Buscar

APOSTILADEMICROCLNICA2021_20210315153756 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Profa. Ana Beatriz Alkmim Teixeira Loyola 
 
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA CLÍNICA 
AULAS PRÁTICAS 
2020 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=3aqmmsDSL_CVEM&tbnid=WI1LAi-3SYd0vM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fmicrobiologia12.blogspot.com%2F&ei=88XzUvOtNtHukQf_jYBI&bvm=bv.60799247,d.eW0&psig=AFQjCNH970KGWkEaTWfInB491uCJgjMQ9A&ust=1391793887622920
 
 2 
 
NORMAS DE SEGURANÇA 
NO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA 
As aulas práticas têm como objetivo ensinar ao acadêmico os princípios gerais e métodos 
utilizados no estudo de Microbiologia. Nestas aulas serão utilizados microrganismos (fungos e 
bactérias), alguns potencialmente patogênicos para o homem: portanto é essencial que as normas 
sejam seguidas, para evitar contaminações acidentais. 
01- O uso de jaleco é obrigatório. 
02- Antes de entrar no laboratório, o(a) aluno(a) deve vestir um jaleco limpo. 
03- Cabelos longos devem ser contidos de forma a não interferir com reagentes e equipamentos. 
04- O(A) aluno(a) deverá estar calçado com sapatos fechados 
05- Limpar e desinfetar a superfície das bancadas antes e depois de cada aula prática. 
06- Lavar as mãos ao iniciar a análise, ao sair do laboratório e sempre que for necessário. Se for 
portador de algum ferimento nas mãos procurar não tocar no material. 
07- Na mesa de trabalho não deve haver acúmulo de material, deixando-se apenas o indispensável. 
08- Identificar as amostras, bem como o material a ser utilizado antes de iniciar a análise. 
09- No caso de derramamento do material contaminado, proceder imediatamente a desinfecção. O 
mesmo procedimento deverá ser repetido se ocorrer ferimentos ou cortes. 
10- Não comer, beber ou fumar no laboratório. 
11- Manter canetas, dedos e outros objetos longe da boca. 
12- Não utilizar material de uso pessoal para limpar os objetos de trabalho. 
13- Avisar ao professor em caso de contaminação acidental. 
14- Depositar todo o material utilizado em recipiente adequado, jamais deixando-os sobre a bancada. 
15- Flambar as alças, agulhas e pinças antes e após o uso. 
16- Os cultivos após a leitura devem ser esterilizados, portanto não os colocar na estufa ou despejar 
na pia. 
17- Ao sair do laboratório, conferir se os bicos de gás e autoclaves foram desligados. Apague os 
focos de luz e feche as torneiras para evitar acidentes e desperdícios. 
18- Cada aula prática deve ser iniciada pelo docente com uma breve apresentação e um período de 
instruções. Não comece a trabalhar antes de recebe- las 
 
 
 
 
Antes de acender o bico de Bunsen, verificar se não há vazamento de gás ou substâncias 
inflamáveis por perto. 
A utilização do Bico de Bunsen é essencial, pois visa a diminuição de microrganismos no campo 
de trabalho através do calor. Para isso ele apresenta uma regulagem que torna possível selecionar o 
Trabalhe sempre próximo a chama, mantendo-a entre você e o 
material analisado. 
 
 3 
 
tipo de chama ideal para o trabalho. No caso da Microbiologia deve ser utilizada a chama azul porque 
esta atinge maior temperatura e não forma fuligem. É importante ressaltar que a chama apresenta 
diferentes zonas, e tal fato é importante para que o processo de flambagem seja executado 
adequadamente, já que certas zonas da chama devem ser evitadas. As zonas da chama são: Zona 
Neutra (é uma zona fria e, portanto, não deve ser utilizada para flambagem), Zona Redutora e Zona 
Oxidante (são zonas onde ocorre a combustão e, devem ser usadas para a flambagem) e Zona de 
Esterilidade (onde o calor mata os microrganismos do ar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
TÉCNICA PARA LAVAGEM DAS MÃOS 
 
 Remover anéis, alianças, pulseiras, relógio, fitinhas etc.; 
 Umedecer as mãos e pulsos em água corrente; 
 Dispensar sabão líquido suficiente para cobrir mãos e pulsos; 
 Ensaboar as mãos. Limpar sob as unhas; 
 Esfregar o sabão em todas as áreas, com ênfase particular nas áreas ao redor das 
unhas e entre os dedos, por um mínimo de 15 segundos antes de enxaguar com 
água fria. Dar atenção especial à mão não dominante, para certificar-se de que 
ambas as mãos fiquem igualmente limpas. Obedecer a seqüência: 
o - palmas das mãos; 
o - dorso das mãos; 
o - espaços entre os dedos; 
o - polegar; 
o - articulações; 
o - unhas e pontas dos dedos; 
o - punhos. 
 Repetir o passo anterior; 
 Secar completamente, utilizando toalhas de papel descartáveis. 
 
 
 
 
 5 
 
Técnicas gerais em microbiologia: colheita, transporte e semeadura de 
material clínico. 
 
Fatores que podem comprometer o exame microbiológico: 
 hipótese diagnóstica mal elaborada, informações mal colhidas, incompletas, ou não, 
devidamente interpretadas, etc.; 
 requisição inadequada da análise laboratorial; 
 coleta, conservação e transporte inadequados; 
 falhas técnicas no processamento da análise; 
 demora na liberação de resultado; 
 má interpretação dos resultados. 
 
Coleta Microbiológica 
Todo resultado liberado pelo laboratório de microbiologia é conseqüência da qualidade da amostra 
recebida. 
O material colhido deve ser representativo do processo infeccioso investigado, devendo ser eleito o 
melhor sítio da lesão, evitando contaminação com as áreas adjacentes. 
A coleta e o transporte inadequados podem ocasionar falhas no isolamento do agente etiológico e 
favorecer o desenvolvimento da microbiota contaminante, induzindo a um tratamento não apropriado. 
Portanto, procedimentos adequados de coleta devem ser adotados para evitar o isolamento de um 
“falso” agente etiológico, resultando numa orientação terapêutica inadequada. 
 Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possível. 
 Instruir claramente o paciente sobre o procedimento. 
 Observar a anti-sepsia na coleta de todos os materiais clínicos. 
 Colher do local onde o microrganismo suspeito tenha maior probabilidade de ser isolado. 
 Considerar o estágio da doença na escolha do material. Patógenos entéricos, causadores 
de diarréia, estão presentes em maior quantidade e são mais facilmente isolados durante a 
fase aguda ou diarréica do processo infeccioso intestinal. Na suspeita de febre tifóide, a fase 
da doença irá determinar o melhor local da coleta (sangue/fezes). 
 Quantidade suficiente de material deve ser coletado para permitir uma completa análise 
microbiológica. Caso a quantidade seja pequena, priorizar os exames. 
 O pedido do exame deve conter, além da identificação do paciente, dados como idade, 
doença de base e indicação do uso de antibióticos. 
 
Considerações de Segurança 
 Utilizar as barreiras de proteção necessárias a cada procedimento. 
 Toda amostra deve ser tratada como potencialmente patogênica. 
 
 6 
 
 Usar frascos e meios de transporte apropriados. 
 Não manusear a amostra em trânsito: paciente e laboratório. 
 Não contaminar a superfície externa do frasco de coleta e verificar se ele está firmemente 
vedado. Caso ocorram respingos ou contaminação na parte externa do frasco, fazer 
descontaminação com álcool 70% ou outra solução descontaminante disponível. 
 Não contaminar a requisição médica que acompanha o material. 
 As amostras deverão ser transportadas em sacos plásticos fechados. 
 Identificar claramente a amostra coletada, com todos os dados necessários. 
 Colocar a identificação no frasco de coleta e nunca na tampa ou sobre rótulos. 
 Encaminhar os materiais imediatamente ao laboratório. 
 
Critérios de Rejeição para Amostras Clínicas Enviadas ao Laboratório de 
Microbiologia 
O recebimento criterioso das amostras clínicas pelo laboratório de microbiologia garante uma 
melhor correlação clínico/laboratorial. 
 
Principais Erros de Identificação 
 Discrepância entre a identificação da amostra e o pedido médico. 
 Falta de identificação da amostra. 
 Origem da amostra ou tipo de amostra não identificada. 
 Teste a ser realizado não especificado.Amostras Inadequadas 
 Material clínico recebido em solução de fixação (formalina). 
 Ponta de cateter de Foley. 
 Material conservado inadequadamente com relação à temperatura (urinas colhidas há mais 
de 24 horas, que ficaram guardadas em geladeira, ou colhidas há mais de duas horas, sem 
refrigeração). 
 Frascos não estéreis. 
 Presença de vazamentos, frascos quebrados ou sem tampa, com contaminação na superfície 
externa. 
 Mais de uma amostra de urina, fezes, escarro, ferida colhida no mesmo dia e da mesma 
origem. 
 Swab único com múltiplas requisições de testes microbiológicos. 
 Swab seco. 
 Culturas para anaeróbios recebidas em condições não apropriadas. 
 
 7 
 
Amostras com as características acima descritas são inadequadas e demandam um contato prévio 
com o médico solicitante para melhores esclarecimentos. 
 
 
Amostras não recomendadas para o exame microbiológico por fornecerem 
resultados questionáveis amostra alternativa ou comentário 
Swab de amostra de queimadura Processar biópsia ou aspirado 
Swab de úlcera de decúbito Processar biópsia ou aspirado 
Swab de abscesso perirretal Processar biópsia ou aspirado 
Swab de lesão de gangrena Processar biópsia ou aspirado 
Swab de lesão periodontal Processar biópsia ou aspirado 
Swab de úlcera varicosa Processar biópsia ou aspirado 
Vômito Não processar 
Material de colostomia Não processar 
Ponta de cateter de Foley Não processar 
Aspirado gástrico de recém-nascido Não processar 
 
Transporte das Amostras 
Transportar as amostras IMEDIATAMENTE ao laboratório para: 
 assegurar a sobrevivência e isolamento do microrganismo, pois o laboratório de 
microbiologia trabalha basicamente em função da viabilidade dos microrganismos; 
 evitar o contato prolongado dos microrganismos com anestésicos utilizados durante a coleta, 
pois eles poderão exercer atividade bactericida; 
 evitar erros de interpretação nas culturas quantitativas, principalmente urina e lavado 
broncoalveolar. 
 Consultar o laboratório para verificar a disponibilidade dos meios de transporte. 
 
Tempo Crítico para Entrega da Amostra ao Laboratório e Meios de Transporte 
Amostra Tempo Crítico Frascos e meios de transporte 
 
Liquor Imediatamente (não refrigerar) Tubo seco estéril 
Líquido pleural Imediatamente (não refrigerar) Tubo seco estéril 
Swab Imediatamente (não refrigerar) Tubo seco estéril ou 
meio semi-sólido (Stuart, Amies) 
Suspeita de 30 minutos Meio de transporte apropriado. 
anaeróbios Evitar o transporte em seringa com agulha 
 
 8 
 
Feridas e tecidos 30 minutos ou até 12 horas Meio de transporte apropriado 
Hemocultura 30 minutos (não refrigerar) 
Urina Até 1 hora ou refrigerada até 2 horas Pote seco estéril 
Fezes Até 12 horas se em meio de transporte Cary Blair, meio modificado 
para transporte de fezes, com pH 8,4 
 
 9 
 
1º AULA UROCULTURA 
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO 
 
Bacterioscopia de urina: 
 Com a urina não centrifugada, e apenas homogeneizada, pegar uma alça com 10 μl de urina 
e depositar sobre uma lâmina de vidro; 
 Deixar secar, fixar na chama e corar pelo gram. 
 Com objetiva de imersão (1000x) fazer contagem. 
 Se encontrar 1 ou mais bactérias por campo, sugere ≥ 105 UFC. 
 A presença de células epiteliais e vários tipos morfológicos de bactérias sugerem 
contaminação. 
 
QUANTIFICAÇÃO DA BACTERIÚRIA - CONTAGEM DE COLÔNIAS 
 
Lamino-cultivo 
O lamino-cultivo consiste de um recipiente plástico cilíndrico, onde pode também ser coletada a urina, 
com uma tampa ligada a um suporte plástico com duas faces contendo meios de cultura como CLED 
e Mac Conkey ou outras combinações. Esta técnica tem sido muito utilizada tanto por laboratórios 
com pequena rotina, como aqueles de grande movimento pelos seguintes motivos: 
 Facilita a semeadura, pois não necessita de alça calibrada ou outra medida de volume. 
 Facilita o transporte da urina semeada utilizando o próprio recipiente do lamino-cultivo. 
 Fácil conservação do produto em temperatura ambiente por cerca de seis meses. 
 Identificação sumária dos principais patógenos encontrados, dependendo do produto 
adquirido. 
 
Indicações: 
 URIBAC é um sistema prático de cultura em lâmina para o diagnóstico das infecções 
urinárias, permitindo a identificação direta de E. coli (conforme tem sido amplamente demonstrado 
esta bactéria é encontrada em 80-90 % das infecções urinárias adquiridas na comunidade e em pelo 
menos 50% das adquiridas em hospitais) e também a identificação presuntiva de Morganella spp, 
Proteus spp e Providencia spp. 
 
Características dos componentes: 
 O sistema Laminocultivo contém o meio CLED na face larga da lâmina e os meios Citrato de 
Simmons e Meio I na face dividida da lâmina. Acompanha o sistema um frasco conta-gotas com 
Reativo de Kovacs. 
 O meio CLED é de cor verde, o meio Citrato de Simmons verde escuro e o Meio I coloração 
cremevioleta. 
 
 10 
 
O meio CLED destina-se à contagem do número de unidades formadoras de colônias (UFC) 
na 
amostra de urina e à verificação da capacidade da bactéria em fermentar a lactose. 
 O meio Citrato de Simmons destina-se à verificação da utilização do citrato como única 
fonte de carbono. 
 O Meio I destina-se à verificação da produção do indol (com adição do Reativo de Kovacs). 
As bactérias do grupo Morganella spp, Proteus spp e Providencia spp transformam o triptofano em 
ácido indolpirúvico apresentando uma cor acastanhada no meio. Neste meio são acrescentadas as 
mesmas substâncias inibidoras de cocos Gram positivos que compõem o meio clássico de 
MacConkey. Por este motivo, o crescimento no Meio I indica a presença de bacilos Gram negativos. 
 
Procedimento: 
Após homogeneização da urina, o URIBAC pode ser semeado de 3 maneiras: 
. por imersão direta da lâmina na urina, 
. derramando-se a urina na superfície dos 3 meios, 
. com o auxílio de um “swab” de algodão estéril, mergulhar na urina, deixar escorrer o excesso o 
semear toda a superfície dos 3 meios. 
Incubar o URIBAC a 35º - 37ºC, durante 18 a 24 horas. 
 
Interpretação do resultado: 
Meio CLED: 
1. Verificar o número de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) por mL de urina, comparando 
com os padrões da bula do kit 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Fermentação da lactose: 
bactérias lactose (+): colônias amarelas 
bactérias lactose (-): colônias da cor do meio (verde) 
 
10
2
 
UFC
/mL 
10
3
 
UFC
/mL 
10
4
 
UFC
/mL 
10
5
 
UFC
/mL 
10
6
 
UFC
/mL 
 
 11 
 
Meio Citrato de Simmons: verificar a coloração do meio: 
bactérias citrato (+): o meio adquire coloração azul 
bactérias citrato (-): a cor do meio permanece inalterada (verde) 
 
Meio I: o crescimento de colônias neste meio indica a presença de bacilos Gram negativos. 
1. Pesquisa de Indol: pingar 1 a 2 gotas do reativo de Kovacs na superfície do Meio I: 
bactérias indol (+): o reativo adquire cor rosa 
bactérias indol (-): a cor do reativo permanece inalterada 
 
2. Pesquisa de ácido indolpirúvico: 
bactérias ácido indolpirúvico (+): o Meio I apresenta-se escurecido (cor castanha) 
bactérias ácido indolpirúvico (-): o Meio I apresenta-se inalterado 
 
Observações: 
- Dentre os agentes causadores de infecção urinária da família Enterobacteriaceae, apenas os 
gêneros Morganella spp, Proteus spp e Providencia spp são ácido indolpirúvico (+). 
- Dentre as bactérias associadas a infecções urinárias, somente a E. coli fermenta a lactose, produz 
indol e não utiliza o citrato como única fonte de carbono. 
- O produto funciona como meio de transporte quando semeado no local da coleta. 
 
Semeadura com Alça Calibrada 
 Esse método consiste em utilizar a urina não diluída, e fazer a semeadura utilizando-se uma 
alça de platina ou de plástico (disponível comercialmente), de diâmetro calibrado capazde carrear 
uma quantidade fixa de urina (0,001 ou 0,01mL), padronizando desse modo o fator de diluição. 
 uma colônia com alça de 1 μL (0,001 mL) = 1000 UFC/mL 
 uma colônia com alça de 10 μL (0,01 mL) = 100 UFC/mL 
 
Meios de cultura: As placas com meio seletivo (Mac Conkey ou EMB) e outro meio não seletivo 
(Agar CLED) deverão ser incubadas 24 horas à 35-37ºC. CLED, que permite crescimento das 
enterobacterias, impedindo o espalhamento dos Proteus sp. 
 
AGAR CLED 
Indicações: Este meio contém substâncias nutritivas que favorecem o crescimento da maioria dos 
microrganismos de interesse diagnóstico. 
Característica dos componentes: Agar Cled: meio utilizado para isolamento, contagem e 
identificação presuntiva de bactérias causadoras de infecção do trato urinário. 
 
 
 
 12 
 
Ágar MacConkey: O Ágar MacConkey é um meio seletivo (pela presença de sais biliares, cristal 
violeta e NaCl) para o isolamento de bacilos Gram negativos, principalmente as enterobactérias 
(Salmonellas, Shigellas e bactérias coliformes). Diferencia as bactérias fermentadoras de lactose 
(colônias vermelho tijolo a rosa, opacas se o crescimento for denso, podem estar rodeadas por zonas 
de precipitado de bile; possibilidades: E.coli, Klebsiella spp, Grupo Enterobacter spp) das não 
fermentadoras de lactose (colônias transparentes a incolores, observadas melhor a luz transmitida; 
possibilidades: Salmonella spp, Shigella spp, Proteus spp e 
Edwardsiella) pela presença de lactose e vermelho neutro na composição do produto. 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
2º AULA ANTIBIOGRAMA 
 
ANTIMICROBIANOS: 
Substâncias químicas que inibem o crescimento ou destroem os microrganismos 
 
ORIGEM 
Naturais – obtidos a partir de microrganismos (fungos e bactérias) 
Sintéticos – obtidos totalmente por síntese química (laboratório) 
Semi-Sintéticos – obtidos por modificações químicas de antimicrobianos naturais 
 
EFEITO ANTIMICROBIANO 
Bactericida – mata a bactéria 
Bacteriostático – inibe o crescimento da bactéria 
 
ESPECTRO DE ATIVIDADE ANTIMICROBIANA 
n° de tipos microbianos diferentes que os antimicrobianos afetam 
Amplo – atuam sobre grande n° de espécies microbianas 
Intermediário – atuam sobre n° limitado de microrganismos 
Reduzido – atuam sobre pequeno n° de espécies microbianas 
 
MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS 
1. Inibidores da Síntese de Parede Celular 
2. Inibidores da Síntese de Ácido Nucléico 
3. Inibidores da Síntese de Proteínas 
4. Alteram a Permeabilidade Celular 
5. Inibidores Competitivos da Síntese de Metabólitos Essenciais 
 
BETA LACTAMASE DE AMPLO ESPECTRO (ESBL) 
‘ A produção de enzimas denominadas de Beta Lactamases é principal causa da resistência 
aos antimicrobianos beta-lactâmicos. Tais enzimas são produzidas principalmente por espécies de 
Escherichia coli, klebsiella pneumoniae e klebsiella oxytoca e está se tornando um problema 
crescente no mundo. No nosso meio, a prevalência de amostras de klebsiella pneumoniae produtoras 
de ESBL, já chega a 39%. Elas hidrolizam inclusive beta-lactâmicos mais recentes como as 
cefalosporinas de amplo espectro (ceftriaxone, cefotaxina, ceftizoxina e ceftazidima) e o aztreonam. 
No ambiente hospitalar, a transmissão paciente-paciente e principalmente a utilização de 
antimicrobianos, levando a seleção de cepas mutantes, são os fatores que contribuem para a 
proliferação de tais bactérias. Após a incubação a 35°C por 16 a 18 hs, são consideradas suspeitas 
de produzir ESBL 
 
 14 
 
β-lactamase Amp-C 
Cromossômica, induzível e não inibida por inibidores de betalactamase (Ac. Clavulânico) 
Gêneros Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Providencia (Grupo CESP), Morganella e Pseudomonas 
aeruginosas. Acarretar hidrólise de cefalosporinas, como ceftazidima e ceftriaxona, ocasionando 
falência terapêutica durante tratamento com estes agentes. 
 
ANTIBIOGRAMA 
Prova laboratorial para avaliar a sensibilidade ou resistência de determinado microrganismo 
frente a diversos antimicrobianos. 
 
Teste de Kirby-Bauer 
OBJETIVO 
Determinar o perfil de susceptibilidade do Microrganismo Isolado a diferentes antibióticos em 
meio sólido, além de detectar a presença de mutantes naturalmente resistentes à ação dos 
antibióticos. 
 
MATERIAIS 
Culturas do Microrganismo, em caldo simples, 
Discos de antimicrobianos: Gram +, Gram (-) e Urina. 
Placas de Ágar Mueller-Hinton 
Swabs estéreis 
Pinça 
 
EXECUÇÃO 
• Marcar no fundo da placa de Mueller-Hinton o local onde serão colocados os discos de 
antibióticos, de forma a ficarem 1 cm da borda e equidistantes 2 cm aproximadamente. 
• Com o auxílio de uma alça em anel transferir 4 a 5 colônias de uma cultura pura para tubo 
contendo caldo adequado (BHI, salina). Incubar o tubo por 2 a 8 horas para produzir 
suspensão bacteriana com turbidez moderada (escala 2,0 Mac Farland) ou 0,5 mL de solução 
BaCL2 – 2H2O (0,048) em 99,5mL de H2SO4 0,36 N. 
• Com os devidos cuidados técnicos embeber o swab nas culturas, eliminando o excesso de 
líquido por compressão nas paredes do tubo. 
• Espalhar os inóculos uniformemente na superfície de ágar, de maneira a cobrir toda 
superfície do meio. 
• Com uma pinça flambada e resfriada, retirar um disco de antimicrobiano do frasco, abrir a 
placa perto do bico de Bunsen e colocar o disco no local previamente marcado, comprimindo-
o ligeiramente para que fique aderido à superfície do meio; (conforme figura) 
 
 
 15 
 
 
 
Antibióticos: 
1- Ampicilina 
2- Amoxacilina/ AC. Clavulânico 
3- Piperacilina/ Tazobactan 
4- Cefaloxima 
5- Cefaloxima 
6- Ceftriaxona 
7- Ceftazidima 
8- Cefepima 
9- Imipenem 
10- Ciprofloxacina 
11- Sulfametoxazol/ Permetropim 
12- Amicacina 
2,6,7,8 ESBL 
5,6 AmpC 
 
• Fechar a placa 
• Repetir o procedimento para a colocação dos demais discos de antimicrobianos 
• Incubar a placa a 37° C por 24 horas. 
 
LEITURA E INTERPRETAÇÃO 
O antibiótico presente nos discos se difunde no meio de cultura sólido. 
A presença ou ausência de crescimento em torno dos discos é interpretada, respectivamente, 
como resistência ou susceptibilidade do microrganismo ao antibiótico. 
Observar o crescimento bacteriano, principalmente nas áreas ao redor dos discos de 
antimicrobianos, e medir o diâmetro dos halos de inibição do crescimento bacteriano. 
A interpretação dos dados é feita com o auxílio de uma tabela (CLSI), a qual expressa a zona 
de inibição em mm, levando em consideração a carga antibiótica dos discos, sua difusibilidade e peso 
molecular. 
 
RESULTADOS 
S = sensíveis 
I = sensibilidade intermediária 
R = resistentes 
 
 
7 2 8 
6 
10 
9 
5 
4 
3 
1 
11 
12 
http://www.icb.ufmg.br/mic/mic/imgs/aulas/antibiograma/imagens/image5.jpg
 
 16 
 
AAnnttiibbiióóttiiccoo ZZoonnaa ddee IInniibbiiççããoo 
((mmmm)) 
SSuusscceeppttiibbiilliiddaaddee ((SS,, II 
oouu RR)) 
Ampicilina 
Amoxacilina/ AC. Clavulânico 
Piperacilina/ Tazobactan 
Cefaloxima 
Cefaloxima 
Ceftriaxona 
Ceftazidima 
 Cefepima 
Imipenem 
 Ciprofloxacina 
 Sulfametoxazol/ 
Permetropim 
 
Amicacina 
 
 
 
 
 
 
 17 
 
 
 
 
 
 18 
 
3º AULA CULTURA DE SECREÇÕES E BIÓPSIAS 
 
Material Clínico: 
Amostras de Exsudato da lesão 
- superficial 
- profunda 
- operatória 
Biópsia 
Inoculação nos meios de cultura 
Amostra não coletada com swab 
 - AS, CHOC (opcional para feridas profundas) e MC 
Swab sem meio de transporte 
 - ressuspender com swab em caldo BHI ou TSB ou sol. fisiológica estéril 
 - inocular em AS, MC e Gram 
Swab com meio de transporte 
 - Semear em AS e MC 
Seringa 
 - diretamente em AS, CHOC, MC, THIO e frasco de hemocultura 
 - Gram 
 - meio de cultura para anaeróbios 
Biópsia 
 - Transferir a amostra para uma placa estéril e fragmentar com auxílio de bisturi 
 - Colocar o fragmento em cada meio de AS, CHOC e THIO 
 - Espalhar fragmento na lâminaAVALIAÇÃO DA CULTURA: Examinar placas/THIO e correlacionar com o Gram 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
 
 
 20 
 
4º AULA CULTURA DO TRATO RESPIRATÓRIO (TRSI) 
 
Trato Respiratório Superior 
Material Clínico: Orofaringe, nasofaringe, faringe, amídala, secreção nasal, punção de seios 
maxilares, raspado de lesão de boca 
Metodologia: 
Com o auxílio de um swab pressionar e rolar sobre as amídalas e faringe posterior, principalmente na 
área hiperemiada adjacente aos pontos com pus, evitando tocas na língua ou bochecha. 
Rolar o swab em uma pequena área de uma placa de AS e CHOC. 
Estriar com auxílio de uma alça bacteriológica em três direções próximas conforme figura abaixo: 
 
 
Incubar em estufa com 5 a 10% de CO2 a 35oC por 24 e 48 horas. 
 
Trato Respiratório Inferior 
Material Clínico: Amostra de escarro, aspirado traqueal, lavado broncoalveolar, escovado brônquico. 
 
Metodologia: 
Homogeneizar o lavado brônquico alveolar (Bal) em agitador tipo “vortex”, imergir a alça calibrada de 
0,01 mL (1:100) na amostra de forma vertical. 
Semear nas placas de AS, CHOC e MC de forma quantitativa conforme figura abaixo. 
 
 
 
 21 
 
Incubar AS e CHOC em estufa de 5 a 10% de CO2 a 35oC e placa de MC em estufa aeróbia a 35oC 
por 24 e 48 horas. 
Resultado: 
Culturas quantitativas: 
 Contagens significativas 
 Bal ≥ 104 UFC/ml 
Se BGN seguir anexo 2 e se CGP seguir anexo 4 
 
 
 22 
 
5º AULA HEMOCULTURA E SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 
 
A) Material Clínico: sangue 
Metodologia: 
1- Com auxílio de uma seringa com agulha transferir uma gota de sangue do frasco de 
hemocultura para uma lâmina e após fixação realizar a coloração de gram do material clínico. 
2- Com auxílio de uma seringa com agulha transferir uma gota de sangue do frasco de 
hemocultura para as placas contendo meio de cultura: Agar sangue, Agar chocolate e 
Macconkey. e 
3- Semear pela técnica de esgotamento e incubar as placas de AS e ACHO a 37oC por 24 horas 
com pressão de CO2. A placa de MC incubar a 37oC por 24 horas. 
4- Para leitura dos resultados seguir o esquema abaixo: 
 
 
 
Se BGN seguir anexo 2 e se CGP seguir anexo 4 
 
 23 
 
B) Material Clínico: ponta de cateter 
Metodologia: 
1- Com auxílio de uma pinça estéril, transferir um pedaço do cateter para uma placa de Agar 
sangue. 
2- Rolar o cateter sobre a superfície da placa de AS em diversas posições conforme a esquema 
abaixo: 
 
Técnica de Maki 
 
 
3- Após semear, incubar as placas de AS a 37oC por 24 horas com pressão de CO2. 
4- Para leitura dos resultados seguir o esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5- Resultado: 
Culturas quantitativas: 
 Contagens significativas 
 ≥ 15 UFC/placa 
 
 24 
 
C) Material Clínico: liquor 
Metodologia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
6º AULA COPROCULTURA 
 
Em cultura de fezes os agentes mais comuns são: Salmonella spp, Shigella spp, Escherichia 
coli, Campylobacter 
 
A) Material Clínico 
Fezes: 1 a 2 gramas no início do quadro diarréico, antes da antibioticoterapia. 
Colocar em Frasco com conservante a TA até 24h (Cary-Blair) ou Frasco sem conservante a TA até 1 
h 
- Amostras não aceitáveis: Sem conservantes obtidas há mais de 3 horas, várias amostras do mesmo 
dia, fezes líquidas enviadas em fralda 
- Meios de cultura utilizados 
 Diferencial: fermentadoras de não fermentadoras (MC, EMB) 
 Seletivo: Shigella sp e Salmonella sp (SS), Shigella sp, Salmonella sp e Vibrio sp (HE) 
 Enriquecimento: Salmonella sp (selenito e tetrationato) 
 Isolamento Campylobacter: AS Campy ou meio de Karmali`s (carvão ativado + atb) 
 
B) Metodologia 
O método de Gram é utilizado para indicar a presença de Staphylococcus spp. e leveduras 
nas amostras, já que não são recuperadas na cultura. 
Semear uma alçada de fezes no meio de eosina azul de metileno – Teague (diferencial), meio 
salmonella Shigella - SS (seletivo) e 3 a 4 alçadas no caldo de Tetrationato - TT (enriquecimento). 
Incubar as placas de Teague e SS a 35oC por 24hs e o caldo de TT a 35oC por 18hs 
Após 18 horas de incubação, semear uma amostra do sobrenadante do caldo TT em uma placa de 
SS conforme esquema abaixo: 
 
 
 26 
 
C) Interpretação do crescimento bacteriano nos diferentes meios de cultura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fezes 
Caldo tetrationato MC SS 
SS 
RUGAI 
24h 35OC 
SOROAGLUTINA 
ÇÃO 
RUGAI 
24h 35OC 
RUGAI 
 
 27 
 
E. coli clássica: gás +, motilidade [+], lisina [+] 
E. coli invasora: gás Ǿ, motilidade Ǿ, lisina Ǿ 
 
D) Sorotipagem 
1. Preparar uma suspensão bastante densa (aspecto leitoso), da bactéria a ser testada, utilizando 
solução salina a 0,85%. A massa bacteriana é proveniente do Ágar TSI usado na identificação 
bioquímica ou, de preferência, em ágar nutriente inclinado após repique para obtenção de massa de 
germes. 
2. Com o auxílio de uma alça, colocar uma das suspensões bacteriana sobre uma lâmina limpa e 
desengordurada. Sobre esta suspensão, pingar uma gota de um dos anti-soros específicos e 
homogeneizar com o auxílio de um palito estéril. Em outra região da mesma lâmina, colocar a 
suspensão como descrito acima e, ao invés de anti-soro, pingar uma gota de solução fisiológica 
estéril. Repetir a mesma conduta com o outro anti-soro recebido. 
3. Esperar aproximadamente um minuto e verificar se ocorreu ou não aglutinação com algum dos 
anti-soros. Não ocorrendo aglutinação com solução fisiológica (cultura rugosa), identificar o sorogrupo 
da suspensão da cultura recebida. 
 
Principais sorogrupos de Escherichia coli de importância médica 
 
 
 
E) Como liberar o resultado? 
 
 28 
 
Resultado negativo: 
Negativo “Neste exame foram pesquisados: Salmonella spp, Shigella spp, E. coli enteropatogénica, 
E. coli enteroinvasora, E. coli entero-hemorrágica (sorotipos pesquisados)” 
 
-Não houve crescimento de Salmonella spp, Shigella spp, E. coli enteropatogénica, E. coli 
enteroinvasora, E. coli entero-hemorrágica (sorotipos pesquisados) 
 
Resultado positivo: 
Positivo “Neste exame foram pesquisados: Salmonella spp, Shigella spp, E. coli enteropatogénica, E. 
coli enteroinvasora, E. coli entero-hemorrágica (sorotipos pesquisados)” 
 
- Houve crescimento de Salmonella spp 
 
F) Liberar o resultado obtido pelo seu grupo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
 
7º AULA CULTURA DE LÍQUIDOS BIOLÓGICOS 
 
Em cultura de líquidos asítico, amniótico, pleural, peritoneal, pericárdio e de diálise qualquer 
quantidade de colônias isoladas de um patógeno importante deve ser considerada. 
 
A) Material Clínico: 
Tórax/pulmão: Líquido pleural 
Pericárdio: Líquido pericárdico 
Articulações: Líquido sinovial 
Cavidade Abdominal: Líquido peritoneal ou ascítico 
 
B) Metodologia; 
1) Após centrifugar o material em tubo estéril a 5000 RPM por 15 minutos remover o 
sobrenadante e suspender o precipitado. 
2) Transferir com auxílio de pipeta automática uma alíquota para as placas de Agar sangue, 
Agar macconkey, Agar chocolate e caldo de thioglicolato. Semear pela técnica de 
esgotamento. 
3) Transferir com auxílio de pipeta automática uma alíquota para lamina de vidro. Esperar a 
secagem do material clínico e fixar cortando a chama do bico de bunsen 3 vezes. 
4) Corar pelo método de Gram e observar em microscópio óptico com objetiva de imersão. 
 
 
 
POSITIVO? 
VVOOLLUUMMEESS ≤≤ 11 mmLL 
••SSEEPPAARRAARR PPAARRTTEE DDOO MMAATTEERRIIAALL 
EEMM TTUUBBOO EESSTTÉÉRRIILL 
••CCEENNTTRRIIFFUUGGAARR 55000000 RRPPMM//1155 MMIINN 
••RREEMMOOVVEERR OO SSOOBBRREENNAADDAANNTTEE EE 
SSUUSSPPEENNDDEERR OO SSEEDDIIMMEENNTTOO 
VOLUMES ≥ 1 mL 
FRASCO DE HEMOCULTURA 
SIM 
IDENTIF +ATB 
NÃO 
NEG 
SEMEAR AS/THIO 
ACHOC, TM, ASANA, MC 
GRAM 
 
 30 
 
 
C) Como liberar o resultado? 
Resultado negativo: 
Não houve crescimento de microrganismos 
 
Resultadopositivo: 
Material: líquidos asítico, amniótico, pleural, peritoneal, pericárdio, diálise 
Microrganismo (s): 
S. aureus (muitos, numerosos, 70%) 
Klebsiella pneumoniae (alguns, poucos, 30%) 
 
 
D) Liberar o resultado obtido pelo seu grupo 
 
 
 
 
 
 
 
IDENTIF +ATB 
NEGATIVO 
NEG 
SEMEAR AS/THIO 
ACHOC, TM, ASANA, MC 
GRAM 
Incubar 24h 35 ±1oC em estufa 
com 5% a 10% de CO2 (AS e CHOC) e 
aeróbia (MC e THIO) 
POSITIVO ? 
SIM NÃO 
Reincubar mais 48h 35 ±1oC em CO2 
VOLUMES ≥ 1 mL 
FRASCO DE HEMOCULTURA 
 
 31 
 
Anexo 1: Microscopia de Gram 
 
A morfologia individual e as reações tintoriais constituem, em geral, os critérios preliminares 
para identificação das bactérias e sua posterior classificação. O exame microscópico direto de um 
microrganismo é comumente suplementado com exame microscópico após coloração que, além de 
facilitar sua observação, permite a visualização de determinadas estruturas. 
A coloração de Gram foi desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista holandês Hans Christian 
Gram. Esta coloração é uma das mais importantes e é rotineiramente utilizada no laboratório de 
Microbiologia. 
O método de coloração de Gram permite colocar as bactérias em dois grandes grupos: as que 
retêm o corante Violeta de Genciana e que são denominadas Gram-positivas e as que não retêm 
este corante e se denominam Gram-negativas. Esta característica é um dos pontos de partida para a 
classificação das bactérias. 
A coloração de Gram consiste em tratar bactérias sucessivamente com cristal violeta, lugol, 
álcool-acetona e fuccina (ou safranina). O cristal violeta e o lugol formam um complexo denominado 
iodopararosanilina, o qual confere coloração roxa tanto pelas bactérias Gram-positivas, quanto as 
Gram-negativas. Com a adição de álcool-acetona, as bactérias Gram-negaticas liberam o complexo 
formado, pois a camada de peptidoglicana é de pequena espessura, enquanto que as Gram-positivas 
retêm o complexo, permanecendo roxas. A adição de fuccina (ou safranina) não altera a cor das 
Gram-positivas, mas confere a cor avermelhada as bactérias Gram-negativas, que foram descoloridas 
pelo álcool-acetona. 
O mecanismo da coloração de Gram tem sido explicado por várias teorias. Sabe-se hoje que 
ele está ligado à permeabilidade da parede celular bacteriana, que retêm o complexo 
iodopararrosanilina (composto da Violeta de Genciana + Lugol) permitindo ou não a descoloração 
pelo álcool. 
A parede celular de bactérias Gram-positivas difere-se das bactérias Gram-negativas pela 
presença de uma espessa camada de peptidoglicana e pela ausência de uma membrana externa. 
Esta diferença de constituição da parede celular é a base da coloração de Gram, uma técnica 
primordial no diagnóstico microbiológico, visto que através dela se definem características 
morfológicas e tintoriais da bactéria em pesquisa. 
 
-Esfregaço da cultura bacteriana líquida: 
1- Flambe uma alça, deixe esfriar, mantendo-a próximo a chama. 
2- Retire uma amostra da cultura com a alça e deposite no centro da lâmina. 
3- Espalhe o material com a alça em movimento circular, obtendo um esfregaço de forma oval, 
uniforme e fino. 
4- Fixe o esfregaço, passando a lâmina na chama do bico de Bunsen, como se cortando a chama, 
repetindo este procedimento 3 vezes, para que o material fique bem aderido. 
 
 32 
 
-Esfregaço de cultura bacteriana sólida: 
1- Flambe uma alça, deixa esfriar, mantendo-a próximo a chama. 
2- Retire uma gota da água estéril e deposite sobre a lâmina. 
3- Flambe novamente a alça, espere esfriar, e retire uma amostra da cultura sólida. 
4- Leve a amostra até a gota de água depositada sobre a lâmina, e homogeinize com movimentos 
circulares, para obter um esfregaço de forma oval, uniforme e fino. 
5- Fixe o esfregaço, passando a lâmina na chama do bico de Bunsen, como se cortando a chama, 
repetindo este procedimento 3 vezes, para que o material fique bem aderido. 
Adição de Corantes: 
1- Coloque a lâmina com o esfregaço sobre um suporte. 
2- Cubra a lâmina com cristal violeta e deixe agir por 1 minuto. 
3- Lave a lâmina em jato fraco de água corrente, do lado contrário ao esfregaço. 
4- Cubra a lâmina com lugol, deixe agir por 1 minuto e depois lave novamente a lâmina. 
5- Cubra a lâmina com a solução de álcool-acetona, verifique a descoloração que deve ocorrer em 
cerca de 20 segundos. 
6- Cubra a lâmina com fuccina, deixe agir por 30 segundos, e, novamente lave a lâmina. 
7- Seque inicialmente o lado da lâmina oposto ao esfregaço com papel toalha, e a seguir seque o 
restante da lâmina na chama do bico de Bunsen (como se estivesse “cortando” a chama). 
8- Leve a lâmina ao microscópio e observe em objetiva de imersão. (Não esqueça de colocar uma 
gota de óleo para imersão sobre o esfregaço). 
 
 
 
Anexo 2: Bacilos Gram negativos 
 
 
 
 34 
Anaeróbicos Aeróbicos 
 
 Resistentes à bile Cresciemnto em ágar-sangue 
 
 (+) (-) (+) (-) 
Bacteroides fragilis Pigmento 
 
 (+) (-) Haemoplhilus 
 resistente a vancomicina exige fumarato e formiato Campylobacter 
 Legionella 
 (+) (-) (+) (-) 
 
Prevotella Porphyromonas Bacteroides uerolyticus Fusobacterium Oxidase 
 
 (-) (+) 
 
 Fermenta glicose Fermenta glicose 
 
 (+) (-) (+) (-) 
 
 Crescimento em MacConkey Crescimento em MacConkey Aeromonas Alcaligenes 
 Plesiomonas Brucella 
 (+) (-) (+) (-) Vibrio Pseudomonas 
 Pasteurella Bordetella 
 Enterobacteriaceae Actinobacillus Acinetobacter Brucella Campylobacter 
 Gardnerella Pseudomonas Franciscella 
 Pseudomonas 
 
 
 
 35 
Anexo 3: Bacilos Gram positivos 
 
 
 
 36 
Anaeróbicos Aeróbicos 
 
 Formadores de esporos Formadores de esporos 
 
 (+) (-) (+) (-) 
 
Clostridium Actinomyces Bacillus Filamentosos 
 Propionibacterium 
 Eubacterium (+) (-) 
 Bifidobacterium 
 Nocardia catalase 
 
 (+) (-) 
 
 Corynebacterium Actinomyces 
 Listeria Lactobacillus 
 Erysipelothrix 
 Bacilos álcool-ácido resistente 
 
 Crescimento em 5 dias Crescimento acima de 15 dias 
 
 Arilsulfatase Niacina 
 
 (+) (-) (+) (-) 
 M. foutuitum M.smegmatis M. tuberculosis 
 M. phlei planas esféricas 
 M.bovis M. kansasii 
 M.avium-intracellulare 
 
 
 37 
Anexo 4 Cocos Gram positivos 
 
 
 38 
Cocos Gram positivos 
 
 Aeróbicos Anaeróbicos 
 
 Peptostreptococcus 
 
 Catalase 
 
 (+) (-) 
 
Coagulase Hemólise em ágar-sangue 
 
 (+) (-)  ou -hemólise -hemólise 
 
Staphylococus aureus Staphylococcus Enterococcus Streptococcus pyogenes 
 Stomatococcus Streptococcus pneumoniae Streptococcus agalactiae 
 Micrococcus Streptococcus. Mutans 
 Streptococcus viridans 
 
 
 
 
 
 Cocos Gram negativos 
 
 
 Aeróbicos Anaeróbicos 
 
 Neisseria Veilonella 
 Moraxella 
 
 39 
INFECÇÕES OCULARES 
 
DOENÇA BACTÉRIA VÍRUS FUNGO PARASITA 
Blefarite Staphylococcus aureus 
Conjuntivite, 
ceratite e cerato- 
conjuntivite 
Streptococcus pneumoniae 
Haemophilus infuenzae 
Haemophilus aegyptius 
Streptococcus pyogenes 
Staphylococcus aureus 
Chlamydia trachomatis 
Neisseria meningitidis 
Adenovírus 
Herpes simplex 
Varicella-Zoster 
Sarampo 
Fusarium sp 
Aspergillus sp 
Candida sp 
Acremoniumsp 
 
Oftalmia neonatorum Neisseria gonorrhoeae 
Chlamydia trachomatis 
Herpes simplex 
Endoftalmite Staphylococcus aureus 
Pseudomonas aeruginosa 
Bacilos gram negativos 
 Candida sp 
Corioretinite Mycobacterium tuberculosis 
 
Herpes simplex 
Citomegalovirus 
Rubéola 
Histoplasma capsulatum 
Paracoccidioides brasiliensis 
Candida sp 
Toxoplasma gondii 
 
 
 40 
INFECÇÕES DE OUVIDO 
 
DOENÇA BACTÉRIA VÍRUS FUNGO 
Otite externa Pseudomonas aeruginosa 
Proteus sp 
Escherichia coli 
Staphylococcus aureus 
 Aspergillus sp 
Penicilluim sp 
Otite média aguda Streptococcus pneumoniae 
Haemophilus influenzae 
Streptococcus pyogenes 
Staphylococcus aureus 
Branhamella catarrhalis 
Rhinovírus 
Influenza 
Enterovírus 
 
Otite média crônica 
(40% a infecção é mista) 
Pseudomonas aeruginosa 
Haemophilus influenzae 
Staphylococcus aureus 
Klebsiella pneumoniae 
Proteus sp 
Anaeróbios 
 
 
 41 
INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO 
 
DOENÇA BACTÉRIA VÍRUS FUNGO 
Rinite Rhinovírus 
Adenovírus 
Coronavírus 
Parainfluenza 
Influenza 
Enterovírus 
Rhinosporidium seeberi 
(pólipos crônicos) 
Sinusite aguda Streptococcus pneumoniae 
Haemophilus influenzae 
Streptococcus pyogenes 
Staphylococcus aureus 
Moraxella catarrhalis 
Rhinovírus 
Influenza 
Parainfluenza 
Adenovírus 
 
Sinusite crônica As mesmas da aguda associado com 
Pseudomonas sp. 
Bacilos gram negativos aeróbios 
Anaeróbios gram positivos e negativos 
 Mucor sp 
Estomatite Fusobacterium sp Herpes simplex 
Coxsackie 
Candida sp 
Faringite ou Amigdalite Streptococcus pyogenes 
Corynebacterium diphtheriae 
Haemophilus influenzae 
Staphylococcus aureus 
Adenovírus 
Parainfluenza 
Influenza 
Enterovírus 
Epstein-Barr 
 
Laringotraqueo- 
bronquite 
Bordetella pertussis 
Haemophilus influenzae 
Parainfluenza 
Influenza 
Vírus sincício respiratório 
Sarampo 
 
 
 42 
Pneumonia aguda Streptococcus pneumoniae 
Haemophilus influenzae 
Staphylococcus aureus 
Klebsiella pneumoniae 
Outras Enterobacteriaceae 
Pseudomonas aeruginosa 
Anaeróbios mistos (aspiração) 
Legionella 
Mycoplasma pneumoniae 
Bacilos gram negativos (não fermentadores) 
Influenza 
Parainfluenza 
Adenovírus 
Virús sincício respiratório 
Sarampo 
Herpes 
Citomegalovírus 
Candida albicans 
Aspergillus sp 
Pneumocystis carinii* 
Pneumonia crônica Mycobacterium tuberculosis 
Outras Micobactérias 
Nocardia sp 
 Paracoccidioides brasiliensis 
Histoplasma capsulatum 
Cryptococcus neoformans 
Blastomyces dermatitidis 
Coccidioides immitis 
Abscesso pulmonar e 
Empiema 
Staphylococcus aureus 
Streptococcus pneumoniae 
Pseudomonas aeruginosa 
Enterobacteriacea 
Mycobacterium tuberculosis 
Anaeróbios mistos 
Nocardia sp 
 
 
*Pneumocystis carinii: classificação incerta (fungo ou protozoário) 
 
 
 43 
INFECÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 
 
DOENÇA BACTÉRIA VÍRUS FUNGO PARASITA 
Meningite Streptococcus grupo B (RN) 
Escherichia coli (RN) 
Listeria monocytogenes (RN) 
Haemophilus influenzae 
Neisseria meningitidis 
Streptococcus pneumoniae 
Herpes simplex 
Citomegalovírus 
Sarampo 
Adenovírus 
Enterovírus 
Caxumba 
Cryptococcus neoformans 
Candida sp 
 
Abscessos 
cerebrais 
Staphylococcus aureus 
Pseudomonas aeruginosa 
Streptococcus pneumoniae 
Anaeróbios gram negativos 
 Aspergillus sp 
Candida albicans 
Cladosporium bantianum 
Zigomicetos 
 
Encefalite Mycobacterium tuberculosis 
Treponema pallidum 
Leptospira sp 
Arbovírus 
Rabdovírus 
Poliovírus 
Sarampo 
Citomegalovírus 
Rubéola 
HIV 
Paracoccidioides brasiliensis 
Histoplasma capsulatum 
Coccidioides immitis 
Cryptococcus neoformans 
Toxoplasma gondii 
Taenia solium 
RN = recém-nascidos 
 
 
 44 
INFECÇÕES DOS OSSOS E ARTICULAÇÕES 
 
DOENÇA BACTÉRIA VÍRUS FUNGO 
Osteomielite aguda Staphylococcus aureus 
Escherichia coli 
Klebsiella sp 
Proteus sp 
Pseudomonas aeruginosa 
Streptococcus sp 
Anaeróbios 
 
Osteomielite crônica Mycobacterium tuberculosis 
Treponema pallidum 
Nocardia sp (Micetoma) 
 Paracoccidioides brasiliensis 
Histoplasma capsulatum 
Sporothrix schenckii 
Fungos de eumicetoma 
Artrite séptica aguda Staphylococcus aureus 
Streptococcus pneumoniae 
Streptococcus pyogenes 
Haemophilus influenzae 
Neisseria meningitidis 
Epstein-Barr 
Sarampo 
Rubéola 
Flavivirus 
Candida sp 
Artrite séptica crônica Mycobacterium tuberculosis 
Treponema pallidum 
 Paracoccidioides brasiliensis 
Sporothrix schenckii 
 
 
 45 
INFECÇÃO DO SISTEMA VASCULAR E SEPIS 
 
 
DOENÇA BACTÉRIA VÍRUS FUNGO 
Endocardite Streptococcus viridans 
Streptococcus grupo D (enterococo) 
Staphylococcus aureus 
Staphylococcus epidermidis 
Enterobacteriaceae 
Pseudomonas sp 
 Candida sp 
Aspergillus sp 
Tromboflebites superfíciais Staphylococcus aureus 
Bacilos gram negativos aeróbios 
 
Tromboflebites profundas Bacteroides sp 
Streptococcus beta-hemolítico (A ou B) 
Streptococcus pneumoniae 
Haemophilus influenzae 
Staphylococcus aureus 
Escherichia coli 
 Zigomicetos 
Bacteremia por uso de cateter Staphylococcus epidermidis (flora pele) 
Staphylococcus aureus (flora pele) 
Enterobacteriaceae (fluídos) 
Pseudomonas sp (fluídos) 
 Candida sp (flora pele) 
Rhodotorula sp (flora pele) 
 
 
 46 
Bacteremia por infecção em 
sítio extravascular 
Haemophilus influenzae 
Neisseria meningitidis 
Streptococcus pneumoniae 
Streptococcus beta-hemolítico(A e B) 
Staphylococcus aureus 
Pseudomonas aeruginosa 
Enterobacteriaceae 
Bacteroides fragilis 
Clostridium sp 
Acinetobacter sp 
Brucella sp 
Salmonella typhi 
Leptospira sp 
Listeria sp 
Treponema pallidum 
Ricketsia sp 
Borrelia sp 
Flavivirus 
Epstein-Barr 
Sarampo 
Poliovirus 
Caxumba 
Rubéola 
Citomegalovirus 
Hepatite B 
Candida sp 
Cryptococcus neoformans 
Zigomicetos 
Aspergillus sp 
Fusarium sp 
 
 
 47 
INFECÇÕES DA PELE 
 
 
DOENÇA BACTÉRIA VÍRUS FUNGO PARASITA 
Glândulas sebáceas Propionibacterium acnes 
Staphylococcus aureus 
 
Folículo piloso e pelos Staphylococcus aureus 
(foliculite e furúnculo) 
Pseudomonas aeruginosa 
 Candida albicans 
Dermatófitos 
Trichosporon beigelii 
 
Unhas Staphylococcus aureus Herpes simplex Candida albicans 
Dermatófitos 
 
Epiderme Staphylococcus aureus 
(impetigo) 
Streptococcus pyogenes 
(impetigo) 
Herpes simplex 
Varicella-Zoster 
Sarampo 
Rubéola 
Papovavírus 
Candida albicans 
Malassezia furfur (Pitiríase) 
Dermatófitos (Tinea) 
 
Derme e/ou 
Subcutâneo 
Streptococcus pyogenes 
(ectima, erisipela, celulite) 
Staphylococcus aureus 
(celulite) 
Mycobacterium tuberculosis 
Mycobacterium leprae 
Treponema pallidum (1ª e 2ª) 
Haemophilus ducreyi 
Bacilos gram negativos(celulite) 
Anaeróbios (celulite) 
Clostridium tetani* 
 Paracoccidioides brasiliensis 
Histoplasma capsulatum 
Sporothrix schenckii 
Cromomicetos 
Cryptococcus neoformans 
Agentes de micetomas 
Leishmania donovani 
Sarcoptes scabiei 
*A pele é a porta de entrada desse microrganismo que produz uma exotoxina com efeitos na transmissão dos impulsos nervosos. 
 
 48 
INFECÇÕES DO TRATO GASTRO-INTESTINAL 
 
 
 
 
 
DOENÇA BACTÉRIA VÍRUS FUNGO PARASITA 
Diarreia e/ou 
disenteria infecciosa 
E.coli (EPEC, ETEC, EHEC, 
EIEC, EAEC) 
Shigella sp 
Salmonella sp 
Yersinia enterocolitica 
Campylobacter sp 
Vibrio cholerae 
Clostridium difficile 
Staphylococcus aureus 
Rotavírus 
Coronavírus 
Adenovírus 
Calicivirus 
Candida sp Giardia lamblia 
Entamoeba histolytica 
Cryptosporidium sp 
Diarréia tóxica Staphylococcus aureus 
Clostridium botulinum 
 Micotoxinas produzida por 
diversos fungos 
 
Hepatite aguda e/ou 
crônica 
Leptospira sp 
Salmonella typhi 
Vírus A,B,C,D,E 
Hepatite 
granulomatosa 
Mycobacterium tuberculosis 
Treponema pallidum 
Brucella sp 
Borrelia sp 
Rickettsiasp 
Flavivirus (febre amarela) 
Citomegalovírus 
Epstein-Barr 
Paracoccidioides brasiliensis 
Histoplasma capsulatum 
Candida sp 
Toxoplasma gondii 
Leishmania donovani 
Schistosoma mansoni 
Abscessos intra- 
abdominais e 
peritonites 
Microbiota normal (aeróbica e 
anaeróbica) de sítios violados 
Contaminação operatória 
 
 
 
 49 
INFECÇÕES DO TRATO GÊNITO-URINÁRIO 
 
 
 
 
 
DOENÇA BACTÉRIA VÍRUS FUNGO PARASITA 
Uretrite Neisseria gonorrhoeae 
Chlamydia trachomatis 
Ureaplasma urealyticum 
Herpes simplex 
Cistite Escherichia coli 
Staphylococcus saprophyticus 
Streptococcus faecalis 
Proteus sp, Klebsiella sp 
Enterobacter sp, Providencia sp 
Serratia sp, Morganella sp 
Pseudomonas aeruginosa 
Staphylococcus aureus 
 Candia sp 
Pielonefrite aguda Enterobacteriaceae móveis e outros 
bacilos gram (-) geralmente associado 
a obstruções (via ascendente) 
Staphylococcus aureus (via 
hematogênica) 
Citomegalovírus Candida sp 
Pionefrite crônica Mycobacterium tuberculosis 
Leptospira sp 
Citomegalovírus Candida sp 
 
 50 
Prostatite e 
Epididimite 
Enterobacteriaceae (E.coli) 
Pseudomonas aeruginosa 
Staphylococcus epidermidis 
Streptococcus faecalis 
Neisseria gonorrhoeae 
Chlamydia trachomatis 
 
Vaginite Gardnerella vaginalis Herpes simplex Candida sp Trichomonas vaginalis 
Cervicite, 
Endometrite, 
Salpingite 
Neisseria gonorrhoeae 
Chlamydia trachomatis 
Mycoplasma hominis 
Mycobacterium tuberculosis (crônica) 
Herpes simplex 
Papilomavírus 
 
Doença pélvica 
inflamatória 
Neisseria gonorrhoeae 
Chlamydia trachomatis 
Bacteroides fragilis 
Gram negativos intestinais 
Staphylococcus aureus e 
Streptococcus pyogenes (pós 
manipulação cirúrgica) 
 
 
 
 51 
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
 
 
DOENÇA BACTÉRIA VÍRUS FUNGO PARASITA 
Vaginite Gardnerella vaginalis Herpes simplex Candida sp Trichomonas vaginalis 
Uretrite Chlamydia trachomatis 
Ureaplasma urealyticum 
 
Gonorréia Neisseria gonorrhoeae 
Sífilis Treponema pallidum 
Cancro duro Haemophilus ducreyi 
Granuloma inguinal 
(Donovanose) 
Calymmatobacterium 
granulomatis 
 
Linfaganuloma 
venéreo 
Chlamydia trachomatis 
Condiloma acumirado Papilomavírus 
AIDS Retrovírus (HIV) 
Hepatite Hepdnavírus (B) 
 
 
 
 52 
INFECÇÕES EM PACIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS 
 
 
 
 
 
TIPO DE 
COMPROMETIMENTO 
BACTÉRIA VÍRUS FUNGO PARASITA 
Diminuição do número ou 
função dos neutrófilos 
(fagocitose) 
Staphylococcus 
Streptococcus beta-hemolítico 
Enterobacteriaceae 
Pseudomonas 
Legionella 
 Aspergillus 
Candida 
Cryptococcus neoformans 
 
Diminuição da resposta imune 
humoral e déficit do sistema 
complemento 
Streptococcus pneumoniae 
Haemophilus influenzae 
Streptococcus beta-hemolítico 
Pseudomonas 
Enterovírus Pneumocystes carinii* 
Diminuição da resposta imune 
celular 
Mycobacteria sp 
Salmonella sp 
Listeria monocytogenes 
Herpes simplex 
Varicella-zoster 
Citomegalovírus 
Epstein-Barr 
Adenovírus 
Candida 
Cryptococcus neoformans 
Paracoccidioides brasiliensis 
Histoplasma capsulatum 
Sporothrix schenckii 
Aspergillus 
Toxoplasma gondii 
Pneumocystes carinii* 
Strongiloides stercorales 
*Pneumocystes carinii: classificação incerta (fungo ou protozoário) 
 
 53 
INFECÇÕES HOSPITALARES 
(Patógenos mais comuns) 
 
 
 
 
 
LOCAL BACTÉRIA VÍRUS FUNGO 
Manipulação venosa Staphylococcus aureus 
Staphylococcus epidermidis 
Escherichia coli 
Klebsiella sp 
Hepatite B Candida sp 
Rhodotorula sp 
Ferida cirúrgica Staphylococcus aureus 
Pseudomonas aeruginosa 
Escherichia coli 
Outros bacilos gram-negativos 
 
Trato respiratório baixo Klebsiella sp 
Staphylococcus aureus 
Pseudomonas aeruginosa 
Acinetobacter sp 
 Aspergillus sp 
Fusarium sp 
Candida sp 
Trato urinário Escherichia coli 
Streptococcus faecalis 
Pseudomonas aeruginosa 
Outros bacilos gram-negativos 
 Candida sp 
Cutâneo Staphylococcus aureus Varicella-zoster 
Rubéola

Continue navegando