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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD Avaliação Presencial 1 (APX2) – 2022.01 PRAZO FINAL PARA POSTAGEM: 28/05/22 às 10h Disciplina: Língua Portuguesa na Educação 1 Coordenadora: Profa. Janaína Moreira Pacheco de Souza Valor: 10,0 pontos Nota obtida: __________ ANTES DE RESPONDER AS QUESTÕES, OBSERVE AS SEGUINTES INSTRUÇÕES: A prova contém duas questões, totalizando 10,0 pontos. Preste atenção ao que é solicitado no enunciado; Procure refletir sobre as questões apresentadas; Seja autoral; Responda com calma e com atenção. CRITÉRIOS OBSERVADOS PARA CORREÇÃO: Todas as questões devem estar respondidas à caneta azul ou preta, caso não responda no computador; Procure respeitar o limite de linhas colocado na prova; se precisar ultrapassar, trabalhe com o bom senso; Situações de zero: Provas com respostas discursivas iguais; Desenvolvimento textual totalmente fora do tema proposto; Ausência de linha argumentativa própria: cópia do texto de outro autor ou cópia de outro texto da internet; Texto com incoerência generalizada; Texto com estruturação caótica de períodos; Prova feita a lápis ou com letra ilegível. 1ª QUESTÃO: Leia os textos abaixo: Texto 1 A escola geralmente não reconhece a verdadeira diversidade do português falado no Brasil, impondo assim, sua linguística como se ela fosse, de fato, a língua comum a todos 160 milhões de brasileiros, independentemente de sua idade, de sua origem geográfica, de sua situação socioeconômica, de grau de escolarização. Fonte: BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo, Brasil, Loyola 1999, p. 15. Texto 2 a) Produza um texto (entre 10 a 15 linhas) que discuta, a partir da tirinha, o conceito de diversidade linguística e apresente argumentos sobre a necessidade de trabalhar a diversidade linguística no contexto de sala de aula. Para a elaboração do texto, faça uso dos conhecimentos adquiridos na disciplina. (5,0 pontos) A diversidade linguística é relacionada com a convivência de línguas diferentes. No Brasil é possível encontrarmos inúmeras variações linguísticas, devido a vários fatores, como por exemplo, a escolaridade, a faixa etária, a região, o contexto social e cultural. A importância dessas variações reside no fato de que elas são elementos históricos, formadores de identidades. Podendo ser consideradas manifestações culturais e sociais de um povo. É preciso respeitar todas as línguas, lutar contra o preconceito e promover a preservação daquelas que se encontram em vias de extinção por falta de falantes. O ensino de língua nas escolas não deve priorizar somente a norma padrão, ela também deve atribuir valores a cada variação linguística existente. Por isso é importante que a escola conscientize os seus alunos de que tanto na oralidade como na escrita, ele sempre será submetido as mais diversas avaliações. Daí surge a necessidade de enfatizar a importância do domínio da linguagem formal, pois quando se trata da escrita, esta requer total domínio por parte do falante. Sempre dando suporte aos alunos, de forma que eles não se envergonhem de usar a linguagem coloquial, mas como sujeito da aprendizagem deve e serão avaliadas, quanto a usar a língua adequada as mais diversas situações de uso na qual se encontram. 2) O que faz uma Sala de Leitura ganhar notoriedade dentro e fora da escola? Acesse o link abaixo para compreender um pouco mais a importância desse espaço escolar denominado “sala de leitura”. Texto I O que faz uma Sala de Leitura ganhar notoriedade dentro e fora da escola Por Fernanda Fernandes Sala de Leitura da E.M. Clementino Fraga (8ª CRE), 2017 (Foto: Alberto Jacob Filho) Por que algumas Salas de Leitura parecem marcar um espaço dentro e também fora das escolas onde se inserem? Que concepções e práticas fundamentam essas experiências? Para compreender essas questões, Sônia Maria Travassos, doutora em Educação e escritora de livros infantis, realizou um estudo em cinco Salas de Leitura que alcançaram visibilidade e reconhecimento em suas escolas e junto à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME-Rio). O trabalho foi desenvolvido entre os anos de 2014 e 2018, para sua tese de doutorado, intitulada Concepções, Funções e Práticas de Salas de Leitura de Escolas da Rede Municipal de Ensino da Cidade do Rio de Janeiro. “A proposta foi analisar por que, em meio a tantas escolas, aquelas experiências poderiam ser consideradas boas, o que elas faziam de diferente de outras, que condições e concepções estruturais favoreciam um trabalho contínuo e consistente que faz a diferença na formação leitora dos sujeitos”, explica Sônia. Na época, as indicações vieram da própria SME-Rio (da antiga Gerência de Mídia-Educação, então coordenada por Simone Monteiro), que partiu de quatro eixos orientadores para a observação e avaliação dos projetos: espaço, acervo, gestão e mediação, e considerou o recorte solicitado pela pesquisadora, de que fossem Salas de Leitura localizadas em unidades com Educação Infantil e, principalmente, Ensino Fundamental I. “Apesar de o estudo ter sido realizado, sobretudo, em escolas com Ensino Fundamental I, sem dúvidas os fatores levantados se adequam perfeitamente a outros segmentos, porque são princípios da formação do leitor para se pensar o espaço de Sala de Leitura na escola”, adianta Sônia. Para o estudo, foram realizadas visitas às escolas e entrevistas com professores e alunos. Entre as cinco Salas de Leitura indicadas, duas foram acompanhadas mais de perto pela pesquisadora, durante o período aproximado de um ano, em visitas semanais: a da E.M. Conde de Agrolongo, na Penha (4ª CRE), e a do Ciep Oswald de Andrade, no Parque Anchieta (6ª CRE). Confira os fatores que levaram essas Salas de Leitura a alcançar visibilidade e reconhecimento, segundo as conclusões da pesquisadora: Integração ao Projeto Político-Pedagógico (PPP) Ao estarem presentes nos planejamentos, conselhos de classe e avaliações gerais sobre o trabalho da escola, as Salas de Leitura (SL) participam efetivamente da concepção do PPP. Assim, fortalecem o diálogo com a direção e com o corpo docente, ampliando a compreensão sobre o papel da SL, que não apenas envolve o apoio e o suporte mais direto a projetos de sala de aula, mas também um trabalho de formação do leitor e formação cultural no sentido mais amplo. Integradas ao PPP, as SL se fazem centrais, funcionando como uma teia, em relação ao todo da escola. “A Sala de Leitura tem um lado de quem propõe e outro de quem se incorpora a todos os objetivos gerais da escola, sem ser apenas um suporte. Ela não é só uma continuação da sala de aula. Tem propostas próprias, que devem estar em diálogo com os princípios de formação do leitor e da escola”, ressalta Sônia M. Travassos. Envolvimento das professoras O perfil reflexivo das docentes, que repensam constantemente suas práticas, criam caminhos para aprimorar o cotidiano do trabalho e se posicionam ativamente frente aos entraves, foi outro fator levantado. A valorização e a apropriação que fazem das formações que participam, sejam cursos oferecidos pela SME-Rio ou outros, são destaques na fundamentação do trabalho. Esse trabalho é, também, registrado em portfólios – para marcar o lugar da SL na história da escola, podendo ser revisitado e repensado – e divulgado por meio do Facebook e do WhatsApp, como forma de aproximar os leitores, ampliando a visão destes sobre a SL. Constituição, organização e dinamização do espaço e dos acervos Os espaços não são usados apenas para guardar os acervos. A forma como são pensados e ambientados revela a tentativa por parte do regentede Sala de Leitura de torná-los convidativos, criando locais que favorecem a circulação das crianças, considerando suas diferentes formas de ler – individualmente, ao lado de colegas ou ouvindo um leitor mais experiente, por exemplo – e reorganizando os espaços de acordo com as propostas que pretendem realizar – exibição de filmes, apresentações dos estudantes, visitas de autores, reuniões e estudos. Sala de Leitura da E.M. Tobias Barreto (3ª CRE), no Encantado, 2017 (Foto: Alberto Jacob Filho) Também foram notadas ações constantes de se criar espaços móveis de leitura pela escola, para permitir uma maior circulação dos livros entre alunos – que podem compartilhar esses momentos com seus pares, sem uma interferência maior dos adultos – e, até mesmo, entre professores. Os acervos consideram critérios de diversidade e de qualidade, atendendo a demandas pontuais, que envolvem necessidades específicas relacionadas a algum projeto e ao gosto dos alunos. A produção dos alunos também integra o acervo e é dinamizada no espaço, garantindo às crianças um lugar de autoria. Quanto à organização, diferentes coleções e arrumações destacam obras e instigam a vontade de ler, havendo muita preocupação com a sinalização dos livros, de forma a facilitar a busca por parte dos leitores. Uma consideração feita por Sônia M. Travassos, no entanto, refere-se aos acervos de livros informativos, que, segundo ela, poderiam ser mais dinamizados nos espaços. “A pesquisa escolar também precisa fazer parte do projeto de formação de leitores que envolve a Sala de Leitura. Cabe resgatar esse projeto e aprimorá-lo”, pontua. Práticas dirigidas sem fins didáticos imediatos Ações que buscam a ampliação do repertório de leitura, da experiência estética e da formação cultural dos alunos, como leituras livres e empréstimos de livros, se fazem bem mais presentes do que práticas cujos objetivos são mais didatizantes. Práticas de leitura oral compartilhada, mediadas pelas professoras, potencializam o imaginário das crianças, levam informações sobre as obras, propiciam o diálogo com os leitores e possibilitam novas criações. Entretanto, na opinião da pesquisadora, em alguns momentos essas mediações poderiam ser mais interlocutórias e menos verificativas. “Compreendemos que ler é deslocar-se, ir além do mundo que se conhece: quando numa mediação há o predomínio de perguntas verificativas para mera checagem de informações sobre o que foi lido, os deslocamentos dos sujeitos não ocorrem.” Além dessas, são valorizadas práticas que apostam na autonomia das crianças, abrindo espaço para a participação ativa delas, conduzindo e mediando leituras e apresentando suas criações a outros leitores. “Nessas salas os alunos não são apenas receptores, mas colaboradores, agentes, conduzem projetos, inclusive. Em uma das escolas, havia um grupo de leitores de histórias, que entravam em outras turmas para ler e emprestar livros. É preciso entender que a criança tem potencial para receber leitura e ser agente da leitura junto com seus pares”, diz a escritora, em entrevista ao Portal MultiRio. Articulação com o corpo docente da escola A forma como os professores das turmas percebem o trabalho da Sala de Leitura é um diferencial. A articulação com o corpo docente da escola contribui para que o trabalho alcance notoriedade. As SL destacadas criam ações de apoio aos projetos de sala de aula, fazem o acervo circular entre os demais professores da escola – ampliando suas possibilidades de leitura – e compartilham o conhecimento adquirido em formações específicas que recebem da SME-Rio (ainda que, na percepção de Sônia M. Travassos, seja necessário abrir mais espaços para estudos e trocas na escola). Ciep Roberto Morena (10ª CRE), em Paciência, 2017 (Foto: Alberto Jacob Filho) Promoção de ações e eventos culturais diversos Ações de promoção da leitura junto à comunidade escolar apoiam-se na ideia de dar acesso ao livro e ampliar os circuitos para trocas culturais. As SL promovem eventos autorais – como saraus poéticos, mostras e festas literárias, cafés literários com os responsáveis, entre outros –, organizam ações para colocar as crianças em diálogo com autores e articulam visitas a outras bibliotecas. “Na maior parte das escolas públicas, as crianças e suas famílias estão excluídas de muitas instâncias culturais, como museus, livrarias e bibliotecas. Então, se a escola não incentiva e promove essas trocas, os alunos ficam confinados em seus territórios”, explica a pesquisadora. Continuidade das propostas e estabilidade dos docentes A troca constante de professores na regência da Sala de Leitura faz com que, muitas vezes, o trabalho tenha que ser “começado do zero”. Por isso, a estabilidade dos docentes nessa função é um fator importante para que as SL alcancem reconhecimento e visibilidade. Assim, as propostas podem ser desenvolvidas de maneira contínua, o que confere mais identidade e solidez aos trabalhos. “Se a cada ano um professor diferente está à frente da SL, é mais difícil que o trabalho seja consolidado. Além disso, o fato de esses regentes substituírem professores faltosos ou de licença também pode acabar interferindo e desarticulando o trabalho da SL”, destaca Sônia. Fonte: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/reportagens/15279-o-que-faz-uma-sala-de- leitura-ganhar-notoriedade-dentro-e-fora-da-escola Em nossa disciplina defendemos o argumento de que “a escola – lugar de reflexão – deve possibilitar aos alunos espaços e tempos para refletirem sobre a linguagem”. A partir das colocações apresentadas na reportagem e das reflexões realizadas ao longo das aulas, descreva, detalhadamente, uma atividade pedagógica criada por você, que inclua a sala de leitura como espaço de aprendizagem que visa constituir um aluno-leitor. (5,0 pontos) Seu texto deverá ter no máximo uma lauda. Quero destacar a importância que cabe ao professor de estimular ao máximo a leitura de seus alunos e para isso o professor necessita abordar a importância da leitura e tentar fazer dela uma em atividade prazerosa. Nesse sentido, o ideal é que ela seja apresentada para os alunos como algo do cotidiano. Ou seja, o interesse pela leitura não deve ser relacionado apenas à realização de obrigações escolares, mas, também, à sua relevância em diversos atos rotineiros como, por exemplo, entender regras de um jogo, comunicar-se por meio de mensagens, reproduzir uma receita na cozinha, ler um livro por lazer e tantos outros. É de suma importância os professores incentivarem fazendo com que o momento da leitura seja um momento divertido, que seja reservado um tempo e espaço para as atividades de leitura durante a aula, estimular a participação da família, ofereça uma variedade de gêneros literários, estimule as visitações em bibliotecas e até mesmo fazer uso das tecnologias, que é aonde os alunos estão conectados no mundo de hoje. Existem diversos aplicativos, sites e dispositivos que oferecem uma excelente experiência de leitura e descoberta de novos títulos e ferramentas. Pode-se planejar atividades que façam uso da tecnologia a fim de propor uma experiência de leitura diferente para os alunos. Uma atividade pedagógica que trago hoje seria o titulado por mim “O MUNDO DAS RIMAS”. Que teria a seguinte dinâmica: Materiais utilizados: Livros com frases repetidas; Poemas rimados curtos; Cartolina; Lápis de cor, giz de cera, canetinhas ou marcadores. O que fazer: Escolha uma história com frases repetidas, rimas ou um enredo que os alunos já conheçam; Leia devagar e com um sorriso. Além disso, deixe os alunos perceberem que eles devem interagir e participar; À medida que as crianças se familiarizarem com a história, pare e dê a elas a chance de preencher os espaços em branco e as frases; Pendure um cartaz em branco na parede da sala de aula. Peça aos alunos para inventarem uma listade palavras. Assim, pode ser uma lista de tarefas ou de brincadeiras. Em seguida, diga as palavras em voz alta. Para cada palavra escolhida por um aluno, outro aluno terá que escrever uma outra palavra que rime com a anterior. Mas atenção não vale repetir as rimas da história lida. Outras atividades para estimular a leitura são as criações de projetos de leitura e exposições. Como as citadas abaixo: clube do livro, leitura de sagas e best-sellers, feira de livro autoral dos alunos. O importante é usar a imaginação para incentivar a leitura dos nossos pequenos cada vez mais e mais. Boa prova! Equipe de Língua Portuguesa na Educação 1
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