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DIP - ESTEFFANE SEITZ TXVI Definição A leptospirose é uma doença infecciosa febril e aguda. É uma zoonose. O gênero Leptospira foi classificado em 2 espécies: L. interrogans e L. biflexa, composta por cepas patogênicas e não patogênicas, respectivamente. Ela é causada por espiroqueta, a Leptospira interrogans (‘’sorovars’’, sendo os sorovares Icterohaemorrhagiae e Copenhageni os mais graves). Principais reservatórios: roedores sinantrópicos (vivem próximos aos homens), Ratazana ou rato de esgoto. A espiroqueta é expelida através da urina dos animais. Na maioria (85- 90%) dos casos de leptospirose a evolução é benigna. No rato não causa doença. Epidemiologia Apresenta distribuição universal, sendo que no Brasil, é uma doença endêmica. Mais comum na região sudeste Epidêmica nos períodos chuvosos Condições inadequadas de saneamento - população de baixa renda. Profissões em contato com Leptospiras (gari, bombeiros) Transmissão Rodeiros são carreadores libera lepto na urina contamina agua e solo com laptospira enchente homem tem contato com agua. Ou ele pode pegar do cachorro, cavalo e boi. A penetração do microorganismo se dá pela pele lesada ou mucosas da boca, narinas e olhos, podendo ocorrer através da pele íntegra, quando imersa em água por longo tempo. Após esta invasão se proliferam nos tecidos e na corrente circulatória. Se, o rato tiver contato com a leptospira ele fica contaminado para toda a vida. Se, o homem tiver contato com o leptospira ele não transmite para outra pessoa (não sai no xixi, nem nas mucosas). Fisiopatogenia As principais lesões da leptospirose são induzidas pela adesão da leptospira à membrana plasmática, com subsequente disfunção celular A Leptospira penetra por mucosas ou lesões na pele, alcançando a corrente sanguínea, se multiplicando e disseminando por diversos órgãos e sistemas- fase da leptospiremia. Dois aspectos principais: lesão direta do endotélio vascular, levando uma espécie de “capilarite generalizada’’; adesão das leptospiras à membrana das células, determinando lesão ou disfunção celular. Na forma grave, os órgãos mais afetados são: Rins: Nefrite intersticial aguda. Fígado: Grandes elevações de Bilirrubinas, principalmente D (colestase intra-hepática). Pulmão, coração e músculo esquelético: Hemorragia. Manifestações clínicas Período de incubação: 7- 14 dias. 1 FASE- FASE PRECOCE OU ANICTERICA: Esta forma acomete 85% a 90% dos casos. A doença pode ser discreta, de início súbito com febre, cefaléia, dores musculares, anorexia, DIP - ESTEFFANE SEITZ TXVI náuseas e vômitos. Dura de um a vários dias (3-7 dias), sendo freqüentemente rotulada de "síndrome gripal" ou "virose“. Sufusão conjutival importante, além da clássica dor na panturrilha. 2 FASE- FASE TARDIA OU ICTERO-HEMORRAGICA Início igual ao da forma Anictérica, porém após 4 ou 9 dias, surge icterícia e disfunção renal. É comum envolvimento pulmonar. Tosse, dispneia, hemoptise e até insuficiência respiratória. Manifestações hemorrágicas. SÍNDROME DE WEIL: ICTERÍCIA (rubinica -> Pode durar 1 semana) + DISFUNÇÃO RENAL AGUDA (oliguria, acidose, hipocalemia -> pois, o potássio é excretado) + EVENTOS HEMORRÁGICOS (hemorragia alveolar, sangramento gastrointestinais, acometimento neurológico, hemorragia conjuntival) Manifestações laboratoriais Aumento de bilirrubinas- DIRETA. Leucocitose com desvio a esquerda, plaquetopenia, aumento de Ur e Cr., anemia normocrômica, FA e GGT normais ou elevadas. CPK elevada, transaminases normais ou com leve aumento (isso que diferencia da dengue/hepatite). Hipocalemia, acidose metabólica Diagnóstico Elisa IgM e MAT (microaglutinação). Devendo ser solicitados apenas a partir da 2a semana de doença. 1º semana sangue com pesquisa direta ou cultura (muito dificil) 2º/3 semana urina com pesquisa direta ou sangue com sorologia (elisa IGM macro e microaglutinação que se torna positivo a partir do 7º dia do inicio dos sintomas) Tratamento Não precisa esperar o resultado do exame, pode iniciar tratamento antes Clinico-epidemiológico Fase precoce: Doxi Fase tardia: cefriaxona Se apegar a um medicamento só, saber dose e duração de tto Profilaxia Vigilância epidemiológica Controle da doença. Divulgação em situação de enchentes e sobre a necessidade de atendimento médico pra expostos Uso de EPI’s Quimioprofilaxia não é indicada pelo MS
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