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Relatório de Farmacognosia

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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU 
CURSO DE FARMÁCIA 
 
 
 
RELATÓRIO DAS AULAS PRÁTICAS DE FARMACOGNOSIA 
 
 
AMANDA DANIELLY BARROS PEREIRA (01381643) 
DANIEL ARAUJO OLIVEIRA (01355158) 
GIOVANA DE SOUSA COSTA (01362124) 
LAYSLA BARBOSA MEDEIROS (01384507) 
LUANA OLIVEIRA DE SOUSA (01320115) 
 
 
4º PERÍODO N.A 
 
 
 
Petrolina - PE 
2021
1 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA – Métodos de Extração (aula 1) 
 
 A farmacognosia é considerada uma das áreas mais antigas na medicina humana 
e, por definição, caracteriza-se como sendo o estudo das interações de substâncias de 
origem natural em organismos. O entendimento acerca da utilização de métodos de 
extração, análise e caracterização dos principais grupos de metabólitos secundários 
vegetais de interesse farmacêutico, são peças importantes no decorrer da disciplina. 
A escolha do método mais apropriado para cada situação depende de fatores 
variados, que incluem as particularidades da planta, o tempo de obtenção, custo-
benefício, entre outros. Os principais métodos de extração a quente em sistemas abertos, 
são a infusão, que de acordo com Simões et. al. (2016) é um processo simples e que 
corresponde a extração decorrente do contato direto do material vegetal com água 
fervente dentro de um recipiente coberto; e a decocção que ainda segundo Simões et. al. 
(2016) consiste na permanência do contato da matéria vegetal, por determinado período 
de tempo, com um líquido extrator em ebulição, sendo o mecanismo indicado para 
materiais duros, a exemplo das raízes, e contraindicado para substâncias sensíveis a 
ação da temperatura. No âmbito da preparação de extratos, são usais técnicas em que o 
solvente se encontra em contato estático com a droga (maceração) ou em contato 
dinâmico (percolação). (MARQUES, 2005). 
Outro processo que complementa a área da farmacognosia, do qual o seu 
produto tem se tornado cada vez mais usual entre a população, é a extração de óleos 
essenciais, que pode ocorrer por diferentes táticas. De acordo com Figueiredo et. al. 
(2014) os óleos essenciais compreendem a fração volátil obtida de partes de plantas 
através da destilação por arraste de vapor d’água dentre outros métodos, 
complementando com essa ideia Viana et. al. (2017) afirma que “os métodos de 
extração dos óleos essenciais são modificados conforme à sua localização na planta, 
bem como com a sua utilização final”. A técnica de destilação por arraste de vapor 
d’água é considerada a mais tradicional para a extração de óleo de plantas frescas, sendo 
o método mais utilizado nas indústrias por ser relativamente barato quando comparado 
com outros métodos mais tecnológicos (SILVA, 2018). 
 
 
 
2 
 
MATERIAIS E MÉTODO 
Materiais 
• Becker de 500 mL 
• Becker de 1000 mL 
• Bastão de vidro 
• Proveta 
• Erlenmeyer 
• Balão volumétrico 
• Funil de vidro 
• Almofariz com pistilo (“cadin”) 
• Papel de filtro ou algodão 
• Papel alumínio 
• Fita crepe 
• Água destilada 
• Metanol 
• Hexano 
• Clevenger 
• Matéria vegetal a ser obtido o extrato/óleo essencial 
• Balança de precisão 
• Agitador magnético 
• Manta aquecedora 
• Lanterna de luz UV 
Método 
1. Pegar 200 mL de água destilada com a proveta, transferir 100 mL para um 
Becker com carqueja e 100 mL para outro Becker com erva doce; 
2. Colocar Becker no agitador magnético com aquecimento (ou manta aquecedora), 
na sua potência máxima e esperar a água reduzir a 1/3, equivalente a uns 70 mL 
(processo de decocção); 
3. Enquanto espera a água reduzir: extração de óleo essencial de hortelã; 
3.1. Encher um Becker com folhas de hortelã; 
3.2. Pegar manta aquecedora e iniciar a montagem do Clevenger nela; 
3 
 
3.3. Colocar balão volumétrico na “base” (dentro da manta), com água até a sua 
metade; 
3.4. Encaixar a ampulheta (responsável por medir a quantidade de óleo 
extraído); 
3.5. Montar a outra parte onde vão as folhas e acrescentar a outra peça por cima, 
onde ficam as mangueiras de água; 
3.6. Ligar a manta e ligar a torneira com uma das mangueiras conectadas a ela 
(quanto mais quente, mais rápida a extração); 
3.7. Visualizar o óleo extraído no Clevenger com a ajuda de uma lanterna no de 
modo luz UV (na borda, onde é possível observar um pequeno líquido na 
cor neon, encontra-se a concentração pura do óleo essencial); 
4. (Retornando para a decocção) Retirar o Becker do agitador magnético com 
aquecimento. Sempre lembrar de usar as luvas de pano para manusear o Becker 
aquecido; 
5. Filtrar com a ajuda de um funil e um pedaço de algodão: molhar um pouco o 
algodão, com água destilada, para o tornar maleável e o moldar em volta do funil 
(isso só pode ser feito quando se trabalha com a própria água na mistura, de 
modo a evitar reações); 
6. Filtrar a mistura; 
7. Realizar a visualização dos Beckers, com carqueja e erva doce com a ajuda de 
uma lanterna com luz UV num comprimento de onda de 395 nm 
8. Próximo passo: pesar 2 g de folhas de boldo num Becker qualquer e macerar; 
9. Transferir para um Erlenmeyer; 
10. Despejar, com a ajuda de um funil, 10 mL de hexano à proveta; 
11. Transferir o hexano para o Erlenmeyer com boldo e homogeneizar; 
12. Vedar o Erlenmeyer com papel alumínio e identificar o recipiente; 
13. Repetir procedimento anterior (com as folhas de boldo), dessa vez, substituindo 
o hexano pelo metanol (10 mL); 
14. Caso tenha passado da medida (10 mL) desejada na proveta, importante não 
retornar a substância ao recipiente de origem, o ideal é que esse descarte seja 
feito no recipiente de descarte (sem rótulo); 
15. Aguardar uma semana para realizar uma leitura clara, utilizando lanterna UV. 
 
4 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 A erva doce e a carqueja passaram pelo processo decocção e ambas 
apresentaram cor amarela à luz normal, entretanto, a carqueja apresenta visibilidade 
límpida diferentemente da erva doce que é observada mais fosca. Ao serem expostas a 
luz UV no comprimento de onda de 395 nm, ambas mudaram a coloração para a cor 
verde, mantendo o padrão de visualização que é possível observar abaixo: 
 
Erva doce e carqueja exposta a iluminação normal. 
 
 
Carqueja exposta a luz Ultravioleta. 
 
5 
 
 
Carqueja e erva doce observadas em luz UV. 
 
Com essa reação visual foi possível perceber a presença de metabólitos 
secundários reagindo ao comprimento de onda em questão, provavelmente alcaloides. 
Contudo, apenas poderia ser confirmado de maneira efetiva através do uso de reagentes 
específicos. 
No processo de extração de óleo essencial de hortelã, foi obtido pelo método de 
destilação por arraste de vapor d’água pouco mais de 1 ml de produto. 
 
 
Extração de óleo essencial no Clevenger. 
6 
 
O extrato de boldo pulverizado juntamente com metanol foi deixado em 
processo de maceração para ser avaliado e determinado quanto a presença de 
metabólitos secundários após o período de uma semana. 
 
 
 
Adição de metanol na matéria vegetal pulverizada. 
 
CONCLUSÃO 
 O entendimento teórico, unido a execução prática, permite ao profissional se 
familiarizar com os procedimentos adequados durante a execução dos métodos de 
extração dos extratos vegetais e detecção de metabólitos secundários e na extração de 
óleos essenciais, para que no dia a dia, após a formação, o profissional farmacêutico 
esteja apto a realizar esta função caso deseje trabalhar nas áreas diretamente ligadas ao 
estudo e manipulação de drogas vegetais e dos medicamentos fitoterápicos obtidos a 
partir das mesmas. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
FIGUEIREDO, A. C. et al. Plantas aromáticas e medicinais - Óleos essenciais e 
voláteis. Revista da APH, v. 114, p. 378-382. 2014 
 
SILVA, Marcela Cristina. Óleos essenciais: caracterização, aplicações e métodos de 
extração. 2018. 
 
MARQUES, Luis Carlos. Preparação de extratos vegetais. Jornal Brasileiro de 
Fitomedicina, v. 3, n. 2, p. 74-76, 2005. 
 
SIMÕES, Cláudia Maria Oliveiraet al. Farmacognosia: do produto natural ao 
medicamento. Artmed Editora, 2016. 
VIANA, Thiago José Magalhães Silva et al. Métodos de Extração do Óleo Essencial de 
Lippia Origanoides Kunth. In: Congresso Internacional de Enfermagem. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA – Pesquisa e identificação de 
alcaloides (aula 2) 
 Os alcaloides são metabólitos secundários nitrogenados de diversidade estrutural 
vasta e complexa com significante ação farmacológica e participação na proteção da 
planta aos agentes externos, podendo ser encontrados nas flores, folhas, sementes e 
raízes de algumas espécies vegetais. Fumagali (2008) afirma: 
“O papel dos alcaloides nas defesas químicas das plantas é 
sustentado pela grande variedade de efeitos fisiológicos 
que estes exercem sobre os animais e também por suas 
atividades antimicrobianas. Vários alcaloides são tóxicos 
aos insetos e atuam como repelente para herbívoros.” 
Na classificação biossintética, os alcaloides podem ser denominados como 
verdadeiros, que são os que são derivados de aminoácidos e possuem um átomo de 
hidrogênio em anel heterocíclico, fazem parte dessa definição a emetina, escopolamina 
e morfina; os protoalcaloides são aminas simples nas quais seu átomo de nitrogênio não 
pertence a um anel heterocíclico, como a colchicina e a efedrina; e os pseudoalcalóides, 
compostos nitrogenados com ou sem anéis heterocíclicos que não são derivados de 
aminoácidos, a exemplo da coniina e da aconitina. Os mesmos podem também ser 
classificados pela botânica ou quimicamente pela função do seu sistema heterocíclico. 
Farmacologicamente, os alcaloides apresentam efeitos analgésicos, depressores 
ou estimuladores do sistema nervoso central, antiespasmódicos, anestésicos, 
antitumorais, antitussígenos, entre outros. Alguns produtos que contém essa categoria 
de metabólitos secundários são bastante conhecidos e consumidos na atualidade, 
encontrados na forma de bebidas e medicamentos, o que realça a necessidade do 
controle de qualidade, Valente et. al (2006) corrobora “devido ao grande interesse 
comercial dessas plantas, é fundamental o desenvolvimento de métodos analíticos que 
possam monitorar a qualidade do material vegetal e dos fitoterápicos derivados”, tendo 
em vista que usados de forma exagerada ou em sua apresentação ilegal, tais itens podem 
representar perigo em decorrência de suas propriedades, principalmente relacionadas ao 
SNC, sendo um exemplo claro desse perigo, a cocaína. 
 
9 
 
MATERIAIS E MÉTODO 
Materiais 
• Tubos de ensaios 
• Becker de 50 mL 
• Estante de tubos de ensaio 
• Bastões de vidro 
• Pipeta de Pasteur 
• Pêra 
• Pipeta graduada 
• Erlenmeyer 
• Fitas de pH 
• Balança de precisão 
• Espátula 
• Caneta permanente 
• Sal de cozinha (NaCl) 
• Reagentes (Mayer, Dragendorff) e Bouchardat/Wagner) 
• Capela de exaustão 
• Almofariz com pistilo (“cadin”) 
• Água destilada 
• Ácido clorídrico 
• Pulverizado de droga vegetal 
Método 
1. Pesar 2 g de carqueja (caule e casca) em um Becker; 
2. Transferir a carqueja para um almofariz com pistilo e macerar; 
3. Na capela de exaustão, preparar ácido clorídrico a 1% e transferir 20 mL do 
mesmo para o Erlenmeyer com a carqueja; 
4. Levar ao agitador magnético por 2 min; 
5. Conferir o nível de acidez; 
6. Preparar também uma solução com 2 mL de ácido clorídrico e 2 g de NaCl; 
10 
 
7. Distribuir a solução fervida com ácido clorídrico a 1% com a carqueja em 4 
tubos de ensaio e identificá-los com as iniciais B (branco), M (Mayer), D 
(Dragendorff), W (Bouchardat/Wagner); 
8. Fazer o mesmo com a solução de ácido clorídrico + NaCl; 
9. Gotejar os reagentes em seus respectivos tubos; 
10. Gotejar uma vez e misturar, caso não precipite, gotejar novamente. Uma terceira 
gota não é necessária, pois, a não resposta na segunda já significa que não irá 
precipitar. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 Para que fosse identificado a presença de alcaloides no caule e na casca da 
Carqueja, com a utilização dos reagentes, deveria ter sido possível observar precipitação 
e coloração azulada, o que não ocorreu, como pode ser observado na imagem abaixo. 
 
Tubos de ensaio após a adição dos reagentes. 
 
Tal fato ocorreu, provavelmente, por variações como temperatura, idade da 
planta, herbivoria, ataque de patógeno, entre outros fatores que podem influenciar o teor 
de metabólitos secundários de uma espécie vegetal. 
11 
 
REFERÊNCIAS 
FUMAGALI, Elisângela et al. Produção de metabólitos secundários em cultura de 
células e tecidos de plantas: O exemplo dos gêneros Tabernaemontana e 
Aspidosperma. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 18, p. 627-641, 2008. 
 
VALENTE, Ligia MM et al. Desenvolvimento e aplicação de metodologia por 
cromatografia em camada delgada para determinação do perfil de alcalóides oxindólicos 
pentacíclicos nas espécies sul-americanas do gênero Uncaria. Revista Brasileira de 
Farmacognosia, v. 16, p. 216-223, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA – Pesquisa e Caracterização de 
Cumarinas (aula 3) 
 Em 1820 houve o primeiro isolamento de cumarina, descoberto por Vogel de 
Munique e isolado a partir de feijões tonka, provindo de árvores tonka, localizado na 
Guiana e também na região amazônica. Inicialmente, Vogel não tinha ideia que era uma 
cumarina, pois, ele constatava aquele composto como ácido benzoico, dividindo a 
descoberta com outro estudioso no mesmo ano, Nicholas Guibourt (diferenciando 
apenas que Nicholas já tinha ciência de que aquele composto não era um ácido 
benzoico). 
 A cumarina é um heterocíclico orgânico bastante estudado desde a sua 
descoberta, hoje descobertas mais de mil e trezentas moléculas pertencentes a essa 
classe, dividida numa vasta quantidade de plantas e partes das mesmas por diferentes 
regiões do globo terrestre. Sua importância aromática vem sendo utilizada em larga 
escala na indústria alimentícia e cosméticos por seu aroma adocicado, se assemelhando 
a baunilha, encontrado o uso atualmente até mesmo em bebidas alcoólicas -mesmo que 
tenha diversas restrições de uso pela sua hepatotoxicidade e carcinogenicidade, 
evidenciado em diversos estudos-. 
 O uso farmacoterapêutico das cumarinas se tornou um grande alvo de estudos 
por seu poder antioxidante, atividade anti-inflamatória, antimicrobiana, anticoagulante e 
adjuvante na terapêutica do cancro, entre outras. Todas essas funções biológicas no 
organismo são explicadas por sua facilidade de exercer interações não covalentes com 
estruturas proteicas e também por serem moléculas de uma ótima farmacocinética, onde 
estudos comprovam que temos um efeito rápido no organismo humano. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
MATERIAIS E MÉTODO 
Materiais: 
• Erlenmeyer 
• Pipeta de Pasteur 
• Hidróxido de potássio ou de sódio 
• Metanol 
• Papel de filtro 
• Umburana de cheiro 
• Vidro de relógio 
• Agitador magnético 
• Luz ultravioleta 
Método 
1. Aquecer em agitador magnético, durante cerca de 10 min, 2 gramas de umburana 
de cheiro no Erlenmeyer com vidro de relógio, o que sublima são as cumarinas; 
2. Dissolver o sublimado obtido com 1,5 ml de metanol; 
3. Lançar três gotas, concentrando-se em diferentes pontos em uma folha de papel 
filtro junto com uma gota de solução alcoólica de hidróxido de potássio ou sódio 
10% e secá-la; 
4. Em seguida fazer a observação. Se tiver cumarinas, fica fluorescente e é 
identificado a 395 nm em luz ultravioleta. 
 
 
 
 
14 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Observou-se a presença de cumarinas, visto que na luz ultravioleta o sublimado 
se apresentou fluorescente. Não foi observado nenhuma alteração significativa que 
demonstrasse algum tipo de erro durante a extração, constituiu-se assim a prática em um 
sucesso. 
 
 
Filtros apresentando reação da presença de cumarinas. 
 
CONCLUSÃO 
O objetivo foi alcançado visto que foipossível observar e praticar a extração de 
cumarinas por meio do aquecimento, uso de metanol e observação com hidróxido de 
sódio e a luz ultravioleta. Certamente, constituiu-se uma explicação satisfatória e de 
bom proveito que contribuirá para a formação e posteriormente vida profissional dos 
discentes. 
 
 
 
 
15 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
FRANCO, Daiana P. et al. A IMPORTÂNCIA DAS CUMARINAS PARA A 
QUÍMICA MEDICINAL E O DESENVOLVIMENTO DE COMPOSTOS 
BIOATIVOS NOS ÚLTIMOS ANOS. Química Nova, v. 44, p. 180-197, 2021. 
Disponível em: 
<https://www.scielo.br/j/qn/a/NdnnhHYx8b8tJFSFYXms6nM/?lang=pt>. Acesso em: 
29/11/2021 
 
DIAS, Ana Rita da Silva Vargas Guerreiro. Cumarinas: origem, distribuição e efeitos 
tóxicos. 2015. Tese de Doutorado. Disponível em: 
<https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11324/1/Dias%2c%20Ana%20Rita%20da
%20Silva%20Vargas%20Guerreiro.pdf>. Acesso em: 
29/11/2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.scielo.br/j/qn/a/NdnnhHYx8b8tJFSFYXms6nM/?lang=pt
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11324/1/Dias%2C%20Ana%20Rita%20da%20Silva%20Vargas%20Guerreiro.pdf
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11324/1/Dias%2C%20Ana%20Rita%20da%20Silva%20Vargas%20Guerreiro.pdf
16 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA – Pesquisa de flavonóides (aula 4) 
Flavonóide, um termo derivado do latim “flavus”, que basicamente significa 
amarelo, por muito tempo considerado apenas como pigmentos das flores. Ainda em 
seu período inicial de descobertas sobre esse composto bioativo, especificamente em 
1930, um fisiologista húngaro Albert von Szent-Györgyi Nagyrápolt isolou uma 
substância da laranja, que denominou “vitamina p”. Com o passar do tempo e com mais 
estudos, identificou que seria um flavonóide, o que lhe rendeu, logo após, um prêmio 
nobel. 
Em dias atuais, nos deparamos com incontáveis utilidades para esse grupo tão 
vasto, tal grupo que mesmo isolado, conta com mais de oito mil substâncias 
pertencentes, dispersas pela natureza. Além das funções protetoras e pigmentares das 
plantas, temos também as funções farmacológicas para nós humanos, dentre elas: 
antioxidante, antiviral, antitumoral, anti-inflamatório e hormonal. 
 Os flavonóides estão divididos em classes, cada uma delas divididas entre 
coloração e tipo de planta ou alimento, sendo as principais: flavonas, flavonois, 
flavanonas, isoflavonoides, antocianidinas e flavanas. 
Devemos dar destaque a função farmacológica de antioxidação dos flavonóides, 
seu ponto mais forte, que conta com a quercetina, um excelente sequestrador de 
espécies reativas de oxigênio, o que a torna uma das melhores subclasses de flavonóides 
com função antioxidante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
MATERIAIS E MÉTODO 
Materiais 
• Funil de vidro 
• Algodão 
• Erlenmeyer 
• Pêra 
• Pipeta graduada 
• Almofariz com pistilo 
• Álcool etílico 
• Clorofórmio 
• Magnésio em pó 
• Ácido clorídrico 
• Drogas vegetais: marcela e ipê roxo 
• Tubo agitador 
• Agitador magnético 
Método 
1. Extrair flavonoide do ipê roxo com 5 gramas dele e 100 ml de álcool em turbo 
extração dentro de um balão volumétrico, fazer o mesmo com a marcela; 
2. Enquanto isso, começar a macerar magnésio para usar como catalisador 
posteriormente na observação; 
3. Filtrar com algodão o que foi extraído da turbo-extração do ipê e da marcela com 
um algodão em um Erlenmeyer; 
4. Depois, colocar para ferver o que foi filtrado de ambas no agitador magnético em 
potência máxima, até evaporar o álcool e ficar transparente; 
18 
 
5. Depois colocar 1 ml de álcool e 0,5 ml de clorofórmio para não ter influência da 
clorofila; 
6. Colocar o magnésio macerado e 3 a 4 gotas de ácido clorídrico, fazer isso dentro 
da capela; 
7. Após isso, se na hora de observar, ficar amarelo ou vermelho, é flavona. Será 
flavonol ou dihidroflavonol se muito vermelho. Se vermelho a violeta, é flavanona. 
De vermelho para rosa, são derivados de anticionina. Por fim, se sem cor, serão 
chalconas ou isoflavonas. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
O ipê roxo, depois das gotas de ácido clorídrico, ficou entre vermelho e rosa, 
portanto tinha sim flavonoides. Neste caso, derivados antociânicos. A marcela se 
mostrou entre vermelho e amarelo, estando presente, portanto, flavonas. Não foi 
observado nenhuma alteração significativa que demonstrasse algum tipo de erro durante 
a extração dos flavonoides, constituiu-se assim, a prática, em um sucesso. 
 
 Ipê roxo com derivados antociânicos Marcela com flavonas detectadas. 
 detectados. 
 
19 
 
CONCLUSÃO 
O objetivo foi alcançado visto que foi possível observar e praticar a extração de 
flavonoides, com técnica de turbo extração, maceração de magnésio como meio de 
catalisar a reação de observação, a fim de saber se havia mesmo flavonoides, e a 
retirada de clorofilas com o clorofórmio para não interagir e atrapalhar a ação do ácido 
clorídrico. Certamente, constituiu-se uma explicação satisfatória e de bom proveito que 
contribuirá para a formação e posteriormente vida profissional dos discentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Essentia Pharma; O que são flavonoides, para que servem e onde encontrá-los?; 
Disponível em: <https://essentia.com.br/conteudos/flavonoides/>. Acesso em: 
27/11/2021. 
Zanoti Fonseca, Matos dos Prazeres, Batista de Lima, Pereira dos Santos, Santos 
Pamponet; Perguntas mais frequentes sobre flavonóides; Disponível em; 
<https://www2.ufrb.edu.br/ead/images/Livro_Perguntas_mais_frequentes_sobre_Flavon
oides_ISBN.pdf>. Acesso em: 27/11/2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://essentia.com.br/conteudos/flavonoides/
https://www2.ufrb.edu.br/ead/images/Livro_Perguntas_mais_frequentes_sobre_Flavonoides_ISBN.pdf
https://www2.ufrb.edu.br/ead/images/Livro_Perguntas_mais_frequentes_sobre_Flavonoides_ISBN.pdf
21 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA – Pesquisa de Taninos (aula 5) 
A palavra tanino é largamente usada, particularmente em literatura botânica, 
originalmente derivada do termo "tanante", implicando que o material vegetal produza 
couro a partir de peles. Eles são compostos fenólicos de grande interesse ecológico e 
econômico, são também metabólitos secundários e apresentam solubilidade em água, 
porém, possuem a habilidade de formar complexos insolúveis em água com proteínas, 
gelatinas e alcalóides. Vale ressaltar também que pesquisas evidenciaram a importante 
ação contra determinados microrganismos -agentes carcinogênicos e causadores de 
toxicidade hepática- que os taninos proporcionam. Portanto, a ingestão de chá verde e 
de dietas ricas em frutas que contêm taninos tem sido associada com atividade 
anticarcinogênica. Além disso, podem agir como antiinflamatórios e cicatrizantes, e até 
como inibidores de transcriptase reversa em HIV. Como esse mecanismo provoca o 
ressecamento bucal, ele é favorável para a produção de bebidas secas, como vinho. 
Neste caso, os taninos agem como um antioxidante natural, que junto com outros fatores 
como álcool, corpo e acidez, é fundamental para dar estrutura e longevidade ao vinho. 
Além disso, esses metabólitos não possuem um sabor específico, mas, geram uma 
sensação de secura, o que provoca a amargura no sabor, detectada pela gengiva e pela 
língua. 
A maioria dos compostos fenólicos não são encontrados no estado livre na 
natureza, mas sob forma de ésteres ou de heterosídeos. Por ser uma característica dos 
taninos, eles são muito reativos quimicamente, formam pontes de hidrogênio, intra e 
intermoleculares. Segundo a estrutura química desse composto, eles são classificados 
em dois grupos: hidrolisáveis e condensados. Sendo o primeiro, consistente de ésteres 
de ácidos gálicos e ácidos elágicos glicosilados -muito mais freqüentes que os gálicos-, 
formados a partir do chiquimato, onde os grupos hidroxila do açúcar são esterificados 
com os ácidos fenólicos.As aplicações de drogas com taninos estão relacionadas, principalmente, com 
suas propriedades adstringentes. Internamente, exercem efeito antidiarréico e anti-
séptico. Em adesão, externamente, impermeabilizam as camadas mais expostas da pele 
e mucosas, protegendo assim as camadas subjacentes -o processo curativo ocorre 
naturalmente-. Possui também efeitos antimicrobiano e antifúngico através da 
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precipitação de proteínas. Ademais, os taninos são hemostáticos e, como precipitam 
alcalóides, podem servir de antídoto em casos de intoxicações. 
Inclusos nesse metabolismo, os taninos mostram-se extremamente promissores e 
podem ser estudados através de técnicas quantitativas relativamente fáceis e de baixo 
custo. 
 
MATERIAIS E MÉTODO 
Materiais 
• Becker de 500 mL 
• Becker de 250 mL 
• Erlenmeyer 
• Proveta 
• Tubos de Ensaio 
• Funil de vidro 
• Pipeta de Pasteur 
• Espátula 
• Algodão 
• Água destilada 
• Banho-Maria 
• Estante de tubos de ensaio 
• Ácido clorídrico a 10% 
• Metanol a 1% 
• Cloreto Férrico FeCl3 
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• Ácido acético a 10% 
• Acetato de chumbo 
• Folha de mangueira 
• Gelatina sem sabor e sem açúcar 
• Balança de precisão 
• Caneta permanente 
• Liquidificador 
Método 
1. Pesar 15 g de folha de mangueira em um Becker; 
2. Adicionar 250 mL de água destilada; 
3. Triturar a mistura no liquidificador; 
4. Retornar a mistura triturada para o Becker e levar ao agitador magnético; 
5. Aguardar ferver para começar a cronometrar 15 min; 
6. Em outro Becker, pesar 0,2 g de pó de gelatina sem sabor e sem açúcar e 
adicionar 10 mL de água destilada; 
7. Levar a banho-maria por 1 min; 
8. Filtrar a mistura de folha de mangueira triturada em um Erlenmeyer usando um 
funil de vidro e algodão; 
9. Separar 2 mL do líquido filtrado em 4 tubos de ensaio; 
10. Identificar os tubos em 1, 2, 3 e 4 (branco); 
11. Adicionar 2 gotas de ácido clorídrico a 10% e a solução de gelatina gota a gota, 
no tubo 1; 
12. Observar se há presença de turvação; 
13. Em seguida, adicionar 10 ml de água destilada e 2-4 gotas da solução de FeCl3 a 
1% em metanol, no tubo 2; 
14. Observar se há precipitação e sua coloração; 
15. No tubo 3, adicionar 10 ml da solução de ácido acético a 10 % e 5 ml da solução 
de acetato de chumbo a 10%; 
16. Observar se há precipitação esbranquiçada; 
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RESULTADOS E DISCUSSÃO 
As reações obtidas a partir da decocção da folha da manga nos tubos 1, 2 e 3 
foram positivas para taninos. No tubo 1, existiu presença de precipitado. No tubo 2, com 
a adição do preparo de Cloreto Férrico, notou-se que a mistura possuía uma tonalidade 
azul fechada, positivando assim, a presença de taninos hidrolisáveis ou gálicos. No tubo 
3, a adição do preparo de Acetato de Chumbo formou um precipitado esbranquiçado, ou 
seja, nele havia a presença de taninos hidrolisáveis. A relação da teoria com a prática é 
muito evidente, nessa aula, por exemplo, foi notada uma certa dificuldade por parte dos 
discentes, quanto a identificação das tonalidades e precipitações demandadas pelo 
ensino teórico, tendo em vista que a tonalidade azulada se apresentou mais escura. 
 
Tubos de ensaio com os resultados obtidos para taninos. 
CONCLUSÃO 
O objetivo foi alcançado visto que pudemos observar e praticar a extração de 
taninos, conhecer a sua ligação com flavonoides, entender como se configura a 
visualização dos taninos por precipitação e saber que cada tipo de substancia química 
adicionada demonstra uma classe diferente. Certamente, constituiu-se uma explicação 
satisfatória e de bom proveito que contribuirá para a formação e posteriormente vida 
profissional dos discentes. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
Qual a função dos taninos? Descubra!; Disponível em: 
<https://www.wine.com.br/winepedia/curiosidades/qual-a-funcao-dos-taninos-
descubra/>. Acesso em: 01/12/2021. Publicado em maio de 2019. 
 
Monteiro, Albuquerque, Araújo e Amorim. Taninos: uma abordagem da química à 
ecologia Tannis: from chemistry to ecology.; Disponível em 
<https://www.scielo.br/j/qn/a/YJDjDfvLBpkkbFXML3GPjdt/?lang=pt&format=html>. 
Acesso em: 01/12/2021. Publicado em outubro de 2005.

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