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Diabetes Mellitus classificação, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Pâncreas: É um órgão dividido em pâncreas exócrino (produção de enzimas digestivas) e pâncreas endócrino (produção de hormônios células betas = insulina + células alfa = glucagon + células delta = somatostatina). Após a alimentação haverá altas taxas de glicose, que passa pelo pâncreas e estimula as células betas (aumento de insulina) e inibem as células alfas (diminuição de glucagon). A insulina é um hormônio anabólico agindo em diversos órgãos e tecidos do corpo para que utilizem ou guardem a glicose como estoque nos músculos e tecidos alvos. Em seguida essa glicose estará diminuída no sangue, ocorrendo inibição das células betas (diminuição de insulina) e estimulando as células alfas (aumento de glucagon). O glucagon pegará essa insulina reservada e jogará no sangue como glicose, para que não haja hipoglicemia. Definições importantes: Mais confiável glicemia do sangue venoso. Glicemia jejum: Aquela feita ao acordar pela manhã, idealmente com um jejum de pelo menos 8 horas. Glicemia ao acaso: Glicemia colhida a qualquer hora do dia, sem necessariamente o paciente estar em jejum ou quando não sabemos o tempo de jejum, por exemplo quando o paciente está inconsciente. Glicemia pós prandial: Glicemia colhida após a refeição. Utilizamos 2h após a primeira refeição para acompanhamento do diabetes. No diabetes gestacional, utilizamos a glicemia pós prandial de 1 hora após o primeiro bocado da refeição. Glicemia capilar: Realizada com glicosímetro (aparelho de glicemia capilar). Hemoglobina glicosilada/ glicada /HbA1c: antigamente utilizada apenas no seguimento dos diabéticos (mostra a média glicêmica dos últimos 3-4meses). Atualmente utilizada também para diagnóstico. Padronizada em todo o mundo pelo método HPLC. Quanto mais hemoglobina glicada no sangue, mais glicose possuímos no sangue media de glicemia dada em porcentagem. Diabetes Mellitus síndrome clinica caracterizada pela hiperglicemia = valor de glicose aumentado. Alteração/ defeito do hormônio insulina. Diagnostico ocorre de 4 formas: Critérios laboratoriais para diagnostico de DM2 e pré diabetes: Tipos de DM: DM Tipo 1: Hiperglicemia com peptídeo C baixo = destruição das ilhotas de Langherans. Não há produção de insulina. Diabetes tipo 1 (doença autoimune). Perfil clinico: jovem magro e sintomático poliuria, polidipsia, polifagia e perda de peso. Anticorpos relacionados ao DM1: ● Anti-ilhotas (ICA). ● Anti-insulina (IAA). ● Antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD65). ● Antitirosina -fofatase IA-2 e IA-2B. ● Antitransportador de zinco (Anti-Znt8). DM Tipo 2: Excesso da produção de insulina causando resistência de suas ações nas células alvo. Sempre haverá glicose alta no sangue pois a célula resistente não permite sua entrada, havendo maior produção para tentar vencer essa resistência. Perfil clinico: adulto normalmente obeso, assintomático nos primeiros 5-7 anos, os sintomas ocorrem quando a glicemia ultrapassa a capacidade de reabsorção renal, ou pelos sintomas das complicações crônicas. LADA: Autoimune. Ocorre entre os 25-65 anos. Destruição progressiva dos pâncreas. MODY: Ocorre defeito genético com a produção de insulina, entretanto uma molécula defeituosa que não consegue agir nos tecidos alvos as células não são resistentes. Diferenças entres os principais tipos de diabetes: Diabetes gestacional: É uma condição metabólica exclusiva da gestação e que se deve ao aumento da resistência insulínica causada pelos hormônios gestacionais. Essa resistência pode gerar hiperglicemia, ou seja, aumento do açúcar no sangue. Todas as necessidades nutricionais e metabólicas do feto são supridas pela placenta
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