 
Tratamento: corticóides tópicos - elixir de dexametasona, propionato de clobetasol 
a 0,05%, laser de baixa intensidade e ORABASE (triancinolona acetonida) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 8: MANIFESTAÇÃO ORAL E MANEJO DO PACIENTE COMPROMETIDO 
SISTEMICAMENTE 
 
 
Exame clínico: anamnese, investigação da queixa principal, história médica atual e 
pregressa, uso de medicamentos 
 
Doença sistêmica presente? 
- NÃO : TRATAMENTO CONVENCIONAL 
- SIM : 
ESTÁ EM TRATAMENTO? 
SIM 
● conhecer as implicações da doença e do seu tratamento na boca 
● conhecer as possíveis inter relações do tratamento odontológico com 
a condição do paciente e medicamentos que está em uso 
NÃO 
● conhecer as possíveis implicações do tratamento odontológico na 
condição do paciente e virce-versa 
 
Planejamento de risco: natureza da gravidade de condição do paciente, 
estabilidade da condição do paciente, capacidade funcional e condição 
emocional, tipo e extensão do procedimento planejado 
 
DOENÇAS: cardiovasculares, diabetes mellitus, pulmonares, renais, hematológicas, 
osteoporose, hepáticas, neoplasias, uso de medicamentos e alergias 
 
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA: 
emergência vem antes da urgência 
- urgência ocorre quando o paciente tem uma situação de gravidade 
variável (dor) que não pode ser adiada e deve ser resolvida rapidamente 
- emergência é um termo médico que representa uma situação na qual o 
paciente precisa ser atendido imediatamente, pois se encontra em risco de 
morte iminente. 
Paciente que tem uma PCR em consultório. 
 
Doenças cardiovasculares: 
 
- endocardite infecciosa (pode ser proveniente de procedimentos da 
cavidade oral): infecção na superfície endotelial do coração e válvulas 
cardíacas, alta gravidade (difícil tratamento), alta mortalidade e morbidade, 
formação de trombo, alojamento de MO no trombo, embolia e danos 
cardíacos. 
- PROFILAXIA ANTIBIÓTICA PRÉ OPERATÓRIA: válvulas cardíacas protéticas, 
endocardite prévia, doenças cardíacas congênitas, transplantados 
cardíacos com valvulopatias. 
 
➢ Dano superficial endotelial 
➢ Formação do trombo estéril 
➢ Bacteremia transitória 
➢ Alojamento de MO no trombo (vegetação) 
➢ Obstrução ou embolização (AVE e infarto) 
➢ Danos cardíacos (Insuficiência Cardíaca – Morte) 
 
PENICILINA: AMOXICILINA VIA ORAL - ADULTOS 2MG, CRIANÇAS 50MG/KG 
OU AMPICILINA - ADULTOS 2G IM OU IV, CRIANÇA - 50MG/KG IM OU IV 
 
ALÉRGICOS A PENICILINA: CLINDAMICINA (VIA ORAL) - ADULTOS 600 MG, 
CRIANÇAS 20MG/KG ; AZITROMICINA (VIA ORAL) - ADULTO 500MG, CRIANÇA 
15MG/KG ; CEFAZOLINA OU CEFTRIAXONA - ADULTOS 1 MG IM OU IV, 
CRIANÇAS 50MG/KG, FOSFATO DE CLINDAMICINA - ADULTS 600 IM OU IV, 
CRIANÇA 20MG/KG IM OU IV 
 
todos os procedimentos que levem a perfuração de mucosa em pacientes 
de risco 
conduta: identificar o paciente de risco, profilaxia nos casos indicados, 
reforçar orientação de higienização e controle de biofilme, manter contato 
com paciente. 
 
- Hipertensão arterial: crônica, multifatorial, >140 e >90, verificar pressão 
arterial, anotar os medicamentos usados e posologia, investigar se tem 
complicação da doença hipertensiva (IC, Doença Renal); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Doença crônica, multifatorial, silenciosa e de evolução lenta caracterizada 
por níveis elevados e sustentados de PA. 
➢ Associada frequentemente a danos a órgãos-alvo (coração, encéfalo e rins) 
➢ Aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paciente controlado mas há pico de tensão por nervosismo - prescrever ansiolítico 
anestésicos locais com vasoconstritores? não é contra indicado, ATÉ 2 TUBETES POR 
ATENDIMENTO, evitar norepinefrina e levonordefrina (aumentam a PA) 
O uso de anestésicos locais com vasoconstritores não é contraindicado, desde que 
não sejam administrados mais de dois tubetes por atendimento clínico. Os 
anestésicos que possuam como vasoconstritores a norepinefrina e a levonorderfrina 
devem ser evitados em pacientes hipertensos, pelo aumento significativo da 
pressão arterial que estas drogas causam. 
➢ A dor estimula a liberação de catecolaminas endógenas, aumentando a 
PA. 
 
➢ Prescrição de AINES podem elevar PA, antiagregante plaquetário (risco 
cirúrgico de sangramento) 
 
➢ Cuidados odontológicos: estresse; uso de calmantes (benzodiazepínicos); 
uso de anestésicos com vasoconstrictor – é indicado caso o paciente esteja 
com a PA controlada. 
➢ Medicamento e efeitos orais: hipossalivação e xerostomia, reação 
liquenóide, gosto metálico na boca, hiperplasia gengival 
 
- cardiopatia isquêmicas: estreitamento dasartérias coronárias, aterosclerose, 
infarto do miocárdio, morte súbita 
- arritmias cardíacas, 
- insuficiência cardíaca 
 
Diabetes mellitos: Representa um grupo de doenças caracterizadas por 
hiperglicemia, como resultado da deficiência na produção de insulina, resistência 
periférica a sua ação ou ambas; 
• Brasil: 14 milhões de pessoas com DM; 
• Fatores de risco: obesidade e histórico familiar (DM – II); 
Tipos de diabetes: 
• Tipo 1: insulino-dependente: 1 a 10% dos casos; acomete principalmente 
jovens; Não produz insulina, as ilhotas de langehans são afetadas, entrando 
em colapso, não produzindo insulina. 
• Tipo 2: não insulino-dependente: 90 a 95 % dos casos; acomete 
principalmente acima dos 50 anos de idade; Resistência periférica ao uso, 
ação da insulina. 
Sinais e sintomas – Diabetes: 
• Polidpsia (vontade de beber muita água), poliuria (vontade de urinar muito), 
polifagia (vontade de comer de forma excessiva), perda de peso, fadiga 
• Maior susceptibilidade a infecções 
• Tipo 1 – inicio dos sintomas é agudo e rápido – situações de emergências 
médica. Diagnóstico precoce 
• Tipo 2 – inicio dos sintomas é insidioso 
Complicações do diabetes: 
• Infecções recorrentes; 
• Retinopatia e nefropatia; 
• Alterações no SCV (HA, Aterosclerose, infarto); 
• Diminuição na função do PMN; 
• Alteração no metabolismo do colágeno; - ulceras no pé, lesões que não 
cicatrizam 
Exames hematológicos: 
• Glicemia em jejum; 
• Glicemia pós-prandial; (2hrs após a refeição) 
• Hemoglobina glicada (nível médio de glicemia dos últimos 2-4 meses, ou 
seja, parâmetro mais confiável do controle glicêmico); 
Aspectos bucais do diabetes: 
• Xerostomia; pode ou não estar relacionado a Hipossalivação 
• Hálito cetônico – frutado-acetona (cetoacidose diabética); 
• Ardor bucal; -decorrência da medicação 
• Maior incidência de cárie e DP (doença periodontal); 
• Maior predisposição a infecções (fúngicas, virais e bacterianas); 
• Maior caso clínico é candidíase e Hipossalivação. 
Diabetes - aspectos importantes para o CD: 
Diabetes 1 – risco de hipoglicemia: 
• Perda de consciência, palidez, nervosismo, aumento do fluxo salivar; 
• Oferecer fonte de fonte de carboidrato (suco); 
• Glicemia abaixo de 70mg/dl – adiar tratamento; 
Diabetes - aspectos importantes para o CD: 38 minutos 
• Identificar novos casos da doença (conhecer sinais e sintomas); 
• Proporcionar tratamento odontológico sem colocar o paciente em risco; 
• Ter conhecimento da glicemia e do tratamento utilizado pelo paciente; 
• Trabalhar com o paciente e o médico para facilitar o controle da doença; 
• Paciente com DM apresenta maior risco de desenvolver DP; 
• A condição periodontal deve ser monitorada durante todo o tratamento; 
• Hipoglicemiantes orais podem causar xerostomia e hipossalivação; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Paciente não dependente de insulina (tipo 2) – diabético controlado: todos 
os procedimentos odontológicos podem ser feitos sem precauções 
adicionais; 
• Pacientes controlados com insulina (tipo 1): consultas matinais, recomendar 
aos pacientes que tomem a dosagem de insulina usual e façam refeições 
normais no dia da consulta odontológica; quando necessário pode-se fazer 
sedação; avisar em caso de hipoglicemia informar os sintomas ao dentista 
durante o atendimento odontológico; fontes de glicose disponíveis; 
• Em caso de cirurgia extensa: consultar o médico (dieta no pós-operatório); 
antibioticoterapia pode ser recomendada em caso de pacientes que usam 
insulina e que apresentam infecções bucais crônicas. 
• Paciente não-compensado: encaminhamento para avaliação médica, só 
atender urgência; 
• Interações medicamentosas: AAS ou AINES com insulina e hipoglicemiantes: 
aumenta o efeito hipoglicemiante; corticosteroide com análogos de insulina: 
aumenta os níveis de glicose; epinefrina com análogos de insulina: aumenta 
os níveis de glicose; 
• Reações liquenóides: uso de medicações 
Em caso de cirurgia extensa: 
• Consultar o médico (dieta no pós-operatório); 
• Antibioticoterapia pode ser recomendada em caso de pacientes que usam 
insulina e que apresentam infecções bucais crônicas; 
Diabetes – complicações orais do tratamento: 
• Reações liquenóides; 
Doença hepática: 
• Hepatites; 
• Etilismo; 
• Cirrose; 
• Exames TGO e TGP – podem estar elevados quando há alteração no fígado. 
• Paciente com hepatite aguda – só tratamento de urgência; 
• Evitar drogas metabolizadas pelo fígado (hepatoxicidade); 
• Evitar AINES e AAS – aumenta risco de sangramento (dipirona e tramadol); 
• Interagir com o médico do paciente; 
Osteoporose: 
Doença crônica sistêmica caracterizada pela diminuição da massa óssea, 
deteriorização da microarquitetura do osso e consequente aumento do risco de 
fratura; 
Risco aumentado de doença periodontal. 
Pacientes em uso de bifosfonatos: 
• Osteoporose; 
• Osteopenia; 
• Metástases ósseas; 
• Doença de paget; 
➔ Esses fármacos são anti-reabsortivos, podendo causar osteonecrose. 
Atuam regulando a remodelação óssea; 
• Qual a função dos bifosfonatos? Inibição da função dos osteoclastos, 
levando a uma diminuição da reabsorção óssea; 
• Qual a meia vida desses medicamentos? A meia-vida destas drogas na 
circulação é curta (30min – 2hrs). Entretanto, uma vez incorporando ao osso, 
permanece por anos; 
• Quais os principais fatores que induzem a osteonecrose? Procedimentos 
odontológico cirúrgicos como extrações, implantes dentários e traumas 
locais como próteses locais como próteses mal adaptadas; 
• O uso de Bisfosfonatos não contraindica tratamento ortodôntico e outros 
tipos de tratamentos odontológicos. 
 
Alterações hematológicas: 
• Investigar na anamnese; 
• Anemia; - hemograma 
• Distúrbios de sangramento; - coagulograma 
• Podem negligenciar a saúde bucal por medo de sangramento durante a 
HO; Cárie e DP; 
• Evitar uso de AAS e AINES; 
• Estabelecer excelente higiene oral; 
• Procedimentos atraumáticos; 
• Manter contato com médico do paciente; 
• Anemia x falciforme x hemofilias; 
Neoplasias: 
Câncer na infância: 
• Leucemias (LLA, LMA) – taxa de cura acima de 80%; 
Câncer na fase adulta: 
• Diversos tipos (taxa de sobrevida e chances de cura tem aumentado); 
Leucemia: 
• Sangramento gengival espontâneo; hiperplasia gengival; 
• Pacientes em Quimioterapia (QT) são mais susceptíveis a lesões em mucosa 
(mucosites, infecções por vírus, fungos e bactérias) – suspender tratamento 
ortodôntico durante QT e Radioterapia (RT); 
Neoplasias – considerações para o CD: 
• Antes – preparo de boca do paciente – remover infecções; 
• Durante – prevenindo/minimizando as complicações do tratamento; 
• Após – reabilitando o paciente, entendendo as sequelas; 
Durante o tratamento: 
• Cirúrgico; 
• Quimioterápico; acompanha antes e depois 
• Radioterápico; mesmo que a QT 
• Combinação; 
Complicações: 
• Mucosites; 
• Osteorradionecrose; CCP 
• Hipossalivação (cárie, candidose); - CCP 
Insuficiência renal: 
• Alteração progressiva na estrutura renal; 
• Bilateral e irreversível; 
• Capacidade de filtração glomerular; 
• Diálise/transplante; 
Considerações para o CD- 
• Hiperglicemia e catabólitos; 
• Hipertensão arterial; 
• Anemia; 
• Intolerância/sinergismo de drogas; 
Interesse odontológico – atendemos o paciente um dia após a diálise 
• Estomatite urêmica – uremia constante; 
• Risco de hemorragias e infecções; 
• Infecções fúngicas e virais (herpes labial, candidose, papilomas); 
• Úlceras orais; 
• Consultas 1 dia após diálise – lidocaína – evitar AINES; 
• Gengivite/doença periodontal; 
• Halitose; 
• Gosto metálico; 
• Palidez da mucosa/ mucosa amarelada; 
Uso de medicamentos: 
• Vão provocar mudanças/alterações na cavidade oral que podem estar 
associados a algumas doenças; 
• Polifarmácia: boca seca e uso de medicamentos; nesses casos deve: anotar 
todos os medicamentos em uso pelo paciente; conhecer/investigaros 
efeitos desses medicamentos na boca; ao prescrever levar em consideração 
aspectos relativos ao paciente; prescrição minuciosa e explicação verbal da 
prescrição; 
Outras alterações orais associadas a medicamentos: 
➔ Polifarmácia: boca seca e uso de medicamentos. 
• Reação liquenóide; 
• Ulcerações; 
• Pigmentações; 
• Osteonecrose; 
• Hiperplasia gengival; 
• Aumento das papilas filiformes; 
• Alterações no paladar; 
 
Como atuar em um paciente com polifarmácia? 
➔ Anotar todos os medicamentos em uso pelo paciente; 
➔ Conhecer/investigar os efeitos desses medicamentos na boca; 
➔ Ao prescrever levar em consideração aspectos relativos ao paciente; 
➔ Prescrição minuciosa e explicação verbal da prescrição. 
 
Alergias – medicamentos e outras: 
• Látex- produtos químicos ou proteínas naturais; 
• Anamnese bem conduzida; 
• Se suspeita da alergia, encaminhar ao dermato; 
• Se confirmada usar produtos “látex-free”; 
 
Considerações finais: 
• Cabe ao CD desenvolver uma boa anamnese e um exame físico detalhado 
para conduzir cada caso de forma adequada e melhor planejar o 
tratamento do paciente. Além de estudar..;

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