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Tema 4 – Cirurgia bariátrica Maria Laura Gonçalves Vieira – T XIV Cirurgia bariátrica é o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. A obesidade já reconhecida como doença. Equipe cirúrgica deve: • Ter comprometimento • Equipe multidisciplinar (endócrino, nutricionista, psiquiatria/psicólogo, educador físico, fisioterapeuta) • Frequência cirúrgica (pelo menos 6 no mês) • Preparo em várias técnicas • Seleção lógica de técnica cirúrgica • Participação em sociedade locais e regionais Avaliação e seleção pré-operatória Antes da cirurgia tem que perder 10% do peso, mudar o pensamento e seguir os critérios: • IMC > 40 OU IMC > 35 com comorbidade médica agravada pela obesidade • > 18 anos • Obesidade há 5 anos • Falha da terapia dietética após 2 anos de tratamento • Estável do ponto de vista psiquiátrico, sem dependência de álcool e drogas • Conhecedor da operação e das sequelas • Motivado • Problemas médicos que não impedem a provável sobrevivência após cirurgia Operações RESTRITIVAS: limitam o volume de alimento sólido. Gastroplastia vertical com banda: procedimento abandonado • Baixa perda ponderal a longo prazo • Elevada taxa de estenose gástrica • Tendencia a adotar dieta líquida altamente calórica (novo aumento de peso) Gastrectomia vertical / Sleeve: muito usada atualmente • Derivação biliopancreática sem gastrectomia distal, preservando o piloro e diminuindo potencial ulcerogênico • Irreversível • Não tem déficits nutricionais, mas tem saciedade precoce • Indicação: obesos sem comorbidades que não conseguem comer menos Balão intragástrico: auxilio no preparo pré-operatório • Terapêutica transitória • Prótese fechada de silicone que é colocada no estomago por via endoscópica, diminuindo a capacidade de ingestão do paciente Banda gástrica ajustável laparoscópica (BGA): • Ajustabilidade individualizada • Distensão da porção proximal do estomago → feedback para região cerebral responsável pela vontade de comer → ↓ingestão oral, ↑saciedade precoce e ↓apetite DISABSORTIVAS: permitem ao paciente comer, mas atrapalham a absorção dos nutrientes. Derivação jejuno-ileal: alta incidência de complicações metabólicas e nutricionais a longo prazo. Perda, pelas fezes, de macronutrientes. MISTAS: fator restritivo (sensação de saciedade com pouco alimento) e fator disabsortivo (diminuição do local de absorção de nutrientes no intestino delgado). Cirurgia Fobi-Capella (derivação gastrojejunal em Y de Roux) – maior componente restritivo – técnica mais utilizada no mundo: • Redução da capacidade gástrica para um volume de aproximadamente 50-100ml (10% da capacidade total) • Partes excluídas: parte do estomago, duodeno e primeiros 40cm de jejuno (não são removidos, mas sim grampeado e separados. Cirurgia de Scopinaro (derivação biliopancreatica com gastrectomia distal) – maior componente disabsortivo: • By-pass da maior parte do intestino delgado – retira cerca de 2,5 metros de intestino • ↓capacidade gástrica, eliminação do controle pilórico do esvaziamento gástrico e má absorção Cirurgia Duodenal-Switch (derivação biliopancreática com gastrectomia vertical e preservação pilórica) – maior componente disabsortivo: • Gastrectomia realizada no sentido vertical, retirando o fundo • Remanescente gástrica em forma de meia lua Cirurgia aberta X laparoscópica As complicações (hérnias incisionais, hematoma de FO, infecção de FO) da laparoscópica reduziram bastante, mas fístulas e abdome agudo obstrutivo aumentaram no início do uso da técnica, hoje já é igualado. Cirurgia metabólica (sd. metabólica) X bariátrica (obesidade) Resolução do diabetes: derivação biliopancreática Mecanismos de controle do DM2 após cirurgia bariátrica: • Perda de peso e controle da ingestão alimentar • Má absorção intestinal • Modulação de hormônios gastrintestinais o “Hindgut” – estímulo de hormônios intestinais distais o “Foregut “– derivação de porções iniciais do intestino, melhora glicêmica se deve a perda significante de peso. Complicações Síndromes pós-gastrectomias: • Gastrite alcalina • Dumping (precoce e tardio) • Síndrome da alça aferente • Síndrome da alça eferente • Síndrome de Roux Déficits nutricionais (tiamina, B12, cálcio, ferro e vitaminas lipossolúveis A e D) Reganho de peso (15%) – causas: • Não seguir orientações nutricionais • Hábito de beliscar • Baixo consumo de proteínas • Sedentarismo
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