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21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 1 IMC: A obesidade é uma enfermidade crônica, multifatorial, na maioria das vezes incurável, que pode ser ameaçadora à vida quando atinge níveis acentuados, sendo então chamada de mórbida ou grave; Caracteriza-se pelo acúmulo de gordura corporal resultante do desequilíbrio energético prolongado, que pode ser causado pelo excesso de consumo de calorias e/ou inatividade física. Figura 1: Acima de 50 - Super Obeso. Adolfhe Ketelet, o pai da Antropometria Científica: Com a revolução industrial na Inglaterra e outras mudanças políticas e econômicas, o corpo humano passou a ser visto como forma de produção. Os estudos do belga Adolfhe Ketelet (1796-1874), considerado o pai da Antropometria científica permitiram abandonar os padrões subjetivos adotados até então, substituindo-os por métodos. Ketelet se tornou o primeiro a desenvolver tabelas de altura e peso para estruturar suas relações e, um pioneiro na aplicação da análise matemática ao estudo do homem, tendo ele criado o Índice de Ketelet em 1832, que hoje conhecemos como Índice de Massa Corporal (IMC); Mas sua fórmula foi ignorada por mais de 100 anos. Após a Segunda Guerra Mundial, começou- se a observar a estreita relação entre peso corporal e mortalidade, principalmente por doenças do coração e diabetes. Uma epidemia de obesidade levou os cientistas a encontrar a fórmula de Ketelet nos anos 1960 e confirmarem sua validade, principalmente com os estudos da década posterior, quando a fórmula foi nomeada Índice de Massa Corporal. Desde então, o IMC vêm sendo usado no mundo todo, tendo sido adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para classificar baixo peso, sobre peso e obesidade em adultos. 21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 2 Histórico familiar (= O modo como essa família se comporta); Genética; Alimentação (= Consumo exagerado de alimentos hipercalóricos e gordurosos); Atividade Física; Educação e renda (= Quanto menor, mais obesidade, pois os alimentos mais calóricos são os mais baratos, além da falta de consciência alimentar desses indivíduos); Gestação (= Maior predisposição ao acúmulo de gordura); Peso ao nascer (= Tanto PIG quanto GIG); Aleitamento materno; Ganho de peso na gestação; Obesidade na infância; Convívio social; Privação de sono (= Tendência a comer mais alimentos ricos em carboidratos e gordurosos); Microbiota intestinal. Obesidade ser enxergada como doença; Maus resultados de técnicas iniciais e dificuldade de manejo nutricional em pós operatório; Perda de segmento pós-operatório, pois trata- se de doença crônica com necessidade de tratamento contínuo. Crescimento em ritmo de epidemia; Principal causa reversível da redução de longevidade. DM2: IMC > 35,95 – Mulheres e > 42 – Homens; 64,2% dos casos evitáveis com controle de peso. HAS; Doenças Cardiovasculares (DCV): IMC < 40; Circunferência abdominal é mais efetiva na predição. Cânceres. 21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 3 A obesidade continua a ser uma epidemia crescente associada a importantes implicações econômicas e de saúde para a sociedade, particularmente em países de baixa e média renda e nas populações de jovens e adolescentes. Terapias convencionais como modificação do estilo de vida (dieta e exercícios) e farmacoterapia continuam importantes, mas são limitadas por seus resultados em termos de perda de peso. Intervenções cirúrgicas bariátricas e metabólicas são endossadas por muitas sociedades internacionais como um tratamento eficaz para perda de peso, que também oferece melhora significativa em comorbidade associadas, como DM2. De fato, os serviços e pesquisas bariátricas no Reino Unido precisarão se expandir significativamente para atender à crescente demanda da epidemia de obesidade. Indicações: O Consenso Bariátrico Brasileiro do ano de 2006 registrou que o tratamento cirúrgico da obesidade, independentemente da técnica a ser utilizada, deve levar em conta a massa corpórea, a idade e o tempo da doença (= Tratamento clínico por 2 anos sem sucesso; sem uso de drogas; sem doença psiquiátrica grave – evitar risco de compulsão alimentar após a cirurgia). Massa corpórea: A massa corpórea é um fator determinante para a recomendação cirúrgica. Veja-se: ✓ IMC superior a 40 = independentemente da presença de comorbidezes; ✓ IMC entre 35 e 40 = na presença de comorbidezes; ✓ IMC entre 30 e 35 = na presença de comorbidezes que tenham recebido, obrigatoriamente, a classificação “grave” por um método especialista na respectiva área da doença, também é obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista. Menores de 16 anos: não há estudos suficientes que corroborem esta indicação, com exceção aos casos de Prader-Willi ou outras síndromes genéticas similares, nas quais os pacientes devem ser operados com o consentimento da família, que deve estar disposta ao acompanhamento de longo prazo do paciente. Por outro lado, também não há aos pacientes submetidos a cirurgias da obesidade nesta faixa etária. Faz-se imprescindível a avaliação de riscos pelo cirurgião e pela respectiva equipe multidisciplinar, o registro e a documentação detalhados, bem como a aprovação expressa dos pais ou responsáveis. 21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 4 Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família e a equipe multidisciplinar; Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade; Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando o risco cirúrgico, a presença de comorbidezes, a expectativa de vida e os benefícios do emagrecimento. Deve-se levar em conta, na escolha do procedimento, as limitações orgânicas da idade, como dismotilidade esofágica e osteoporose. Não há contraindicação formal em relação a esta faixa etária isoladamente. Tempo de doença: O paciente deve apresentar IMC e comorbidezes em faixa de risco há pelo menos 2 anos, ter realizado tratamentos convencionais prévios (= Tratamento clínico-comportamento, de modo a criar uma “Balança energética negativa”, através de dieta, atividade física e medicamentos) e ter tidos insucesso ou recidiva do peso, por meio de dados colhidos na história clínica. Essas exigências não se aplicam a pacientes com IMC > 50 e para pacientes com IMC entre 35 a 50 com doenças de evolução progressiva. Cirurgião com formação específica; Clínico; Intensivista e/ou cardiologista; Endocrinologista (= Reposição hormonal em mulheres); Psiquiatra e/ou psicólogo (= Alto índice de ideação suicida, e nenhum paciente não conseguiu ficar sem alteração psicológico – principal é retardo escolar); Fisioterapeuta; Anestesiologista (= Retem anestésico, dificuldade de intubar); Enfermeiros e auxiliares de enfermagem familiarizados com o manejo desses pacientes; Fonoaudiólogo (= Muito importante, para orientar a mastigação). . O preparo pré-operatório para a cirurgia bariátrica é entendido como um conjunto de condutas e cuidados para otimizar a segurança e os resultados do tratamento cirúrgico da obesidade; A seguir, serão considerados os itens para esses procedimentos, admitindo-se já a inclusão prévia dos cuidados de rotina comuns a todos os demais procedimentos em cirurgia do aparelho digestório. Devem ser consultados, pré-operatoriamente, os seguintes profissionais: cirurgião, cardiologista, psicólogo e nutricionista. Recomenda-se que o paciente e seus familiares tenham amplo acesso às informações sobre os riscos, os benefícios e as opções de técnicas cirúrgicas.Essas informações devem ser fornecidas em consultas detalhadas com a equipe multidisciplinar ou por meio de reunião com a equipe responsável. 21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 5 CIRURGIAS RESTRITIVAS: Redução da capacidade gástrica; As cirurgias restritivas abordadas a seguir são as seguintes: ✓ Balão intragástrico; ✓ Gastroplastia vertical bandada ou cirurgia de Mason; ✓ Banda gástrica ajustável; ✓ Gastrectomia vertical. A técnica do balão intragástrico é indicada como adjuvante ao tratamento de perda de peso, principalmente no preparo pré-operatório de pacientes com superobesidade (IMC > 50), com associação de doenças agravadas e/ou desencadeadas pela obesidade mórbida; As contraindicações a esta técnica são: ✓ Esofagite de refluxo; ✓ Hérnia hiatal; ✓ Estenose ou divertículo de esôfago; ✓ Lesões potencialmente hemorrágicas, como varizes e angiodisplasias; ✓ Ressecção gástrica ou intestinal; ✓ Doença inflamatória intestinal; ✓ Uso de anti-inflamatórios, anticoagulantes, álcool ou drogas; ✓ Transtornos psíquicos. Podem ocorrer complicações decorrentes do balão intragástrico, como aderências ao estômago, passagem para o duodeno, intolerância ao balão com vômitos incoercíveis, úlceras e erosões gástricas, esvaziamento espontâneo do balão, obstrução intestinal por migração, perfuração gástrica, infecção fúngica em torno do balão. Na gastroplastia vertical bandada ou cirurgia de Mason, é criado um pequeno reservatório gástrico na região da cárdia, com capacidade em torno de 20 mL, cuja saída é regulada por um anel de polipropileno. Esta intervenção provoca menor perda de peso do que outros procedimentos cirúrgicos e consequente melhoria das comorbidezes, porém de maneira menos intensa. Em virtude da limitação da eficácia terapêutica desta técnica, sua utilização deve ser reservada para casos excepcionais. Figura 2: Estômago come a banda = fagocitose. 21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 6 Em virtude da limitação da eficácia terapêutica desta técnica, sua utilização deve ser reservada para casos excepcionais. A banda gástrica é uma prótese de silicone que, colocada em torno do estômago proximal, a faz ter a forma de uma ampulheta ou câmara acima da banda. O diâmetro interno da banda pode ser regulado no pós-operatório por insuflação através do reservatório situado no subcutâneo, de fácil acesso; Entre as vantagens deste método, estão o fato de ser reversível, pouco agressivo e que permite ajustes individualizados no diâmetro da prótese. Sua retirada possibilita realizar outros procedimentos bariátricos. Não há secção nem sutura do estômago. Além disso, este método tem baixa morbidade e mortalidade operatória, e possibilita o retorno precoce às atividades habituais. A gastrectomia vertical (gastrectomia em manga, gastrectomia longitudinal, sleeve gastrectomy) é um dos novos procedimentos bariátricos do armementário cirúrgico que tem recebido aceitação global, com bons resultados em múltiplos centros em vários países. A técnica da gastrectomia vertical funciona com uma restrição gástrica, com remoção de 70 a 80% do estômago proximal ao antro, assim como um componente hormonal associado (redução de grelina); Como os demais procedimentos cirúrgicos bariátricos, a técnica deve ser empregada por equipes bem-treinadas, com habilitação específica e suporte multidisciplinar adequado. Estre as vantagens da gastrectomia vertical estão: ✓ Não exclui o duodeno do trânsito alimentar, portanto não interfere com o sítio de absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B; ✓ Pode ser transformada, em caso de insucesso, em um procedimento com algum componente disabsortivo, como o by-pass gástrico em Y de Roux e a derivação bilio-pancreático com BS; ✓ Permite acesso às vias biliares e pancreática por métodos endoscópicos habituais. 21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 7 A gastrectomia vertical também apresenta desvantagens, como o fato de ser um método irreversível. Apesar de sua menor complexidade técnica, pode produzir complicações de alta gravidade e de difícil tratamento, como a fístula junto de His (esofagogástrico). Entre as operações disabsortivas, a derivação jejunoileal e suas variantes de atuação puramente no intestino delgado estão proscritas, em vista da alta incidência de complicações metabólicas e nutricionais a longo prazo. Redução do território – trânsito, através de um desvio ou derivação interna; O princípio fundamental dessas operações é a perda, pelas fezes, das calorias ingeridas. As complicações ocorrem pela grande quantidade de intestino desfuncionalizado, que leva a um supercrescimento bacteriano no extenso segmento intestinal excluído, provocando alta incidência de complicações digestivas, como diarreia, cirrose, pneumatose intestinal e artrites. Por isso, as operações disabsortivas não devem mais ser realizadas. A cirurgia regulamentada é o by-pass gástrico em Y em Roux. Esta técnica, além da restrição mecânica representada pela redução gástrica, restringe a ingestão alimentar e modifica a produção de hormônios que modulam a fome e a saciedade. Proporciona perda de peso adequada e duradoura, com baixo índice de insucesso; Serve como tratamento também da doença do refluxo; Apresenta taxas aceitáveis de complicações a longo prazo; É potencialmente reversível, embora com dificuldade técnica; 21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 8 Apresenta bons resultados em termos de melhoria da qualidade de vida e doenças associadas. O by-pass gástrico em Y de Roux apresenta as seguintes desvantagens: ✓ É tecnicamente complexo; ✓ Tem acesso limitado ao estômago excluído e ao duodeno para métodos radiológicos e endoscópicos; ✓ É passível de complicações, como deiscência de suturas; ✓ Apresenta maiores chances de deficiências proteicas e anemia do que as cirurgias restritivas; ✓ Necessita de reposição permanente de vitaminas e minerais. As operações mistas com maior componente disabsortivo são procedimentos que envolvem menor restrição da capacidade gástrica, o que permite maior ingestão alimentar, com predomínio do componente disabsortivo; As cirurgias regulamentadas desse tipo são: ✓ Cirurgia de derivação biliopancreática com gastrectomia horizontal (cirurgia de Scopinaro); 21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 9 ✓ Cirurgia de derivação biliopancreática com gastrectomia vertical e preservação do piloro (DS). Entre as vantagens apresentadas pelas operações mistas com maior componente disabsortivo estão: ✓ A menor restrição da ingestão alimentar; ✓ A grande eficácia em relação à perda de peso e manutenção a longo prazo; ✓ O reservatório gástrico é completamente acessível aos métodos de investigação radiológica e endoscópica. Suas desvantagens são: ✓ Maior sujeição às complicações nutricionais e metabólicas de controle mais complexo, como deficiência de vitaminas lipossolúveis, de vitamina B12, cálcio e ferro; ✓ Desmineralização óssea; ✓ Úlcera de boca anastomótica; ✓ Aumento do número de evacuações diárias, com fezes e flatos muito fétidos. Retorno semanal nos dois primeiros meses; Retorno quinzenal do 3º ao 6º mês; Retorno mensal do 7º ao 12º mês; A partir do 12º mês, retorno semestral. São realizados, ainda, exames laboratoriais no 6º e no 12º mês, conforme o protocolo do pré-operatório, enfatizando-se as dosagens de vitaminas e oligoelementos, principalmente o ferro e o cálcio. Em geral, pacientessubmetidos à cirurgia bariátrica têm sua reserva fisiológica diminuída e, em razão do seu grande peso, não manifestam complicações da mesma maneira que os pacientes de peso normal. 21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 10 Por exemplo, pacientes obesos com peritonite podem não ter febre, calafrios e dor abdominal ou leucocitose, como se esperaria quando há sepse intrabdominal. Pacientes obesos podem apresentar apenas taquicardia, em face de significante complicação intrabdominal. Em especial, com relação à febre, se detecta nas primeiras 24 horas de pós-operatório bariátrico, estará comumente relaciona à atelectasia pulmonar. De todas as manifestações de sepse intrabdominal, a taquicardia com pulsação que excede 120 bpm é o achado físico mais consistente e fidedigno. Por isso, quando pacientes de cirurgia bariátrica apresentarem taquicardia no pós-operatório, deve- se suspeitar de abcesso intrabdominal ou vazamento anastomótico. Várias anormalidades nutricionais associadas com os procedimentos disabsortivos foram identificadas, como: ✓ A deficiência de cálcio, que pode ser profunda e conduzir à desmineralização óssea; ✓ A anemia secundária à absorção de ferro e a atividade diminuída de fator intrínseco gástrico; ✓ A deficiência de tiamina, que conduziu a complicações neurológicas. A suplementação pós-operatória com cálcio, ferro, folato, tiamina, vitamina B12 e vitaminas lipossolúveis normalmente são necessárias. Há uma reconhecida relação entre o volume gástrico e a gravidade do quadro. Volumes gástricos maiores foram associados com tempos de trânsito mais lentos e maior absorção de proteína, porém, construindo reservatório gástricos maiores, a perda de peso pode ser reduzida. Alterações do tamanho da alça alimentar para aumentar a absorção de nutrientes resultaram em diminuição da incidência da desnutrição proteica; Várias séries com grande número de casos têm mostrado os resultados do by-pass gástrico em Y de Roux: ✓ As complicações da ferida cirúrgica (hérnias incisionais e infecções de ferida) são mais prevalentes nos procedimentos realizados por laparotomia; ✓ Os vazamentos anastomóticos (1,68%) e a embolia pulmonar (0,78%), embora infrequentes, também foram relatados; ✓ As vias laparotômica e laparoscópica mostraram igualdade em termos de segurança. A embolia pulmonar, uma das complicações mais devastadoras em cirurgia bariátrica, apesar dos cuidados preventivos, como Heparinização profilática e o uso de compressão pneumática no transoperatório, permanece como um evento potencialmente mortal. A abordagem laparoscópica teoricamente aumentaria o potencial de incidência de eventos tromboembólicos, explicados pela permanência do paciente em Trendelemburg inverso por longos períodos de tempo e pelo pneumoperitônio com pressão em torno de 15 mmHg, fatores que dificultariam o retorno venoso. No entanto, a embolia pulmonar é informada como uma complicação com uma incidência semelhante na 21.04.2022 Universidade Federal do Oeste da Bahia Mariana Souza 2018.1 11 abordagem laparoscópica e nas técnicas abertas. Hérnia incisional teve uma incidência significativa maior no grupo aberto do que no laparoscópico; Incidência de úlcera marginal e estenose de anastomose mais frequentes na abordagem laparoscópicas; As obstruções de intestino – quer precoces, quer tardias – parecem ter uma maior incidência na abordagem por laparoscopia. Esses são os aspectos do momento atual da cirurgia bariátrica. Outro ramo que vem despertando crescente interesse de cirurgiões e endocrinologistas é a aplicação de operações bariátricas em pacientes portadores de DM2; A partir da observação de que pacientes obesos mórbidos diabéticos, quando submetidos a tratamento cirúrgico para a obesidade, passam a ter uma melhora acentuada ou mesmo o desaparecimento do diabetes em um tempo muito curto para que se possa atribuir esta mudança à perda de peso, iniciam-se estudos para tentar entender quais fatores podem estar envolvidos nestes resultados; Várias teorias foram aventadas e, partindo delas, propostas novas técnicas cirúrgicas que, no entanto, ainda estão em fase de estudo e, por isso, sem chancela legal para a prática diuturna. Aguarda-se pelas conclusões dessas pesquisas e sua validação para adiciona-los ao arsenal terapêutico do tratamento do DM2.
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