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Place: Sala 1 - Sala de aula / Andar / Polo Bangu / POLO BANGU - RJ Academic: EAD-IL80024-20222A Candidate: JULIANA DE OLIVEIRA AUGUSTO Assessment: A2- Registration: 20201301853 Date: 30 Jun 2022 - 8 a.m. Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 10.00/10.00 1 Código: 29870 - Enunciado: (Fonte: HOPPER, E. Nighthawks. 1942. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Nighthawks_(pintura)#/media/File:Nighthawks_by_Edward_Hop per_1942.jpg >. Acesso em: 5 mai. 2018.) “Mas agora é comum que a sincronia seja interrompida em encontros, dada a onipresença do smartphone. Imagine o quadro ʻNighthawks ,̓ pintado por Edward Hopper em 1942, recomposto em formato atual: três fregueses de uma lanchonete e um atendente, no meio da madrugada, cada qual olhando para a tela de seu celular.” (Fonte: WAYNE, T. Na era digital, seus amigos são realmente seus amigos? Trad. Paulo Migliaci. Folha de S. Paulo, 16 mai. 2018. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2018/05/na-era- digital-seus-amigos-sao-realmente-seus-amigos.shtml >. Acesso em: 16 mai. 2018.) Identifique a função sintática do sintagma nominal “o quadro Nighthawks”, no excerto de autoria de Teddy Wayne: a) Vocativo. b) Adjunto adnominal. c) Objeto indireto. d) Objeto direto. e) Complemento nominal. Alternativa marcada: d) Objeto direto. Justificativa: Resposta correta:Objeto direto.No segmento “imagine o quadro ʻNighthawksʼ”, o sintagma nominal em destaque é o complemento verbal do verbo “imaginar”; portanto, trata-se de um objeto direto. DistratoresErrada: Complemento nominal. No segmento “imagine o quadro ʻNighthawksʼ”, o sintagma nominal em destaque é o complemento do verbo “imaginar”, portanto, não pode ser um complemento nominal (nesse caso, o sintagma seria complemento de um substantivo).Errada: Vocativo. No segmento “imagine o quadro ʻNighthawksʼ”, o sintagma nominal em destaque é o complemento do verbo “imaginar”, portanto, não pode ser um vocativo na oração em destaque (vocativo implica uma interpelação ao interlocutor no discurso direto, que não é o caso).Errada: Objeto indireto. No segmento “imagine o quadro ʻNighthawksʼ”, o sintagma nominal em destaque é o complemento do verbo “imaginar”, sem preposição, portanto, não pode ser um objeto indireto, complemento verbal com preposição, diferente do que ocorre no exemplo. Errada: Adjunto adnominal. No segmento “imagine o quadro ʻNighthawksʼ”, o sintagma nominal em destaque é o complemento do verbo “imaginar”, portanto, não pode ser um adjunto adnominal, que implicaria a modificação de um substantivo, oferecendo-o características e atributos. 1.00/ 1.00 2 Código: 29255 - Enunciado: Xote das meninas (Luiz Gonzaga) Mandacaru quando flurora na seca É o sinal que a chuva chega no sertão Toda menina que enjoa da boneca É sinal que o amor já chegou no coração Meia comprida não quer mais sapato baixo Vestido bem cintado não quer mais vestir simão 1.00/ 1.00 Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar De manhã cedo já tá pintada Só vive suspirando sonhando acordada O pai leva ao dotô a filha adoentada Não come, nem estuda Não dorme, e nem quer nada Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar De manhã cedo já está pintada Só vive se cheirando Sonhando acordada O papai levou ao doutor A filha adoentada Não come não estuda Não dorme nem quer nada Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar Mas o doutor nem examina Chamando o pai de lado lhe diz logo em surdina Que o mal é da idade e que prá tal menina Não há um só remédio em toda medicina (Disponível em: https:<www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/xote-das-meninas.html>. Acesso em: 26 abril de 2018.) Em relação ao texto acima, avalie as afirmações a seguir. I. No verso “Não há um só remédio em toda medicina”, é possível alterar a ordem da frase e a pontuação respeitando o sentido e as regras gramaticais para Em toda medicina, não há um só remédio.II. Nos versos “De manhã cedo já está pintada / Que o mal é da idade e que prá tal menina”, temos dois exemplos de predicado nominal, composto por verbo de ligação e predicativo do sujeito.III. O termo “De manhã cedo” colocado no início do verso está associado ao termo “pintada”, por isso, pode ser classificado sintaticamente como um adjunto adnominal. É correto o que se afirma em: a) I e II. b) II, apenas. c) I e III. d) I, apenas. e) II e III. Alternativa marcada: a) I e II. Justificativa: Resposta correta:I e II.Em I, com a alteração da ordem da frase e o acréscimo da vírgula, a alteração da colocação do adjunto adverbial 'Em toda medicina' respeita o sentido e as regras gramaticais. O Adjunto adverbial apresenta flexibilidade quanto à sua colocação na oração.Em II, os versos citados apresentam predicado nominal. No primeiro verso, 'está' é verbo de ligação e 'pintada' é predicativo do sujeito; no segundo verso, 'é' é verbo de ligação e 'da idade' é predicativo do sujeito. Distrator:O que se afirma em III está incorreto, pois o termo 'De manhã cedo' está associado à ação verbal, por isso, é classificado sintaticamente como Adjunto Adverbial. 3 Código: 29760 - Enunciado: Leia o poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade: João amava Teresa que amava Raimundoque amava Maria que amava Joaquim que amava Lilique não amava ninguém.João foi para os Estados Unidos. Teresa para o convento,Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandesque não tinha entrado na história. (Fonte: ANDRADE, C. D. Quadrilha. In: _____. Alguma Poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973. p. 19.) Para a Linguística Contemporânea, aceitabilidade não se confunde com gramaticalidade. Considerando essa afirmação, escolha a alternativa que apresenta discrepância entre aceitabilidade e gramaticalidade, sendo passível de problematização: a) Drummond discute os limites de uma expressão literária não adequada à norma culta, pois o texto apresenta elementos típicos de variedades populares do português praticado no Brasil. b) Drummond emprega estruturas gramaticais e adequadas ao português do Brasil; do ponto de vista da aceitabilidade, entretanto, elas podem ser questionadas, pois apresentam recursividade. c) Drummond apresenta uma série de fatores tipicamente agramaticais; apesar de aceitos e adequados à norma culta da língua, os exemplos desafiam porque não pertencem ao português. d) Todas as estruturas do poema Quadrilha são consideradas aceitáveis, gramaticais e adequadas à norma culta do português, pois são encontradas em contextos conversacionais típicos. e) Drummond recupera estruturas da língua portuguesa que, em nenhuma circunstância, seriam consideradas gramaticais, aceitáveis e adequadas à língua praticada no Brasil. Alternativa marcada: b) Drummond emprega estruturas gramaticais e adequadas ao português do Brasil; do ponto de vista da aceitabilidade, entretanto, elas podem ser questionadas, pois apresentam recursividade. Justificativa: Resposta correta:Drummond emprega estruturas gramaticais e adequadas ao português do Brasil; do ponto de vista da aceitabilidade, entretanto, elas podem ser questionadas, pois apresentam recursividade. Correta. Segundo Carlos Mioto, no nível da competência, essas estruturas são possíveis; entretanto, no nível da performance, a chance de ocorrerem é mínima (MIOTO, C.; SILVA, M. C. F.; LOPES, R. Novo manual de sintaxe. São Paulo: Contexto, 2013. p. 18). Distratores:Drummond recupera estruturas da língua portuguesa que, em nenhuma circunstância, seriam consideradas gramaticais, aceitáveis e adequadas à língua praticada no Brasil. Errada. As estruturas do poema “Quadrilha” são consideradas gramaticais, pois atendem a regras da língua, por exemplo, às relativas ao encaixamento de sintagmas. Os demais elementos podem ser questionados, pois a chance de ocorrerem em situação de comunicação é mínima.Drummonddiscute os limites de uma expressão literária não adequada à norma culta, pois o texto apresenta elementos típicos de variedades populares do português praticado no Brasil. Errada. No poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade, não há o emprego de elementos típicos de variedades populares. Pelo contrário, o poeta emprega a norma culta do português do Brasil. Apresenta, sim, recursividade, evitada pela limitação da memória, por exemplo.Drummond apresenta uma série de fatores tipicamente agramaticais; apesar de aceitos e adequados à norma culta da língua, os exemplos desafiam, pois não pertencem ao português. Errada. O poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade, é facilmente reconhecido como pertencente ao português. Entretanto, o texto apresenta recursividade, fator que costuma ser evitado pelos falantes na medida em que as orações podem não ser devidamente compreendidas.Todas as estruturas do poema Quadrilha são consideradas aceitáveis, gramaticais e adequadas à norma culta do português, pois são encontradas em contextos conversacionais típicos. Errada. As estruturas do poema Quadrilha, de Carlos 1.00/ 1.00 Drummond de Andrade, não podem ser consideradas aceitáveis, apesar de serem visivelmente gramaticais (reconhecemos que pertencem ao português) e apresentarem adequação à norma culta da língua portuguesa do Brasil. 4 Código: 29805 - Enunciado: Minha mãe dizia:– Ferve, água!– Frita, ovo!– Pinga, pia!E tudo obedecia. (Fonte: LEMINSKI, P. Minha mãe dizia. In: ________. Caprichos e relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1983.) O poema de Paulo Leminski procura recriar, pela linguagem, uma atmosfera da infância mágica. Nesse sentido, com base no emprego das vírgulas em língua portuguesa, é possível afirmar que: a) As vírgulas foram empregadas porque, em uma situação comunicativa, haveria pausa nessas posições, o que corrobora a constatação de que o critério prosódico prevalece no emprego de pontuação no português. b) As palavras “água”, “ovo” e “pia” só podem desempenhar a função sintática de complemento verbal nas orações; portanto, as vírgulas foram empregadas para enfatizar a competência da mãe na privacidade. c) As palavras “água”, “ovo” e “pia” desempenhariam a função sintática de sujeito nas sentenças; portanto, trata-se de sujeitos invertidos, típicos de orações em ordem inversa na língua portuguesa do Brasil. d) As palavras “água”, “ovo” e “pia” desempenhariam a função sintática de vocativo nas sentenças, o que se coaduna com o mergulho no universo mágico da infância por meio da linguagem poética. e) As vírgulas, na segunda estrofe, foram empregadas incorretamente; ou seja, houve um descuido com relação à norma culta, sendo importante corrigi-las em outras edições do texto poético no futuro. Alternativa marcada: d) As palavras “água”, “ovo” e “pia” desempenhariam a função sintática de vocativo nas sentenças, o que se coaduna com o mergulho no universo mágico da infância por meio da linguagem poética. Justificativa: Resposta correta:As palavras “água”, “ovo” e “pia” desempenhariam a função sintática de vocativo nas sentenças, o que se coaduna com o mergulho no universo mágico da infância por meio da linguagem poética.Correta. O eu poemático narra os poderes da mãe, como se ela pudesse ordenar – por meio de vocativos, isolados por vírgula e sinal de exclamação – que “água”, “ovo” e “pia” pudessem se comportar como agentes das ações expressas pelos verbos “ferver”, “fritar” e “pingar”. Tal leitura é explicitamente literária. Distratores:As vírgulas, na segunda estrofe, foram empregadas incorretamente; ou seja, houve um descuido com relação à norma culta, sendo importante corrigi-las em outras edições do texto poético no futuro. Errada. Como estamos no âmbito do gênero poético, não se fala em “adequado” ou “inadequado”, muito menos em “erro” e “acerto” – que devem ser evitados em ensino de gramática. Aqui, o emprego das vírgulas depende de opções de natureza literária e reforçam um sentido metafórico.As palavras “água”, “ovo” e “pia” desempenhariam a função sintática de sujeito nas sentenças; portanto, trata-se de sujeitos invertidos, típicos de orações em ordem inversa na língua portuguesa do Brasil. Errada. Os exemplos dados não fazem parte de orações em ordem inversa. Pelo contrário, os termos parecem isolados por sinais de pontuação, o que permite inferir que são vocativos. Os vocativos nomeiam palavras que apontam para os agentes das ações expressas pelos verbos, mas não funcionam como sujeito.As vírgulas foram empregadas porque, em uma situação comunicativa, haveria pausa nessas posições, o que corrobora a constatação de que o critério prosódico prevalece no emprego de pontuação no português. Errada. O critério sintático prevalece no sistema de pontuação adotado por convenção no Brasil. Mesmo havendo pausas, elas encaminhariam a leitura de vocativo. Assim, as vírgulas, nos casos descritos, reforçam a ideia de leitura de tais segmentos como vocativos, conforme critério sintático.As palavras “água”, “ovo” e “pia” só podem desempenhar a função sintática de complemento verbal nas orações; portanto, as vírgulas foram empregadas para enfatizar a competência da mãe na privacidade. 1.00/ 1.00 Errada. A afirmação leva a compreender que há o emprego dos complementos verbais objeto direto ou objeto indireto, o que seria o caso se, de fato, não houvesse vírgulas, nem travessões, nem ponto de exclamação, possibilitando, então, reconhecer-se a presença de complementos verbais. 5 Código: 29872 - Enunciado: “Manifestantes sem-teto entram em confronto com PMs em protesto contra Copa.” (Fonte: Gaúcha Zero Hora, 27 mai. 2014. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2014/05/manifestantes-entram-em-confronto- com-a-pm-em-protesto-contra-a-copa-em-brasilia-cj5vltac30hj3xbj0j7nhpy2x.html>. Acesso em: 10 mai. 2018.) O gênero manchete de jornal, por sua concisão, pode conduzir a leituras ambíguas do texto do ponto de vista morfossintático, como é o caso do exemplo dado. Identifique a alternativa de reescrita mais adequada a esse contexto linguístico, considerando que os elementos mais importantes da manchete devem permanecer presentes: a) “Os PMs contra Copa entram em confronto com os sem-teto em manifestação”. b) “PMs entram em confronto com os sem-teto em manifestação contra a Copa”. c) “Manifestantes sem-teto em protesto contra a Copa entram em confronto com PMs.” d) “PMs protestam contra a Copa e são interrompidos por sem-teto em manifestação.” e) “Manifestantes sem-teto contra Copa entram em confronto com PMs em protesto”. Alternativa marcada: c) “Manifestantes sem-teto em protesto contra a Copa entram em confronto com PMs.” Justificativa: Resposta correta:“Manifestantes sem-teto em protesto contra a Copa entram em confronto com PMs” . A alternativa de reescrita tira os principais elementos de ambiguidade, deixando claro que os sem-teto faziam o protesto. Distratores:Errada: “PMs protestam contra a Copa e são interrompidos por sem-teto em manifestação.” A alternativa reconhece que os PMs seriam o sujeito da ação de manifestar, o que não é o caso.Errada: “Manifestantes sem-teto contra Copa entram em confronto com PMs em protesto”. A alternativa mantém uma ambiguidade, sugerindo que os PMs estariam em protesto, e não os sem-teto.Errada: “PMs entram em confronto com os sem-teto em manifestação contra a Copa”. A alternativa coloca os PMs como sujeito da ação de entrar em confronto, o que não seria o caso abordado na matéria.Errada: “Os PMs contra Copa entram em confronto com os sem-teto em manifestação”. A alternativa coloca os PMs como agentes do protesto contra a Copa, o que não é o caso mostrado na matéria. 1.00/ 1.00 6 Código: 29256 - Enunciado: (Disponível em: https://www.humorpolitico.com.br/tag/inferno/. Acesso em: 26 abril 2018. Adaptado). A partir da charge apresentada, avalie as afirmações a seguir.I. Na primeira fala, o valor semântico da conjunção pode provocar duas possibilidades distintas de sentido para a oração.II. Na segundafala, sem alterar o sentido, é possível substituir a locução conjuntiva por “tampouco”.III. Na segunda fala, ao substituir a locução conjuntiva “e nem” por “mas”, o sentido da oração fica inalterado. É correto apenas o que se afirma em: a) II e III. b) II, apenas. c) I e II. d) I, apenas. e) I e III, apenas. Alternativa marcada: c) I e II. Justificativa: Resposta correta:I e II. São essas as afirmações corretas.Em I, há dois sentidos interpretativos possíveis: a conjunção 'e' com valor aditivo e a conjunção 'e' com valor adversativo. Em II, a locução conjuntiva 'e nem' pode ser substituída por 'tampouco', pois 1.00/ 1.00 ambas têm o mesmo valor semântico: aditivo. Distrator:A opção III está incorreta, pois, ao trocar a locução conjuntiva aditiva 'e nem' por 'mas' o valor da oração se altera; no texto original o personagem mostra-se feliz por dois motivos: não ser preso e não ir para o inferno. Com a conjunção adversativa 'mas', o valor apresentado é de oposição à ideia anterior. 7 Código: 30034 - Enunciado: Soneto de contrição, de Vinicius de Moraes Eu te amo, Maria, te amo tantoQue o meu peito me dói como em doençaE quanto mais me seja a dor intensaMais cresce na minha alma teu encanto. Como a criança que vagueia o cantoAnte o mistério da amplidão suspensaMeu coração é um vago de acalantoBerçando versos de saudade imensa. Não é maior o coração que a almaNem melhor a presença que a saudadeSó te amar é divino, e sentir calma... E é uma calma tão feita de humildadeQue tão mais te soubesse pertencidaMenos seria eterno em tua vida. Rio, 1938. (Fonte: MORAES, Vinicius. Livro de Soneto. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. Formato Kindle.) O poema Soneto de contrição, de Vinicius de Moraes, é exemplo de como as funções da linguagem, segundo terminologia sedimentada pelo trabalho de Roman Jakobson (Linguística e Poética, In: JAKOBSON, Roman. Linguística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 1991), podem aparecer simultaneamente. Explique por que, nesse soneto, é possível reconhecer cada uma das seguintes funções da linguagem, de acordo com suas características linguísticas: a) Função emotiva.b) Função conativa ou apelativa.c) Função poética. Resposta: a) Função emotiva: o uso da primeira pessoa do singular para dar ênfase no emissor da mensagem e seus sentimentos. b) Função conativa ou apelativa: o destaque ao receptor da mensagem pelo uso do vocativo "Maria" e pronomes na segunda pessoa do singular. c) Função poética: as palavras são cuidadosamente selecionadas, a partir de exímia seleção lexical, a fim de chamar a atenção do leitor para a mensagem do texto. Justificativa: Expectativa de resposta:a) Função emotiva: ênfase no emissor, como observamos a partir da escolha de pronomes e verbos na primeira pessoa do singular, com menção a sentimentos do sujeito da expressão. b) Função conativa ou apelativa: destaque inconteste do receptor da mensagem, que aparece, logo no primeiro verso, por meio do vocativo “Maria” e por pronomes na segunda pessoa do singular.c) Função poética: o poema é cuidadosamente arquitetado, a partir de exímia seleção lexical, empreendida por um dos grandes autores brasileiros do século XX. 1.50/ 1.50 8 Código: 30125 - Enunciado: “[...] Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...” (ASSIS, M. Um apólogo. In: GRINBERG, K. LIMA, A. C. GRINBERG, L. [Org.] Para conhecer Machado de Assis. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. p. 96). A oração subordinada adverbial “quando a costureira chegou à casa da baronesa” é introduzida pela conjunção “quando”. Nesse contexto: A) Indique a noção semântica (por exemplo: concessão, condição, espaço, finalidade, proporção, tempo etc.) do referido conectivo e nomeie essa conjunção de acordo com sua classificação.B) Considerando que a conjunção subordinativa “quando” pode apresentar outras classificações, analise o exemplo a seguir e indique a(s) possível(is) ideia(s) nele presente(s): "Ainda assim, quando queria sair, sempre dava um jeitinho". Resposta: 2.50/ 2.50 A) A noção semântica presente na oração é de tempo, sendo assim, a conjunção "quando" é classificada como temporal. B) Nesse caso, diferentemente do exemplo da letra 'A', a noção semântica é de condição, a mesma representada pelas conjunções "caso" e "se". Assim, a conjunção "quando" aqui é classificada como condicional. Justificativa: Expectativa de resposta:A) A noção semântica presente na oração em destaque é de tempo. A conjunção, nesse caso, é classificada como temporal.B) Nesse caso, a noção é diferente da que temos no texto da letra 'A'. Aqui a noção é de condição, a mesma representada pelas conjunções “se” e “caso”. Assim, a conjunção seria aqui classificada como condicional. No entanto, é possível identificar e discutir diferentes contextos e, caso o aluno ou aluna ofereça bons argumentos, o avaliador poderá considerá-los, inclusive se ele ou ela observar que o termo continua sendo uma conjunção temporal. A resposta deve estar bem embasada.