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Avaliação cardíaca Laboratoriais II

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1 Wilsa Costa – 2º Período – Medicina – Habilidades Laboratoriais I 
 Proporcionar ao aluno conhecimentos sobre a 
importância da detecção e avaliação das 
alterações cardíacas. 
 Marcadores de lesão miocárdica 
 Marcadores de risco coronariano 
 Marcadores de insuficiência cardíaca 
o A doença mais importante que afeta o coração é 
a Doença Cardíaca Coronariana (DCC), que pode 
levar à obstrução aguda do fluxo sanguíneo 
coronariano conhecida como Síndrome 
Coronariana Aguda (SCA). A SCA com necrose 
franca de qualquer magnitude é conhecida como 
Infarto do Miocárdio (IM). 
o Os principais exames para diagnóstico da SCA são 
o Eletrocardiograma (ECG) e Determinações 
Laboratoriais de Marcadores Cardíacos. 
Marcadores cardíacos são proteínas liberadas na 
circulação pelo músculo cardíaco lesado. 
Atualmente, o marcador cardíaco mais 
importante é a Troponina Cardíaca (cTn), a qual 
deriva somente do músculo cardíaco. 
o O laboratório clínico também mensura fatores de 
risco associados ao desenvolvimento e à progressão 
da DCC. Os marcadores laboratoriais importantes 
incluem: 
a) as dosagens de lipídeos (colesterol, 
triglicerídeos e frações lipoproteicas 
específicas, homocisteína e proteína C 
reativa. A homocisteína é um aminoácido que 
exacerba a trombose. A proteína C reativa é 
um marcador inflamatório que parece 
refletir a gravidade da doença coronariana 
e que pode contribuir para a sua patogênese. 
o A admissão em serviço de urgência de enfermo 
com suspeita de Síndrome Coronariana Aguda 
(SCA) requer não só a realização da entrevista 
médica e do exame físico, mas também de exames 
complementares que visam estabelecer de forma 
rápida e efetiva a suspeita diagnóstica inicial e 
determinar os passos terapêuticos a serem 
instituídos e que incluem eletrocardiograma 
(ECG), exames bioquímicos e por imagem. 
o Número crescente de biomarcadores tem sido 
usado para auxiliar no diagnóstico do infarto 
agudo do miocárdio (IAM), estratificação de risco 
dos pacientes e predição de eventos após a 
síndrome coronariana aguda (SCA). Alguns desses 
biomarcadores são amplamente usados na prática 
clínica, outros ainda não apresentam evidências 
científicas que sustentem seu uso clínico. 
o As troponinas T e I (na admissão e 6-9h após 
injúria) seguidas pela CK-MB massa são os 
biomarcadores sugeridos para avaliação de lesão 
miocárdica. 
o O hs-TnI e hs-TnT são muito sensíveis nos estágios 
precoces 
o CK-MB massa tem sido útil para diagnóstico de 
reinfarto, pelo seu curto período de meia-vida. 
o Todos os demais biomarcadores estudados, seja na 
inclusão ou exclusão de hipóteses, foram 
importantes para o diagnóstico e/ou prognóstico 
do IAM. Entretanto, ainda são necessários novos 
estudos para confirmar os dados presentes. 
o Os exames bioquímicos podem ser agrupados, 
segundo os seus significados clínicos e/ou pelos 
processos físico-químicos responsáveis por suas 
elevações sistêmicas, nos seguintes marcadores de: 
a) lesão miocárdica, como 
troponina, creatinoquinase fração MB 
(CK-Mb), mioglobina e proteína de 
ligação de ácidos graxos tipo cardíaca 
(H-FABP) 
b) estresse biomecânico: como o peptídeo 
natriurético tipo B (BNP) e seu 
fragmento N-terminal inativo (NT-
proBNP), o peptídeo natriurético 
atrial (ANP), a copeptin, o fator-15 de 
diferenciação e crescimento (GDF-15), 
a proteína receptora da interleucina-
1 (ST2) e a cardiotrofina; 
o mensurações de proteínas específicas dos miócitos 
cardíacos indicam lesão recente do músculo 
cardíaco. Esses exames são utilizados 
principalmente para o diagnóstico e tratamento 
de eventos isquêmicos (Síndromes Coronárias 
Agudas) 
o mensurações de substâncias que lesam as artérias 
coronárias ou que pelo menos têm uma associação 
comprovada com a doença coronariana são 
utilizadas para avaliar o risco e selecionar 
medidas preventivas adequadas. 
INTRODUÇÃO: 
OBJETIVO GERAL: 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
 
2 Wilsa Costa – 2º Período – Medicina – Habilidades Laboratoriais I 
o Os fatores de risco laboratoriais mais importantes 
são os lipídeos. 
o Entre as muitas outras substâncias que poderiam 
ser discutidas, centraremos a atenção em duas: 
homocisteína e proteína C reativa; 
o mais recentemente, a mensuração de peptídeos 
natriuréticos liberados pelo miocárdio tem sido 
utilizada no diagnóstico e tratamento da 
insuficiência cardíaca congestiva 
 
o A troponina é um complexo de três proteínas, das 
quais duas são adequadas como marcadores 
cardíacos específicos: cTnI e cTnT. Essas duas 
proteínas possuem propriedades diferentes, mas 
suas aplicações clínicas são similares. 
Clinicamente, o IM é atualmente definido como 
uma SCA que causa liberação de troponina 
o Após um IM, decorre um período de algumas 
poucas horas antes que a cTn seja detectada. O 
seu pico ocorre em aproximadamente 24 horas e, 
a seguir, diminui ao longo de vários dias. 
o A mioglobina é um marcador que aparece na 
circulação mais rapidamente que a cTn, mas ela 
também está presente no músculo esquelético. 
o Após um IM, decorre um período de algumas 
poucas horas antes que a cTn seja detectada. O 
seu pico ocorre em aproximadamente 24 horas e, 
a seguir, diminui ao longo de vários dias. A 
mioglobina é um marcador que aparece na 
circulação mais rapidamente que a cTn, mas ela 
também está presente no músculo esquelético. 
o A troponina é uma proteína muscular que, 
juntamente com a tropomiosina, regula a 
interação entre a actina e miosina no processo de 
contração muscular. Há três polipeptídios de 
troponina, os quais se ligam à tropomiosina (TnT), 
à actina (TnI) e ao cálcio (TnC). 
o A TnT e a TnI foram descritas como 
biomarcadores para IAM pela sua especificidade 
cardíaca, diferente da TnC, que possui sequência 
de aminoácidos compartilhada com sua isoforma 
esquelética, responsável pela ausência de valor 
diagnóstico para lesões miocárdicas. 
o Após a lesão do cardiomiócito, baixa porcentagem 
de troponina livre no citoplasma é liberada na 
circulação, seguida por aumento gradual 
correspondente à dispersão de troponina ligada a 
complexos 
o Em necrose transmural, isso acontece após duas a 
quatro horas do início da injúria, atingindo o pico 
sistêmico por volta de 12 horas e permanecendo 
elevada por até 4-7 dias para TnI e 10-14 dias 
para TnT. 
o A concentração sistêmica de troponina pode 
ainda variar segundo a circulação colateral, 
obstrução coronária intermitente, amplitude da 
lesão e sensibilidade dos cardiomiócitos. 
o Sua utilidade na detecção de lesão miocárdica 
recorrente é limitada, porque os seus níveis 
permanecem elevados por período prolongado 
o A Sociedade Brasileira de Cardiologia preconiza 
que no processo investigativo de IAM devem ser 
usados pelo menos dois marcadores: um precoce 
(mioglobina e CK-MB) e outro tardio definitivo 
(incluindo a CK-MB e as troponinas) 
o As troponinas são consideradas o padrão-ouro, 
devendo-se considerar que elas podem se elevar 
diante de pequenos (micro) infartos, mesmo em 
ausência de elevação da CK-MB 
o É preciso considerar que a troponina miocárdica 
pode ser também liberada em diversas situações 
clínicas, como miocardites, cardioversão elétrica, 
trauma cardíaco, miosites, sepses, embolia 
pulmonar e insuficiência renal. 
o Ao contrário de outros marcadores cardíacos, a 
cTnT e a cTnI estão quase ausentes no soro 
normal. É raro a cTn ultrapassar 0,1 ng/mL em 
indivíduos saudáveis 
o Muitos pacientes com sintomas isquêmicos podem 
apresentar um ECG negativo ou ambíguo e exames 
negativos de marcadores mais antigos (p. ex., CK-
MB), mas com elevação evidente (embora 
frequentemente discreta) da cTn 
o A CK-total é enzima reguladora da produção e uso 
do fosfato de alta energia nos tecidos contráteis; 
o É composta de subunidades B (brain) e M (muscle) 
que se combinam formando a CK-MM (muscular), 
CK-BB (cerebral) e CK-MB (miocárdica); 
o A especificidade da CK-total é baixa para lesões 
do músculo cardíaco, diferente da CK-MB, que é 
encontrada predominantementeno músculo 
cardíaco; 
TROPONINA: 
CREATINOQUINASE (CK): 
 
3 Wilsa Costa – 2º Período – Medicina – Habilidades Laboratoriais I 
o Enquanto na dosagem de CK-MB determina-se a 
atividade enzimática, o teste de CK-MB massa 
detecta sua concentração, independentemente de 
sua atividade, incluindo enzimas ativas e inativas, 
o que torna o teste de CK-MB massa mais sensível 
e confiável que os testes de CK-MB atividade; 
o A CK-MB atividade aumenta dentro de 4-6 horas 
após a ocorrência do infarto, com pico em torno 
de 18 horas e retornando ao normal após 48 
horas; 
o A CK-MB atividade possui sensibilidade 
diagnóstica de 93 a 100% após 12 horas do início 
da sintomatologia, porém é pouco sensível para 
diagnóstico nas primeiras seis horas de evolução. 
Recomenda-se, por isso, que seu uso seja feito de 
forma seriada, a cada 3-4 horas, e uma avaliação 
por pelo menos nove horas para confirmar ou 
afastar o diagnóstico de IAM nos pacientes 
suspeitos; 
o A CK-MB também tem sido útil na avaliação da 
lesão miocárdica após intervenção coronariana, 
quando leve aumento de sua concentração pode 
associar-se à maior mortalidade; 
o O IAM após cirurgia de revascularização do 
miocárdio é definido pela associação da elevação 
da CK-MB em pelo menos cinco vezes o limite 
superior da normalidade, nas primeiras 72 horas, 
com alterações eletrocardiográficas (ondas Q) e 
confirmado pelo exame angiográfico; 
o Dosagem de CK-MB massa é utilizada de modo 
amplo e pode ser realizada rapidamente, de modo 
geral em bem menos de 1 hora, em uma variedade 
de plataformas automatizadas 
o No entanto, o exame ainda sofre por causa de uma 
limitação fundamental: a de CK-MB não ser 
específica do miocárdio. 
o A interpretação é auxiliada pelo conhecimento da 
CK total, a qual, por razões de custo, ainda é 
mensurada como atividade enzimática. A relação 
CK-MB massa e atividade da CK total é 
frequentemente denominada “índice relativo” 
(IR) ou “porcentagem relativa”, pois é uma relação 
inadequada entre diferentes tipos de mensurações 
com diferentes unidades. 
o Um alto IR é mais sugestivo de lesão cardíaca. 
Para ser sugestivo de IM, um resultado de CK-MB 
massa deve ultrapassar o limite de referência da 
quantidade absoluta (tipicamente cerca de 5 
mg/mL) e do IR (tipicamente cerca de 2%) 
o A mioglobina é uma proteína citoplasmática de 
baixo peso molecular presente nos músculos 
esqueléticos e cardíacos, cujas principais funções 
são o fornecimento de oxigênio às mitocôndrias 
o Constitui-se em complexo auxílio no controle da 
isquemia tecidual, envolvendo a biossíntese de 
óxido nítrico. Sua elevação ocorre 1-2 horas depois 
do início da isquemia, atingindo o seu máximo em 
torno de 6-9 horas e normalizando-se entre 12 e 
24 horas; 
o Devido à sua baixa especificidade e por ser 
marcador muito precoce em lesões dos miócitos, a 
mioglobina em concentrações normais (0-72 
ng/mL) pode ser útil para excluir o diagnóstico de 
IAM nas primeiras horas após desconforto no 
peito (antes de quatro horas do início da 
sintomatologia), principalmente em paciente com 
baixa probabilidade pré-teste de doença, com 
valor preditivo negativo entre 83 a 98%. 
o H-FABP é abundantemente encontrada no tecido 
do coração e faz parte da família de proteínas 
citosólicas cujo padrão de distribuição é 
relativamente específico nos tecidos, que se ligam 
e transportam ácidos graxos (FABPs). 
o No IAM a H-FABP aparece no plasma decorrido 
duas horas da injúria e atinge o pico de 
concentração após 4-6 horas, apresentando uma 
janela diagnóstica entre 20 minutos e 24 horas, o 
que viabiliza seu uso para diagnóstico precoce. 
o Existem kits para testes rápidos de H-FABP com 
parâmetros para diagnóstico de IAM definido a 
partir de concentração superior a 7 mg/mL, exame 
realizado após duas horas do início da injúria e 
com dor torácica. 
o Já foi demonstrado que para a 1ª e 4ª horas após 
a lesão miocárdica a H-FABP possui sensibilidade 
igual à da CK-MB e superior à da mioglobina. 
o No entanto, existem algumas limitações na 
mensuração do H-FABP determinadas por: 
▪ cirurgias, insuficiência renal e elevação 
das FABPs da musculatura esquelética, que 
possui estrutura similar à cardíaca, e 
podem superestimar os valores reais de H-
FABP. 
MIOGLOBULINA: 
PROTEÍNA DE LIGAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS CARDÍACA (H- FABP) 
 
4 Wilsa Costa – 2º Período – Medicina – Habilidades Laboratoriais I 
o O diagnóstico pode ser estabelecido pela 
combinação dos valores da H-FABP com outros 
biomarcadores 
o A associação22 entre os valores da H-FABP e 
troponina ajuda na estratificação de risco de IAM 
o Os níveis de H-FABP acima de 5,8 mcg/L associam-
se consideravelmente ao aumento do risco de 
morte proporcionalmente ao aumento da 
concentração de troponina. 
o Os níveis do peptídeo natriurético cerebral (BNP) 
e seu fragmento N-terminal inativo (NT-proBNP) 
são usados para o diagnóstico e prognóstico da 
insuficiência cardíaca, estratificação de risco 
após síndrome coronariana aguda e para predizer 
eventos adversos associados à angina estável e em 
pessoas aparentemente saudáveis.6 São 
considerados dos melhores marcadores do estresse 
mecânico 
o A dosagem do BNP associado aos métodos de 
imagem cardíaca permite avaliação da disfunção 
ventricular sistólica esquerda, oriunda da 
remodelação cardíaca 
o A doença coronariana e outras doenças cardíacas 
podem comprometer a capacidade cardíaca de 
bombear sangue, provocando a síndrome clínica 
de insuficiência cardíaca. O peptídeo natriurético 
B (BNP), um peptídeo com 32 aminoácidos 
secretado pelos ventrículos cardíacos em resposta 
ao estímulo de distensão da parede, é um 
marcador da presença e da gravidade da 
Insuficiência Cardíaca. 
o A dosagem do BNP é particularmente útil por 
ajudar no diagnóstico diferencial de pacientes 
que procuram um serviço de emergência com a 
presença de falta de ar. 
 
o O ANP é sintetizado principalmente no átrio e sua 
secreção ocorre em resposta à distensão atrial e 
alongamento dos miócitos. 
o Os peptídeos natriuréticos desempenham 
importante papel na regulação da pressão e 
volume sanguíneo, uma vez que induzem a diurese, 
natriurese e vasodilatação na Insuficiência 
Cardíaca Congestiva 
o Atuam como agentes antifibróticos e anti-
hipertróficos, prevenindo o remodelamento 
cardíaco após IAM 
o Os ANPs exercem importante papel no diagnóstico 
e prognóstico da insuficiência cardíaca e do 
remodelamento ventricular esquerdo tardio, após 
o IAM 
o O MR-próANP, um peptídeo mais estável que o ANP, 
é pelo menos igual ao NT-próBNP como preditor 
de morte e insuficiência cardíaca, e considerado 
importante preditor de eventos adversos pós-IAM 
o O ANP administrado em seres humanos com 
isquemia miocárdica e submetidos à reperfusão 
coronária tendo sido associado à redução do 
tamanho da área de necrose e à pouca melhora 
da função cardíaca por período de 30 dias, 
entretanto, não é capaz de determinar diferença 
significativa quanto à mortalidade 
o O ANP é capaz, ainda, de interagir com células do 
sistema imunológico e provocar efeitos pró-
inflamatórios, além de induzir reações nos 
neutrófilos, associadas aos seus efeitos citotóxicos 
o O copeptin é um hormônio do estresse, 
considerado novo biomarcador para prognóstico 
em doença aguda. 
o A resposta ao estresse é caracterizada pela 
ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, 
envolvendo o hormônio liberador de 
corticotrofina (CRH) e a vasopressina (que parece 
potencializar o CRH), sendo os principais 
responsáveis pela secreção do hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH), estimulante da 
produção de cortisol. 
o No entanto, esses hormônios são instáveis e 
rapidamente depurados do plasma. Como o 
precursor da vasopressina dá origem ao copeptin, 
composto mais estável e fácil de determinar, ele 
foi considerado o biomarcador para ser usado na 
prática clínica. 
o A combinação da troponina T (nível < 0,01 ng/mL) 
com copeptin (nível < 14 pg/mL) permite alta 
acurácia na exclusãode IAM, com valor preditivo 
negativo de 99,7% e capaz de eliminar a 
necessidade de acompanhamento e de exames de 
PEPTÍDEO NATIURÉTICO CEREBRAL (BNP) E SEU FRAGMENTO n-
TERMINAL INATIVO (NT - proBNP) 
PEPTÍDEO NATIURÉTICO ATRIAL (ANP) E SEU FRAGMENTO (MR - 
proANP) 
COPEPTIN: 
 
5 Wilsa Costa – 2º Período – Medicina – Habilidades Laboratoriais I 
sangue em série para sua confirmação, na maioria 
dos pacientes 
o A combinação de copeptin com o BNP é capaz de 
melhorar a predição de seu resultado. 
o Como a vasopressina é liberada em resposta às 
alterações da osmolaridade do plasma e com o 
intuito de aumentar a pós-carga, os valores de 
copeptin plasmático liberado em proporção 
estequiométrica à vasopressina está aumentados 
em pacientes com insuficiência cardíaca crônica 
e relacionada à gravidade da doença, sendo 
considerados melhores preditores de óbitos em 
relação ao BNP 
o O GDF-15 é expresso no miocárdio em consequência 
ao estresse, parecendo ter efeito cardioprotetor, 
já que tem sido demonstrada sua ação 
antiapoptótica e anti-hipertrófica do coração. 
o A maior concentração desse biomarcador está 
associada positivamente a idade, sexo feminino, 
história de hipertensão arterial sistêmica e 
diabetes mellitus e tem sido utilizado na 
estratificação do risco de morte em doença 
cardiovascular, além de acrescentar informações 
prognósticas quando associado a outros 
biomarcadores 
o Os níveis de GDF-15 são intensamente 
relacionados à magnitude da isquemia cardíaca 
ou à evolução do IAM 
o No IAM sem elevação do seguimento ST o NT-
próBNP, GDF-15 e idade são considerados 
preditores, independentes de morte 
o Em pacientes após IAM, o GDF-15 permite 
informações adicionais para níveis superiores a 
763 pmol/L de NT-próBNP, tornando esses 
biomarcadores poderosos indicadores de morte e 
insuficiência cardíaca, favorecendo o 
reconhecimento de pacientes com alto risco de 
morte 
o A avaliação global de ST2 e NT-próBNP em 
pacientes com IAM com elevação do segmento ST 
evidencia que seus níveis basais são 
significativamente mais altos naqueles que 
sofreram morte cardiovascular ou desenvolveram 
ICC 
o Nos pacientes com IAM, elevado nível de ST2 
constitui-se em forte preditor de morte 
cardiovascular ou insuficiência cardíaca em 30 
dias e de resultados adversos cardiovasculares, 
independentemente dos fatores de risco 
tradicionais, e fornece informações prognósticas 
e complementares aos níveis de NT-próBNP 
o O ST2 encontra-se elevado na asma brônquica 
aguda e doenças autoimunes, o que requer 
avaliação judiciosa para seu uso na clínica 
o A expressão miocárdica do CT-1 é maior em idosos, 
na doença cardiovascular hipertensiva sistêmica, 
na hipertenção ventricular esquerda (HVE) e na 
insuficiência cardíaca (IC). 
o Em 31% dos pacientes hipertensos sem HVE existem 
concentrações de CT-1 acima do limite superior da 
normalidade, o que sugere que a CT-1 aumenta 
precocemente durante a evolução da hipertensão 
arterial sistêmica 
o A detecção de HVE, avaliada pela ecocardiografia, 
tem na CT-1 sensibilidade de 70% e especificidade 
de 75%, constituindo-se, ainda, em potente 
biomarcador para avaliação do desenvolvimento, 
progressão e regressão de HVE em pacientes 
hipertensos. 
o os níveis de CT-1 aumentam conforme a gravidade 
da insuficiência cardíaca congestiva (ICC) 
o CT-1 parece ter importante papel no processo de 
inflamação vascular e patogênese da aterosclerose 
ao estimular genes 
o A ET-1 é um peptídeo produzido principalmente no 
endotélio, desempenhando papel fundamental na 
homeostase vascular, possuindo dois receptores, o 
de endotelina A (ETA) e o de endotelina B (ETB) 
o O primeiro, ETA, pode ser encontrado no tecido 
muscular liso dos vasos sanguíneos e sua ativação 
promove vasoconstrição 
o O segundo, ETB, está presente nas células 
endoteliais e sua ativação medeia a liberação de 
óxido nítrico, natriurese e diurese 
o ET-1 é importante mediador de muitas 
complicações cardiovasculares e altas 
concentrações plasmáticas associam-se a pior 
FATOR - 15 DE DIFERENCIAÇÃO E CRESCIMENTO (GDF – 15): 
PROTEÍNA RECEPTORA DA INTERLEUCINA I (ST2): 
CARDIOTROFINA (CT1): 
ENDOTELINA - 1 (ET-1): 
 
6 Wilsa Costa – 2º Período – Medicina – Habilidades Laboratoriais I 
prognóstico após IAM, sendo considerada fator 
preditivo de morte ou de IC. 
o Observam-se na SCA níveis mais elevados de Lp-
PLA2 quando comparados com indivíduos hígidos 
o A Lp-PLA2 associa-se significativamente aos níveis 
lipídicos, mas apenas fracamente ou não 
relacionada a outros marcadores de risco na SCA 
o O risco de eventos cardiovasculares ou 
mortalidade não se correlaciona com os níveis 
plasmáticos de Lp-PLA2 
o Os níveis mais elevados da atividade da Lp-PLA2 
foram associados a aumento do risco de doença 
coronária. 
o Isso indica que o papel biológico da Lp-PLA2 na 
avaliação de risco em pacientes com SCA ainda 
não foi elucidado. Novos estudos são necessários 
para esclarecer o seu significado prognóstico na 
SCA. 
o É uma enzima presente no músculo esquelético, 
mas não no músculo cardíaco. Por essa razão, ela 
pode servir como um tipo de marcador cardíaco 
“negativo”. Ela é liberada do músculo lesado em 
uma relação relativamente fixa com a mioglobina. 
Por esse motivo, a mioglobina é um indicador mais 
específico de lesão miocárdica quando a sua 
relação com a CA III também está elevada. 
 
o É uma enzima amplamente distribuída que 
catalisa a primeira etapa da glicogenólise. 
o Trata-se de um dímero de subunidades idênticas 
que possui três isoenzimas categorizadas, 
nomeadas segundo o tecido no qual elas têm a 
maior expressão: 
▪ GPLL (fígado), GPMM (músculo) e GPBB 
(cérebro). 
o A GPBB também se expressa no miocárdio, assim 
como em outros tecidos, mas não no músculo 
esquelético, o qual contém apenas GPMM. 
o A possível utilidade de GPBB é que parece que ela é 
liberada mais cedo que outros marcadores e pode, 
de fato, ser liberada em condições de isquemia 
reversível que não provocam elevações comparáveis 
de outros marcadores entretanto, comparações 
com ensaios de cTn modernos ainda são limitadas 
e não são particularmente encorajantes. 
 
o A albumina modificada pela isquemia é um tipo 
único de marcador cardíaco, aprovado pelo FDA 
em 2003, que não é uma proteína liberada pelos 
miócitos lesados. Em vez disso, o exame detecta 
uma forma variante da albumina com menor 
afinidade pelos íons metais próxima do terminal 
N. 
o A variante é mensurada por uma determinação 
espectroscópica da ligação de CO2+. Foi postulado 
que ela surge em decorrência da interação da 
albumina com radicais livres em locais de isquemia 
tissular. 
o A vantagem teórica desse exame é que ele detecta 
a isquemia antes da lesão celular irreversível. 
o A alteração da albumina parece ocorrer em 
minutos de isquemia e durar por cerca de 6 horas. 
o O exame é claramente inespecífico para a isquemia 
cardíaca, mas parece apresentar uma 
sensibilidade clínica de 80 a 90% para a SCA no 
momento do primeiro atendimento, maior que a 
de um eletrocardiograma 
 
o A aterosclerose é um processo crônico que envolve 
a lesão do endotélio e o aparecimento de lesões 
oclusivas vasculares chamadas placas. 
o Quando o diâmetro de uma artéria coronariana é 
reduzido para menos de 10 a 20% de seu tamanho 
original, frequentemente há evidência de dor 
torácica (angina pectoris) quando a demanda de 
oxigênio aumenta, em particular durante a 
prática de exercícios (angina de esforço) 
o Uma redução mais rápida do fluxo sanguíneo pode 
ocorrer quando a placa estimula a formação de 
um trombo em uma artéria coronária, levando a 
uma síndrome coronariana aguda (SCA) 
o Quando um trombo interrompe completamente o 
fluxo sanguíneo, o músculo suprido desenvolve uma 
lesão isquêmica irreversível, e a síndrome é um 
infarto do miocárdio (IM) 
o Quando a obstrução não é completa, a lesão 
muscular irreversível pode ser evitada, mas o 
FOSFOLIPASE A2 ASSOCIADA A LIPOPROTEÍNA(Lp -PLA2) 
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE AS DOENÇAS CARDÍACAS: 
ANIDRASE CARBÔNICA III: 
GLICOGÊNIO FOSFORILASE A: 
ALBUMINA MODIFICADA PELA ISQUEMIA: 
 
7 Wilsa Costa – 2º Período – Medicina – Habilidades Laboratoriais I 
paciente apresentará angina grave mesmo em 
repouso, e essa síndrome é conhecida como angina 
instável. 
o O amplo espectro da doença cardíaca resultante 
do comprometimento do fluxo sanguíneo 
coronariano é denominado doença cardíaca 
coronariana (DCC). 
o O IM mais grave, que em geral envolve a lesão 
transmural do miocárdio, tipicamente provoca um 
aparecimento rápido de elevações do segmento ST 
e o surgimento tardio de ondas Q. 
o Hoje em dia, quase todas as análises de 
marcadores cardíacos (com exceção da albumina 
modificada pela isquemia) são realizadas por 
imunoensaio, e as dificuldades do imunoensaio são 
aplicáveis a todas elas 
o As dificuldades específicas com a Troponina (cTn), 
o marcador mais importante e, de alguma 
maneira, um analito proteico especialmente 
desafiador 
o Sendo um complexo proteico que degrada quando 
liberado na circu-lação, a cTn é um analito 
altamente heterogêneo 
o Um outro problema é que como o nível plasmático 
normal da cTn é muito baixo, mesmo um grau 
minúsculo de reatividade do ensaio cau-sado pela 
interferência ou artefato técnico pode ser 
interpretado como um resultado “positivo”, 
indicando lesão miocárdica 
o Isso pode levar a procedimentos invasivos 
desnecessários (p. ex., angiografia coronariana) 
o Importância da coleta seriada de amostras: 
Os resultados das dosagens dos níveis sanguíneos 
dos marcadores cardíacos são altamente 
dependentes do tempo decorrido entre o início 
dos sintomas e a coleta da amostra. Considerando 
o fato de que os pacientes são atendidos em 
tempos variados após o início do evento isquêmico, 
independentemente do marcador em questão, 
devem ser coletadas amostras seriadas, em geral, 
na admissão, 3, 6 e 9 horas. 
o A necessidade de coletas seriadas se impõe, mesmo 
em se tratando de marcadores com elevada 
especificidade, como a cTnI, uma vez que existem 
outras condições, além do infarto agudo do 
miocárdio, que podem se associar às variações na 
sua concentração no sangue. Dosagens seriadas de 
cTnI, resultados do eletrocardiograma e a 
condição clínica são necessários para o 
diagnóstico diferencial entre infarto agudo do 
miocárdio e outras doenças cardíacas. 
o Como nenhum dos marcadores possui todas as 
características desejáveis, se propõe o uso de dois 
marcadores para o diagnóstico de infarto agudo 
do miocárdio: a mioglobina, como marcador 
precoce e uma das troponinas (cTnI ou cTnI) como 
definitivo. 
o Características da dinâmica de elevação, pico e 
retorno aos níveis basais dos marcadores 
cardíacos: 
o Sensibilidade clínica estimada dos marcadores de 
isquemia miocárdica, levando-se em conta o 
tempo após o início da dor precordial. 
 
o Marcadores bioquímicos têm um papel secundário 
na conduta inicial para pacientes com suspeita de 
SCA. A tomada de decisão mais precoce, a qual 
idealmente deve ser feita em 10 minutos após a 
chegada do paciente no serviço de emergência, é 
baseada na anamnese, exame físico e um ECG de 
12 derivações 
o Se o ECG inicial for negativo para um STEMI, a 
importância dos marcadores cardíacos aumenta. 
o A escolha dos marcadores e os momentos de 
avaliação variam entre as instituições, mas existe 
uma concordância geral de que a cTn (seja a I ou 
a T) é o marcador preferido para o diagnóstico 
definitivo 
PROCEDIMENTOS: 
PROTOCOLOS CLÍNICOS: 
 
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o Por isso, para a cTn, que pode aumentar apenas 
várias horas após a necrose dos miócitos, uma 
amostra negativa no momento do atendimento 
inicial deve ser seguida por uma segunda amostra 
coletada 6 a 12 horas depois e, possivelmente, pelo 
menos quando o índice de suspeita for alto, uma 
terceira amostra deverá ser coletada na 24a hora 
o Se os sintomas iniciais do paciente desaparecerem 
após várias horas e os achados 
eletrocardiográficos e bioquímicos foram 
consistentemente negativos, a SCA é descartada 
por completo. 
o Para uma maior segurança, antes de dar alta ao 
paciente, um teste provocativo de DCC é com 
frequência realizado, como um teste ergométrico 
ou um exame de cintilografia ou um 
ecocardiograma com estresse 
o Como o tratamento clínico e o fluxo de pacientes 
no serviço de emergência exigem uma avaliação de 
risco rápida, o resultado do exame de marcador 
cardíaco deve estar disponível o quanto antes. 
o Aconselha-se que seja considerada a realização do 
exame no local de atendimento quando o 
laboratório central não puder fornecer de modo 
confiável o resultado em no máximo 1 hora. 
o Tanto os exames qualitativos como os 
quantitativos de marcadores cardíacos são 
adequados para a realização no local de 
atendimento, e eles demonstraram ser eficazes 
 
o Exames de marcadores cardíacos são realizados na 
maioria dos pacientes com SCA, mesmo após o 
diagnóstico ser estabelecido. 
o Pode servir como um indicador não invasivo de que 
ocorreu reperfusão, seja espontaneamente ou 
como consequência da terapia 
o A concentração dos marcadores após o infarto do 
miocárdio está correlacionada com o tamanho do 
infarto, o comprometimento funcional e o 
prognóstico 
o A mensuração de marcadores também é útil para 
a detecção de aproximadamente 17% de pacientes 
com infarto do miocárdio que apresentam 
reinfarto precoce. Essa é uma das aplicações na 
qual a CK-MB parece ser superior à cTN por causa 
de seu declínio mais rápido após um infarto do 
miocárdio. 
o A cTn pode ser útil para a monitoração e o 
prognóstico do paciente em outras situações que 
não sejam uma SCA como, por exemplo, a 
insuficiência cardíaca, mas ainda não foram 
definidos protocolos. 
 
o A proteína C reativa plasmática aumenta em 
vários distúrbios, incluindo a maioria das 
infecções bacterianas, mas comumente não 
aumenta em infecções virais. O infarto do 
miocárdio está entre as doenças agudas 
associadas a uma elevação do nível plasmático de 
proteína C reativa; 
o muitos estudos epidemiológicos estabeleceram que 
indivíduos com níveis basais mais altos de proteína 
C reativa plasmática apresentam um maior risco 
de DCC e acidente vascular cerebral 
o Dos biomarcadores inflamatórios, a proteína C 
reativa (PCR) emergiu como a melhor ferramenta 
clínica para a detecção de risco cardiovascular – 
poder preditivo e utilidade clínica. 
o Níveis de PCR estão associados com aumento no 
risco de doença arterial periférica, infarto do 
miocárdio, AVC e morte súbita cardiovascular. 
o A PCR é uma proteína plasmática sintetizada no 
fígado que funciona como um marcador sensível e 
dinâmico de inflamação – por exemplo, na 
presença de citocinas, como as interleucinas. Sua 
concentração na circulação pode aumentar até 10 
mil vezes durante a resposta aguda do organismo 
a uma infecção ou trauma tissular maior. 
o Essa proteína praticamente inexiste na circulação 
de pessoas saudáveis. Portanto, é um marcador 
inespecífico de inflamação. 
o A dosagem de PCR ultrassensível foi desenvolvida 
em 1990 e passou a detectar concentrações séricas 
de PCR abaixo dos valores normais dos testes 
prévios. Atualmente, em alguns laboratórios, basta 
solicitar a PCR que o exame já é realizado pelo 
método ultrassensível. 
o Interpretação: 
- Baixo risco: <1,0 mg/L ou <0,1 mg/dL. 
- Médio risco: de 1,0 a 3,0 mg/L ou de 0,1 a 0,3 
mg/dL. 
- Alto risco: >3,0 mg/L ou >0,3 mg/dL. 
- Muito alto risco: ≥10,0 mg/L ou ≥1,0 mg/dL. 
 
OUTRAS APLICAÇÕES: 
PROTEÍNA C REATIVA: 
 
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o Diante de valor >3,0 mg/L ou >0,3 mg/dL, é 
necessário repetir o exame após, pelo menos, duas 
semanas em estado metabólico estável, livre de 
infecção ou doença aguda. 
o O menor valor das duas medidas deve ser 
considerado. Se ≥10 mg/L ou ≥1,0 mg/dL, o 
resultado pode estar relacionadoa risco 
cardiovascular. 
o Controvérsias: 
A PCR apresentar pequena melhora na predição 
de risco, quando comparada aos fatores de risco 
já estabelecidos, porém pode reclassificar os 
pacientes de risco intermediário (pelo escore da 
ATP-III) em baixo, baixo a moderado, moderado a 
alto e alto risco. 
o Pode ter um papel causal no desenvolvimento de 
doença cardiovascular por efeitos biológicos na 
função endotelial, coagulação, fibrose, oxidação 
da LDL e estabilidade da placa, mas o uso de 
estatinas é mais custo-efetivo em indivíduos com 
PCR elevada. 
o PCR na prevenção primária: 
- Em níveis elevados, a PCR está associada com 
aumento de risco CV, mesmo na ausência de 
hiperlipidemia. 
- A PCR pode adicionar informação prognóstica – 
principalmente no risco intermediário. 
- A terapia com estatinas reduz os níveis de PCR, 
independentemente de qualquer efeito nos níveis 
dos lipídios, e deve ser prescrita pelo julgamento 
clínico. 
- Os dados atuais não justificam usar a PCR no 
monitoramento terapêutico para avaliar o 
tratamento. 
- A PCR pode ser útil em homens com mais de 50 
anos e em mulheres com mais de 60 anos para 
terapia com estatinas, se LDL-colesterol estiver 
<130 mg/dL, desde que os pacientes não estejam 
em terapia redutora de gordura, em reposição 
hormonal ou em imunossupressão e desde que não 
tenham doença cardiovascular clínica, diabetes, 
doença renal crônica, condições inflamatórias 
importantes ou contraindicação às estatinas. 
o PCR na prevenção secundária: 
- Não é um marcador necessário para iniciar a 
terapia. 
 
 
 
o As manifestações clínicas incluem a luxação das 
lentes, osteoporose com anormalidades 
esqueléticas associadas, retardo mental, distúrbios 
psiquiátricos e doença tromboembólica, incluindo 
a DCC 
o O nível de homocisteína elevado no sangue, como 
o de colesterol alto, aumenta o risco de doenças 
cardíacas, podendo evoluir para um infarto, até 
mesmo em pessoas jovens. 
o O que agrava ainda mais o aparecimento de 
doenças coronarianas é que 
a homocisteína acelera a oxidação do LDL (o mau 
colesterol) aumentando ainda mais os danos 
vasculares. Ou seja, a concentração de colesterol 
pode estar normal, mas se o nível 
de homocisteína no sangue estiver alto, o prejuízo 
ao coração acontece de forma mais rápida do que 
se acontecer o contrário. 
o Para que a homocisteína não cause danos, são 
necessários elementos naturais que regulem as 
reações da substância no organismo. As vitaminas 
B6 e B12, betaína e acido fólico são responsáveis 
em manter a concentração 
de homocisteína normalizada. 
o Pessoas com doenças coronarianas têm o risco 10 
a 15 vezes maior de sofrer um infarto se a 
concentração da homocisteína estiver elevada e 
cerca de 10% a 20% dos casos de doença cardíaca 
também são causados pelos altos índices da 
substância. 
o A patogenia da lesão vascular determinada pela 
hiper-homocisteinemia inclui lesão da célula 
endotelial, crescimento da musculatura lisa 
vascular, maior adesividade plaquetária, aumento 
da oxidação do LDL colesterol com deposição na 
parede vascular e ativação direta da cascata da 
coagulação. 
RESUMO DOS MARCADORES DE AVALIAÇÃO CARDÍACA: 
LESÃO MIOCÁRDICA - IAM mioglobina, troponina I e a fração 
CK-MB massa. Outros: 
Aspartatoaminotransferase (AST) e 
a Lactato desidrogenase (LDH). 
RISCO CORONARIANO troponinas, os peptídeos 
natriuréticos, proteína C reativa 
(PCR) 
IC CK-MB, peptídeo natriurético tipo-B 
e/ou N-terminal proBNP, proteína C-
reativa 
 
HOMOCISTEÍNA:

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