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FARMACOLOGIA - CICLO III Tétano Conceito ● Doença infecciosa, não contagiosa, causada pela ação da toxina do Clostridium tetani sobre as células do SNC; ● VACINA ATRASADA OU PACIENTE SEM PROFILAXIA ● Contato com a bactéria, ferimento porta de entrada; ● Sintomas: quadro de hipertonia, espasmos, pode gerar paralisia diafragmática, insuficiência respiratória aguda e grave, alterações do SNS e SNP com disautonomia; ● Paciente consciente ● IMUNOPREVENÍVEL X INSUFICIÊNCIA VACINAL ● Notificação compulsória Patogenia Ciclo do tétano ● Bactéria encontra-se no seio em estado esporo ● Bactéria entra no corpo através de algum corte profundo em contato com o soro contaminado com bactéria ● Há multiplicação dos indivíduos apenas no local do ferimento ● Produção em massa de neurotoxinas tetanospasmina, causando os sintomas da doença ● Toxinas espalham-se pelo corpo, atingindo o sistema nervoso ● Caso o contaminado defeque no solo, as bactérias do seu corpo irão para o solo e reiniciam o ciclo Toxina tetânica (proteica) Agente etiológico: Clostridium tetani (bactéria anaeróbica, produtora de toxinas do solo) ● Doença do sistema nervoso central ○ Clostridium tetani (bactéria anaeróbia) em ferida atinge o neurônios motores do SNC ● Caracterizada por espasmos e contrações musculares ● Adquirido de forma acidental ou na forma neonatal (manipulação do cordão umbilical por instrumentais com esterilização inapropriado) ● Ameaça quando não vacinado ● Devido à impossibilidade de eliminar as toxinas do solo, dos esporos do Clostridium tetani do meio ambiente é necessário vacinação, tratamento adequado das feridas e lesões traumáticas. ● Bactéria, gram + e anaeróbica ● Contato com prego enferrujado e em condições anaeróbicas são ideais para reprodução da bactéria, ● Resistente em condições adversas de dessecamento e temperaturas extremas acima de 120ºC, e então consegui viver no ambiente, vive em estados vegetativos e em condições de anaerobiose os esporos produz toxinas. ● Os esporos estão presentes em vários ambientes como carpetes, solos e fezes de animais, sendo estes focos tetânicos, então o que acontece que temos um ferimento, porta de entrada e entramos em contato com estes focos tetânicos, temos uma porta de entrada para o Clostridium que em condições de anaerobiose, produz toxina e a doença. Transmissão ● Traumas: corte, lesão de pele, material enferrujado ● Queimaduras ● Pé diabético FARMACOLOGIA - CICLO III ● Gangrena gasosa ● Úlceras ● 1ª identificar o foco (porta de entrada) -> tratar ○ Limpeza -> aerar a ferida ○ Debridamento Tratamento Antibioticoterapia + suporte Paciente consciente do que está acontecendo ● Deve ser realizado em terapia intensiva com equipe multiprofissional e especializada na doença; ● Manejo precoce e agressivo das vias aéreas; Objetivos do tratamento: interromper a produção de toxinas; obter a neutralização da toxina não ligada; fazer o manejo de vias aéreas; controlar os espasmos musculares; fazer o manejo da disautonomia; realizar cuidados de suporte. ● Todos os pacientes com Tétano devem ser submetidos a desbridamento da ferida para erradicar os esporos e o tecido necrosado, que poderiam levar a condições ideais para a germinação – o desbridamento, apesar de ser fundamental, só deve ser realizado após o uso de imunoglobulina antitetânica (IGHAT) ou do soro antitetânico (SAT) para evitar a progressão da doença. ● Ainda que os antibióticos possam desempenhar um papel relativamente pequeno no tratamento do Tétano, eles são universalmente recomendados. No entanto, é importante salientar que a terapia antimicrobiana adequada pode falhar na erradicação do Clostridium tetani, a menos que o desbridamento de feridas adequado seja executado. ● Sedação do paciente com uso de Benzodiazepínicos e miorrelaxantes ● Maior risco para pacientes idosos de contraírem tétano, falta do reforço vacinal; 1. Desbridamento do foco: limpar com ferimento com SF 0,9% ou água e sabão; 2. Medidas de suporte: internação em local silencioso, penumbra, redução ao mínimo dos estímulos visuais, auditivos, táteis); 3. Manipular o paciente somente o necessário 4. Suporte ventilatório; 5. Sedação; 6. Hidratação adequada; 7. Antes da SAT utilizar anti-histamínico; 8. Em casos de pacientes com risco de TVP e em idosos utilizar heparina 5.000UI 12/12 horas, SC; 9. Mudança de decúbito para evitar escaras; A) Neutralização da toxina Tetanospasmina Para neutralização do paciente sintomático, quando o tétano está instalado (dose maior) ● Imunoglobulina humana = paciente que teve contato, produziu anticorpos e foi usado para produção de imunoglobulina ○ Mais cara, mais segura ● Soro antitetânico = animal tem anticorpos contra a bactéria e são usados para produzir o soro -> organismo pode reagir, hipersensibilidade, demora mais para produzir resposta ○ Necessário tomar um anti-histamínico junto para dessensibilizar o paciente e não causar reação B) Erradicação do Clostridium tetani -> Adultos: 2.000.000 UI/dose C) Sedação do paciente -> para redução da contração muscular e controle da dor Profilaxia Vacinação FARMACOLOGIA - CICLO III ● DTP (difteria tétano e coqueluche): 1ª dose = 2 meses; 2ª dose = 60 dias; 3ª dose = 60 dias após a 2ª dose ○ Reforço aos 15 meses ● DT (difteria e tétano) -> a cada 10 anos ● COBERTURA VACINAL E REFORÇO A CADA 10 ANOS. Esquema de conduta profilática Para paciente com ferimento ● Vacina -> se paciente não sabe se tomou reforço ● Se ferimento de risco mínimo tomar apenas a vacina e fazer conduta de higienização, não toma imunoglobulina ● Se ferimento de alto risco: vacina (se não tem certeza que tomou, se tomou última dose há mais de 5 anos) + IGHAT ○ Se período < 5 anos com ferimento grave -> não tomar vacina ○ IGHAT + vacina -> tomar se vacinação há mais de 10 anos Paciente com ferimento de alto risco, após o contágio, ainda assintomático = para profilaxia -> administrar SAT ou IGHAT ● Devem ser realizados após 1 hora do desbridamento do foco, com uso perilesional (próximo da lesão), e logo iniciar antibioticoterapia com Penicilina G e Metronidazol. ● Evitar evolução da doença = conduta de avaliação vacinal e antibioticoterapia Cuidados com a ferida Tipo de ferimento: Limpo: ● Risco reduzido; são superficiais e limpos, sem corpo estranho ou tecidos sem vida; ● Conduta: limpeza e desinfecção, SF 0,9% + solução antisséptica + desbridamento; Sujo: ● Risco aumentado; lesões profundas ou superficiais porém contaminadas, corpos estranhos ou tecido sem vida, queimaduras, feridas puntiformes por arma branca ou de fogo, mordeduras, politraumas, fraturas expostas; ● Conduta: Vacina e Imunoglobulina ● A profilaxia do Tétano após um ferimento tem uma abordagem específica. ● A imunização de mulheres grávidas ou em idade fértil reduz a mortalidade do Tétano neonatal em cerca de 94%. A higiene adequada durante o parto domiciliar, nos países em desenvolvimento, também deve desempenhar um papel importante na prevenção do Tétano neonatal. FARMACOLOGIA - CICLO III TÉTANO Conceito ● Doença não contagiosa ● Causada pela toxina Clostridium tetani Profilaxia ● DTP ○ 1ª dose: 2 meses ○ 2ª dose: 60 dias após 1ª dose ○ 3ª dose: 60 dias após a 2ª dose ● DT ○ A cada 10 anos. ● Cuidado com a ferida Contaminação ● Porta de entrada + contato com o esporo Tratamento ● Equipe multidisciplinar ● UTI ● Medidas de suporte (disautonomia, ambiente tranquilo) ● Erradicar a produção e neutralizar toxinas ○ SAT: 10 a 20 mil UI (EV/IM) ○ IGHAT: 1 a 3 mil UI (IM) ● Erradicação: antibioticoterapia (7 a 10 dias) ○ Penicilina G cristalina: 2.000.000 UI - EV de 4/4 horas ○ Metronidazol: 500 mg - EV de 8/8 horas ● BZD (1ª: Diazepam / 2ª: Midazolam) + Miorrelaxante ● Limpeza da ferida
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