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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA XXX VARA DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO DA COMARCA DE OSASCO (SP)
MARIE CASTRO, brasileira, solteira, desempregada, portadora do RG nº 2222, inscrita no CPF/MF sob o nº 3333, CTPS 1111, PIS 0444, filha de Rubens Castro e Bianca Freitas, endereço eletrônico xxxxx, residente e domiciliada Rua Pedro III, 555 - Barueri/SP, CEP 10000-100, representada por sua mãe BIANCA FREITAS, portadora de identidade RG nº xxx, inscrita no CPF/MF sob nº xxx, residente e domiciliada na Rua xxx, nº xxx, na Cidade de xxxx, Estado xxxx, CEP xxx, por seu procurador infra assinado, vem à honrosa presença de Vossa Excelência para, com base no art. 840, § 1º da CLT, propor a presente: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face de U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CPNJ sob o nº xxx, com endereço eletrônico xxxx, com sede localizada em xxxxx e subsidiariamente em face A. MUNIZ - BABY DRIVE MY CAR LOCAÇÕES EIRELI, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CPNJ sob o nº xxx, com endereço eletrônico xxxx, com sede localizada em xxxxx, artigo 840, § 1º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:
I – DOS FATOS
I.1 – DO CONTRATO DE TRABALHO
1. A Reclamante, iniciou seu labor como folguista, sem assinatura da CTPS, em 11.12.2016 no quiosque do ‘VIP Shopping S.A’., em Osasco/SP, na Rua das Laranjeiras, 207, piso 2º – Osasco – CEP 20000-200, para a empresa de aluguel de carrinhos de bebê e por controle remoto para crianças, ‘A. MUNIZ - BABY DRIVE MY CAR LOCAÇÕES EIRELI’. 
2. Trabalhava, inicialmente, 3 vezes por semana, das 16h às 23 horas, recebendo meio salário-mínimo, sem qualquer descanso, saindo apenas para pegar lanche, que deveria comer dentro do quiosque, rapidamente, dado o movimento, inclusive parando de se alimentar para atender aos clientes.
3. Depois um ano, no final de 2017, em novembro, passou a trabalhar executando as mesmas atividades, a partir de então, de maneira fixa, de segunda à domingo, sem folgas em feriados, tampouco férias, na função de principal atendente, passando a receber apenas o valor fixo de um salário-mínimo, mensalmente.
4. Em 01.04.2020, o titular da EIRELI, ALBERTO MUNIZ, alienou o referido quiosque, cedendo, inclusive o elemento fantasia, para a recém-criada “U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA.”, cujos sócios ULISSES FONSECA e CATARINA SAPELLI, com isso ampliaram seus negócios, uma vez que também já eram sócios das pessoas jurídicas: “CRAZY SUSHI – ALIMENTOS LTDA.” e “DEATH MOVIES – FILMES DE TERROR LTDA.”
5. Ambas em outro shopping na mesma cidade. Em razão deste trespasse, os novos proprietários do estabelecimento recém adquirido, na mesma data, 01.04.2020, dispensaram Marie, sem qualquer pagamento, sob o argumento de que com a mudança de donos do quiosque, seu contrato estaria automaticamente rescindido, devendo ela procurar o proprietário anterior, o qual por sua vez, recusou-se a recebê-la.
II – PRELIMINAR
II.1 – REQUERIMENTOS INICIAIS
SEGREDO DE JUSTIÇA 
6. Requer-se o trâmite da presente ação em segredo de justiça, tal qual prescreve o inciso II do artigo 189 do CPC e o artigo 5º, LX, da CF.
7. Tal medida se justifica em razão da necessidade de que sejam preservadas todas as informações relacionadas à vida privada e à intimidade das partes, especialmente da menor. 
DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO ENTRE AS PARTES
8. A Reclamante trabalhou para a Reclamada, sem o devido registro do contrato de emprego em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), apesar de configurados todos os elementos da relação jurídica, regida pela Consolidação das Leis do Trabalho.
9. Especialmente a pessoalidade, subordinação, habitualidade, dependência técnica/ econômica quanto à organização dos trabalhos a serem realizados em prol do lucro mediante contraprestação pecuniária em forma de salário, de conformidade com o caput do art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho.
10. Neste sentido, impõe-se o reconhecimento do vínculo jurídico de emprego entre a Reclamante e a Reclamada, sob o citado período, com o consequente registro das anotações do contrato na CTPS da Reclamante.
11. A Reclamada deverá ser condenada ao pagamento a Reclamante dos seguintes títulos a seguir, oriundos da relação jurídica havida entre as partes.
II. DO DIREITO
DA ESTABILIDADE
REITEGRAÇÃO DA RECLAMANTE
12. A Reclamante após a alienação do quiosque para outra empresa, foi desligada indevidamente, sobre o argumento que após a compra do estabelecimento por outra empresa não poderia mais compor o quadro de funcionários.
13. A conduta adotada pela empresa que comprou o quiosque está em desconformidade com a Consolidação das Leis Trabalhista, diante da compra da empresa os contratos dos trabalhadores não sofrem alteração ou qualquer prejuízo.
14. Devendo assim, o contrato da Reclamante ser reestabelecido e a mesma voltar as suas atividades normais na empresa nos termos do artigo 448 da CLT, caso isso não seja possível que a empresa a indenize pelo tempo médio que a Reclamada permaneceria no trabalho.
DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA 
15. A Reclamante foi contratada pela segunda Reclamada, no entanto, no meio do contrato de prestação de serviço a empresa foi comprada pela empresa U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA.
16. Posto isso, a responsabilidade agora pelos contratos de trabalho é da empresa que comprou a empresa anterior.
17. Mas caso, a U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA, não consiga arcar com as responsabilidades, deverá a empresa anterior responder subsidiariamente por toda a condenação a ser estabelecida nesta reclamação trabalhista., conforme o artigo 10-A da CLT.
18. Diante disso, deve-se ser considerada a responsabilidade subsidiária do sócio retirante da empresa anterior - A. MUNIZ - BABY DRIVE MY CAR LOCAÇÕES EIRELI.
DO INTERVALO INTRAJORNADA
19. A Reclamante, na função exercida, não usufruía de 01 (uma) hora de descanso para refeições, atitude esta que vem contra o artigo 71 da CLT, eis que saia de sua posição apenas para pegar um lanche, que deveria comer dentro do quiosque, rapidamente, dado o movimento, inclusive parando de se alimentar para atender aos clientes. 
20. A Reclamada deve ser condenada por este D. Juízo a pagar o tempo suprimido do intervalo para refeição e descanso a título indenizatório, no montante de R$ xxxxxx. 
DA JORNADA DE TRABALHO
HORAS EXTRAS
21. A Reclamante laborava, inicialmente, 3 vezes por semana, das 16h às 23 horas, sem intervalo para refeição ou descanso.
22. No final de 2017, em novembro, passou a trabalhar executando as mesmas atividades, a partir de então, de maneira fixa, de segunda à domingo, sem folgas em feriados, tampouco férias, na função de principal atendente.
23. A Reclamada em nenhum momento respeitou o que disciplina o art. 58 da CLT, tendo a Reclamante que exercer uma carga de trabalho que excedia de 8 horas diárias.
24. Diante disso, a Reclamada deve ser condenada a pagar o tempo reduzido do intervalo para refeição, acrescido de 50% da hora diária, como dispõe o art. 59, §1º da CLT, no montante de R$ xxxxxx.
DA ESTABILIDADE E REITEGRAÇÃO DA RECLAMANTE
25. A Reclamante após a alienação do quiosque para outra empresa, foi desligada indevidamente, sobre o argumento que após a compra do estabelecimento por outra empresa não poderia mais compor o quadro de funcionários.
26. A conduta adotada pela empresa que comprou o quiosque está em desconformidade com a Consolidação das Leis Trabalhista, diante da compra da empresa os contratos dos trabalhadores não sofrem alteração ou qualquer prejuízo.
27. Devendo assim, o contrato da Reclamante ser reestabelecido e a mesma voltar as suas atividades normais na empresa nos termos do artigo 448 da CLT, caso isso não seja possível que a empresa a indenize pelo tempo médio que a Reclamada permaneceria no trabalho.
DA RESPONSABILIDADESUBSIDIÁRIA 
28. A Reclamante foi contratada pela segunda Reclamada, no entanto, no meio do contrato de prestação de serviço a empresa foi comprada pela empresa U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA.
29. Posto isso, a responsabilidade agora pelos contratos de trabalho é da empresa que comprou a empresa anterior.
30. Mas caso, a U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA, não consiga arcar com as responsabilidades, deverá a empresa anterior responder subsidiariamente por toda a condenação a ser estabelecida nesta reclamação trabalhista., conforme o artigo 10-A da CLT.
31. Diante disso, deve-se ser considerada a responsabilidade subsidiária do sócio retirante da empresa anterior - A. MUNIZ - BABY DRIVE MY CAR LOCAÇÕES EIRELI.
DO INTERVALO INTRAJORNADA
32. A Reclamante, na função exercida, não usufruía de 01 (uma) hora de descanso para refeições, atitude esta que vem contra o artigo 71 da CLT, eis que saia de sua posição apenas para pegar um lanche, que deveria comer dentro do quiosque, rapidamente, dado o movimento, inclusive parando de se alimentar para atender aos clientes. 
33. A Reclamada deve ser condenada por este D. Juízo a pagar o tempo suprimido do intervalo para refeição e descanso a título indenizatório, no montante de R$ xxxxxx. 
DA JORNADA DE TRABALHO
HORAS EXTRAS
34. A Reclamante laborava, inicialmente, 3 vezes por semana, das 16h às 23 horas, sem intervalo para refeição ou descanso.
35. No final de 2017, em novembro, passou a trabalhar executando as mesmas atividades, a partir de então, de maneira fixa, de segunda à domingo, sem folgas em feriados, tampouco férias, na função de principal atendente.
36. A Reclamada em nenhum momento respeitou o que disciplina o art. 58 da CLT, tendo a Reclamante que exercer uma carga de trabalho que excedia de 8 horas diárias.
37. Diante disso, a Reclamada deve ser condenada a pagar o tempo reduzido do intervalo para refeição, acrescido de 50% da hora diária, como dispõe o art. 59, §1º da CLT, no montante de R$ xxxxxx.
DO DESCANSO SEMANAL REMUNERADO
38. A Reclamante no final de 2017, em novembro, passou a trabalhar executando as mesmas atividades, a partir de então, de maneira fixa, de segunda à domingo, sem folgas em feriados, tampouco férias, na função de principal atendente.
39. A conduta de não dar o dia de descanso ao funcionário é contra a Lei vigente nos termos do artigo 67 da CLT, causando impactos no aspecto de saúde, familiar e desenvolvimento pessoal.
40. Diante disso, a Reclamada deve ser condenada ao pagamento de todos os dias suprimidos no valor total de R$ xxxxx.
DO PAGAMENTO EM DOBRO NO FERIADO
41. A Reclamante trabalhou por diversas vezes no feriado e não foi pago por esse dia trabalhado a mais.
42. Vejamos o que diz a Lei nº 605/49, no seu artigo 9º:
Art. 9º Nas atividades em que não for possível, em virtude das exigências técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga.
43. Concluímos que a Reclamada deverá arcar com o pagamento do feriado trabalhado em dobro no valor de R$ xxxxx.
FÉRIAS REMUNERADAS
44. A Reclamante trabalhava, inicialmente, 3 vezes por semana, das 16h às 23 horas, sem intervalo para refeição ou descanso.
45. No final de 2017, em novembro, passou a trabalhar executando as mesmas atividades, a partir de então, de maneira fixa, de segunda à domingo, sem folgas em feriados, tampouco férias, na função de principal atendente.
46. A Reclamante trabalhou todos os anos na empresa sem usufruir do gozo de férias. Vejamos o que diz o artigo 129 da CLT:
Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. 
47. Tendo em vista que “salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses, conforme orientação da Súmula 171 do TST, a Reclamada é credor deste título.
48. Diante disso, deve ser pago todos as férias não pagas a Reclamada no montante de R$ xxx.
PAGAMENTO DE DÉCIMO TERCEIRO
49. A Reclamante trabalhava, inicialmente, 3 vezes por semana, das 16h às 23 horas, sem intervalo para refeição ou descanso.
50. No final de 2017, em novembro, passou a trabalhar executando as mesmas atividades, a partir de então, de maneira fixa, de segunda à domingo, sem folgas em feriados, tampouco férias, na função de principal atendente.
51. A Reclamante trabalhou todos esses anos e não recebeu o décimo terceiro conforme a Constituição Federal assegura a todos os empregados em regime CLT, vejamos:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
52. Diante disso, a Reclamada deve ser condenada ao pagamento do décimo terceiro suprimido ao salário da Reclamada, devendo ser pago o valor de R$xxxxxx.
DO RECOLHIMENTO DO FUNDO DE GARANTIA
53. A Reclamada durante todo o pacto laboral, conforme narrado acima, nunca depositou o FGTS na conta vinculada da Reclamante, em razão da inexistência de cadastramento junto ao PIS pela efetiva empregadora, pois, a relação de trabalho se deu sem registro em CTPS.
54. Note-se que o empregador tem o dever de comprovar a regularidade dos depósitos, mas, como nunca fora anotada a CTPS do obreira ocorre certa mitigação ao artigo 818 da CLT, impondo à Reclamada o ônus da prova de que cometeu a obrigação legal, conforme o entendimento cristalizado na Orientação Jurisprudencial nº 301 da SDI do C.TST.
55. Como a iniciativa do rompimento do vínculo empregatício foi da Reclamada e a dispensa foi sem justa causa, a Reclamante tem direito ao recebimento sobre os valores nunca depositados, mais a multa de 40% sobre as diferenças do FGTS devido, de acordo com o § 1º do art. 18 da Lei n. 8.036/90.
56. Diante disso, a Reclamada deve ser condenada em realizar os depósitos dos valores não realizados interiores para a Reclamante no valor de R$ xxxx.
DO RECOLHIMENTO PREVIDENCIÁRIO
57. A Reclamante trabalhava, inicialmente, 3 vezes por semana, das 16h às 23 horas, sem intervalo para refeição ou descanso.
58. No final de 2017, em novembro, passou a trabalhar executando as mesmas atividades, a partir de então, de maneira fixa, de segunda à domingo, sem folgas em feriados, tampouco férias, na função de principal atendente.
59. A Reclamada não realizou o pagamento do INSS para a Reclamada, contrariando mais uma vez a legislação vigente.
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas.
60. Diante disso, a Reclamada deve ser condenada em realizar os depósitos dos valores não realizados anteriormente para a Reclamante no valor de R$ xxxx.
DO VALE TRANSPORTE
61. A Reclamante trabalhava, inicialmente, 3 vezes por semana, das 16h às 23 horas, sem intervalo para refeição ou descanso.
62. No final de 2017, em novembro, passou a trabalhar executando as mesmas atividades, a partir de então, de maneira fixa, de segunda à domingo, sem folgas em feriados, tampouco férias, na função de principal atendente.
63. A Reclamante trabalhou todos esses anos sem receber nenhum vale transporte para se deslocar ao trabalho.
64. A lei do vale transporte n° 7418/85, em seu artigo 4º, orienta que o benefício deve de ser concedido antecipadamente pelo contratante ao contratado.
65. Diante disso, a Reclamada deve ser condenada em realizar os depósitos dos valores não realizados anteriormente para a Reclamante no valor de R$ xxxx.
DA LICENÇA MATERNIDADE
66. A Reclamante trabalhava, inicialmente, 3 vezes por semana, das 16h às 23 horas, sem intervalo para refeição ou descanso.
67. No final de 2017, em novembro, passou a trabalhar executando as mesmas atividades,a partir de então, de maneira fixa, de segunda à domingo, sem folgas em feriados, tampouco férias, na função de principal atendente.
68. A Reclamante fico grávida no meio do contrato de trabalho, mas não teve o período de licença a maternidade que era a assegurada a condição da mesma.
69. Vejamos o que o artigo 392 da CLT disciplina:
Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença- maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
70. Diante disso, a Reclamada deve ser condenada em realizar os depósitos dos valores não realizados anteriormente para a Reclamante no valor de R$ xxxx.
DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO
71. Como a Reclamante foi dispensado sem justa causa, sem que o empregador tenha lhe concedido o cumprimento do aviso prévio, previsto na Lei nº 12.506/2011, o mesmo faz jus ao pagamento da indenização correspondente ao período, de conformidade com o § 1º do art. 487 da Consolidação das Leis do Trabalho.
72. Motivo pelo qual a Reclamante é credor da referida verba acima pleiteada, com base na média remuneratória do obreiro no valor aproximado de R$ xxxxxx
DA FALTA DO REGISTRO NA CARTEIRA DE TRABALHO
73. A Reclamante foi contratada pela Reclamada sem registro na carteira, atitude essa ilícita perante a lei vigente no país, além dos prejuízos causados para vida previdenciária da Reclamada.
74. Vejamos o que disciplina o artigo 29 da CLT:
Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia.
§ 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação.
75. Diante disso, fica obrigada a empresa registrar a carteira de trabalho da Reclamada, conforme a Lei disciplina.
DO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS
76. A Reclamante foi arbitrariamente demitida, sem que lhe fossem pagas suas verbas rescisórias, devendo, portanto, arcar a Reclamada com o pagamento da multa prevista no artigo 477, § 8º da CLT.
77. Como o contrato de trabalho teve fim há mais de 10 (dez) dias, mesmo que a relação de trabalho seja reconhecida apenas por prolação da r.sentença, o título em testilha é devido, visto que, a anotação do contrato de trabalho em CTPS, no caso, é formalidade legal que em nada se confunde com a obrigação de quitar os haveres rescisórios.
78. A atitude realizada pela Reclamada é inaceitável, pois estamos diante de um direito líquido e certo do empregado, conforme art. 477 da CLT.
79. A Reclamada se utilizou do seu poder para não pagar algo que é de inteiro direito da Reclamante, agindo ilicitamente conforme disciplina o art. 186 do Código Civil, sendo assim, deve ser condenada a pagar as verbas rescisórias ao Reclamante, no montante de R$ xxxxxx.
DOS DANOS EXTRAPATRIMONIAIS
80. A Reclamante começou a trabalhar na empresa com 12 (doze) anos de idade no ano de 2016, sendo que nasceu em 29.08.2004.
81. A Reclamada mesmo sabendo que a Reclamante era menor idade ainda contratou para trabalho infantil.
82. A contratação é vedada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seus artigos 4º, 53º, 60 e 61.
83. O trabalho infantil é ilegal e priva crianças e adolescentes de uma infância normal, impedindo-os(as) não só de frequentar a escola e estudar normalmente, mas também de desenvolver de maneira saudável todas as suas capacidades e habilidades.
84. Antes de tudo, o trabalho infantil é uma grave violação dos direitos humanos e dos direitos e princípios fundamentais no trabalho, representando uma das principais antíteses do trabalho decente. . Ele impacta o nível de desenvolvimento das nações e, muitas vezes, leva ao trabalho forçado na vida adulta. Por todas essas razões, a eliminação do TRABALHO INFANTIL É UMA DAS PRIORIDADES DA OIT PRINCIPALMENTE NAS CONVENÇÕES 138 E 182.
85. Além da Reclamada sofrer o abuso do trabalho infantil não recebeu os seus direitos como trabalhadora, tendo assim o direito de receber todos direitos com correção monetária e a indenização pelo dano sofrido a sua imagem e honra.
86. A Reclamante não teve seu FGTS recolhido, os salários nunca foram pagos no prazo, não recebeu o salário do último mês trabalhado e nem suas verbas rescisórias, tampouco teve sua CTPS anotada pela Reclamada.
87. Ora, os prejuízos de ordem moral, decorrentes dessa situação são notórios. O constrangimento, a sensação de injustiça por parte daquele que, tendo agido corretamente, vivenciou situação humilhante.
88. A conduta da Reclamada é absolutamente atentatória à dignidade do trabalhador e enseja indenização por dano moral, nos termos dos arts. 5º, V e X, da CF e 927 do CC.
89. Desse modo, requer a condenação da Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais em valor não inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por ser quantia razoável, não significando enriquecimento sem causa da Autora e de outra banda por mostrar-se suficiente para cumprir o caráter punitivo-pedagógico da condenação pelo ato ilícito perpetrado pela ofensora e o dissabor experimentado pela vítima.
DA MULTA DO ART. 467
90. A Reclamada deverá pagar a Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme art. 467 da CLT.
91. Dessa forma, protesta a Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas incontroversas na primeira audiência, no montante de R$ xxxxxx.
DO SEGURO DESEMPREGO INDENIZADO
92. Por óbvio, ante a ausência de registro em CTPS, a Reclamada não entregou as guias rescisórias, motivo pelo qual deveria fornecer o TRCT, código 01 e o CD, o que impediu a Reclamada de se valer do Seguro Desemprego, razão pela qual deve a mesma por sua conduta lesiva indenizar a Reclamada sob este título.
93. Diante do exposto, tendo em vista que à época da dispensa o Reclamante gozava das condições para o recebimento do benefício e a ausência de registro em CTPS o obstou o exercício de tal direito, é credor da quantia relativa ao seguro desemprego.
DA JUSTIÇA GRATUITA
94. A Reclamante não possui condições financeiras de arcar com à custa processuais sem prejuízo do próprio sustento como se infere dos documentos em anexo.
95. Requer a Reclamante o benefício da Justiça Gratuita, nos termos da Lei nº 1.060/50, combinado com a Lei nº 5.584/70 e artigo 98 do Novo Código de Processo Civil e artigos 5º, incisos XXXV, LXXIV, e LCCIV e 7º, inciso X da Constituição Federal, vez que, a Reclamante declara sob as penas da lei, ser pobre na acepção jurídica, sendo uma pessoa INSUFICIENTE de RECURSOS, não tendo condições financeiras, para arcar com custas, honorários periciais e honorários advocatícios, conforme declaração em anexo.
96. O beneficio da justiça gratuita, deverá abranger além das custas, também os honorários advocatícios, e eventuais honorários periciais, nos termos do artigo 5º, incisos XXXV, LXXIV, LCCIV e artigo 7º, inciso X da Constituição Federal, combinado com o artigo 98 do Novo Código de Processo Civil, vejamos:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
97. Assim sendo, requer a concessão das benesses da gratuidade judiciária prevista no art. 790, §3º da CLT.
III. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS
Vem perante V. excelência requerer:
· Ante o exposto, requer ao juízo o recebimento da presente inicial;
· Requer que seja reconhecida a competência territorial deste Douto Juízo;
· Requer que seja intimada as Reclamadas para que apresentem se quiser a contestação no prazo legal;
· Requer que seja reconhecido o vínculoempregatício da Reclamante perante a Reclamada;
· Requer reiteração do empregado de imediato, ou se assim a empresa não entender, que seja condenada imediatamente ao pagamento da indenização pelo período de estabilidade da Reclamante;
· Requer que seja reconhecida a responsabilidade subsidiária entre as empresas por se tratarem de grupo econômico;
· Requer a condenação da Reclamada ao pagamento das horas intrajornada no valor de R$ xxxxx;
· Requer o pagamento de horas extras, durante todo o período contratual de (R$ XXXX) e ainda, a condenação do reclamado ao pagamento de horas de intervalo suprimidas, durante todo o contrato laboral, com o acréscimo de 50% sobre a hora normal de (R$ xxxx);
· Requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento que foi suprimido a Reclamante pertinente aos dias que não usufruiu de descanso semanal remunerado no valor de R$ xxxxx;
· Requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento em dobro dos dias trabalhados no feriado no valor de R$ xxxxx;
· Requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento das férias que não foram concedidas pela Reclamada para usufruir no valor de R$ xxxxx;
· Requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento do décimo terceiro que não foi pago a Reclamante em todos esses anos de trabalho no valor de R$ xxxxx;
· Requer que a Reclamada seja condenada ao recolhimento do Fundo de Garantia (FGTS) que não foi pago a Reclamante em todos esses anos de trabalho no valor de R$ xxxxx;
· Requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento do INSS que não foi recolhido a Reclamante em todos esses anos de trabalho no valor de R$ xxxxx;
· Requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento do vale transporte que não foi concedido a Reclamante em todo o seu contrato de trabalho para o seu deslocamento no valor de R$ xxxxx;
· Requer que seja a Reclamada condenada a indenização por não ter tido a licença maternidade quando estava gravida no valor de R$ xxxxx;
· Requer que seja a Reclamada ao pagamento do aviso prévio indenizado por ter sido demitida sem justa causa no valor de R$ xxxxx;
· Requer que seja a Reclamada condenada ao registro da carteira da Reclamante com a data retroativa da data que adentrou na empresa;
· Requer que seja a Reclamada ao pagamento de danos extrapatrimoniais no montante R$xxxxx;
· Caso a Reclamante não consiga receber o valor do benefício do seguro-desemprego, deverá a Reclamada arcar com indenização correspondente, face à ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DO SDI-1, 211 DO E. TST;
· Requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento da multa do artigo 467 da CLT;
· Requer que seja a Reclamada condenada a multa do artigo 477 da CLT;
· Requer o pagamento das verbas rescisórias, sendo estas no valor de R$ xxxx; e
· Requerer a concessão do benefício da justiça gratuita.
98. Atribui-se àpresente Reclamatória Trabalhista o valor de R$ xxxx para efeitos de alçada e condenação provisória
Nestes temos,
Pede e espera deferimento.
Estado, dia, mês e ano.
Advogado OAB/Estado

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