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FARMACOLOGIA - CICLO III Imunodeficiência Humana - HIV ARTIGO ● O vírus da imunodeficiência humana (HIV), pertencente à família Retroviridae, gênero Lentivirus, produz a base patológica da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) ● O manejo terapêutico desta infecção consiste no uso de inibidores específicos do ciclo de replicação viral que, quando administrados em conjunto, reduzem efetivamente, por um longo período, a carga viral a níveis indetectáveis ● Falência terapêutica: é consequência da persistência e alta mutagenicidade do HIV, associadas ao uso de antivirais por um período prolongado ○ Os medicamentos em uso nem sempre são bem tolerados e exibem uma série de efeitos adversos, reduzindo a aderência e a continuidade do regime terapêutico complexo ● Os vírions (partículas virais completas) do gênero Lentivirus medem entre 80 e 100 nm de diâmetro, possuem envelope lipoproteico ligeiramente esférico, capsídeo cilíndrico e genoma formado por duas fitas simples sense de RNA linear. O genoma do HIV é mais complexo que dos retrovírus oncogênicos, contendo alguns genes de replicação adicionais Replicação do HIV ● A característica mais marcante da infecção por HIV é a depleção seletiva de linfócitos CD4+, entretanto, este vírus também infecta monócitos, macrófagos, células de Langerhans, entre outras. ● infecção pelo HIV começa com a etapa de adsorção, que compreende a ligação do vírion à superfície da célula alvo ● a fusão do envelope viral com a membrana celular ● etapa de desnudamento: consiste na liberação do conteúdo do capsídeo (RNA genômico e as proteínas MA, TR, IN e Vpr) para o citoplasma ● No citoplasma, o genoma viral RNA é retrotranscrito para uma fita dupla de DNA pró-viral, pela TR viral ● Após a transcrição reversa, o DNA pró-viral é associado com proteínas virais e celulares em um grande complexo nucleoproteico de pré-integração (PIC) que é transportado para o núcleo celular através do poro nuclear ● No citoplasma, as fitas de RNAm viral são traduzidas produzindo as poliproteínas que darão origem às proteínas virais ● O processamento das proteínas virais pela protease leva à formação das partículas virais maduras e infecciosa Fármacos usados na terapia antirretroviral (TARV) ● todas as etapas do ciclo de replicação viral representam alvos para a terapia antirretroviral ● Principais: inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRN), inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleotídeos (ITRNt), inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos (ITRNN) e inibidores de protease (IP) ● Recentemente: inibidores da entrada do vírus na célula, como é o caso do inibidor da fusão vírus-célula (enfuvirtida) e do antagonista de CCR5, (maraviroque), e um inibidor de integrase (raltegravir) INTRODUÇÃO Aspectos clínicos Diferenças: AIDS x HIV ● AIDS = doença crônica ● HIV = vírus Epidemiologia ● Crescentes números quando surgiu a infecção viral -> não se tinha o controle medicamentoso ● Hoje ainda se tem números relevantes no país ● Importante: incentivar a adesão ao paciente e informar sobre a importância do tratamento -> carga viral indetectável -> menor chance de transmissão da doença ● Tratamento agressivo, crônico ● Assistência integrada ao paciente = tratamento integral: tratamento medicamentoso + psicológico + acompanhamento com exames para controle da carga viral + preservativos ○ Tratamento específico (integral) do Brasil ○ Caiu o número de pacientes HIV+, porém é um número significativo -> alto custo para o Estado Os dados são da Unaids, programa das Nações Unidas criado em 1996 para desenvolver soluções e contribuir no combate à AIDS HIV NO BRASIL Com base no último boletim epidemiológico sobre HIV/AIDS, realizado pelo Ministério da Saúde e publicado em dezembro de 2020 Definições ● Problema de saúde, endêmico; ● Infecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV); ● Evoluem grave disfunção do sistema imune a medida que destroem LT CD4+ (alvo vírus); ○ É uma infecção grave inicialmente FARMACOLOGIA - CICLO III ● Contagem de LT CD4+: marcador utilizado para estimativa do prognóstico e avaliação a indicação de início de terapia antirretroviral (TARV); ○ Ataque aos LTCD4+ e prejuízo para a resposta imune ○ LT CD4+: Reconhece o antígeno e estimula a produção de anticorpos pelos LB ● Objetivo do tratamento: declínio da carga viral, diminuir imunossupressão e evitar morte por infecções oportunistas ● Acompanhamento: Contagem viral e linfócitos TCD4 ● TARV (Tratamento Antirretroviral): mudança da história da doença no Brasil (1996); ○ TARV de primeira linha ○ TARV de segunda linha ○ Esquema 2 em 1 (2:1): 1 comprimido com 2 substâncias + 1 comprimido com 1 substância ■ Toma 2 comprimidos e 3 substâncias Objetivos do tratamento Tratamento antirretroviral é feito para: ● Redução da carga viral ● Aumento da sobrevida do paciente: viver por mais tempo e com qualidade de vida ● Reconstrução do sistema imune: restabelecer a resposta imune ● Controle de doenças secundárias: evitar infecções oportunistas ● Melhora da qualidade de vida: vida ativa ● Redução da transmissão vertical: da mãe para o feto ○ Transmissão placentária e do parto ○ Fazer tratamento familiar com a gestante (protocolo): ■ Tratamento correto com antirretroviral ■ Ajuste de medicações que não sejam teratogênicas para engravidar ○ Riscos: abortamento ou natimortalidade, parto prematuro, doenças congênitas ou morte do recém nascido Transmissão do HIV ● Sexual sem proteção (esperma e secreção vaginal), sangue (parenteral ou vertical) e leite materno;exual (esperma e secreção vaginal) ● Sangue (parenteral ou vertical) ● Leite materno; ○ Mãe HIV+ não pode amamentar ● Pacientes com infecção recente (“aguda”) ou imunossupressão avançada tem maior carga viral no sangue e secreções sexuais = transmissão mais fácil do vírus; ○ Infecção recente -> alta viremia -> potente transmissor ● DST (sífilis, herpes genital e cancro mole): processos inflamatórios com favorecimento da transmissão de HIV; ● Doenças não ulcerativas: Gonorreia, infecção por Clamydia, tricomoníase, outras relacionadas ao trato genital inferior. ● Gestantes HIV positivo (risco para o concepto) ● Profissionais de saúde devem tomar cuidado quanto ao uso de EPI necessário (não banalizar o uso!!) ○ Dispositivo de segurança para agulhas, gelcros e escalpes ○ Seguir o protocolo Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão do HIV pode se dar via: Período de contágio Período de Incubação: ● Entre a infecção pelo HIV e aparecimento dos sinais e sintomas de fase aguda -> 5 a 30 dias ○ Faz o tratamento e colhe o sangue de em 30 dias -> monitorar por um tempo Período de Latência: ● Período após a fase de infecção aguda, até a imunodeficiência, 5-10 anos (6 anos média); ● Paciente é +, teve uma infecção aguda detectada, mas não chegou a imunodeficiência -> tratamento resistente ou não fez o tratamento adequadamente ● OBS.: o protocolo é individualizado, pois existem cepas de vírus diferentes (mutação viral) -> necessidade de novos fármacos e de trocar o tratamento Período de Transmissibilidade: ● Todas as fases de infecção, risco proporcional a viremia; ● Em toda fase é possível ocorrer a transmissão ○ Maior a carga viral -> maior a potência de transmissão ■ Tratamento deve ser precoce -> paciente é um potente transmissor FARMACOLOGIA - CICLO III Diagnóstico: ● Pode ou não ter expressão clínica logo após a infecção (condução exame laboratorial x profissional) ● Se teste negativo do paciente fonte e do profissional ○ Pode ou não ser um problema ○ Se paciente fonte com ações de risco (não tem parceiro fixo, vida desregrada) -> deve-se atentar, pois pode ser um falso negativo e o paciente estar na janela imunológica PREP E PEP PrEP x PEP PrEP Profilaxia pré exposição PEP Profilaxia pós exposição - É um estão de vida. - Indicada para quem não tem HIV, mas está mais exposto ao vírus (pessoas trans e travestis, gays e outros HSH, profissionais do sexo e parceriassoro diferentes). - Deve ser tomada todos os dias para proteger do HIV. - Preparar o paciente para um possível contágio - Parceiro +, profissionais do sexo e exposição a risco NÃO É USADO DE FORMA CRÔNICA (evitar efeitos colaterais) - É uma urgência - Indicada para quem pode ter sido exposto ao HIV em situações como sexo desprotegido, violência sexual e acidente de trabalho. ○ Tratamento de urgência, indicado para quem pode ter se exposto - Deve ser tomada em até 72h após a exposição ao HIV, por 28 dias ○ Uso de 2 a 27h pós exposição ○ Tratamento por 28 dias consecutivos ○ Não deve interromper a profilaxia -> manter por 28 dias PEP Camisinha continua sendo importante: além do HIV, protege de outras IST e da gravidez indesejada PrEP (pré-exposição) TENOFOVIR + EMTRICITABINA ● TDF (300 mg) + FTC (200 mg) ● Único comprimido ○ Comprimido único -> 1 comprimido com 2 substâncias ● Mecanismo de ação: bloqueio das vias de acesso do vírus à célula ○ Vírus se liga aos receptores dos linfócitos TCD4 ○ Medicação se liga ao TCD4, bloqueando a ligação do vírus ao receptor ○ Cada protocolo inibe parte do ciclo viral ○ Comum associação para inibir cada parte do ciclo de replicação viral ● Efetiva após 7 dias de uso para relação anal e 20 dias de uso para relação sexual vaginal, antes disso, o risco permanece significativo. ○ Não tem concentrações suficientes do fármaco nas regiões para impedir a migração do vírus ● Não deve ser utilizada como uma pílula do dia seguinte, por exemplo. ○ Por causa da janela terapêutica = não atinge concentração ideal -> não evita o risco para o paciente ● A medicação precisa ter níveis adequados no sangue, na mucosa retal, ou na mucosa genital antes que a pessoa possa se expor ao vírus. ● Esquema livre demanda, somente para aqueles que se expõe ao risco com menor frequência. ○ Geralmente não é de uso crônico (uso em menor tempo possível devido à efeitos adversos) -> uso crônico se exposição frequente ao risco -> tem mais efeitos adversos ○ Expõe ao risco sempre -> tomar sempre (uso contínuo - consciência que traz consequências) ○ Realização de triagens e exames clínicos para avaliação do HIV, para ver se já tornou positivo = deixa de usar PREP e começa a usar o PEP ● Seguimento clínico e laboratorial a cada 3 meses; ○ Inicialmente intervalos mais curtos: 1 mês – período de adaptação ao tratamento; ■ Nos primeiros 3 meses o paciente é monitorado mensalmente ○ 1º dispensação: 30 dias ■ Se correspondeu bem a medicação, sem muito efeitos colaterais, vínculo com paciente -> pode alargar tratamento para 90 dias ■ A depender do vínculo e consciência que o paciente tem do tratamento pode realizar a próxima dispensação após 90 dias ao invés de 60 dias ○ 2º dispensação: 60 a 90 dias; ■ A depender do vínculo criado com o paciente e de sua consciência em relação à necessidade de tratamento ● Avaliação médica e prescrição da profilaxia ○ Não pode tomar por conta própria ○ Paciente deve ser cadastrado no sistema para pegar a medicação (gratuita) ○ Medicação não é vendida particular ● Contraindicações ou efeitos colaterais graves -> suspender método preventivo; ○ Orientar a usar outros métodos de barreira para evitar o contágio = uso de preservativos protege de HIV e de outras ISTs ● Orientações em relação ao sinais e sintomas ○ Em relação aos efeitos colaterais FARMACOLOGIA - CICLO III ○ Interromper se sinais de infecção aguda (febre, resfriado) -> sinais de HIV ● Testagem rápida em toda consulta para verificação do status sorológico ○ Se positivo: iniciar TARV PEP (pós exposição) ● Recomendada em todos os casos de exposição com risco significativo de transmissão do HIV. ● Riscos de contaminação: sangue, material contaminado, fluídos vaginais, líquido peritoneal, abdominal, pleural, amniótico, articular e líquor. ● Não tem risco de contaminação: lágrimas, fezes, urina, suor, vômitos, secreções nasais, saliva (exceto ambiente odontológico -> geralmente saliva misturada com o sangue); ● Iniciar o mais rápido possível, em até 72 horas após exposição; ○ Indicado em até 2 horas e no máximo até 72h após exposição ● Antes de iniciar a medicação deve ser realizado teste rápido (resultado sai em 30 minutos); ○ Em relação ao acidente de trabalho: colher do acidentado (vítima) e do paciente fonte ● Se positivo não iniciar: acidentado infectado anteriormente a exposição ○ PEP = colhe esperando o resultado negativo da vítima ○ Janela imunológica = alteração de carga viral e linfócito -> avaliar resultado ○ Por isso toma medicamento por 28 dias ○ Colhe sangue no primeiro dia, 30 dias, 60 e 90 dias = garantir que o paciente não está na janela imunológica e confirmar negatividade O PEP é o mesmo tratamento para HIV: 1 cp Tenofovir e Lamivudina (mesmo comprimido)/dia + 1 cp Dolutegravir/ dia (2:1) Tratamento por 28 dias ● Em caso do paciente fonte ser sabidamente portadora do HIV, deve-se analisar o esquema antirretroviral que usa. ○ Se paciente soropositivo: entender o tratamento do paciente fonte, se está correto = avaliar mutação -> vítima deve tomar o mesmo esquema que o paciente fonte usa (igual) ou superior ○ Evitar falha virológica e da necessidade de teste de genotipagem para avaliação de mutação e resistência ■ Teste realizado em casos específicos, não é comumente realizado ● Começou a tomar -> 1º dia negativo -> se não sabe quem é o paciente fonte ou ele é soropositivo -> toma PEP ● Após 14 dias: avaliar efeitos adversos; ● Orientar em relação aos parceiros e medidas contraceptivas (evitar exposição do parceiro ● 30 dias após exposição (final do tratamento): repetir o teste ● Repetir com 90 dias novamente ● 1º dia -> 30 dias -> 90 dias ○ Se puder realizar com 60 dias também melhor, mas no protocolo pede para repetir em pelo menos 90 dias Usuária de drogas faz uso de seringa compartilhada: se sabe que fonte é soropositivo ou suspeita -> pode procurar serviço para tomar medicação pós exposição (PEP) devido ao compartilhamento de seringas - Se negativo -> para a PEP - Se der positivo -> TARV - Se negativo após tratamento com PEP e manutenção do estilo de vida de risco -> PrEP de uso crônico (exposição contínua) HIV ● Janela imunológica: é o período entre o contato com o agente infeccioso e o tempo que o organismo leva para produzir quantidade suficiente de anticorpo contra a infecção capazes de serem identificados nos testes. O tempo de produção de anticorpo varia de acordo com cada organismo, por isso o indivíduo recém infectado apresenta os testes sorológicos negativos mas possui vírus e/ou bactérias em quantidade suficiente para transmissão FARMACOLOGIA - CICLO III ● Soroconversão: é o período que denota o processo de desenvolvimento de anticorpos contra um patógeno específico. ○ Negativo -> para teste positivo (saber realizar a leitura dos testes) ○ Teste de contagem viral (carga viral) ou teste de contagem de anticorpos ■ Profissional deve saber fazer a leitura da soroconversão ● É individual e podemos ter os soroconvertidos lentos ○ A soroconversão pode ser lenta -> por isso pode colher em até 90 dias = demora para organismo ter resposta Nível de anticorpos crescendo durante tempo Atingir nível para ser detectável nos exames ● Se não ocorrer soroconversão neste intervalo de 90 dias, o indivíduo pode ser considerado não infectado a não ser que os antecedentes epidemiológicos e/ou sinais clínicos sugiram a infecção pelo HIV. ● Testes de ELISA e Western Blot: 30 dias ○ Na dúvida de positivo ou negativo = realiza 3º teste rápido ou soro com plasma (teste ELISA ou Western Blot) Fases da infecção Infecção aguda ● Período de incubação do HIV -> 3 a 6 semanas e 8 a 12 semanas para produção anticorpos ● Baixo índice de suspeição (não teve alterações de exames) ● Viremia elevada ● Intensa resposta imune, com a queda LTCD4 ○ Alta quantidade de vírus -> baixa de linfócitos ● Quadro gripal ○ Febre, faringite, mialgia, artralgia, rash, fotofobia, hepatoesplenomegalia, candidíase oral ○ Sinais de infecção Assintomática ● Duração:meses ou anos sem apresentar sinais ou sintomas clínicos ● Exames com contagem de CD4 – estável ou declínio ○ Vive muito tempo sem sintomas ● Linfoadenopatia generalizada, flutuante e indolor Sintomática ● Sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável (pode confundir com gripe e resfriado) ● Infecções oportunistas de menor gravidade ● Diarréia, linfadenopatia generalizada, febre, astenia sudorese noturna e perda de peso superior a 10% (duram mais de 1 mês em causa identificada) Doenças oportunistas ● Podem agravar a infecção (pode levar a óbito) Aspectos clínicos ● Os exames de CD4 e carga viral (CV) devem ser coletados antes do início da TARV, porém o paciente deve ser aconselhado a iniciar a medicação assim que realizar a coleta. ○ Sabe-se que o TARV está fazendo efeito quando se tem uma redução da carga viral -> por isso, é importante colher antes do tratamento ● Se a PVHIV (paciente vivendo com HIV) estiver motivada e preparada para iniciar o tratamento, é possível que ela saia da primeira consulta já com a receita médica de TARV. ○ Primeiro resultado = impacto social, psicológico -> orientação médica ● Os exames laboratoriais devem ser solicitados na primeira consulta, mas seus resultados não devem atrasar o início da TARV ○ Não é necessário esperar todos os exames (função renal, hepática…) FARMACOLOGIA - CICLO III ○ Quanto antes e mais precoce começar o tratamento melhor ● A solicitação de creatinina não é obrigatória para iniciar tratamento com Tenofovir (TDF). ○ No entanto, é aconselhável a avaliação prévia em pessoas de alto risco ou com história prévia de doença renal. ○ Medicamento que tem alto índice de toxicidade renal Medidas de controle ● Prevenção da transmissão sexual: educação sexo seguro, uso de preservativos masculino e feminino; ● Prevenção da transmissão sanguínea: triagem de doadores, realização de teste obrigatório de detecção de anticorpos anti HIV, conscientização dos doadores; ● Injeção e instrumentos pérfuro-cortantes: manipulação destes materiais, nunca reencapar ou quebrar agulhas, descarte correto (descartex), incineração de lixo-hospitalar, uso de EPI (esterilizados ou desinfectados) Cuidados com o tratamento Resultado positivo -> conduta ● Medo, preconceito ou discriminação, comunicação diagnóstico aos familiares e convívio social; ○ Desmistificar que o paciente está condenado a morte ○ Orientar sobre os efeitos colaterais, consultas ● Impacto negativo na adesão ao tratamento , consultas, exames buscar medicamentos, tomar no horário correto e doses recomendadas; ○ Impacto negativo que pode interferir na adesão ao tratamento ● Apoio familiar, psicológico, enfermidade crônica, compreensão sobre a soropositividade, processo de enfrentamento Fatores dificultadores do tratamento ● Complexidade do regime terapêutico: doses diárias, armazenamento em baixa temperatura, dificuldade de ingestão, ajuste de horários das doses x rotina x estilo de vida; ○ Mesmo horário ■ Mais fácil de adesão e tornar hábito para não esquecer ■ Manter concentração plasmática ideal para evitar multiplicação viral ● Suporte socioafetivo; ○ Se é necessário acompanhamento psicológico ● Baixa instrução/ escolaridade, cognição, transtornos mentais, depressão, ansiedade; ○ Entender condições socioeconômicas ● Efeitos colaterais, relação com o médico e equipe de profissionais de saúde; ● Abuso de álcool e/ ou drogas ● Reconhecer e respeitar as diferenças individuais significa aplicar o princípio da equidade nas práticas de saúde ○ Criar vínculo com o paciente ● O acesso à informação sobre sua própria condição de saúde e possíveis efeitos adversos é um direito do usuário ○ Orientação claras para convencer tratamento Fatores facilitadores do tratamento ● Compreensão da enfermidade; ● Objetivos da terapia ● Motivação e disposição. ● Não tem cura, mas tem tratamento ● Redução da carga viral (replicação viral); ● Entendimento: dose, horário, quantidade de comprimidos/ cápsulas (uso de tabelas), efeitos adversos Tratamento ● Finalidade: diminuir a carga viral e aumentar a contagem de linfócitos CD4+ (restabelecer o sistema imune) ○ Aumento da carga viral quando não tratados -> diminui contagem de CD4+; ○ Restabelecer o sistema imune ● Objetivo TARV: ○ Reduzir os níveis plasmáticos de RNA do HIV a não detectável (< 20 a 50 cópias/mL); ○ Restaurar a contagem de CD4 a um nível normal (restauração ou reconstituição imunitária) ● Falha de tratamento: são feitos testes de sensibilidade ao fármaco (resistência) da cepa dominante do HIV ou genotipagem ○ Genotipagem se necessário alterar tratamento ou se não responde ao tratamento com medicamento padrão ○ Se sabe o tratamento do paciente fonte (portador de HIV) fica mais fácil de realizar o tratamento da vítima Características dos vírus ● Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios que possuem cápsula de proteínas (capsídeo) ○ Fármaco deve entrar dentro da célula do hospedeiro, conseguir pegar o vírus e ser tóxico apenas para o vírus e não para célula (seletivo) ● Toxicidade seletiva: antirretroviral deve ser tóxico para o vírus e não ser tóxica para o hospedeiro para não gerar efeitos colaterais ● Resistência aos tratamentos: necessário de troca de medicação FARMACOLOGIA - CICLO III Composição ● 1 - DNA e RNAm ○ Retrovírus são de RNAm ● 2 - Capsídeo: estrutura proteica que envolve o material genético ● 3 - Envolve membrana lipídios e glicoproteínas que reveste o capsídeo ○ Diferenças metabólicas entre os tipos de vírus, dificulta o surgimento de agentes de amplo espectro ● Cada classe de antirretroviral impede uma fase de Enzima protease (cria estrutura proteica para gerar vírus) replicação viral Replicação viral Como todos os vírus, o vírus da imunodeficiência humana (HIV) reproduz-se (replica) utilizando a estrutura genética da célula que infecta, geralmente um linfócito CD4+ ● 1 - Vírus reconhece e se adere ao LCD4 por reconhecimento da estrutura viral (gp120 + CD4) ○ Receptores CCR5 -> presente na cápsula proteica do vírus, é um receptor de membrana que favorece a fixação do vírus ○ Fármacos inibidores de fixação -> inibem gp120 e CCR5 ○ gp120 -> estrutura presente no vírus para se acoplar aos linfócitos CD4 ● 2 - Vírus entra para dentro da célula e fica no citoplasma ● 3 - No citoplasma -> libera RNA -> a enzima transcriptase reversa transcreve de forma reversa o RNA em DNA ○ Objetivo = conseguir envolvimento do vírus com hospedeiro ■ RNA viral -> se transforma em DNA viral e consegue se acoplar ao DNA do hospedeiro = entra para dentro do núcleo da célula ■ Dentro do núcleo: enzima integrase (integra o DNA do vírus com o do hospedeiro) = DNA comum (único) -> vírus se multiplica -> mais material genético viral ● 4 - Durante a replicação celular do DNA do hospedeiro replica também o DNA viral = gera novo vírus ● 5 - Processo de maturação do vírus para infectar outras células ○ Transformação dentro da célula - citoplasma ○ Enzima protease cria uma estrutura proteica -> formação de um novo vírus ○ Vírus sai das células para infectar novas células ● Enzimas: transcriptase, integrase e protease Mecanismos de ação dos fármacos ● Fármaco que evita fixação do vírus com CDA ○ Utilizado em fases de mutação do vírus ○ Uso raro ● Inibidores da transcriptase reversa ○ Inibe a transcrição do RNA viral em DNA viral ○ Impede multiplicação do vírus no início ● Inibidores da integrase = inibe a integração do DNA do vírus com humano ● Inibidores de protease = após mutação, mas não consegue criar proteínas para criar outros vírus ● Inibidores de fixação = inibe fixação do vírus nos 2 receptores (GP 120 e CCN 5) Esquema de replicação viral 1. Vírion ligando ao CD4 e ao receptor de quimiocinas 2. Fusão da membrana do HIV com a membrana da célula, entrada do genoma viral no citoplasma 3. Síntese do DNA pró-viral mediada pela transcriptase reversa 4. Integração do provírus no genoma da célula 5. Ativação da célula pela citocina: transcrição do genoma do HIV, transporte dos RNAsprocessados para o citoplasma 6. Síntese das proteínas do HIV, montagem da estrutura central do vírion 7. Expressão de gp120 / gp41 na superfície de célula; brotamento da partícula viral madura ● FASE 3 e 4 = fixação e transcrição ○ Medicamento age nessas fases FARMACOLOGIA - CICLO III ● Vírus RNA = forma como novo material genético como espelho do DNA ○ Sai no citoplasma como RNA Replicação do vírus (simplificado) ● Independente do tipo de célula hospedeira, todos os vírus seguem as mesmas etapas básicas, conhecidas como CICLO LÍTICO: ● ABSORÇÃO: uma partícula de vírus prende-se a uma célula hospedeira. ● ENTRADA: a partícula libera suas instruções genéticas dentro da célula hospedeira; ● REPLICAÇÃO: o material genético injetado recruta as enzimas da célula hospedeira, as enzimas fazem as partes de novas partículas de vírus; ● MONTAGEM: as novas partículas juntam-se formando novos vírus; ● LIBERAÇÃO: os novos vírus rompem a célula hospedeira e libertam-se TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL - TARV Objetivo do tratamento ● Para suprimir completamente a replicação do HIV é necessário combinação de 2, 3 ou 4 medicamentos de classes diferentes. ● A escolha deve se basear em: ○ Efeitos adversos previstos ○ Simplicidade do esquema (facilitar a adesão) ○ Doenças concomitantes (p. ex., disfunção hepática ou renal) ○ Outros fármacos tomados (para evitar interações medicamentosas) ● Adesão maximizada para tratamentos acessíveis e toleráveis, dosagens únicas por dia ou 2x dia; ● Disponibilidade de tratamento com >/ 2 medicamentos são utilizados para simplificar os esquemas e melhorar a adesão. Quando se inicia o TARV Informação extra - quando se inicia TARV ● Se positivo = iniciar TARV ● Em alguns casos pode realizar contagem de linfócito para otimizar o tratamento ● Contagem de linfócitos baixa -> carga viral grande -> iniciar o tratamento imediatamente ● Gestante -> iniciar tratamento imediatamente, assim que fecha o diagnóstico (tanto congênita quanto no parto) ● TARV -> para paciente positivos (mas mesmo padrão da PEP, o que muda é o período do tratamento -> PEP são 28 dias e TARV para o resto da vida) Estimativa de início tratamento Todas as PVHA, independentemente da contagem de LT CD4+ Estimular início imediato da TARV, na perspectiva de redução da transmissibilidade do HIV, considerando a motivação da PVHA ● Redução da transmissão sexual quando paciente está em tratamento com TARV e baixa carga viral; Diante do exposto, recomenda-se estimular inócuo imediato da TARV para todas as PVHA, independentemente da contagem de LT-CD4+, na perspectiva de redução da transmissibilidade do HIV, considerando a motivação da PVHA ● Não interromper após início; ○ Inicialmente -> efeitos gastrointestinais (vômitos, náusea) -> faz com que paciente queira abandonar o tratamento -> porém, não se deve interromper -> procurar o médico para fazer uma adaptação ● Incentivar o uso de preservativos mesmo quando há supressão viral, pois há uma redução de contágio, mas não elimina a possibilidade. FARMACOLOGIA - CICLO III Tratamento pacientes sintomáticos “informação extra” Ação dos medicamentos na fases de replicação viral TRN (nucleotídeo) ● Inibidor de nucleotídeo -> altera a leitura das bases nucleotídicas ● Agem competindo com os nucleosídeos naturais na ligação com a transcriptase reversa ITRNN (Não nucleotídeo) ● Inibidor da transcriptase reversa não nucleosídeo (não faz uma interferência na leitura da transcriptase reversa na base do nucleotídeo -> inibe a enzima transcriptase reversa -> não faz replicação ○ Inibe a enzima ● Associado inibidor nucleotídeo + inibidor não nucleotídeo ● Impedem a transcriptase reversa do HIV de converter RNA de HIV em DNA ● FASE 3 - Inibem o processo de síntese de DNA viral através da transcriptase reversa, que iria sintetizar o DNA viral através da “leitura” do rna viral, após a entrada do vírus no citoplasma. Inibidores da Integrase - II ● Impedem a integrase, enzima que integra o material genético do HIV no genoma celular (DNA viral + DNA do hospedeiro) ● Dolutegravir (DTG) ● Raltegravir (RAL) ● Usa se os inibidores da transcriptase não derem certo ● FASE 4 - impedem a integração do DNA do HIV ao DNA humano. Inibidor da protease - IP ● Só faz parte do protocolo quando se usa inibidores de transcriptase e integrase e não deu certo ● 3ª opção ● Uso em casos específicos ● Impedem que a protease ative certas proteínas no interior dos vírus recém-produzidos. o resultado é um HIV imaturo e defeituoso que não infecta novas células. ● FASE 6,7 - Estes medicamentos irão impedir a síntese de proteínas para formação de novo vírus. a protease é uma enzima importante para a replicação viral,assim ficará impedida de replicar o vírus Inibidores de Fusão ou fixação - IF ● 1- Inibidores do gp120: ○ Enfuvirtida -> inibe a fixação do vírus à célula ○ Inibe o gp120 ● FASE 1,2 - os inibidores de fixação impedem o HIV de se ligar às células T do hospedeiro e a outras células do sistema imunológico, impossibilitando, assim, sua entrada nas células. FARMACOLOGIA - CICLO III ● 2- Inibidores do CCR5 - ICCR5 ○ Inibe os co receptores responsáveis pela entrada do vírus na célula ● Inibidores de entrada (fusão) impedem o HIV de entrar nas células. para entrar na célula humana, o HIV deve se ligar a um receptor CD4 e outro receptor, tal como o receptor ccr5. um tipo de inibidor de entrada, inibidor de ccr-5, bloqueia o receptor de ccr-5 impedindo que o hiv entre nas células humanas. Como iniciar o tratamento? TDF (TENOFOVIR) -> nefrotóxico (evitar em paciente com comorbidade renal) ABC (ABACAVIR) AZT (ZIDOVUDINA) ddl (DIDANOSINA) ● Protocolo padrão (a partir de 2017): 1 cp Tenofovir e Lamivudina (mesmo comprimido)/dia + 1 cp Dolutegravir/ dia (2:1) ● 1ª tabela: uso do Efavirenz -> protocolos para paciente que estavam usando antes de 2017 e teve boa tolerabilidade ○ Efavirenz = foi retirado devido ao número de mutações e de efeitos adversos ■ Foi substituído pelo Dolutegravir -> menos efeitos colaterais -> melhor adesão do paciente -> substituído de 2017 para frente ● Para todos os pacientes deve-se acompanhar a carga viral, a contagem de linfócitos CD4+, função renal e função hepática ○ Para paciente com história prévia de hepatopatia ou nefropatia -> acompanhar com menos tempo ■ Equidade -> cada indivíduo tem uma demanda diferente -> acompanhar a partir da necessidade individual ● Tenofovir = nefrotóxico ○ Acompanhar o clearance da creatinina para avaliar a função renal ○ Iniciar o protocolo -> pede os exames, avaliar -> ir acompanhando ao longo do tratamento ○ Não retardar o início do tratamento -> para iniciar o tratamento não é obrigatório esperar o resultado dos exames! ● Todos os fármacos são de metabolização hepática -> avaliar a função hepática ○ Se paciente hepatopata = deficiência de metabolização -> mais tempo do fármaco no organismo = realizar ajuste de dose ■ Frequência de dose - menor dose em mais quantidade ■ De toda forma exige função hepática ● Necessário acompanhamento mais severo e mexer no esquema terapêutico ● Exames de função hepática e carga viral = avaliar se concentração está impedindo multiplicação do vírus Se contraindicação ao Tenofovir (nefrotóxico) ● 1ª opção = Zidovudina (AZT) -> se contraindicação ao Tenofovir (TDF) ● 2ª opção = Abacavir (ABC) -> se contraindicação ao TDF e Zidovudina (AZT) ● 3ª opção = ddl -> se contraindicação ao Tenofovir (TDF), Zidovudina (AZT), Abacavir (ddl) ● Abacavir -> reação adversa -> exantema (reação de hipersensibilidade mais grave) ○ Não é tão rara Posologia do TARV 1cp de Lamivudina 300mg + Tenofovir 300mg/dia Associação para facilitar a adesão do paciente! Dolutegravir 50mg/dia Escolha da terapia antirretroviral em situações especiais Adaptação do protocolo quando hepatite B, nefropatia, tuberculose e gestante FARMACOLOGIA - CICLO III 3TC (LAMUVIDINA) AZT (ZIDOVUDINA) LPVr (LOPINAVIR + RITONAVIR) HIV: aspectos clínicos ● Tripla combinada, o chamado três em um,dos medicamentos Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300 mg) e Efavirenz (600mg). ○ Ingere somente 2 comprimidos (2 em 1) ■ Tenofovir + Lamivudina = em 1 comprimido ■ Efavirenz = comprimido separado Indicações do Dolutegravir ● Crianças acima de 12 anos e mais de 40kg ● Pessoas nunca tratadas e que vão começar o tratamento a partir de 2017. ● Pessoas que tem falha terapêutica com o Efavirenz (carga viral detectável após 6 meses de tratamento diário) ● Pessoas que possuem alguma contraindicação ao Efavirenz ● Pessoas com efeitos adversos importantes ao Efavirenz ● Pessoas com intolerância ao Efavirenz Efavirenz ● Pacientes em uso de esquemas com Efavirenz como o 3 em 1 (Tenofovir, Lamivudina, Efavirenz), que tenham carga viral indetectável e com boa tolerância, não possuem indicação de troca do Efavirenz pelo Dolutegravir Contraindicações do Efavirenz ● Alucinações, sonambulismo ● Pessoas com problemas psiquiátricos como esquizofrenia. ● Pessoas com alergia ao remédio ● Pessoas que trabalham a noite e não podem dormir em serviço ● Pessoas com outros problemas de saúde e que tomam outras medicações que interagem com o Efavirenz ● Usuárias dos seguintes medicamentos: Fenitoína, Fenobarbital, Oxicarbamazepina, Carbamazepina, Dofetilida, pilsicainida Antes de iniciar e manter o tratamento TARV Avaliar: ● História de infecções prévias como Tuberculose, Infecções Sexualmente Transmissíveis ● Cirurgias prévias ● Histórico de vacinas ● Alergias conhecidas ● Doenças pregressas ● Uso contínuo de medicações ● História médica familiar de ○ Diabetes Mellitus ○ Neoplasias ○ Doenças Cardiovasculares ○ Alterações do colesterol ○ Doenças psiquiátricas como depressão, esquizofrenia, história de suicídio ○ Chagas, Hepatite crônica ● Estilos de vida: ○ Tabagismo ○ Etilismo ○ Outras drogas recreacionais ○ Parcerias e práticas sexuais (orientar ao uso de preservativos -> mesmo com carga viral é passível de transmissão, se proteger contra outras ISTs ○ Utilização de preservativos ○ Prática de atividade física. Carga viral fica indetectável? ● Este tempo costuma variar de 12 a 24 semanas (até 6 meses) ○ Se não atingir carga viral indetectável -> rever tratamento Para alcançar supressão viral ● Baixa carga viral inicial ● ARV potentes ● Boa tolerância do paciente ao esquema escolhido (poucos efeitos colaterais) ● Boa posologia do esquema escolhido (poucas tomadas e/ou poucos comprimidos) ● Excelente adesão do paciente aos ARV. Efeitos adversos do tratamento ● Anemia, hepatite, IR, pancreatite, intolerância a glicose; Acompanhamento: ● Hemograma, glicemia, dislipidemia, função hepática, pancreática e renal, exame de urina. FARMACOLOGIA - CICLO III ● Surto psicótico -> Efavirenz ● Nefrotóxico -> Tenofovir ● Exantema -> Abacavir Efeitos metabólicos: principalmente IP Efeitos metabólicos -> mais evidentes nos IP = inibidores da proteases (ritonavir e lopinavir) -> obs.: não fazem parte do protocolo padrão ● Proporcional a dose, iniciam 1º ou 2º ano de tratamento; ● Relacionado a redistribuição de gordura, hiperlipidemia e resistência insulínica; ● Gordura: rosto, tronco, pescoço, mamas e abdome (lipodistrofia); ● Obesidade Central + Hiperlipidemia + Resistência Insulínica = Síndrome Metabólica, aumento do risco de infarto, AVC e demência. Efeitos Metabólicos: De todos os fármacos ● Esteatose hepática ● Minimização com uso de estatinas e de fármacos de sensibilização da insulina (glitazonas); Alimentação saudável, atividade física regular Complicações Ósseas: De todos os antirretrovirais ● Osteopenia e osteoporose assintomáticas ● Menos comum: necrose avascular de grandes articulações como quadril, joelho e ombro (lesões articulares) Tratamento “interrupção” ● É segura quando suspensos todos os TARV simultaneamente, mas como temos Nevirapina que permanece elevados podemos desenvolver resistência (demora dias para ser eliminada do organismo -> t1/2 extenso) ○ Fazer o desmame da nevirapina para depois interromper os outros ● Doenças concomitantes ou toxicidade intolerável ● Reintroduzir monoterapia no caso de toxicidade por alguns dias; ○ Intolerância -> interromper TARVS, mas não todos -> manter pelo menos 1 fármaco de dose única, em monoterapia para tentar controlar a dose viral (manter dose mínima para diminuir a carga viral) ● Abacavir: reação de hipersensibilidade potencialmente fatal com reexposição; febre e exantema e risco aumentado para HLA-B*57 (teste genético) ○ Reexposição pode ser fatal -> é extremamente alergênico ● Efavirenz: exantema, alterações fetais (teratogênico) alterações de sono, agitação, síndrome da esquizofrenia ○ Não nucleotídeo ● Lamivudina e zidovudina -> envolvidos nas bases nitrogenadas ● Zidovudina (AZT) -> causa anemia ○ Mas todos causam ○ Envolvidos na replicação do DNA, RNA e formação celular -> anemia ○ Inibidores das bases nucleicas
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