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FARMACOLOGIA CLÍNICA - M5 DISLIPIDEMIAS ➢ Relação com doenças ateroscleróticas; ➢ Relação com as condições socioeconômicas; SÍNDROME METABÓLICA ➢ Obesidade visceral ➢ Resistência à insulina ➢ Hipertensão (> 130 sistólica e >80 diastólica) ➢ Triglicérides elevados ( >100) ➢ Hdl-c baixo TRATAMENTO ➢ Mudança no estilo de vida (dieta e atividade física) e emagrecimento TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ➢ Estatinas ( inibem a hmg coA redutase) ➢ Resinas de ligação dos ácidos biliares (quelantes de ácido biliares) ➢ Ácido nicotínico (niacina) ➢ Derivados do ácido fíbrico ➢ Inibidores de absorção do colesterol (ezetimiba) LIPOPROTEÍNAS ➢ Proteína que transporta lipídios. A proteína engloba o lipídios para possibilitar seu transporte. ➢ Quilomícrons (menos denso, maior tamanho e carregam mais lipídeos), VLDL (muito baixa densidade), LDL (baixa densidade) e HDL (alta densidade). ➢ Quanto mais lipídios/proteínas menos denso eu sou. Quanto maior a densidade maior a quantidade de proteína para carrear lipídios. De modo didático: os lipídeos ingeridos na dieta são absorvidos como quilomícrons (Q) que caem na corrente sanguínea que o transporta por todos os tecidos. Os quilomícrons (tem triglicerídeos) ao passar pelos tecidos extra-hepáticos sofrem ação das lipases e libera ácidos graxos e tornam-se quilomícrons remanescente (RQ), os RQ vão para o fígado e o seu colesterol se junta ao colesterol e triacilgliceróis do fígado e se tornam o VLDL. Esse cai na corrente sanguínea que distribui mais ac. graxos nos tecidos extra-hepáticos e perdendo ac. graxos ele vira IDL. A IDL pode voltar ao fígado ou voltar para os tecidos extra-hepáticos e se tornar LDL. O LDL pode ser captado pelo hepatócito ou tecidos extra-hepáticos ou se acumular em um vaso e se tornar uma aterosclerose. Como o LDL é captado pelas células? A ApoB-100 do LDL irá se juntar ao receptor da membrana plasmática e ao ser fagocitado pelo lisossomo, o lisossomo irá liberar enzimas que degradam o ApoB-100 e ésteres de colesterilina, liberando AA (devido a presença de proteína do ApoB-100), ácidos graxos e colesterol. HDL O HDL pode ser produzido no fígado ou no intestino, sendo o fígado o predominante, o HDL nascente vai passando pelos tecidos coletando colesterol das placas de ateroma e se tornando HDL madura, e é por esse motivo que é chamado de colesterol bom. Se ele captar mais colesterol ele se torna VLDL e LDL. Mar���l� Si�ões C����ca��� - Cur�� �� Med����a - 2022.2 DE FORMA MAIS DETALHADA: 1- O enterócito junta os triglicerídeos e empacota em lipoproteínas, nesse caso quilomicron. O quilomicron vai para os vasos linfáticos que vai para os sanguíneos. 2 - Via capilar ele sofre ação das lipases e libera ácidos graxos nos miócitos, tecido adiposo e glândulas mamárias. 3 - Q → QR 4 -O QR vai para o fígado e pode se transformar em sais biliares ou VLDL (5) 5 - VLDL vai para os vasos sanguíneos e perde ácidos graxos e vira IDL, que perde mais ácidos graxos e vira LDL. O LDL doa colesterol para as glândulas supra renais e gônadas, músculos e tecido adiposo. 8 - Esse LDL pode se tornar placas de ateroma ou pode ser captado pelo hepatócito pelo receptor de LDL. 9 - Esse LDL captado se torna HDL que recapta colesterol perdidos no sangue (transporte reverso do colesterol). 10/ 12/ 14 - O HDL ao retornar do sangue pode virar VLDL, novos HDL ou sais biliares. Os sais biliares formam a bile que emulsifica gorduras que são digeridas e retorna a formação de quilomícrons. METABOLISMO LIPÍDICO ➢ Gordura é absorvida pelos enterócitos, que são transportados pelos quilomícrons. ➢ A distribuição sistêmica é feita pelo sistema linfático até o ducto torácico que é o local que o linfático se junta com o sanguíneo. ➢ Os tecidos como glândulas, músculos e etc. usam os ácidos graxos no seu metabolismo, e para o quilomicron liberar esse ácido graxo e sofre ação da lipase de lipoproteína que está presente no endotélio. ➢ A lactação utiliza ácidos graxos a partir da ação da lipase no quilomícrons (ApoC2) ➢ Colesterol - também atua na produção de hormônios. ➢ HMG-COA redutase - enzima responsável pela síntese endógena do colesterol. Caso essa via seja inibida, menor a produção de colesterol e menor a expressão dos receptores de LDL para recaptação. ➢ ApoE e ApoB captam o IDL e LDL, respectivamente, do sangue pelo fígado. ➢ Quanto maior o HDL menos riscos cardiovasculares. ➢ O HDL é recaptado pelo fígado. ➢ Existe também a lipoproteína A porém, ela não é tão importante no momento. HIPERLIPIDEMIA E ATEROSCLEROSE FATORES DE RISCO: ➢ Aumento do LDL, ➢ Redução do HDL; ➢ Tabagismo; ➢ Hipertensão; ➢ DMII ➢ Idade avançada; ➢ História familiar prematura (homens < 55 anos e mulheres < 65 anos) *85% dos riscos são evitáveis ATEROSCLEROSE Mar���l� Si�ões C����ca��� - Cur�� �� Med����a - UF�� - 2022.2 Para formação é preciso que o endotélio precise ser lesado (tabagismo, ), e a lesão favorece a formação da placa aterosclerotica. A lesão tem maior permeabilidade ao LDL, nela o LDL é oxidada no sítio que vão liberar adesinas que irão atrair os monócitos que vão fagocitar o LDL e isso gera uma inflamação local. Isso irá atrair mais macrofagos que irão modificar o leito vascular e facilitar a deposição de colágeno, fibrina e gordura. Estável - maior concentração de colágeno, fibrina e maleável Instável - maior inflamação, tecido necrótico, maior atração de macrofagos e maior risco de soltar e causar uma embolia (coração, SNC, …) AVALIAÇÃO DO PACIENTE: Rotina laboratorial ➢ Colesterol total (CT) ➢ Triglicerídeos (TG) ➢ HDL - Colesterol ➢ LDL pelo cálculo: LDL = CT - HDL - (TG/5) Indicações: Sociedade de cardiologia: Paciente > 20 anos faz-se um perfil lipídico e com tudo certo, a cada 5 anos. Outras fontes estimula o teste mais precoce Exame: ➢ Em jejum de 12 hrs ➢ Alimentação saúdavel RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES EM 10 ANOS Site: www.cvriskcalculator.com/ Parâmetros: idade, sexo, raça, colesterol total, HDL, PA sistólica e diastolica, hipertenso, diabetes e tabagista. O parâmetro ainda dá os fármacos e as doses. ESTATINAS Ex: sinvastatina MECANISMO DE AÇÃO Estatinas inibem a HMG-CoA que reduz os níveis de colesterol intra hepáticos o que aumenta a expressão dos receptores de LDL, o que reduz o LDL no sangue. Efeito máximo, em geral, atinge em 7-10 dias de uso. As estatinas são excelentes para tratamento das hipercolesterolemias secundárias. Em caso de hipercolesterolemia primária homozigótica (familiar) pois nela os receptores de LDL são disfuncionais e a captação de LDL é precária. EFEITO SOBRE AS LIPOPROTEÍNAS Outros efeitos: Endotélio: as estatinas melhoram o tônus vascular pelo óxido nítrico (atuação não definida) Atuam também na placa aterosclerótica melhorando sua estabilidade (prevenção do IAM) pela inibição das proteases, acumulo de macrofagos. Redução da inflamação das LDLs Coagulação: rodovasdatinas reduzem a agregação plaquetária Mar���l� Si�ões C����ca��� - Cur�� �� Med����a - UF�� - 2022.2 http://www.cvriskcalculator.com/ CARACTERÍSTICA GERAIS ➢ Via oral - absorção intestinal variável (30-85%) com extensa captação hepática. ➢ 5% da dose é utilizada pois sofre pelo efeito de 1° passagem ➢ As estatinas já são administradas em sua forma ativa (beta-hidroxiácidos) exceto a sinvastatina e a lovastatina, que são lactonas inativas e ativam pela ação de 1° passagem hepática. ➢ Quando ativas elas se ligam a proteínas plasmáticas na circulação sistêmica. ➢ Após uma dose, sua concentração plasmática máxima chega entre 1-4 horas. ➢ Meia vida de 1 - 4hs, exceto a atorvastatina e rosuvastatina que tem MV= 20 hrs e sinvastatina de 12hrs. ➢ Medicamentos com meia vida mais baixa precisam ser tomadas em horários específicos. ➢ Eliminação hepática (maioria nas fezes) DICA: A biossíntese do colesterol endógeno tem seu pico entre 00:00 e 2:00 (noite), logo o melhor horário das estatinas de meia vida mais curtas será a noite e vice-versa. EFEITOS ADVERSOS ➢ Hepatotoxicidade - apenas 1% dos pacientes em uso terão um aumento das enzimas transaminasesem 3 vezes o seu valor limite. Essa condição é uma das mais graves, entretanto é raro (1 em 1 milhão). Caso o paciente apresente algum sintoma ou uma insuficiência hepática, a droga deve ser suspensa. Mesmo assim é feita a dosagem de TGO e TGP do paciente e após 3 a 6 meses da prescrição deve-se dosar novamente. Caso houver ou não alteração deve-se acompanhar em 3 a 6 meses, caso alteração observar de 3 e 3 meses ou caso níveis elevados, suspender o uso de estatinas. ➢ Pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica: a droga é segura! MIOPATIA ➢ 1 em 1milhão; ➢ Relacionada à dose; ➢ Rabdomiólise - geralmente o paciente tem fator de risco. ➢ Fatores de risco: idade avançada (> 80 anos), baixa estatura, hepatopatia, disfunção renal, perioperatório, hipotireoidismo e associação medicamentosa. ➢ Interação medicamentosa: Fibratos (genfibrozila - aumentam em 38% a chance de miopatia), ciclosporina (risco aumentado em 4%), digoxina (risco aumentado em 4%), varfarina (risco aumentado em 4%) e macrolídeos [antibióticos: claritromicina e azitromicina] (risco aumentado em 3%), derivados azólicos (antifúngicos), niacina (ácido nicotínico), inibidores da protease (anti-HIV) e amiodarona. Fármacos metabolizados pela CYP3A4. Associação com fibratos: GENFIBROZILA - quando associada com estatinas elas dobram os efeitos da estatina o que aumenta muito o risco de miopatia. - Por inibição da CP2C9 *NÃO INDICADO* FENOFIBRATO - Não age da mesma forma e é um inibidor fraco da CP2C9, logo o risco é bem menor. *MUITO INDICADO* Os Fibratos podem ser associados com as pravastatina, fluvastatina e rosuvastatina. As estatinas não devem ser utilizadas na gestação e lactação. INTENSIDADE DAS ESTATINAS Relaciona com posologia. Recomendado: Inicie com a dose necessária, não uma dose menor e vai titulando, visto que o paciente pode evadir do consultório. ALTA INTENSIDADE: ➢ Atorvastatina 40-80mg ➢ Rosuvastatina 20-40mg → Pode iniciar com 20 mg e ir aumentando . Se ela for associada com a genfibrozila ela não deve passar de 10 mg. MODERADA INTENSIDADE: ➢ Atorvastatina 10-20 mg / Rosuvastatina 5-10 mg ➢ Sinvastatina 20-40 mg - mais utilizada - pode iniciar de 20 mg e chegar a 80 mg - uso noturno - Em associação com outros Mar���l� Si�ões C����ca��� - Cur�� �� Med����a - UF�� - 2022.2 certos fármacos sua dose não pode ultrapassar 20 mg - ela pode ser comercializada com niacina de ação prolongada o que irá aumentar os seus efeitos sobre os lipídeos. ➢ Fluvastatina 40 mg 2x por dia - pode iniciar em 20 e chegar a 40, sendo 80 mg sua dose máxima. ➢ Pravastatina 40-80 mg ➢ Lovastatina 40mg ESTATINAS DE BAIXA INTENSIDADE (redução de menos de 30% do LDL) ➢ Pravastatina 40-80 mg - não tem efeito maléfico com sequestradores de sais biliares, porém é melhor evitar. ➢ Lovastatina 40mg - geralmente junto a uma alimentação noturna para melhorar sua absorção. COMBINAÇÕES COM OUTROS HIPOLIPEMIANTES ➢ Resina sequestradora de ácido biliares (colestiramina ou colestipol) - podem reduzir entre 20-30% do efeito das estatinas. ➢ Ácido nicotínico - potencializa a ação da estatina porém pode também aumentar o risco de miopatia. ➢ Fibratos - a estatina não pode ultrapassar 25% da dose máxima. SEQUESTRADORES DE ÁCIDOS BILIARES São as medicações mais antigas e mais seguras para dislipidemia. ➢ Colestiramina ➢ Colestipol Mais recente: Colesevelam - quando utilizado em doses máximas reduzem o colesterol em 18%. *É uma suspensão oral MECANISMO DE AÇÃO Essas resinas não são absorvidas no TGI e tem características muito positivas que se ligam com as muitas negativas dos sais biliares. Elas unidas não são absorvidas e eliminadas nas fezes. Normalmente, mais de 90% dos ácidos biliares, metabólitos do colesterol, são reabsorvido no trato gastrointestinal e devolvidos ao fígado para reutilização. Ao impedir a reciclagem dos ácidos biliares, as resinas de ligação aos ácidos biliares desviam o colesterol hepático para a síntese de novos ácidos biliares, reduzindo assim a quantidade de colesterol. Um aumento compensatório na síntese de receptores de LDL de alta afinidade aumenta a remoção de lipoproteínas de LDL do sangue. As resinas causam uma redução modesta no colesterol LDL, mas têm pouco efeito no colesterol HDL ou triglicerídeos. Em alguns pacientes com uma condição genética que os predispõe à hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia (hiperlipidemia familiar combinada), as resinas aumentam os triglicerídeos e VLDL. EFEITOS SOBRE AS LIPOPROTEÍNAS ➢ LDL-C - redução de 12-18% em uso da dose máxima, porém, a maioria dos pacientes não irão suportar a dosagem pelos efeitos no TGI. ➢ Tempo de redução máxima: 1 a 2 semanas ➢ Triglicerídeos: podem causar um aumento transitório de triglicerídeos ➢ Podem aumentar entre 4-5% do HDL-C INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ➢ TGI: constipação (ingestão diária de água), os efeitos do TGI podem ser aliviados pela ingestão do fármaco pela manhã ou antes de dormir. ➢ Acidose hiperclorêmica (raro) - aumento do Cl- ➢ Hipertrigliceridemia - aumento transitório para pacientes em níveis normais, em pacientes que já possuem uma hipergliceridemia o fármaco é contraindicado, pois, o aumento pode ser considerável. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ➢ Tiazídicos; ➢ Furosemida; ➢ Propranolol; ➢ levotiroxina ➢ Varfarina; ➢ Estatinas Mar���l� Si�ões C����ca��� - Cur�� �� Med����a - UF�� - 2022.2 Caso haja necessidade de associar as medicações é preciso dar a seguinte medicação: orientar a não tomar os medicamentos juntos e sim, ingerir a medicação 1h antes ou 3 horas depois da ingestão da resina. Acredita-se que o colevesenam não interage com algumas medicações porém é prudente evitar sua associação. ÁCIDO NICOTÍNICO Fármaco: Niacina O uso é limitado pela quantidade de efeitos colaterais. A niacina é uma vitamina do complexo B (hidrossolúvel) e tem sua ação quando convertida a NAD ou NAD fosfato. Forma cristalina ou de ação prolongada - tem efeito em doses maiores do que os efeitos vitamínicos. MECANISMO DE AÇÃO O tecido adiposo é rico em triglicerídeos que podem ser captados pela lipase sensível a hormônio. A niacina inibe a lipase, pois ela age nos receptores GPCR acoplados à proteína G1. Ela inibe esses receptores reduzindo a proteína G1 que reduz a expressão da lipase sensível a hormônio. A niacina também a diacilglicerol aciltransferase 2 que é uma enzima que limita a velocidade de síntese de triglicerídeos. Isso inibe a esterificação dos ácidos graxos que reduz os triglicerídeos e reduz o VLDL. ABSORÇÃO Absorção completa via oral Absorção máxima 30-60 min Meia-vida: 60 min (o que faz o paciente ter que tomar 2 a 3x ao dia) Eliminação: hepática e renal EFEITOS ADVERSOS ➢ Rubor facial → pode ser minimizado em doses menores e mais espaçadas. Sintoma mediado por prostaglandinas. Agravado quando aumenta ou inicia o tratamento. O uso de AAS pode minimizar. Pular dose, ingestão de bebida quente ou alcoólica maximiza o efeito colateral. Grande chance de não utilização pelo paciente. ➢ Acantose nigricans: melhora com creme de ac. salicílico. Causa ressecamento que também pode ser melhorado com creme hidratante ➢ Sintomas gastrointestinais: náuseas → quando tomar após alimentação. Contraindicado em caso de histórico úlcera péptica. HEPATOTOXICIDADE ➢ Aumento de transaminases e hiperglicemia em doses maiores que 2g. Atenção quando há redução de 50% de LDL. ➢ Atenção as transaminases ➢ Atenção com DM. Fazer controle glicêmico e acompanhar toda semana até se assegurar a segurança do medicamento. ➢ Histórico de gota → pode recidivar USOS TERAPÊUTICOS ➢ Hipertrigliceridemia ➢ Baixo HDL-C ➢ Dose terapêutica: Regular: 100 mg 2x/dia Prolongada: max. 2 g/dia Recomenda-se iniciar com doses baixas e aumentar gradativamente entre 100 a 200 mg a cada 7 dias até chegar em uma dose de 1,5 a 2 g/ dia. Importante a atenção às transaminases e as interações medicamentosas. FIBRATOS Derivados do ácido fíbrico/Ativadores do PPAR (Fibratos) ➢ Reduz o triglicerideos MECANISMO DE AÇÃO Os fibrados se ligam no receptor PPAR-alfado fígado, rim, coração, músculos e tecido adiposo marrom, ligado aos receptores eles aumentam a síntese de lipase lipoproteica que aumenta a oxidação de ácidos graxos. A APO C-III é uma molécula que inibe o LPL e os fibratos inibem a APO CIII. Mar���l� Si�ões C����ca��� - Cur�� �� Med����a - UF�� - 2022.2 O receptor PPAR também age sobre a APOA-I e APOA-II que aumentam o HDL-C. Em casos de pacientes com altos triglicerídeos pode haver um aumento do LDL. ● TG - redução de 50% ● HDL-C - redução de 15% ● LDL-C - pode haver ou não alteração, depende da [TG] ABSORÇÃO Aumento da absorção quando ingerido com alimentos. [ ] plasmáticas máx em 1 - 4 h Meia vida: Genfibrozila - 1,1H Fenofibrato - 20h EXCREÇÃO Eliminação pela urina e, minimamente nas fezes Contra Indicação: doença renal crônica EFEITOS ADVERSOS Geralmente não há necessidade de suspender o medicamento. TGI (5%) - náusea, distensão abdominal. Exantema difuso Urticária Impotência Queda de cabelo Mialgia Fadiga Cefaleia Anemia Cálculos biliares Insuficiência renal. Contraindicações: gestação e amamentação INTERAÇÃO MEDICAMENTOSAS Estatinas - aumenta o risco de miopatia. Não se usa mais de 20% da dose de estatinas. Anticoagulantes - as estatinas podem aumentar a ação do anticoagulante pois ele desloca a fração livre da albumina e assim aumentando a ação anticoagulante. USOS CLÍNICOS GENFIBROZILA ➢ 600 mg 2x/dia; ➢ Não é tão usada pelas associações medicamentosas. FENOFIBRATO 2 apresentações: Dimetiletil éster de ácido fenofíbrico: 145 mg → pouco hidrossolúvel e pouco absorvida no TGI Sal de colina: 135 mg → muito hidrossolúvel e bem absorvida no TGI → bem indicado combinado com estatinas por poucas interações Generico: 200 mg CLOFIBRATO 2 g/dia em doses fracionadas Pouco usado, indicado para pacientes que não toleram tanto os anteriores. ÁCIDO GRAXOS ÔMEGA 3 Eles têm ação sobre os receptores do PPAR alfa com redução dos triglicerídeos e aumento do LDL (aumento irrelevante). Tem ação antiinflamatória. Uso seguro para crianças e gestantes. Efeitos colaterais: dispepsia e eructação EZETIMIBA Fármaco novo Tem mecanismo de ação no enterócito do intestino Reduz em até 20% o LDL e colesterol MECANISMO DE AÇÃO Inibe a proteína NPC1L1 responsável pela absorção intestinal do colesterol o que reduz em 50% da recaptação do colesterol. Sem a captação de colesterol pelo TGI, reduz o quilomícron e assim por diante. Com a inibição da absorção há uma hiperexpressão da HMG CoA a nível hepático. Mar���l� Si�ões C����ca��� - Cur�� �� Med����a - UF�� - 2022.2 ABSORÇÃO É uma droga hidrossolúvel. Para absorção ela passa por uma glicuronidação para ir para corrente sanguínea e é eliminada nas fezes. Ela sofre quelação se for tomada junto com sequestradores de ácidos biliares e é preciso ter cautela nesse sentido. USO CLÍNICO Monoterapia - porém há uma hiperexpressão da HMG CoA hepática o que gera um aumento da síntese hepática de colesterol e reduz o efeito farmacológico. Assim, a ezetimiba tem efeito máximo de 15 a 20%. Recomendado para pacientes que não se dão bem com estatinas. Terapia combinada - associada com estatinas. Redução média de 60% do LDL e colesterol. Sinvastatina 80 mg/dia + ezetimiba 10 mg/dia EFEITOS ADVERSOS Contraindicação: gestantes TRATAMENTO DAS DISLIPIDEMIAS Base de tratamento: 1° Não farmacológico: Alimentação, atividade física e manutenção do peso ideal. 2° Farmacológico Mar���l� Si�ões C����ca��� - Cur�� �� Med����a - UF�� - 2022.2
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