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Características gerais, estrutura e replicação viral: → Viroma: coleção de ácido nucleico (DNA e RNA). → Bacteriófago: vírus de bactéria. → Vírion: partícula infecciosa viral, constituída da montagem de componentes que são pré-formados na célula. Não crescem, não se dividem, não tem informação genética para a formação de energia nem síntese de ribossomos, sendo dependentes da célula para a formação de novas partículas virais. → Estrutura viral: Genoma, agentes sub-virais, proteínas, padrões de simetria, envelope e outros componentes. → DNA: Pode ser dupla fita ou fita simples, DNA linear ou circular, Gapped (DNA que tem uma falha e não é totalmente circular, como o vírus da Hepatite B) e DNA com segmento curto de RNA. → RNA: Dupla fita (RNAdf)/segmentado, simples fita (RNAsf). → Polaridade + : Mesma polaridade do RNAm da célula, se comportando como o próprio RNAm e iniciando a síntese de proteínas assim que entra na célula. Exemplo: Dengue. → Polaridade - : Polaridade diferente, não sintetiza proteínas quando entra na célula, primeiro precisa fazer o RNA + às custas de enzimas do próprio vírus (RNA polimerase que lê um RNA). → Vírus segmentado: A informação fica nos segmentos, de modo que na ausência de algum fragmento do segmento, o vírus não é infeccioso. → Proteínas virais: A subunidade proteica é uma cadeia polipeptídica única, em que a unidade estrutural é o protômero. Esta unidade é importante para a construção do capsídeo e nucleocapsídeo, sendo formada por subunidades homoéricas e/ou heteroméricas. → Homotrimétrica: Único tipo de cadeia que se associa 3 vezes para formar um protômero, sendo que vários protômeros originam o capsídeo. → Capsômero: Unidade morfológica → Envelope viral: Bicamada lipídica. → Tegumento (amorfo): Região entre o capsídeo e o envelope viral que é repleta de proteínas e tem funções na replicação e no escape. → Príons: Partículas proteicas infecciosas. → Replicação viral: O vírus entra em uma célula permissiva a sua replicação e gera novas partículas virais (ou novos vírions), que gera milhares de outras, dando origem ao ácido nucleico que forma a partícula viral. Esse processo é dividido em duas fases: → Fase precoce: Desde a infecção até a geração do ácido nucleico viral. → Fase tardia: Geração das proteínas que vão montar as partículas virais. → Etapas da replicação viral: → Adsorção: Vírus entra em contato com a célula permissiva, que tem um receptor que permite a adesão do vírus. Está relacionado ao tropismo viral e à especificidade do hospedeiro. → Internalização: O ácido nucleico entra diretamente, sem o capsídeo. No caso de vírus não envelopado, ocorre penetração direta. A endocitose é mediada pelo receptor. Ocorre fusão na membrana citoplasmática e liberação do capsídeo viral, de modo que o vírus entra na célula através da vesícula de endocitose. → Desnudamento: Disponibilização do material genético para a replicação. → Replicação ou tradução do ácido nucleico → Transporte para o núcleo: O vírus explora a maquinaria da célula para expressar o seu material genético. → Síntese: Primeiro, é preciso ter RNAm para efetuar a síntese viral. → Vírus de DNA de fita dupla, ocorre a transcrição do DNA em RNAm (classe 1) → Vírus de DNA fita simples (classe 2): forma primeiro o DNA de dupla e fita e depois o RNAm → Vírus de RNA de dupla fita (classe 3): Primeiro transcreve o RNA em RNAm → RNA fita simples com polaridade positiva (classe 4): Se comporta como RNAm. Para formar mais RNAm, precisa formar um RNA- (fita complementar) e gerar mais RNA+ (RNAm) → RNA com polaridade negativa (classe 5): Sua cópia é um RNAm → RNA com polaridade positiva (classe 6): Forma um DNA fita simples com polaridade negativa, que forma dupla fita e a partir dessa forma o RNAm. É um vírus tireóide, ou seja, que faz transcrição reversa, forma uma dupla fita, insere o material genético no genoma da célula hospedeira e depois faz a transcrição para o RNAm e a tradução das proteínas virais. → RNA gapped (classe 7): O DNA fita dupla precisa ser preenchido a partir de um primer de RNA presente. Compõem o grupo de vírus retroides. → Sete classes de replicação: → RNA - RNA: precisa de RNA polimerase dependente de RNA → RNA - DNA - RNA: Faz transcrição reversa → DNA - DNA: Ocorre às custas de uma DNA polimerase → Montagem e liberação: As proteínas que formam as unidades estruturais se arranjam para dar origem a estrutura que constitui o capsídeo viral. Isso ocorre mediante a uma poliproteína precursora ou mediada por uma chaperona. Além disso, ocorre a formação concomitante do capsídeo e a entrada do ácido nucleico, por sinalização. → Liberação: Pode ocorrer por brotamento (de dentro da membrana celular ou para dentro de vesícula) ou por lise celular. Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Família: Retroviridae Gênero: Lentivirus Tipos: HIV-1 e HIV-2 → Existem 3 grupos de HIV-1: M, N e O com base em diferenças no envelope viral. → Existem 16 formas recombinantes no grupo M. → HIV-1: Mais virulento (adoecimento após 8 anos da primoinfecção). → HIV-2: Menos virulento (adoecimento após 30 anos da primoinfecção). → Menor transmissão vertical. → Possui glicoproteína g36. HIV → Prevalência: → HIV-1: Todos os países → HIV-2: África Ocidental → Brasil: → Tipo B: 85% em 2 grupos → Tipo F: 15% → Tipo C: Menos de 1% → Genoma com 2 fitas de RNA polaridade positiva envolto por proteínas → Tem envelope constituído por glicoproteínas da membrana citoplasmática da célula infectada. → Núcleo capsídeo em forma de cone → Genoma com duas cópias de RNA+ envoltos por proteínas → Transcriptase reversa (responsável pela transcrição reversa, com função de DNA polimerase). → Protease (Processamento de poliproteínas e precursoras virais) → Integrase (Realiza a integração do DNA retroviral) → GP120 (se liga aos receptores CD4) subunidade maior que forma uma roseta e sua base é a GP41 (liga aos co-receptores) → Vírus modula a expressão de CD4, impede a apoptose da célula infectada e aumenta o estado de ativação celular. → O ciclo NÃO é lítico, os vírus saem por brotamento → Vírus com alto índice replicativo: Elevada taxa de mutações. → Dificulta o desenvolvimento de vacinas. → Resposta imune natural do hospedeiro não elimina a infecção. → Vírus penetra epitélio colunar estratificado em razão de uma abertura no tecido. Ocorre de 3 formas: → Via infecção direta das células: Fusão do envelope com a membrana, com replicação e saída da célula, que atinge tecidos mais profundos e encontra células alvo. → Via transcitose: Partícula viral é endocitada sem entrar em contato com organelas citoplasmáticas e sem ser destruída, saindo na extremidade → Carga viral elevada: Maior risco de transmissão. → Principal forma (75%): Sexual → Presença de outras ISTs aumenta o risco de transmissão porque alteram a microbiota e migração de células do sistema imune. → Parenteral: Drogas injetáveis, transfusão sanguínea e hemoderivados e acidentes perfuro-cortantes. → Transmissão vertical: Deve-se fazer profilaxia com antirretrovirais. → Não se deve fazer aleitamento de crianças com mães soropositivas. → Obs: Sítios de localização do HIV em humanos: Sangue, plasma, líquor, colostro, secreções cervicais, sêmen, saliva (não transmite), linfa e PBMC (mononucleares). → Infecção aguda: → Assintomática: Maioria → Síndromes auto-limitadas: síndrome gripal por 2 a 3 semanas → Fase assintomática (latência clínica) → Variável: 2 a 10 anos → Fase assintomática inicial ou precoce: → Sinais e sintomas inespecíficos, infecções oportunistas de menor gravidade → AIDS: Infecções oportunistas, linfadenomegalia, febre crônica, sudorese, diarréia, emagrecimento e mal-estar. → Podem surgir neoplasias, como o Linfoma não Hodgkin e Sarcoma de Kaposi. → Sarcoma de Kaposi (homens, faixa etária mais avançada e ascendência mediterrânea). → Diagnóstico precoce diminui a carga viral e, assim, a transmissão → Em caso de infecção recente , geralmente o teste sorológiconão é recomendado, deve-se procurar o antígeno viral p24. → Técnicas para a detecção de anticorpos: → Ensaios imunoenzimáticos (em caso de urgência). → Vantagens: Elevada sensibilidade e especificidade >98%, sistema automatizado. → Limitações: Necessita de mão de obra especializada, dificuldade de interpretação, alto custo e não detecta anticorpos na janela imunológica. → Western Blot: Alto custo, padrão ouro para detecção de anticorpos contra diferentes antígenos do HIV. → Imunoblot → Imunofluorescência indireta: → Uso de preservativo → Prevenção combinada → PREP (profilaxia pré-exposição): Tenofovir e Entricitabina PEP (profilaxia pós-exposição): Esquema único de antirretrovirais por 3 meses. Utiliza-se Tenofovir, Lamivudina e Dolutegravir → Obs: Vacinas: A maioria induz anticorpos neutralizantes, mas não induzem anticorpos AMPLAMENTE neutralizantes (capazes de neutralizar diferentes amostras de vírus) → Antirretrovirais: → Inibidores da fusão → Inibidores de transcriptase reversa (INTR) → Inibidores não nucleosídeos (TR-INNTR) → Inibidores da integrase → Inibidores de protease (IP) Terapia inicial: Combinação de 3 antirretrovirais, sendo 2 ITRN/ITRNt associados e 1 outra classe (ITRNN, IP/r ou INI). → No BRASIL, utiliza-se: Lamivudina e tenofovir associado à dolutegravir, exceto para os casos de mulheres com possibilidade de engravidar em situação de co-infecção por tuberculose e em gestantes. → Tratamento da TARV deve ser iniciado independente do estágio clínico e/ou imunológico. → Monitoramento do tratamento: Relação entre a replicação viral e o número de linfócitos T CD4 +. → Monitora-se a cada 6 meses a quantificação de CD4 e CD8 e a carga → Três regiões codificantes de proteínas e funções: → Proteínas estruturais: → GAG → GAG-Pol precursor, → Protease → Transcriptase reversa → Integrase → Envelope → Proteínas regulatórias: → Tat → Rev → Proteínas Acessórias: → Nef (bloqueia apoptose, aumenta infectividade, aumenta patogênese e altera o estado de ativação celular) → Vpr → Vpu → Vif oposta. → Transmigração: Infecção direta do HIV nas células alvo, com migração por diapedese para tecidos mais profundos. → Células alvo: Linfocitos T CD4 +, células mononucleadas do sangue periférico (PBMC), macrófagos CD4 + . → Células reservatório: Macrófagos, células dendríticas, linfócitos B, microglia, células epiteliais, eosinófilos e megacariócitos. → Curso natural da doença: → Elevada carga viral → Diminui Linfócitos T CD4 + → Estabilização do sistema imune → Resposta imune temporária → Assintomático por anos → Imunossupressão intensa → AIDS → Mecanismos de destruição de células T CD4: → Apoptose → Destruição da arquitetura linfonodal (linfonodos são → Inicialmente surgem manchas avermelhadas, pálidas, que se tornam purpúricas, elevadas, arredondadas e de tamanho variável. → Teste rápido: Imunocromático (fluxo lateral): Detectam proteínas. → Teste rápido (imunocromatografia): Pinga-se uma gota de sangue, se surgirem 2 bandas indica que o paciente possui Igg contra o HIV. → Diagnóstico laboratorial HIV (mais sensível): → Técnicas para a detecção de ácidos nucleicos. → Pode ser por RT-PCR, NASBA e bDNA → São indicados para o período de janela imunológica e neonatos. → Esquema do Ministério da Saúde para o diagnóstico positivo de HIV: → Diagnóstico final é dado por 2 viral. Se houver resistência, trocam-se os antirretrovirais. → Obs: Pacientes com contagem de CD4>350 céls/mm3 em 2 exames consecutivos: Não solicitar. → Para verificar a resistência aos antirretrovirais: → Genotipagem do vírus → Fenotipagem do vírus reservatórios de carga viral) → número de células destruídas é maior do que as infectadas e não infectadas (replicações persistentes) → indução da formação de sincícios (células multinucleadas) → citotoxicidade mediada por células CD8 e natural killers. → Alteração da permeabilidade da membrana → Interferência na síntese celular de proteínas → Bloqueio da regeneração linfocítica testes diferentes, de diferentes fabricantes, um teste é o de triagem e o outro é o confirmatório. Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Paramyxoviridae = Viroses comuns na infância → Subfamília Paramyxovirinae → Respirovirus: Parainfluenza ⅓ →Morbillivirus: Sarampo → Rubulavirus: Caxumba → Subfamília Pneumovirinae → Pneumovirus: Vírus respiratório sincicial → Metapneumovirus: Metapneumovírus humano Sarampo → Alta patogenicidade → Único sorotipo → Infecção natural protege por toda a vida → Mais infeccioso antes de se aparecer o rash cutâneo → Vigilância epidemiológica: → Paciente com febre e exantema acompanhado de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independente da idade ou situação vacinal, deve-se suspeitar de sarampo e notificar a → Vírus de RNA fita simples e polaridade negativa → O sarampo tem 8 subtipos e mais 24 genótipos com perfis genéticos pouco diferentes. → Nucleoproteína: proteção do RNA viral. → Polimerase fosfoproteína: transcrição → Proteína de matriz: Revestimento do genoma → Sequência da patogênese: → 1º: Infecção inicia no epitélio respiratório da nasofaringe → 2º: Linfonodos regionais → 3º: Atravessando esse portal, em 2 a 3 dias, ocorre a primeira viremia, Nesta, a replicação viral ocorre tanto na porta de entrada como nos tecidos reticuloendoteliais adjacentes. → 4º: Segunda viremia: Ocorre após 5 a 7 dias da infecção inicial e tem duração de 4 a 7 dias. Há replicação viral na pele, conjuntiva, trato → Aerossóis → Secreções respiratórias (espirro e tosse) → Secreção ocular → Objetos contaminados (fômites) → É uma doença muito contagiosa e tem tempo médio de incubação de 10 a 14 dias. → Obs: Assintomáticos transmitem até 10 dias antes da manifestação dos primeiros sintomas, já que tem → História natural da doença: → Incubação: 10 a 14 dias → Período prodrômico (início dos sinais e sintomas) com febre alta e mal-estar, seguida de coriza, conjuntivite e tosse (2 a 4 dias) → Manchas de Koplik (lesões de 2 a 3 mm de diâmetro localizadas na região interna das bochechas → Rash cutâneo em média após 14 dias da exposição. Há exantema maculopapular que se dissemina da face e parte superior do pescoço → Teste sorológico para IgM de sarampo consegue detectar e confirmar o diagnóstico após 12/13 dias (+- 2 semanas). Se der positivo, é obrigatório realizar um segundo teste para a confirmação. → Pesquisa de IgG → Diagnóstico geralmente clínico → Diagnóstico laboratorial: → Isolamento viral em cultura de células a partir de sangue, secreções → Pacientes confirmados devem ficar em isolamento comunitário por 2 semanas para evitar a transmissão. → VACINAÇÃO: Tríplice viral (Sarampo, rubéola e caxumba), administrada aos 12 a 15 meses de vida, com segunda dose aos 4 a 6 anos de idade. → EDUCAÇÃO → Não existe tratamento antiviral para a infecção aguda pelo sarampo → Uso de antimicrobianos para controlar as infecções oportunistas → Hidratação adequada → Antipiréticos → Oxigênio umidificado → Suporte ventilatório para casos graves → Ribavirina + Gamaglobulina (para imunossuprimidos) secretaria municipal de saúde. → Investigar em até 48h → Coletar sangue para a sorologia no primeiro contato com o paciente → Vacinação de bloqueio e vacinar os contatos suscetíveis. → Objetivo: Aumentar rapidamente a imunidade e interromper e/ou diminuir a extensão do surto. → Deve ser realizada na suspeita → Até 72h após a notificação do caso, eliminando os suscetíveis → Proteína F: Entrada do vírus na célula, fusão e formação dos sincícios → Hemaglutinina-neuraminidase: Ligação do vírus → Sarampo: Vírus produz um sincício e, ao sair da célula, modifica a membrana citoplasmática e as células próximas se fundem, formando uma massa multinucleada única (aparenta ser uma célula gigante e multinucleada). → Sistema imune reconhece o sincício como anômalo Sorotipo ≠ Genótipo → Sorotipo: Moléculas externas no envelope dão caráter de resposta imune humoral, ou seja, elas são imunogênicas. Isso determina os diferentessorotipos. → Genótipo: Está relacionado ao DNA ou RNA viral, isto é, o material genético do vírus. → Replicação do vírus ocorre no citoplasma → Replicação inicia-se pela respiratório e demais órgãos. O pico da carga viral sérica se dá entre os dias 11 e 14. → 5º: Decresce rapidamente nos próximos 2 a 3 dias. A eliminação das partículas virais se faz pela nasofaringe e ocorre no início do pródromo até 3 a 4 dias após o exantema. → Mecanismo de evasão viral: → A ligação do vírus do sarampo aos receptores das células dendríticas inibe a desfosforilação da molécula c RIG-I/Mda5, isso reduz a produção de interferon beta e, assim, reduz o potencial antiviral do sistema imune uma alta carga viral. → A produção de anticorpos após 2 semanas diminui a carga viral. para o tronco e os membros, atingindo mãos e pés, com descamação das áreas mais afetadas. A duração é de 5 a 6 dias. → Outros sintomas podem ocorrer principalmente em imunossuprimidos tais como: Otite média, diarréia, pneumonia com formação de sincícios, panencefalite esclerosante subaguda e replicação viral contínua. → Exantema maculopapular: → Mancha de Koplik: patognomônico. → Obs: A maioria dos óbitos por sarampo ocorre por pneumonia respiratórias e urina → Pesquisa do genoma viral por técnica de RT-PCR → Agravantes: → Deficiência de vitamina A na dieta prejudica a defesa das mucosas → Dieta pobre em proteínas prejudica a imunidade → Baixa adesão à vacinação aumenta a circulação do vírus → Condições sanitárias inadequadas favorecem a transmissão → Vitamina A (diminuição da morbimortalidade) → Obs: Imunossuprimidos devem fazer profilaxia com imunoglobulina caso entrem em contato com doentes ligação da proteína do envelope viral ao ácido siálico dos glicolipídeos na superfície celular → Vírus do Sarampo pode se ligar a CD46 e/ou CD50 SLAM complicada, que pode ser causada pelo vírus ou por infecções secundárias virais com adenovírus ou Herpes simplex, assim como infecções secundárias bacterianas. → Obs: Diarreia pode complicar para um quadro severo de desidratação. → Obs: As convulsões febris geralmente não deixam sequelas. → Pneumonia com sincícios: → Recuperação: → Relativamente rápida, graças à resposta linfocitária e aos anticorpos IgM, IgA e IgG. → Mais grave em adultos devido à maior resposta imune e formação do sincício, assim como pela maior possibilidade de se ter infecções secundárias. Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Paramyxoviridae = Viroses comuns na infância → Subfamília Paramyxovirinae → Respirovirus: Parainfluenza ⅓ →Morbillivirus: Sarampo → Rubulavirus: Caxumba → Subfamília Pneumovirinae → Pneumovirus: Vírus respiratório sincicial → Metapneumovirus: Metapneumovírus humano Caxumba → Em 2017 nos eua, há registro de 3500 casos. → Brasil: 2008: Registro de 3394 casos. → Surto no Brasil em 2016, 7000 casos registrados → Vírus de RNA fita simples e polaridade negativa → Envelopado → Pleomórfico: pode ser oval ou esférico, não tem formato clássico → Vírus com 12 subtipos → Gene V: Codifica proteínas que antagonizam a produção de interferon alfa e beta (tem papel no processo de sinalização e produção de citocinas → Proteínas F, SH e HN: São → Sequência: → 1º: Paciente inspira ar com vírus ou leva a mão na mucosa nasal → 2º: Vírus atinge células epiteliais do trato respiratório superior (5 dias) → 3º: Vírus atinge linfonodos (10 dias) → 4º: Vírus atinge a corrente sanguínea (10 a 15 dias) → 5º: Disseminação para as glândulas salivares, sublinguais, submandibulares e outros locais, como os testículos, ovários e pâncreas (20 dias) → Aerossóis de saliva (perdigotos) → Secreções respiratórias → Urina → Fômites → Muito contagioso → Tempo de incubação: 18 dias → Obs: A eliminação do vírus (saliva, vias respiratórias e urina) começa 6 dias antes e 5 dias depois de cessarem os sintomas clínicos. Complicações: → Envolvimento do SNC em 17% dos infectados → Encefalite → Meningite asséptica → Meningoencefalite → Orquite unilateral (inflamação dos testículos em ¼ dos infectados) → Ooforite (inflamação dos ovários) → Pancreatite, miocardite e nefrite são raras → Esterilidade é muito rara! → Esse resumo está um saco: → VACINA VIVA ATENUADA (MMR): Aos 15 meses de vida com reforço aos 4 e 6 anos → Contraindicada em imunossuprimidos e gestantes → Pode-se usar soro hiper-imune em imunodeprimidos → Condições favoráveis para a erradicação: → Apresenta apenas 1 sorotipo → A maioria das infecções apresenta sintoma clínico → Não existe reservatório animal → Disponibilidade de vacina altamente eficiente → Requer: → Manutenção constante de altos níveis de vacinação. glicoproteínas do envelope viral, relacionadas à entrada do vírus e à manutenção dele dentro da célula, impedindo a apoptose. Isso evita o reconhecimento imunológico, fazendo com que o vírus se replique por mais tempo dentro da célula (mecanismo de virulência). → Vírus pleomórfico : Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Paramyxoviridae = Viroses comuns na infância → Subfamília Paramyxovirinae → Respirovirus: Parainfluenza ⅓ →Morbillivirus: Sarampo → Rubulavirus: Caxumba → Subfamília Pneumovirinae → Pneumovirus: Vírus respiratório sincicial → Metapneumovirus: Vírus respiratório sincicial (HSRV) → O nome vem dos sincícios encontrados em secreções respiratórias de enfermos → Tem distribuição mundial → Causa surtos epidêmicos anuais de doença respiratória aguda principalmente em crianças (vírus sazonal). → Patógeno viral mais importante na infecção do trato respiratório inferior em crianças menores de 2 anos. → Vírus de RNA fita simples e polaridade negativa → Envelopado → O vírus apresenta apenas 1 sorotipo (não faz muita mutação) → Genoma codifica 11 proteínas, das quais a F é a mais imunogênica. Sequência da patogênese: → 1º: Inala-se o vírus → 2º: Vírus replica-se no epitélio respiratório e estimula a resposta inflamatória → 3º: Infecção pode acometer traqueia, brônquios e bronquíolos → 4º: Em situações de maior gravidade, ocorre necrose epitelial → 5º: A replicação viral e a resposta inflamatória local aumentam a deposição de muco, cursando com → Principal: Aérea → Em crianças, geralmente ocorre a liberação de secreções que contaminam as pessoas e superfícies → No adulto: Apresenta um simples resfriado, podendo ser assintomático (principal reservatório). → Em crianças de até 2 anos, a principal manifestação é a bronquiolite. → Bronquiolite viral aguda (BVA): É caracterizado por dois sinais primordiais, os sibilos e a hiperinsuflação pulmonar. → Diagnóstico laboratorial → RT-PCR: alta eficiência → Isolamento viral: em cultura de células → Controle: → Cuidados intra-hospitalares: → Higienização de mãos → Luvas → Avental → Máscara e proteção ocular → Quarto privativo ou coorte → Profissionais de saúde que estão cuidando de pacientes com VSR não devem cuidar de outros pacientes imunossuprimidos ou com doença grave → Restrição de visitas → Limpeza → Hidratação → Internação em casos graves → Medicação: Metapneumovírus humano → Representação do vírus: → É frequentemente identificado em pneumonias e bronquiolites nos primeiros anos de vida. → Alta morbidade em crianças e idosos. → Fatores de risco para crianças: → Adultos com resfriado → Tabagismo passivo → Tosse → Secreções → Mãos e objetos contaminados → Proteína F: Responsável pela fusão e formação dos sincícios (massa celular multinucleada anômala constituída por células fundidas. → Proteína G: Também é imunogênica e participa da patogênese. → Proteínas P, N e L: Ligadas ao RNA viral e participam da replicação do vírus no interior da célula edema e constrição do bronquíolo, reduzindo a passagem de ar e prejudicando a respiração. → Obs: NÃO OCORRE VIREMIA. → Cursa com sinais comuns de resfriado, como tosse, febre baixa e protusa, rinorréia, com duração de 2 a 4 dias. Após isso, surge a dispneia e os sibilos, podendo evoluircom cianose e dificuldade respiratória. → Vírus detectado: → Imunofluorescência: Pesquisa o vírus em secreções nasofaríngeas. Uso de anticorpos marcados que se → Avaliação da saúde dos visitantes ligam às proteínas virais e, ao se observar na lâmina, é possível ver as células coradas de forma fluorescente. → Imunofluorescência: → Não se faz tratamento com antivirais, exceto para pacientes internados. → Ribavirina: Reduz carga viral e restabelece funções pulmonares. Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Orthomyxoviridae Vírus respiratório Influenza A Influenza B Influenza C → H1N1 – gripe espanhola → H2N2 – gripe asiática → H3N2 – gripe de Hong Kong → Fatores virais podem conferir maior virulência, intensificando sintomas → Fatores do hospedeiro: comorbidade → Infecções secundárias bacterianas também são agravantes → Envelopado → Nucleocapsídeo → Helicoidal → RNA fita simples polaridade negativa → Segmentado → Replicação mais lenta → Glicoproteínas de superfície hemaglutinina (Ha) e neuraminidase (Na): a → Proteína NS1: Encontrada na célula infectada. → inibe splicing da célula → inibe poliadenilação de RNAm → inibe a produção de interferon (induz estado antiviral) e de efetores IFN → Sequestra RNA dupla fita que ativaria PKR e OAS → Sequência da patogênese: → 1º: Vírus entra nas células do trato respiratório superior → 2º: Mata as células ciliadas → Transmissão do Influenza: → Aerossóis → Contato direto → Contato indireto (fômites – objetos contaminados) → Febre alta súbita → Coriza → Tose → Cefaleia → Prostração → Mal-estar → Duração dos sintomas: 7 a 10 dias → Replicação viral: TRS e TRI → Inflamação TRS e traqueia → Complicações: → Bronquite hemorrágica → Dano alveolar difuso → Pneumonia viral ou bacteriana → Detecção Ag: Teste rápido e Imunofluorescência Direta (DFA) ou Indireta (IFA) → Detecção ác. nucleico viral: Teste rápido molecular e RT-PCR → Isolamento viral: Cultura de células (Shell vials) e cultura de célula convencional → O diagnóstico laboratorial é importante para vigilância epidemiológica, no caso de surto de → Vacina com vírus inativado em épocas que precedem surtos. → Trivalente (tem os 2 sub tipos do Influenza A - H1N1 e H3N2 obrigatoriamente) e quadrivalente (tem a Yamagata). → A proteção da vacina tende a ser menor em idosos e por isso seria interessante vacinar todos para reduzir a circulação do vírus. → Indicações da vacina: → Antivirais: → Inibidor de canal de prótons (desenhado para o vírus A, mas ele pode ser resistente por mutações no canal de prótons) . Ex: Amantadina, Rimantadina. → Inibidor neuraminidase (efeito no A e B). Ex: Oseltamivir, Zanamivir, Laminamivir e Peramivir. → Inibidores polimerase. Ex: Baloxavir e Pimodivir. → Flu C não faz antiviral por ser → Maior risco de complicação → Idosos → Pessoas com doenças crônicas → Gestantes no 2º ou 3º trimestre → Crianças < 2 anos → Obs: Influenza é um vírus que realiza muita mutação. Isso porque a RNA polimerase não tem atividade corretora. Então, aquele nucleotídeo errado que entrou errado ficará errado. Lembrar que, de modo geral, os vírus da RNA geralmente fazem muita mutação. → As vacinas cobrem o Influenza A e o B, que são os que atingem o maior número de pessoas. O vírus Influenza C é mais estável, e não faz parte da vacina, apesar de ser também um vírus de RNA. hemaglutinina está em maior quantidade na superfície do vírus do que a neuraminidase. → Proteína M: proteína de matriz que serve para moldar a partícula viral e para dar estabilidade → Canal de prótons M2: A função é permitir a passagem de prótons para dentro da partícula viral, sendo também o local de ação da ranitidina e amantadina. Serve para causar a desestabilização sobre o genoma viral de forma a dissociar o RNA viral das nucleoproteínas e permitir que a RNA polimerase do vírus aja formando uma fita de polaridade positiva que deve ser usada pela célula hospedeira como RNA mensageiro. → Obs: todos os vírus humanos helicoidais têm polaridade negativa. → Drift (ACONTECE EM TODOS OS INFLUENZA): mutação (desvio → 3º: Se propaga célula à célula → 4º: É liberado no topo das células epiteliais → 5º: Infecção leva a uma resposta imune da mucosa → Resumo: A influenza leva à inflamação difusa da laringe, traquéia e brônquios, vacuolização de células epiteliais e perda de cílios, edema submucoso com infiltrado de PMN e MN. → Anticorpos humanos podem se formar contra 3 componentes do influenzavirus: → Hemaglutinina: Impede a adsorção e fusão do vírus: É um anticorpo neutralizante da infectividade. → Resumo Canal M2: Causa um bloqueio ao transporte protônico e impede a dissociação das proteínas M1. É um anticorpo que impede a liberação do RNA viral na célula hospedeira → Neuraminidase: Impede o brotamento viral. É um anticorpo que impede a disseminação viral. → SRAG: Síndrome Respiratória Aguda Grave → Síndrome gripal: Início súbito, febre alta, tosse não produtiva, dor de garganta, cefaleia, mialgia/artralgia → Resfriado: Início gradual, raramente tem febre, não tem tosse, dor de garganta, não tem cefaleia e a mialgia é branda → Inflamação com edema em brônquios: → Células ciliadas na luz de brônquios: doença respiratória e para auxiliar no diagnóstico e tomar uma decisão no tratamento (evitar uso desnecessário de antimicrobianos - pode levar a resistência bacteriana) → Teste sorológico → Imunofluorescência indireta: é utilizado no Brasil para a tipagem do vírus. → Crianças maiores que 6 meses e menores que 2 anos → Trabalhadores da saúde → Gestantes → Puérperas → Indígenas → Idosos → Pessoas com comorbidades infecção branda. antigênico). Mutação pontual. A RNA polimerase não apresenta atividade corretora, então as mutações são levadas a frente e o gene mutado passa ,então, a fazer parte do material genético do vírus recém-formado. Essa mutação pode ser benéfica ao vírus ou ampliar sua função ou maléfica e inviabilizar a proteína. Por isso, os drifs mais importantes são os que acontecem em estruturas de superfície, e não em enzimas. → Shift (APENAS INFLUENZA A – deslocamento antigênico): Reassortment (reestruturação). É a mistura entre os segmentos genômicos de Influenza A. Para o shift acontecer, a pessoa precisa estar com uma infecção mista, ou seja, por dois influenzavirus A diferentes e que os dois vírus entrem na mesma célula. Esse mecanismo é o responsável pela formação de diferentes subtipos de influenza vírus A. Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Família: Caliciviridae Gênero: Norovirus Gastroenterite → Responsável atual por 90% dos surtos de gastroenterite viral → Responsável por 50% dos surtos de gastroenterite considerando todas as possíveis etiologias → Prevalência global: 18% → Popularmente conhecida como “doença do vômito do inverno” → Pode infectar indivíduos de todas as idades → Vírus RNA simples fita e polaridade positiva → Não envelopado: Muito resistente às condições ambientais → Formado por regiões ORFs → ORF1: Sintetiza várias proteínas não estruturais, inclusive a polimerase; → ORF2: Sintetiza a proteína estrutural VP1; → ORF3: Sintetiza a proteína estrutural VP2. → Formado por 3 camadas de capsídeos, sendo que a proteína VP1 é a principal para infecção por ser a mais externa. → Obs: Os vírus de RNA tem replicação mais rápida e fazem muita mutação (drift). → Caliciviridae forma RNA subgenômico (fitas menores) e delas é sintetizado o RNAm para → Resposta imunitária humoral: → Homóloga: → Curta (cepa-específica) → Parcial contra reinfecção em 6-14 semanas, com máximo de 6m-12m → Perda da proteção com 2-3 anos → Heteróloga: → Anticorpos pré-existentes não protegem contra nova infecção → Obs: Histogrupo sanguíneo está relacionado à maior suscetibilidade à infecção. → Sequência da patogênese: → 1º: HBGA: Antígeno que determina o tipo sanguíneo e possui uma → Oral-oral ou fecal-oral; → Eliminado em grandequantidade no vômito, fazendo com que tenha transmissão por aerossóis e feco-oral. → Transmissão por contato direto ou indireto (alimentos e água). → As partículas podem sobreviver em superfícies causa de surtos em locais de higiene inadequada. → Baixa dose infecciosa – menos que 10 partículas virais → Período de incubação curto, entre 24h-48h horas → Diarréia, vômito, náuseas → Duração de 12-72 horas → Doença moderada e autolimitada → Excreção viral – 13-56 dias (usualmente até 2 semanas) – indivíduo assintomático e eliminar o vírus → Diagnóstico laboratorial: → Verificar o aspecto das fezes. Se tiver pus ou sangue, a etiologia NÃO é viral. → Para detectar o vírus, pode-se fazer o isolamento e a cultura de células e visualizar no microscópio eletrônico, mas essa não é uma prática usual. Os norovírus NÃO crescem em culturas de células. → Para detectar o antígeno viral, pode-se utilizar, por exemplo, teste de aglutinação, ensaios imunoenzimáticos, quimioluminescência e imunocromatografia: Detecção qualitativa e simultânea de Rotavírus, Genogrupos I e II de Norovírus (GI e GII). Alta sensibilidade e especificidade, com duração do teste de 10min. → Para detectar partes do vírus: Rotaforese, PCR, RT-PCR e PCR em tempo real. → Obs: São resistentes à desinfecção por desinfetantes normalmente utilizados: álcoois e quaternários de amônio. → Controle ambiental da fonte de infecção: → Alto nível de cloração da água: 10 ppm > 3 min → Desinfecção de superfície com hipoclorito 10% → Lavar mãos por 30s com sabão e água corrente Atenção: Altamente infeccioso e muito estável no ambiente. Pensamos em vacinas, mas esse vírus faz muita mutação, o que dificulta o desenvolvimento de uma vacina eficaz. → Reidratação oral ou endovenosa ou de eletrólito → Pode ou não utilizar um antimicrobiano, a depender do quadro do paciente. Entrar ou não com antimicrobiano → Vírus: maior infecção entre os indivíduos – controle para evitar a infecção montar as proteínas da estrutura viral. Isso faz com que seja mais provável que ocorram mutações nas sequências de nucleotídeos, levando ao escape da resposta imune. Por isso, não induz imunidade permanente e, com isso, podemos nos infectar pelo resto da vida. → Hot spot de recombinação: Ponto mais forte para recombinar → Fitness viral (adaptabilidade ao hospedeiro): Confere maior replicação e cepas pandêmicas → Classificação viral: → É feita com base na região ORF → Genogrupo mais comum: G24, acumula mutações e está relacionado a pandemias → Obs: É um vírus que faz muitos drifts antigênicos, ou seja, faz muita mutação. Entretanto, como o genoma não é segmentado, o calicivírus não sofre shift antigênico como o rotavírus. molécula precursora que deve sofrer ação da fucosiltransferase 2 e/ou 3 (FUT-2 e FUT-3) para ser maturada. → 2º: Indivíduo com a FUT-2 funcionando origina o antígeno H, que pode sofrer ação da transferase A, transferase B ou da FUT-3 e originar o HBGA Lewis B. Estes tipos sanguíneos são chamados tipos sanguíneos secretores. → 3º: Se a pessoa tiver mutação da FUT-2, mas não da FUT-3, o funcionamento é adequado e a cascata FUT-2 não irá existir, ou seja, nessas pessoas ocorre apenas a formação de HBGA do tipo Lewis A, de modo que esse tipo é chamado NÃO SECRETOR. → Para secretarem o receptor VP1, os indivíduos com HBGAs e Lewis B são mais suscetíveis a infecção pelos norovírus. → As pessoas com HBGA tipo Lewis A são menos suscetíveis à infecção porque não apresentam o receptor. → Tipo sanguíneo B: Apesr de . secretar o receptor, a proteína viral não o reconhece com facilidade. → Secretores : Suscetíveis à infecção → Não secretores e B: Resistentes à infecção. Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento → Família: Reoviridae → Gênero: Rotavírus Gastroenterite → Importante causa de morbidade/mortalidade infantil no mundo, principalmente em países em desenvolvimento → Brasil: Em alguns locais, representa ⅓ das mortes dos menores de 1 ano de idade → Antes da vacina para os rotavírus, eram a maior causa de gastroenterite. → OBS: Em caso desurto de gastroenterite, o rotavírus geralmente é o causador. → Hoje, a maior causa são os Norovírus, Astrovírus, E. coli e outras bactérias e parasitas. → Genoma – RNA dupla fita, precisa carregar a enzima para replicação e formação de fita positiva. → Vírus icosaédrico → Espécies (9 A-I), somente A, B e C – infectam humanas, sendo a A mais prevalente e pra ela que tem a vacina → Segmentado (11 segmentos, toda a infecção genética está dividida em 11 segmentos), ou seja, para montar uma partícula viral precisa de 11 segmentos dentro. → Triplo capsídeo – interno formado por VP1 e VP3 e VP2, o externo é o mais importante para infecção da célula, assim os anticorpos são formados para as → Sequência da patogênese: → 1º: Vírus entra e infecta a célula antes de levar à lise → 2º: Vírus sintetiza NSP4 (enterotoxina viral), no sítio chamado viroplasma, uma região de acúmulo de proteínas e ácidos nucleicos virais, isto é, é a “fábrica” de vírus. → 3º: Vírus é internalizado e vai para os lisossomos, já que tem 3 cápsulas proteicas e 2 precisam ser destruidas → 4º: Vírus produz, monta a proteína e libera a partícula viral, que sai junto com a NSP4 → 5º: Vírus necessita de cálcio para ser montado, então utiliza os estoques celulares, provocando o achatamento das microvilosidades, → Eliminado em grande quantidade em fezes → Feco-oral (água, alimentos, mãos e superfícies contaminadas) → É altamente infeccioso, devido à: → Necessidade de apenas uma baixa dose infecciosa (< 10 partículas); → Alta taxa eliminada nas fezes (até 1011 ) partículas/g; → Muito resistente às condições ambientes, já que é um vírus sem envelope. → Obs: Quando o vírus é envelopado, também está mais sujeito às deformações no ambiente, assim como são mais sensíveis às mudanças de → O vírus causa diarréia secretora e osmótica, além de náuseas e vômito. → Ocorrem duas formas de diarreia: → Diarreia secretora: Ação de NSP4 e ativação do SN entérico. → Diarréia Osmótica: Morte de enterócitos e redução da função digestiva e absortiva. → Obs: Após 7 dias, não há mais vírus, nem diarreia, tampouco alterações histopatológicas. → Obs: As infecções recorrentes existem, mas diminuem progressivamente a gravidade. → Coleta de material: fezes, mínimo de 2g. → É importante não utilizar solução conservante, nem para bactérias nem para parasitos, já que isso interferiria na pesquisa do vírus → NÃO se recomenda SWAB, já que não se pode coletar a amostra necessária para processar → Microscopia eletrônica de transmissão → Limitações: Quantidade de partículas virais que estão sendo eliminadas nas fezes → Solução: Imunomicroscopia eletrônica → Deve-se utilizar um anticorpo para agregar as partículas e facilitar a visualização, embora as partículas → Para diarréias virais, o saneamento NÃO tem impacto importante, é preciso utilizar vacinas. → As vacinas dependem do genótipo mais comum no local. → No Brasil, utiliza-se a Rotarix, monovalente com vírus atenuado, na modalidade de duas doses, conforme o PNI. É a que mais protege contra hospitalização. → No particular, há também a Rotateq, que protege também contra os 4G e P8, na modalidade de 3 doses. → A menor eficácia contra a doença grave em países de baixa renda é devido à: → Tratamento de suporte: Controle das manifestações clínicas. → Não temos antiviral específico para o Rotavírus. → A aspirina diminui a liberação de prostaglandina. → Uso de antagonista de receptor do 5-HT (serotonina). → Uso de Zinco é importante para reduzir o nível de AMPc. → Inibidor de encefalinase (para não clivar encefalina – opióide que reduz AMPc). → Reposição hídrica → Genótipos mais comuns em humanos: → G1, G2, G3, G4, G9 e G12, P4, P8 e P6 → Existem 40 combinações G/P em humanos → Mais comuns > 90% dos genótipos circulantes no mundo: → G1(P8), G3(P8), G4(P8), G9(P8), G12(P8) e G2P4 → Shift antigênico ou reassortment: Reestruturaçãodos segmentos, levando a surtos mais externas (VP4 e VP7) são os neutralizantes, média (VP6). → NSP4 – proteína não estrutural, encontrada na célula em replicação → VP – proteína viral faz parte da estrutura viral reduzindo a superfície digestiva e absortiva, ocasionando uma diarréia osmótica → 6º: Proteína NSP4 vai para o meio extracelular e se liga aos receptores de outras células, aumentando a concentração de cálcio nas células que não estão infectadas, por meio da sinalização celular → 7º: Vírus rompe as junções oclusivas entre as células, levando à perda de íons e de água → 8º: Vírus estimula as células enteroendócrinas (enterocromafins), aumentando a concentração de cálcio, levando à liberação de serotonina, que ativa o SN entérico, aumentando a motilidade intestinal → 9º: Vírus aumenta o nível de AMPc, que aumenta a secreção de NaCl e, por consequência, a excreção de água (diarréia secretora). → Portanto, o vírus leva à diarréia osmótica e secretora, além de náusea e vômito. → Além disso, muda a distribuição de temperatura e também são mais lábeis. nem sempre sejam muito típicas, mas no caso do Rotavírus elas são típicas. → Limitação: Ao encontrar, por exemplo, outro vírus, pode-se inferir que é a causa, mas ele pode não ser. → Teste de aglutinação em látex: É um teste rápido que serve para identificar se é positivo ou negativo para rotavírus, sem especificar o tipo. → Identificar os ácidos nucleicos nas fezes → Má nutrição (deficiência de Zn, avitaminose A e D) → Disfunção na imunidade inata e adaptativa → Coinfecções → Microbiota intestinal → Transferência passiva de anticorpos maternos → Fatores genéticos → Proteção contra nova infecção: → Proteção homotípica total (diferente genótipo, mas com alguma proteína em comum) → Proteção heterotípica parcial (mesmo genótipo) → Obs: Infecções de repetição aumentam a proteção heterotípica, por isso é incomum em crianças acima dos 5 anos peptidases e dissacaridases, expressas no topo das vilosidades, que passam a ficar entre as células, ou seja, as enzimas não conseguem agir, levando a alterações na osmolaridade. → Controle: Enzimas no topo. → Rotavírus: Enzimas entre as células → Após 12, há uma enorme quantidade de vírus. → Entre 24h-72h ocorre lise celular. → Após 7 dias, se o paciente sobreviver, ocorre a cura, já que é uma infecção autolimitada Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Betaherpesvirinae Herpesvirus 5 (HHV-5) ou Citomegalovírus → Importância em gestantes porque gera sequelas (perda cognitiva ou motora, déficit motor, perda de audição e visão) e morte em neonatos → Síndrome da infecção congênita → Envelopados → Simetria icosaédrica do nucleocapsídeo → DNA ds não circular, com várias proteínas do tegumento (entre o → Vírus possui tropismo por: Células de origem epitelial, rins, fígado, ductos biliares, glândulas salivares, parênquima pulmonar, pâncreas, cérvice uterino, fibroblastos, células endoteliais, células neuronais → Perinatal (aleitamento materno e secreções cervicais – canal do parto) → Puberdade (atividade sexual) → Saliva → Urina → SINTOMAS DA INFECÇÃO CONGÊNITA: → Microcefalia com encefalite → Calcificação cerebral → Diagnóstico laboratorial: → Desafiador porque o CMV infecta várias células diferentes. → Histopatologia: Corpúsculo de inclusão na retina sugere CMV. → Tratamento pode ser feito de forma sintomática (quando está tendo a manifestação da doença) ou de forma profilática → Tratamento profilático quando o → Tratamento antirretroviral: → Ganciclovir – primeira escolha →Foscarnete – em caso de resistência → Cidofovir sintomática → Imunossuprimidos → Soroprevalência no Brasil: 90% → Maior prevalência em pessoas com baixo nível socioeconômico envelope e o capsídeo viral), partícula e ácido nucléico grandes. → Latência: Células mielóides (monócitos e células dendríticas), células endoteliais (possivelmente), células epiteliais (glândulas salivares e túbulos renais) → Disseminação: Monócitos, PMN, Células endoteliais → Proteína PP71: Importante para a replicação lítica do vírus dentro da célula. → RESUMO: Vírus é disseminado pelo corpo dentro de linfócitos e leucócitos. Estabelece infecções latentes e persistentes, é reativado por imunossupressão. A imunidade celular é essencial para o controle do crescimento e a regressão da infecção por CMV. O vírus impede a expressão de MHC classe 1 e interfere na expressão de MHC classe 2. → Pacientes com ATEROSCLEROSE: → Têm altos títulos de anticorpos para o CMV porque o vírus pode se replicar em células envolvidas no desenvolvimento da aterosclerose, como nas musculares lisas, nas → Transplante de órgãos → Sangue → Transplacentária – Infecção congênita → Retardo do crescimento intrauterino → Coriorretinite → Surdez neurossensorial → Hepatoesplenomegalia → Pneumonia → CONSEQUÊNCIA DA INFECÇÃO EM IMUNOCOMPETENTE PRIMÁRIA: → Assintomática > 90% Mononucleose infecciosa (sem anticorpos heterófilos) em 8%: → Febre prolongada → Hepatoesplenomegalia → Linfocitose – linfócitos atípicos → CONSEQUÊNCIA DA INFECÇÃO EM IMUNOCOMPROMETIDOS PRIMÁRIA OU REATIVAÇÃO OU REINFECÇÃO: → AIDS: → Infecção disseminada → Colite → Observar o tamanho das células → Célula em infecção congênita: → Célula citomegálica na retina: Essa lesão também é comum para outras herpes. paciente é suscetível (em caso de transplante de órgão, para evitar rejeição) → Resumo: Prevenção das vias de transmissão (sexual, transplantes de tecidos e transfusões). → Fomivirsen → Considerar tratamento CMV congênito sintomático no caso de doença em algum órgão ou no SNC, desde iniciando com menos de 21 de idade, uso de ganciclovir IV ou valganciclovir oral por 6 meses, neste caso é ideal tratar porque o Ganciclovir usado por 6 semanas previne a piora da audição naqueles com déficit auditivo basal (com 12 meses de acompanhamento) endoteliais e nos macrófagos → Pode aumentar a expressão de CAM-1 e aumentar a adesão de células inflamatórias ou aumentar a liberação de citocinas e quimiocinas, que também aumentam a atração das células inflamatórias. → Pode inibir a p53 (inibe a apoptose) → Nos monócitos, o CMV aumenta a expressão do receptor US28: Aumenta a adesão e migração de células inflamatórias. → Retinite → Pneumonia → Encefalite → Transplantados: • Pneumonia, hepatite • Alteração na função do órgão • Vasculopatia com rejeição do transplante → Outras doenças: • Glioma – sem comprovação • Carcinoma colorretal • Doenças vasculares • Rejeição vascular crônica pós transplante de órgão sólido • Reestenose após angioplastia • Aterosclerose → Imunohistoquímica: Técnica mais concreta. Utiliza a inclusão de anticorpos para a detecção dos antígenos/proteínas que formam o vírus. Esses antígenos são formados na fase pré-precoce e precoce no ciclo de infecção. → Formas amarronzadas com células são as infectadas em proteínas no pulmão. → Infecção latente: não detecta porque tem poucos AN ou poucas partículas virais → Diagnóstico laboratorial em infecção materna: → Screening por sorologia: → Pesquisa de anticorpos que são marcadores da infecção (IgG e IgM), quando ambos negativos nunca tiveram a infecção. → IgM negativo e IgG positivo: →Tem a infecção/pode ter tido e assim pode causar uma infecção congênita, deve ser acompanhada. → IgM positivo e IgG positivo: → Pode significar que teve ou está com infecção primária recente (pelo IgM) → Precisa saber se o IgM é de fato um marcador de infecção primária ou um falso positivo → Deve ser feito uma pesquisa de teste de avidez de anticorpo IgG, assim medindo a avidez de IgG, ou seja, a força com que se liga ao antígeno. Quanto mais tempo passa de uma forma primária de infecção, mais forte o anticorpo se ligará com a imunoglobulina (maior a avidez), significando uma infecção prévia. Entretanto, se há uma infecção primária há uma baixa avidez, ocorre em média de 18-20 semanas após a infecção e, assim, se dissociar comdeterminada solução facilmente. → Outra possibilidade para excluir a IgM de ser falsa é a modificação do método de sorologia de captura de IgM, aumentando a sensibilidade e tornando mais difícil uma detecção de IgM falsa. → IgM positiva e IgG negativa: → Sugere que há uma infecção primária, pode fazer o teste de captura para IgM para reduzir a possibilidade de falso negativo e também uma coleta de uma nova amostra de soro 3 semana depois, se a paciente apresentar IgG a infecção estava se desenvolvendo e é uma infecção primária, mas se o IgG continuar negativo provável que o IgM seja falso, porque 3 semanas depois o IgG já era para estar positivo. → Diagnóstico FETAL: Nem sempre a infecção materna indica infecção fetal, assim, o feto deve ser analisado: → Sangue de cordão umbilical: Pode detectar o vírus ou antígeno viral ou também análise de IgM após 20º semana porém apresenta uma sensibilidade limitada, assim mesmo com o teste negativo não pode-se indicar que nunca teve a infecção. → Fluído amniótico: Deve ser feito no período de 20-21 semanas de gestação ou após 7 semanas da infecção materna. Deve ser feito um isolamento do vírus em laboratório ou PCR (sensibilidade de 80%) . → DIAGNÓSTICO DO NEONATO: Deve ser feito o teste até 2 semanas após o nascimento da criança. → Urina ou saliva: Por isolamento ou PCR (mais comum) → Sangue PCR ou pesquisa de IgM (ELISA com sensibilidade de 70% e especificidade de 95%) → ANTIGENEMIA: procura por antígenos do vírus no sangue, feito em leucócito polimorfonuclear para indicar se há replicação ativa do vírus. Esse teste é importante para o monitoramento de infecção em pacientes imunossuprimidos e o monitoramento da eficácia do tratamento (redução da contagem das células positivas). Recomenda-se iniciar o tratamento quando: → O paciente que fez o transplante de órgão sólido e foi encontrado mais de 100 células positivas. → O paciente que fez transplante de medula óssea e encontra menos de 10 células positivas (qualquer contagem, porque a imunossupressão é mais intensa). → ENDOTELIEMIA: Mesmo fundamento da antigenemia porém agora em células endoteliais citomegálicas, indicado para: AIDS, Receptores de transplantes, Feto e Infecção congênita sintomática . → DNAemia: Contagem do DNA do vírus no sangue, comum de ser encontrado porque há grande circulação por monócitos. Como é um teste quantitativo apresenta maior valor preditivo para a doença. → DETECÇÃO VIREMIA: Detecta-se o vírus circulando no sangue, importante para a realização do monitoramento da eficácia do tratamento. Primeiro, faz a cultura de células premissa à replicação, pega a amostra do paciente, centrífuga, forçando a entrada na célula, e, como se replica lentamente, antes de detectar o vírus no shell vial, vai detectar os antígenos pré-precoces do vírus. Isso antecipa a detecção do vírus. Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Betaherpesvirinae Herpesvirus 6 HHV-6 → Vírus ubiquitário, alta soroprevalência na população mundial com o 6B mais frequente. 6A não causa a doença. → Envelopados; → DNA de fita dupla; → Capsídeo icosaédrico; → Resumo: HHV-6 infecta linfócitos, monócitos, células epiteliais e endoteliais. Ocorre replicação nas glândulas salivares, ou seja, o vírus está na saliva. Depois, as células em que o vírus está presente também se replicam e assumem aparência aumentada e refrátil, apresentando corpos de inclusão intranucleares e citoplasmáticas ocasionais. → Obs: Herpes 6 é o único que pode se integrar ao cromossomo, inclusive nas células germinativas. → Horizontal: → Saliva e demais secreções orais → Vertical: → Intra uterina → imunocompetentes: Assintomático ou doença febril, exantema súbito (roséola infantum: inicia com febre alta e depois surge exantema generalizado na pele) ou mononucleose infecciosa → Obs: O exantema surge apenas na infecção primária. → Imunossuprimidos: → Reativação – Maioria → Diagnóstico clínico baseado nos sinais e sintomas, achado de linfocitose, anticorpos heterófilos e antígenos virais → Teste sorológico: IgM contra VCA → Nenhuma medicação formalmente aprovada → Usa-se as drogas usadas para o CMV – ganciclovir, foscarnet, cidofovir, aciclovir. Tem-se observado uma redução da carga viral. → TROPISMO: → TCD4, TCD8, NK, macrófagos, CD → Fibroblastos → Células epiteliais → Células endoteliais → Oligodendrócitos → Micróglia → Células precursoras de medula → LATÊNCIA: → Linfócitos T → Monócitos (70-90%) → Células precursoras da medula óssea → INFECÇÃO CRÔNICA: → Glândulas salivares → Tecido cerebral → Risco – após transplante 30%-50% → Primária, secundária ou superinfecção → Doença febril com exantema → Mielossupressão → Encefalite (devido a seu tropismo pelo SNC) –. Pneumonite → Rejeição de tecido transplantado → Obs: HIV aumenta reativação Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Betaherpesvirinae Herpesvirus 7 HHV-7 → A infecção em regiões tropicais é mais precoce → Envelopados; → DNA de fita dupla; → Capsídeo icosaédrico; → Ubiquitário → Homologia com HHV 6 e CMV → Causa latência em linfócitos T INFECÇÃO PRIMÁRIA: é mais retardada (5 a 6 anos) → Transmitido pela saliva (principalmente) ou por sangue: eliminação intermitente. → Ele tem uma reativação frouxa, diferente dos Herpes 1, 2 e 3. → Assintomática → Doença febril indeterminada → Síndrome da mononucleose infecciosa –. Exantema súbito ou Roséola infantum: doença na qual o paciente apresenta uma febre alta e quando → Diagnóstico clínico baseado nos sintomas, achado de linfocitose, anticorpos heterófilos e antígenos virais. → Teste sorológico: IgM contra VCA → Alguns estudos mostram infecção exantemática em 71% em menor de 1 ano. ela abaixa, surge o exantema (erupção aguda e generalizada da pele). Ambos, 6 e 7 estão associados com essa doença. Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Gammaherpesvirinae HHV-4 Vírus Epstein-Barr → Soroprevalência na população mundial: 90% → Vírus presente na saliva de 15%-20% dos soropositivos → Está associado ao LINFOMA DE BURKITT: Pode ser endêmico ou esporádico (associado à imunodeficiência). Ambos têm associação com o genoma monoclonal, está no início da tumorigênese. → Envelopados; → DNA de fita dupla; → Capsídeo icosaédrico; → Patogênese do Linfoma de Burkitt: →1º: EBV infecta as células B → 2º: Expressa proteínas de fase de latência que induzem a transformação das células, levando à multiplicação intensa das células B → 3º: Produtos do vírus INIBEM a apoptose (processo que aconteceria para matar as células doentes) → 4º: Vírus aumenta a tumorigenicidade, levando ao Linfoma de Burkitt → Patogênese do EBV: → 1º: Vírus infecta células epiteliais → 2º: Faz replicação lítica – infecta células B (fase latente) → Saliva → Tecidos transplantados → Transfusão sanguínea → Além do linfoma de Burkitt o EBV também está associado com: → Carcinoma de nasofaringe → Linfoma não Hodgkin → Leucoplasia Pilosa Oral (AIDS, transplante) → Linfoma célula T (célula B → infecta célula T) → Doença linfoproliferativa associada à imunodeficiência → Câncer gástrico → Mononucleose infecciosa: → Período de incubação 4-7 semanas → Faringite → Pesquisa de anticorpos heterófilos → Teste de Paul Bunnell - Davidsohn → Os anticorpos vão reagir e aglutinar com antígenos que estão na superfície de eritrócitos de carneiro, cabra, cavalo e boi →Teste não específico → Falso negativos → Pesquisa de anticorpos específicos: → IF → IgG VCA ou IgG VCA → EIE • IgG VCA → IgG VCA → IgG EBNA → Aciclovir (inibe a replicação do DNA do vírus desde que ele esteja em fase de replicação ativo como em uma leucoplasia pilosa oral) → Imunoterapia → Transferência de células T citotóxicas para EBV, reconhecem os antígenos EBNA 3A, 3B e 3C. Assim precisam estar em latência de tipo 3 – doenças linfoproliferativas pós transplante→ Infecção promove imunidade para o restante da vida. → 3º: Produz proteínas de fase de latência → 4º: Induz a proliferação das células B – controlada pelas células T → 5º: Linfócito B se diferencia para plasmócito, permitindo a replicação viral → 6º: Produz mais partículas virais que infectam mais células B e células epiteliais → 7º: Eliminação do vírus e infecção de outros hospedeiros → Modelo de infecção e persistência → As proteínas da fase de latência induzem a proliferação de células B, que migram para o folículo linfóide (controle da expressão de proteínas), que garante a sobrevivência no centro germinativo. As células B de memória levam o vírus para a circulação sanguínea. → Linfadenopatia → Febre → Hepatoesplenomegalia → Trombocitopenia → Linfocitose com linfócitos atípicos (células de Downey) → Anticorpos heterófilos → IgM EBNA → IgG se mantém em títulos mais altos Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Gammaherpesvirinae HHV-8 Sarcoma de Kaposi → Soroprevalência variada no mundo (regiões onde não tem descrição outras com grande prevalência) → Brasil – região intermediária com alta prevalência nos ameríndios (41% e menores de 40 anos 65%). → 4 subtipos aqui (A, B, C e E). → Envelopados; → DNA de fita dupla; → Capsídeo icosaédrico; → Sequência da patogênese: → 1º: Células permissivas ao HIV (macrófagos, CD ou linfócitos T) a replicação viral leva a liberação proteínas virais, citocinas e fatores de crescimento → 2º: Agem na célula onde o vírus causa infecção latente (célula B) e levam à reativação dessas células → 3º: Vírus se replica, faz ciclo lítico, libera HHV 8 → 4º: Citocinas e fatores de crescimento são ativados e diferenciam as células progenitoras do sarcoma de Kaposi em células em forma de fuso, tornando-as permissivas à infecção pelo HVV8 → 5º: Ao ser infectada pelo HHV 8, a célula é estimulada de forma autócrina, levando à progressão do tumor e o desenvolvimento do sarcoma de Kaposi → Sexual: (sêmen – predominantemente homossexual) → Não sexual: (saliva – infância ou transplante) Assintomático Linfadenopatia transitória VARIANTES CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICAS DO SARCOMA DE KAPOSI: → Clássica ou Esporádica: Maior parte 90% em homens maiores que 60 anos (H:M = 10-13:1) Incidência maior em países do sudestes e do leste europeu → ENDÊMICA OU AFRICANA: Forma cutânea – em adultos entre 25 -50 anos em países Sub-Saara, até 17% dos neoplasmas em homens adultos e segundo câncer mais comum em mulheres Linfadenopatia em crianças bantas menores de 10 anos com morte em 2 anos → IATROGÊNICA OU RELACIONADA À IMUNOSSUPRESSÃO POR TRANSPLANTE: Cutânea ou visceral (45%) → LOCAL: → Crioterapia → Radioterapia → Lasers → Quimioterapia intralesional (vincristina/vimblastina) → SISTÊMICO: → Drogas antivirais (foscarnete, ganciclovir e cidofovir) → Drogas citostáticas e interferon alfa → EPIDÊMICA OU RELACIONADA À AIDS: TGI, pulmões, nódulos linfáticos Maior parte em homens homossexuais. SARCOMA DE KAPOSI: Células que expressam os Genes de fase lítica (VBD2 e VIL6)-> tem ação na célula antiapoptótica Células que expressam os Genes de latência (vCiclina – ativa cinase que fosforila proteína do retinoblastoma que libera fator de transcrição E2F e a célula entra em ciclo proliferativo, LANA – também faz o mesmo e também bloqueia a P53 para inibir a aopotose, vFLIP – produz nf KB que leva a bloqueio da apoptose.) Ambas favorecem a expansão do tumor Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento → Família: alphaherpesvirinae → Gênero: simplexvirus HSV-1 → 67% da população mundial é infectada → 50% das infecções acontecem antes dos 5 anos de idade → vírus ubiquitários e de prevalência maior em regiões de baixo nível socioeconômico; → Predomina em infecções da cintura para cima → 1. Herpes orofaríngeo; → 2. Encefalite herpética; → 3. Ceratite herpética; → 4. Doenças mucocutâneas (em pacientes imunossuprimidos); → Envelopados; → DNA de fita dupla; → Capsídeo icosaédrico; → Sequência da patogênese: 1º. Os vírus entram na mucosa íntegra ou na pele lesionada; 2º. Infectam e se replicam nas células epiteliais; a. Se fundem com a membrana citoplasmática celular e o capsídeo é transportado por proteínas do tegumento até o complexo de poro nuclear. A partir daí, ocorre o desnudamento e o DNA dupla fita viral entra no núcleo, onde determina a replicação e transcrição. b. Ao final do processo, ocorre lise celular com liberação de novas partículas infecciosas (portanto, é uma infecção lítica); c. Pode ocorrer a disseminação direta do vírus de célula para célula através da formação de um sincício celular. → Saliva e sexo oral (95% dos casos de herpes orofaringeo) → Principal causador de encefalite herpética no adulto (grave, com menor mortalidade) → Forma orofacial infantil: gengivoestomatite herpética → Forma orofacial do adulto: gengivoestomatite ou faringotonsilite → Infecção cutânea: eczema herpético ou herpes gladiatorum → Infecção ocular: ceratoconjuntivite bilateral e blefarite → infecção congênita → infecção neonatal → Pode ocorrer reativação → Exame citológico: observação de inclusões intranucleares eosinofílicas e sincícios celulares. Dá o diagnóstico presuntivo de amostras provenientes do cérvice uterino, da conjuntiva, da lesão corneana e da lesão cutânea do neonato. Tem a sensibilidade de 60-70%; → Imunoistoquímica com anticorpos específicos para herpes; → PCR; → Hibridização in situ. → Sorologia: pode ser solicitada para os seguintes grupos de pacientes: → Pacientes com sintomas suspeitos de herpes atípico; → Confirmação de herpes genital clássico; → Parceiro com herpes genital; → Gestantes sem lesão ou soronegativas com risco de ter → Quimioterapia antiviral: →Aciclovir (ACV): ▪ ○ Tópico: ACV 5% + hidrocortisona (é mais eficiente que usar somente um dos compostos); Uso tópico recomendado para herpes genital ○ Oral: ACV por mais de um mês (atua como profilático); → Valaciclovir; → Famciclovir; → Recorrência de herpes genital: → Tratamento episódico: dura 3-5 dias e trata somente o episódio da recorrência sintomático → Tratamento supressivo: suprime a reativação do vírus, ou seja, tratamos → 3º. Quando as novas partículas virais são liberadas para o meio, ocorre infecção das terminações nervosas; → 4º. O vírus então é internalizado pelas terminações e transportado retrogradamente até o corpo celular do neurônio, localizado no gânglio sensitivo; O gânglio sensitivo no qual o vírus irá residir depende do local de infecção primária. Se a infecção primária for oral, o vírus residirá no gânglio trigeminal. Se a infecção primária for genital, o vírus residirá nos gânglios sacrais; → 5º. O vírus então passa a residir no interior dos neurônios sensitivos eternamente em estado de latência (sem produção de partícula viral - VP16 não entra no núcleo do neurônio) → 6º. Alguns estímulos podem fazer com que o vírus saia de seu estado de latência (reativação), se replique, e infecte novamente a porta de entrada adquirido a infecção recentemente; → Obs.: a sorologia consegue discriminar a infecção pelo HSV-1 da infecção pelo HSV-2! antes que a recorrência aconteça. Essa forma de tratamento é feita para aqueles pacientes que apresentam muitas recorrências e que incomoda muito. Existem duas formas de tratamento supressivo: → Diário: dado para aqueles com >6 episódios de recorrência por ano e é feito com 400mg de ACV, 2x/dia durante 12 semanas; → Intermitente: tratamento supressivo para uma situação específica. Por exemplo: reduzir chances de contaminação neonatal em filhos de mulheres que vão entrar em trabalho de parto. por transmissão anterógrada; A lesão da reativação é mais circunscrita porque envolve uma menor carga viral; → Fatores que desencadeiam a reativação: Luz solar; Hipertermia; Hipotermia; Uso de esteroides; Menstruação; Trauma; Estresse. Família Doença Epidemiologia Estrutura viral PatogêneseTransmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento → Família: alphaherpesvirinae → Gênero: simplexvirus HSV-2 → 11% da população entre 17 – 49 anos é infectada → Ocorre de 15-25% em países desenvolvidos → Predomina em infecções da cintura para baixo 1. Herpes genital; 2. Mielite; → IGUAL HSV-1 → IGUAL HSV1 → Contato sexual (principal causador de herpes genital) → principal causador de encefalite herpética no recém nascido (grave com mortalidade alta) → Infecção genital: febre, lesões vesiculares e ulcerativas, linfadenopatia inguinal e mialgia → Infecção cutânea: eczema herpético ou herpes gladiatorum → Infecção ocular: ceratoconjuntivite bilateral e blefarite → infecção congênita → infecção neonatal → pode ocorrer reativação → IGUAL HSV 1 → IGUAL HSV 1 Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento Família: Herpesviridae Subfamília: Alphaherpesvirinae Gênero: Varicellovirus HSV-3 Varicela- Zoster VZV → Envelopados; → DNA de fita dupla; → Capsídeo icosaédrico; → Sequência da patogênese da infecção primária: → 1º: inoculação na mucosa respiratória → 2º: Infecção das células T e células dendríticas → 3º: Migração até nódulos linfáticos regionais, onde realiza a primeira replicação (viremia primária - 4 a 6 dias após o contato inicial) → 4º: Infecta fígado e baço, onde estabelece um ciclo replicativo, liberando uma carga viral maior na corrente sanguínea (viremia secundária) → 5º: Infecta células mononucleares fagocitárias e segue nelas até seus sítios de tropismo: pele e mucosas. → 6º: Infecta queratinócitos e neles vai se replicar até sair pelas vesículas cutâneas ou secreções do trato respiratório → Patogênese da reativação (Zoster): → Transmissão: sexo oral, contato com lesão ou fluido → VARICELA CONGÊNITA: poucos casos relatados, entretanto quando ocorre pode resultar em: → Retardo de crescimento → Microftalmia → Catarata → Coriorretinite → Surdez → Atrofia cortical cerebral → COMPLICAÇÕES DA INFECÇÃO PRIMÁRIA EM PESSOAS NORMAIS: → Pneumonite → Cerebelite → Sorologia; → PCR: • Mais sensível • Pode ser usado para LCR • Pode diferenciar cepa selvagem da vacina • Melhor método → IMUNIZAÇÃO PASSIVA: Profilaxia com AC → VZIG – IMUNOGLOBULINA DA VARICELA ZOSTER: → Adquirida no plasma de indivíduo que tiveram estado de convalescência do zoster e portanto apresentam altos títulos de anticorpos. → Indicada para: crianças imunossuprimidas (leucemia ou linfoma), neonatos com mães com varicela 5 dias antes ou 4 dias após parto, prematuros expostos (<28 semanas ou com menos de 1kg), gestantes não imunes com contato. → Inconvenientes: deve ser administrada até 96 horas pós parto; é um produto de sangue e há relatos de falha. → VACINA ATENUADA: Único vírus com vacina licenciada. Ela protege até 90% contra a doença e 95% contra a doença grave. Anteriormente administrada em 1 → TERAPIA ANTIVIRAL: → ACV e a pró droga – valaciclovir → Peniclovir e a pró droga famciclovir → Ganciclovir → Terapia indicada para imunossuprimidos com varicela ou zoster, pessoas saudáveis com pneumonia,casos de zoster oftálmico, de zoster em > 50 anos e exantema < 72 horas e para neonatos com infecção nas 3 primeiras semanas. → 1º: Aumento da replicação viral na célula satélite → 2º: Vírus passa para as células neuronais, se replicando até infectar muitos neurônios do gânglio → 3º: Vírus se replica de forma intensa no gânglio antes de chegar à pele → 4º: Vírus migra pelos neurônios relativos àquele gânglio infectado, até a faixa de pele correspondente à inervação deste gânglio sensitivo (dermátomo) → 5º: Anestesia e parestesia local associada à compressão motora devido ao aumento do volume ganglionar pelo infiltrado inflamatório → Obs: Gânglios torácicos são os mais afetados, mas também pode afetar os gânglios trigeminais e outros. → Encefalite → Meningite asséptica → Infecções secundárias (principalmente bacteriana por porta de acesso na lesão cutânea) → COMPLICAÇÕES DA INFECÇÃO EM PESSOAS IMUNOSSUPRIMIDAS: → Meningoencefalite → Pneumonite → Hepatite → Geralmente em crianças com leucemia e 20% de mortalidade. → REATIVAÇÃO: ocorre entre 15-30% da população, sendo mais frequentes em idosos. Seus fatores desencadeantes: → Terapia por radiação → Estresse → Imunossupressão → Transplantados dose, agora 2 doses. → PNI – vacina atenuada – tetraviral – 15 meses e reforça com 4 anos ou conforme recomendação médica: HIV/AIDS;Tratamento com imunossupressores (esteróides) > 2 sem; Qualquer câncer; Terapia com radiação. → OBS: não recomendada para gestantes. → A vacina é capaz de desenvolver resposta que controla uma possível reativação viral, e assim, não levará a sintomas por ter booster na resposta. Em pessoas mais velhas a resposta celular não é mais eficiente, dessa forma, pode-se usar a vacina acima de 50 anos. → ZOSTAVAX: prevenção para pacientes acima de 50 anos imunocompetentes. Ela é aplicada em dose única. → 50 % menor incidência de zoster e mais de 65% de → Leucemia → Uso de esteróides prolongado → Aids → Linfoma → Imunossuprimido - Pode envolver mais de um dermátomos em 20%, já que pode haver mais gânglio sendo reativado. → Fases da reativação: → Fase prodrômica – 2-3 semanas (dor, hipersensibilidade, intenso prurido) → Vesiculação (3-5 dias até 3 semanas) → Cicatrização (2 semana – 4 a 6 semanas) → Quanto mais idoso – maior a dor. → Complicações da reativação: Neuralgia pós herpética (dor), Encefalite, Doença oftálmica (conjuntivite, ceratite, uveíte, cegueira), Mielite e Fraqueza motora. diminuição de neuralgia pós herpética. → Não recomendada para: Terapia imunossupressora (quimio ou uso de corticosteróides em altas doses); Imunodeficiência primária ou adquirida; Leucemia ou linfoma e Tuberculose ativa não tratada. Família Doença Epidemiologia Estrutura viral Patogênese Transmissão Sintomas Diagnóstico Prevenção Tratamento → Família: Papilomaviridae → Gêneros: papiloma humanos (HPV) - 5 → Alphapapillomavirus → Betapapillomavirus → Gammapapillomavirus → Mupapillomavirus → Nupapillomavirus → Gêneros: Classificados conforme a similaridade da proteína L1 dos papilomavírus → Obs: Apenas alguns papilomavírus estão associados ao câncer, não todos! → Os gêneros são classificados de acordo com a similaridade da proteína L1 dos papilomavírus. → alfa-papilomavírus: infectam mucosas e cutâneas → beta-papilomavírus: em imunocompetentes pode ser inaparente, enquanto que em HPV → Câncer de colo de útero: → No mundo, 10% dos cânceres estão associados ao HPV → No Brasil, é o terceiro tumor mais frequente em mulheres (7,5%) e é a quarta causa de morte em mulheres (6,1%). → Câncer anal: → Incidência: 1/100000 → Estimativa: 35 novos casos/ano → Vulnerabilidade: → Soropositivos para HIV → HSH (homens que fazem sexo com homens) → Assistência limitada à saúde → Fatores de risco para o câncer cervical: → Infecção persistente por HPV → Atividade sexual precoce → Múltiplos parceiros sexuais → Vírus de DNA fita dupla circular → Sem envelope → Icosaédrico → Genoma pequeno, distribuído em duas regiões principais que codificam proteínas precoces (early, isto é, genes E1, E2, E3, E4, E5, E6 e E7) e genes tardios (late, isto é, genes L1 e L2) → Genes tardios: codificam as proteínas que constituem o capsídeo viral → Genes tardios: utilizados na vacina → Região promotora: Não é transcrita, é onde ocorre a replicação viral → Obs: Oncogenes E6 e E7 são os oncogenes que atuam na formação do câncer. → Sequência da patogênese: → 1º: Abertura favorece a entrada de partículas virais (traumatismo, abrasão, atrito durante o ato sexual) → 2º: Vírus infecta células da camada basal → 3º: Vírus entra na célula, se direciona para o núcleo, onde está o DNA, circulariza e fica presente na forma epissomal (epissomo) → 4º: Vírus expressa seus genes precoces e tardios → 5º: Superexpressão de genes, como o E6 e o E7 → 6º: A medida que as células vão se diferenciando no epitélio, aumenta-se a produção das partículasvirais nas camadas superiores da epiderme e ocorre a infecção produtiva. → 7º: A replicação celular de células infectadas faz com que seja replicado também o DNA viral, ou seja, ocorre uma expressão ordenada das proteínas virais. → Obs: O vírus não causa lise celular. → Via sexual: → Genital-genital → Manual-genital → Oral-genital → Genital-anal → Via não sexual: → Contato com superfícies e fômites contaminados → Vertical (mãe) – Neonato (ao nascer) – papilomatose respiratória → Obs: Não está presente em fluidos corporais, ou seja, não ocorre a transmissão por troca de fluidos. → As verrugas podem ser: → hr HPV (de alto risco – associados à câncer) → lr HPV (lesões benignas ou verrugas cutâneas) → Manifestações CUTÂNEAS: → Verruga comum: → Nódulos exofíticos → Múltiplos → Irregulares → Ásperos → Podem coalescer → Bem delimitados → Tamanho variável (1mm - 1cm de diâmetro) → Relacionados aos tipos de HPV 2,4 → Diagnóstico laboratorial: → Não específicos: → Método citológico e histológico (revelam alterações celulares indicativas de infecção por HPV) → Triagem → Acompanhamento de infecção comprovada → Colposcopia: Ácido acético 5%, por 3min-5min em lesões aceto-brancas → Citopatologia: → Esfregaço cervicovaginal: → Coilocitose, disceratose e anomalias nucleares → Classificação: Papanicolau (Classes I-V), Bethesda LSIL (Lesão escamosa intraepitelial de baixo grau) e HSIL (Lesão escamosa intraepitelial de alto grau). → Observar o tamanho diferenciado e a binucleação. Aspecto de células PREVENÇÃO PRIMÁRIA: → Vacina: Gardasil e Cervarix – baseada na proteína L1 (produz anticorpos neutralizantes da infecção). → Prevenção primária: Uso da vacina. → Prevenção secundária: Detectar e tratar precocemente as lesões pré-cancerosas. → Screening cervical (rastreio das lesões pré-cancerosas): A limitação é a baixa sensibilidade, por isso deve-se aumentar o número de vezes em que se faz o rastreio. O protocolo prevê exame anual, mas se houver 2 resultados negativos seguidos, o próximo → Não se trata o vírus, mas sim a lesão. → Varia conforme o caso, até porque muitas lesões cicatrizam com 2 anos espontaneamente, enquanto que lesões cancerosas surgem com 10 a 30 anos → Remoção com agentes físicos: Crioterapia, laser, eletrocauterização e excisão com alça diatérmica. → Remoção com agentes químicos: → Ácido tricloroacético 50% a 90% → Para verrugas externas em homens e mulheres, sem queratinização das lesões. → Para lesões da mucosa vaginal ou cervical → Podofilina 10% a 25% imunossuprimidos pode ocorrer epidermodisplasia verruciforme, levando a infecções persistentes que predispõe o câncer cutâneo → Existem mais de 200 tipos de papilomavírus e cada um tem diferente tropismo, alguns são mais associados a infecções cutâneas e outros a infecções de mucosa. → Obs: É um vírus altamente espécie-específico (sem que haja transmissão entre espécies diferentes) → Obs: Vírus com tropismo para apenas um tipo de tecido: epitelial → A maioria se resolve espontaneamente com 2 anos, mas 13 tipos que estão relacionados com a transmissão sexual causam câncer. → Infecções sexualmente transmissíveis → Uso prolongado de anticoncepcionais orais → Gestações precoces e múltiplas → Tabagismo → Sobrepeso → Uso de DIU → Histórico familiar de câncer cervical → Obs: O HPV pode estar envolvido com câncer na região da boca, orofaringe, vagina, ânus e pênis, e não apenas no câncer cervical. A descamação natural da epiderme, quando os queratinócitos se quebram, liberam o vírus no local. → As lesões, à medida que crescem, podem ser vistas e biopsiadas, com diagnóstico histopatológico. → Funções de cada gene e proteína: → Gene E2: Regula a expressão de E6 e E7, associados à tumorigenicidade do vírus. → Proteína E4: Importante para o rompimento da estrutura da queratina para que o epitélio favoreça a liberação viral. → Proteína E6: Promove a degradação da proteína p53, diminuindo a proteção do organismo contra células mutantes → Proteína E7: Interfere diretamente no ciclo celular. → Obs: No câncer provocado por HPV, a maioria ocorre na zona de transformação e adjacente ao → Verruga comum (florida ocupacional): → Associada a pescadores e manipuladores de carne → Relacionada ao HPV 7 → Verruga em face: → Lesões múltiplas infectadas pelo HPV 5. → Histopatologia: Confirma o diagnóstico de displasias ou neoplasias cervicais. → Condiloma → Displasia ou neoplasias cervicais → Obs: Há observação da proporção de células para se caracterizar a NIC: → Quando há células com aspecto da pode ser feito a cada 3 anos. → Papanicolau → Colposcopia → Citologia: Coleta de amostra para fazer esfregaço e coloração. → Coilocitose: Célula vacuolizada com núcleos na periferia → Discariose: Núcleo disforme endocérvice. → Fatores de persistência e progressão: → Tipo viral: HPV 16 > 51, 56, 59… → Resposta imunitária do hospedeiro: Escape viral da imunidade inata, supressão da resposta do interferon-1 por hr HPV, demora da ativação da resposta imunológica adaptativa, ausência de viremia, ausência de citólise ou morte celular, ausência de processo inflamatório e proteína L1 (principal proteína do capsídeo e alvo dos anticorpos neutralizantes). → Os fatores comportamentais como o fumo, a multiparidade e o uso de contraceptivos hormonais têm modesta influência. → Pequenas → Planas → Face, mãos e braços → Relacionados aos tipos HPV 3, HPV 10, HPV 28 → Verruga plana: → Múltiplas → Pequenas → Planas → Face, mãos e braços → Relacionadas ao HPV 3 e HPV 10 camada basal nas camadas suprabasais: → Até ⅓ epitélio – NIC1 → Até 2/3 do epitélio – NIC2 → Todo o epitélio – NIC3 → Conforme avançam os graus da NIC, menor é a probabilidade de haver regressão. → Obs: NIC = Neoplasia intraepitelial cervical dividido em duas partes ou mais. → Citologia versus Histologia: → Screening cervical (rastreio de lesões pré-câncer): Métodos moleculares: Se der positivo, faz-se a citologia. Se der negativo, aumenta o tempo de rastreio para 5 anos. → Limitação: Especificidade → Vantagem: Alta sensibilidade, ou seja, há muita segurança ao se receber um resultado negativo. → Marcadores moleculares específicos para detectar a probabilidade de avanço para uma lesão cancerígena: p16 ou Ki67. → Pode-se ainda analisar a carga → Verruga plantar: → Lesão usualmente única → Tamanho variável: 2 mm - 1 cm → Relacionada ao HPV 1 e HPV 63 → Epidermodisplasia verruciforme: → Semelhante à verruga plana → Cor marrom-avermelhada → Histopatologia: Alteração das células superficiais (citoplasma grande e vacuolizado). → Relacionado ao HPV 5 e HPV 8 → Diagnósticos específicos: → Microscopia eletrônica: Aspecto cristalino do HPV → Imunocitoquímica: Detecta antígenos do vírus, as células ficam marcadas. viral e avaliar a expressão de RNA das oncoproteínas E6 e E7. → A prevenção através do uso de preservativos não é eficaz, porque o HPV está presente em outros locais como a pele → Pacientes imunodeficientes ou que possuam a epidermodisplasia verruciforme com lesões cutâneas devem ter mínima exposição solar → “Homem-árvore”: infecção pelo HPV 5 e 8 associada à deficiência imunológica rara. Leva à mutação em 2 genes, causando depleção de linfócito T, que impede o controle da infecção. Não adianta remover as → Detecção de ácido nucleico: Hibridização in situ para detectar o DNA viral → Amplificação: → PCR → PCR em tempo real → Captura de híbridos (sondas de RNA complementares ao DNA dos principais tipos de HPV e detecção dos híbridos de RNA-DNA viral por anticorpos marcados). Serve para a verrugas porque continuam a crescer. → Verrugas recalcitrantes em pacientes imunossuprimidos: → Não há controle da replicação viral → Deveriam se curar naturalmente semi quantificação de DNA viral no espécime. → Detecção de ácido nucleico e tipagem: → Linear Array: PCR acoplada com hibridização em linha. Detecta e especifica o tipo de HPV da amostra. → Triagem por RFLP: Digestão com enzimas de restrição e o produto da amplificação é tratado com enzimas. → Tipagem por
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