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PARASITOLOGIA CAMILA SANTIAGO PARASITOLOGIA | MEDICINA PARASITOLOGIA Malária Doença infecciosa febril aguda, agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores Gênero Plasmodium (espécies: P. vivax, P. Falsiparum, P. malarie) Reservatório: homem é o único com importância epidemiológica para a malária humana Vetores: mosquito pertencente a ordem Díptera; família Culicidae; gênero Anopheles Transmissão: picada da fêmea Não há transmissão pessoa -pessoa Raramente pode ocorrer aa transmissão por meio de transfusão de sangue contaminado ou uso compartilhado de seringa Período de incubação: depende da espécie do Plasmodium P. Falsiparum: 8 a 12 dias – até 1 ano P. vivax: 13 a 17 dias – até 13 anos P. malariae: 18 a 30 dias – mais de 3 anos Sintomas: febre aguda (terçã/quartã) Terçã (maligno) – Falsiparum; benigno – vivax Quartã – malarie Fêmea infecta o indivíduo com o plasmodium – continua seu ciclo nos hepatócitos; faz lise das hemácias Efeito pirógeno = ciclos de febre – infectam as hemácias → muita carga parasitária → gera resposta imediata Sintomas: clássico sinal da malária são os intervalos de febre; hiperpirexia (febre alta); convulsão por aumento da febre; vô mitos repetidos; oligúria; dispneia; anemia intensa; icterícia; hemorragias; hipotensão arterial Sinais e sintomas graves: alterações de consciência, delírio e coma, parasitemia elevada Diagnóstico: parasitológico por microscopia, esfregaço delgado; teste rápido de detecção de antígenos do plasmódio Doença de Chagas Curso clínico bifásico, com fase aguda e crônica Carlos Chagas, tinha como mentor Osvaldo Cruz – pesquisavam sobre doenças da época Biologia: Agente etiológico: Trypanossoma cruzi Vetor: gênero Triatoma (barbeiro) = percevejo Grupo de protozoários → zoomastigophora – chicote em grego Hospedeiros definitivos: humanos, gambás, saguis, tatus Hospedeiro intermediário: barbeiro Fase de evolução do protozoário: Fase epimastigota (intestino médio; multiplicação) → tripomastigota (metacíclico; IG) → amastigota Ciclo: triatomíneo (barbeiro) se alimenta de sangue (fêmea hematófaga) → quando ela injeta o seu tubinho na pele do indivíduo, libera sua saliva que é anestésica e anticoagulante → quando ela fica satisfeita, defeca e sai, então o efeito anestésico passa e a pessoa começa a se coçar → as fezes infectadas podem entrar pelo furo da picada PARASITOLOGIA CAMILA SANTIAGO PARASITOLOGIA | MEDICINA Tripomastigota metacíclico dentro das células se transforma em amastigota (causa danos celulares) Ciclo heteróxeno Dentro do macrófago acontece a replicação (fissão binária) da amastigota (nessa forma ele se replica), depois te transforma novamente em tripomastigota, rompe o macrófago, sai da célula A fêmea tem quimiorreceptores para CO2 – são liberados pelo homem durante a noite/sono Forma infectante: tripomastigota metacíclico (encontrados nas fezes do inseto vetor); flagelo para se movimentar Período de incubação Varia de acordo com a forma de transmissão Vetorial: 4 a 15 dias; transfusional (sanguínea): 30 a 40 dias Vertical: pode ocorrer em qualquer período da gestação ou durante o parto Oral: 3 a 22 dias Transmissão acidental: até aproximadamente 20 dias História natural da doença Fase aguda: até 10 dias tem uma parasitemia muito grande Fase crônica (anos): replicação baixa, não causa parasitemia alta Sintomas da fase aguda: Ascite, febre prolongada e recorrente, cefaleia, mialgias, astenia, edema de face ou membros inferiores, hipertrofia de linfonodos, hepatomegalia, esplenomegalia Miocardite difusa: identificada por eco ou eletrocardiograma Pericardite Cardiomegalia ICC, derrame pleura l Sintomas da fase crônica: ICC de diversos graus, progressiva ou fulminante Arritmias graves, acidentes tromboembólicos, aneurisma de ponto do coração e morte súbita Lesoes nos plexos nervosos, disfagia, regurgitação, epigastralgia, dor retroesternal à pa ssagem do alimento, odinofagia (dor à deglutição) Transmissão: vetorial, transfusional, oral, vertical, acidental Diagnóstico: Fase aguda: determinada pela presença de parasitos circulantes em exames parasitológicos diretos de sangue periférico (exame a fresco, esfregaço, gota espessa) Fase crônica: indivíduos que apresenta anticorpos IgG anti T-cruzi, ELISA; PCR; imunofluorescência indireta (IFI); hemoaglutinação (HE) PARASITOLOGIA CAMILA SANTIAGO PARASITOLOGIA | MEDICINA Tratamento: benzinidazol; contraindicado em gestantes Fase crônica – tratamento sintomático (coração e TGI) Teníase e cisticercose Platelmintos – protozoários de formato achatado; sem sistema digestório Classe Cestoda – endoparasitas de corpo alongado; alimenta -se por difusão de nutrientes pré digeridos pelo hospedeiro Relacionado ao intestino delgado do homem Gênero: Taenia saginata - vaca Taenia solium – porco Gênero Taenia Duas entidades mórbidas: Teníase: Taenia solium e Taenia saginata Cisticercose: Cysticercus cellulosae e Cysticercus bovis T. saginata – bovinos: Cysticercus bovis; homem: verme adulto T. solium – porco; no homem: verme adulto ou cisticercose, 2 a 5 metros Ciclo evolutivo da tênia saginata Ingestão da carne mal passada havendo ovos de cisticercos podem infectar o homem e então ele desenvolve teníase A tênia se auto fecunda Vaca ingeriu os ovos no ambiente – as formas larvais de cisticerco se desenvolvem e se alojam no tecido muscular → quando o homem ingere a carne mal passada, ele ingere os cisticercos → desenvolve a teníase (verme adulto) → fêmea adulta no ID vai se desenvolver, produzir seus ovos → homem libera os ovos no a mbiente Ciclo evolutivo da tênia solium 2 formas do homem ser infectado: carne do porco mal cozida ou ingestão de ovos Ingerindo a carne mal cozida ele desenvolve teníase (verme adulto) Ao ingerir os ovos contaminando ambiente/água/alimentos vai desenvolver cisticercose Teníase: 1. Ovos ingeridos no ambiente 2. Porco ingere ovos (HI) 3. Oncosferas eclodem, penetram a parede intestinal e vão para o músculo 4. Oncosfera → cisticerco 5. Homem come a carne mal passada com cisticerco 6. Verme adulto no intestino delgado 7. Fezes do homem com proglotes Cisticercose: 1. Ovos e proglotes no meio ambiente 2. Homem ingere os ovos 3. Oncosferas eclodem, penetram na parede intestinal e migram para a musculatura PARASITOLOGIA CAMILA SANTIAGO PARASITOLOGIA | MEDICINA 4. Cisticercos podem se desenvolver em qualquer órgão, principalmente no tecido subcutâneo, cérebro e olhos Sinais clínicos teníase: Reações toxico alérgicas, apetite excessivo, náuseas e vômitos, astenia, perda de peso, prurido anal Os ovos da Taenia saginata não conseguem se transformar em cisticerco nos humanos, apenas nos b ovinos Sinais clínicos cisticercose: Humana – T. solium Região do cérebro – deposição do cisticerco, com o tempo calcifica e gera lesão estrutural Diagnóstico: parasitológico, método de tamização (pesquisa de ovos nas fezes) Ascaridíase e ancilostomíase Nematelmintos – filo nematoda Sinonímia: infecção por Ascaris Agente etiológico: Ascaris lumbricoides Reservatório: homem Macho: até 20 cm / fêmea: até 30 cm Monoxênicos – dióicos Fêmea coloca até 200.000 ovos por dia; 45-55 micrometros Ascaridíase Transmissão: ingestão dos ovos infectantes do parasita; procedentes do solo, água, alimentos contaminados com fezes humanas 30% da população brasileira está infectada Período de incubação: 60 a 75 dias Ciclo: Macho e fêmea adultos no ID → se reproduzem → colocam ovos → ovos eliminados nas fezes → pessoa sem saneamento básico → infecta o solo Ovo não fertilizado: não evolui no ciclo; sem função infectante Ovo fertilizado: evolui para o estágio larval (L1 e L2) → não é infectante Evoluipara o estágio L3 → forma infectante; sai do intestino delgado, passa pelo fígado, coração e vai para o pulmão No pulmão, ela passa a ser L4 e da L4 ainda no pulmão vai mudar para L5 Da L5 – ele sobe o trato respiratório inferior e chega no trato respiratório superior No trato respiratório superior → há irritação, expectoração, tosse – nesse ato, a larva sai da traqueia, é deglutida e vai para o intestino novamente Sintomas: habitualmente não causa sintomatologia; pode evoluir para dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia pode estar presente PARASITOLOGIA CAMILA SANTIAGO PARASITOLOGIA | MEDICINA Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal Ciclo pulmonar: Em virtude do ciclo pulmonar da larva, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares – broncoespasmo, hemoptise, pneumonite, pneumonia eosinofílica O quadro clinico não distingue de outras verminoses; é precisa exame laboratorial dos ovos nas fezes Profilaxia: tratar doentes, saneamento básico, água tratada, lavar alimentos Ancilostomíase Infecção intestinal causada por nematódeos, que nos casos de infecções leves, pode apresentar-se assintomátcica Sinonímia: amarelão, opilação, doença do Jeca Tatu Agente etiológico: nematoides da família Ancylostomidae Reservatório: homem Incubação: semanas ou meses após a infecção A. Duodenale e Necator americanos Monoxênico Transmissão: Ovos contidos nas fezes são depositados no solo, onde se tornam embrionados Em condições favoráveis de umidade e temperatura, as larvas desenvolvem até chegar ao 3º estágio, tornando -se infectantes em um prazo de 7 a 10 dias A infecção nos homens ocorre quando essas larvas infectantes penetram na pele, geralmente pelos pés, causando dermatite característica Ciclo: 1. Ovos nas fezes 2. Larvas eclodem 3. Desenvolvimento das larvas filariformes 4. Larvas penetram na pele humana e vão até o pulmão pela circulação 5. Larvas penetram nos alvéolos, saem com o muco e são engolidas 6. Larvas a tingem o jejuno e sofrem maturação Sintomas: náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, flatulência Hemorragia, anemia, tosse, icterícia Diagnóstico: em geral clínico, devido ao prurido característico; o diagnóstico laboratorial é realizado pelo achad a nos ovos no exame parasitológico de fezes, Lutz, Willis ou Faust Profilaxia: tratar doentes, saneamento básico, educação sanitária, usar sapatos, lavar as mãos Bicho geográfico Larva migras cutânea Nematódeos Ancylostomas brasiliensis. A. caninum Não completa o ciclo nos humanos PARASITOLOGIA CAMILA SANTIAGO PARASITOLOGIA | MEDICINA Cães e gatos (hospedeiros definitivos) Ciclo: 1. Ovos nas fezes do animal (hospedeiro definitivo) 2. Larvas rabditoides eclodem no ambiente 3. Desenvolvimento das larvas filariformes 4. Penetração na pele do animal 5. Vermes adultos no intestino do animal 6. Penetração e migração na pele humana Sintomas: prurido Profilaxia: tratar os animais, educação sanitária, usar sapatos