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Micologia - Microbiologia

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Micologia
SUMÁRIO
1. Definição e epidemiologia...................................................................................4
2. Características gerais .........................................................................................5
Temperatura .................................................................................................................. 5
Umidade ........................................................................................................................ 6
Termogenia ................................................................................................................... 6
Acidez do meio ............................................................................................................. 7
Cromogenia .................................................................................................................. 7
Vias de dispersão ......................................................................................................... 7
Metabólitos ................................................................................................................... 7
Ecologia ......................................................................................................................... 8
Nutrição ......................................................................................................................... 8
Reserva.......................................................................................................................... 9
3. Estrutura das células fúngicas ..........................................................................10
Unicelulares x pluricelulares ...................................................................................... 10
Parede celular ............................................................................................................. 11
Membrana plasmática ............................................................................................... 12
Citoplasma fúngico .................................................................................................... 12
4. Morfologia ........................................................................................................13
5. Reprodução ......................................................................................................17
6. Classificação dos fungos ..................................................................................20
Divisão zygomycota ................................................................................................... 20
Divisão ascomycota ................................................................................................... 20
Divisão basidiomycota ............................................................................................... 20
Divisão deuteromycota .............................................................................................. 20
Referências .......................................................................................................................23
Micologia   4
1. DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA
A Micologia é definida como o estudo de microrganismos conhecidos por fungos 
e leveduras. Acredita-se que existam mais de 5 milhões de espécies no Reino Fungi, 
sendo, depois dos insetos, o grupo de organismos mais diverso do planeta. No perí-
odo pré-histórico, os fungos comestíveis, os venenosos e os alucinogênicos já eram 
conhecidos. Entretanto, durante várias décadas, os fungos foram pouco explorados 
pela medicina, apesar de terem um papel crucial na saúde humana. Esses organis-
mos convivem conosco todos os dias e são encontrados praticamente em qualquer 
local do ambiente, inclusive em nós, seres humanos. Além do ponto de vista da 
medicina, esses organismos são úteis como decompositores de resíduos orgâni-
cos, causando a decomposição ou a degradação de alimentos, transformando-os 
em elementos assimiláveis pelas plantas. Eles também têm implicações em várias 
áreas: Medicina humana e veterinária, Farmácia, Nutrição, Fitopatologia, Agricultura, 
Biotecnologia, entre outras.
Figura 1: Cogumelo Boletus.
Fonte: Krasula/shutterstock.com
Micologia   5
Acredita-se que existam pelo menos 250 mil espécies de fungos, sendo que me-
nos de 150 foram descritos como patógenos humanos. A nossa relação com os fun-
gos podem envolver tanto fatores benéficos, quanto maléficos. Quem nunca comeu 
um pão, bolo ou cerveja que contenha leveduras? Então! Muitos fungos são comestí-
veis e fazem parte da nossa mesa todos os dias. Além disso, quem nunca ouviu falar 
sobre o antibiótico Penicilina? Pois é, sua origem também vem dos fungos. Alguns 
fungos estão constantemente presentes no nosso corpo, sem gerarem doença, prin-
cipalmente na boca, pele, intestino e vagina. A presença da microbiota bacteriana 
residente e as defesas imunitárias do organismo impedem-nos de se disseminarem. 
De modo contrário, alguns fungos são capazes de provocar diversos quadros infec-
ciosos com formas clínicas localizadas ou disseminadas. Isso ocorre principalmente 
em indivíduos submetidos a terapêuticas antibióticas de longo prazo que alteram o 
equilíbrio entre fungos e bactérias e nas que tomam corticosteroides ou são imunos-
suprimidos. Dentre as centenas de espécies de fungo descritas, as leveduras do gê-
nero Cândida são os maiores agentes relacionados à infecção humana. No entanto, 
de um modo geral, ao longo dos últimos dez anos, a incidência de infecções impor-
tantes causadas por fungos tem aumentado. Essas infecções estão ocorrendo como 
infecções nosocomiais e em indivíduos com sistema imunológico comprometido. 
As micoses mais comuns são as superficiais, que afetam a pele, os pelos, o cabelo, 
as unhas, os órgãos genitais e a mucosa oral. Note que esses organismos dão prefe-
rência a locais úmidos e quentes, pois nessas regiões eles encontram as condições 
propícias para o seu desenvolvimento.
2. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Os fungos interagem de várias maneiras com os seres humanos e os ambientes 
que os cercam. Como outros organismos, existem meios ideais para a sobrevivência 
fúngica, o que ajuda na sua proliferação e patogenia. Abaixo estão descritas algu-
mas especificidades desses organismos:
Temperatura
Diferentes tipos de fungos podem se desenvolver em uma extensa faixa de tem-
peratura. No entanto, a maioria desenvolve-se melhor entre 25º a 30º C. Alguns fun-
gos isolados do estado parasitário preferem temperaturas próximas de 37º C, para 
seu isolamento inicial.
Micologia   6
Umidade
Diferente da temperatura, o ambiente saturado de umidade é melhor para os fun-
gos. Exemplo disso são os bolores que aparece nos lugares mais úmidos de nossas 
casas.
Figura 2: Morango mofado. 
Fonte: Astrid Gast/shutterstock.com
Termogenia
Devido a propriedades fermentativas presente em alguns tipos de fungos, como 
as leveduras, pode haver um aumento da temperatura do meio em que se desen-
volvem. Isso ocorre porque essas fermentações são reações exotérmicas, ou se-
ja, liberam calor. Por exemplo, a oxidação total de 180 g de glicose pela levedura 
Saccharomyces cerevisiae produz cerca de 700.000 calorias. Essas fermentações 
ocorrem pela presença de diversas enzimas presentes dos mais variados tipos de 
fungos: Glicidases (sacarases, maltases etc.), enzimas proteolíticas (proteases, pep-
tidases) e ainda fosfatases, asparaginase, oxirredutase, dehidrogenase, entre outras.
Micologia   7
Acidez do meio
A maioria dos fungos se desenvolvem em um pH entre 5,6 e 7. No entanto, eles 
possuem tolerância em uma ampla faixa de variação. Os fungos filamentosos po-
dem crescer na faixa de pH entre 1,5 e 11, já as leveduras não toleram pH alcalino. 
Muitas vezes, a pigmentação dos fungos está relacionada com o pH do substrato. 
Os meios com pH entre 5 e 6, com elevadas concentrações de açúcar, alta pressão 
osmótica, tais como geleias, favorecem o desenvolvimento dos fungos nas porçõesem contato com o ar.
Cromogenia
Os fungos são cromóparos, ou seja, eles possuem a particularidade de difundir, no 
meio em que se reproduzem, pigmentos que produzem. Por conta disso, eles podem 
“colorir” o ambiente ou apenas pigmentar os seus micélio e esporos. Quando os pig-
mentos vão para o meio, os fungos se chamam Cromóparos, quando o pigmento fica 
retido em partes do fungo, eles se chamam Cromóforos. É por conta disso que algu-
mas culturas fúngicas apresentam-se com variadas colorações: negra, vermelha, ama-
rela, branca, acastanhada, verde etc.
Vias de dispersão
Apesar de poder se dispersar por meio da água, sementes, insetos, carregado por 
animais ou até seres humanos, a principal via de dispersão é o ar atmosférico, atra-
vés dos ventos. Os fungos que se dispersam pelo ar atmosférico são denominados 
de fungos anemófilos e têm importância em alergias no homem e como agentes de-
teriorantes de diversos materiais.
Metabólitos
Outra característica bem importante para a medicina é o fato de que os fungos 
podem produzir metabólitos. O metabolismo dos fungos tanto produz uma vitamina 
como uma toxina, tanto um antibiótico como um outro produto industrial qualquer 
(leucina, serina, arginina, metionina, ácido oleico, ácido esteárico, prolina, histidina e 
muitos outros). Exemplo disso é a penicilina produzida pelo Penicillium notadum, ou 
a estreptomicina produzida pelo Stretomyces griseus.
Micologia   8
Ecologia
A maioria dos fungos vive nos mais diversos substratos da natureza e é isolada do 
solo seco, pântanos, troncos apodrecidos ou nas frutas, leite, água, poeira. São deno-
minados geofílicos aqueles que têm preferência para o solo. Os zoofílicos são aqueles 
que usualmente crescem em animais e, antropofílicos, os que só têm sido isolados do 
homem. Exemplos de agentes que infectam os seres humanos são os Trichophyton 
rubrum e Epidermophyton floccosum, causadores de micoses superficiais.
Figura 3: Micose superficial em pé humano.
Fonte: chaipanya/shutterstock.com
Nutrição
Diferente das plantas, os fungos não possuem clorofila, e consequentemente 
não são capazes de sintetizar sua própria fonte de energia. Esses organismos são 
responsáveis por ajudar na decomposição da matéria orgânica morta, transforman-
do-as em micronutrientes para continuar o ciclo da cadeia alimentar. Além disso, 
estão associados a simbiose com vários vegetais, ajudando-os na retenção de água 
e nutrientes. Sendo assim, eles obtêm sua nutrição através do saprofitismo e parasi-
tismo. A maioria é saprófita. 
Muitas espécies fúngicas podem se desenvolver em meios mínimos, conten-
do amônia ou nitritos, como fontes de nitrogênio. As substâncias orgânicas, de 
Micologia   9
preferência, são carboidratos simples como D-glicose e sais minerais como sulfatos 
e fosfatos. Além disso, oligoelementos como ferro, zinco, manganês, cobre, molib-
dênio e cálcio são exigidos em pequenas quantidades. No entanto, alguns fungos 
requerem fatores de crescimento, que não conseguem sintetizar, em especial, vitami-
nas, como tiamina, biotina, riboflavina e ácida pantotênico. Nessa condição, os fun-
gos trazem, muitas vezes, benefícios, como, por exemplo, na função de limpadores 
do solo, pelo consumo de matéria orgânica apodrecida nele espalhada. Outras vezes 
acarretam prejuízos quando, por exemplo, crescem em comestíveis enlatados, nos 
celeiros de cereais, nas frutas ou legumes.
Reserva
Assim como os seres humanos, os fungos também são capazes de armazenar 
glicogênio. Lembrando que o glicogênio é um polissacarídeo constituído por uma 
cadeia de monômeros de glicose. Ele se assemelha à cadeia do amido, sendo ainda 
mais ramificado.
MAPA MENTAL CARACTERISTICAS GERAIS
Pode gerar aumento da 
temperatura do meio
CARACTERISTICAS 
GERAIS
Nutrição
Acidez
Termogenia
Temperatura
Ecologia
Úmidade
Simbioses com 
plantas e animais
Microrganismos de 
grande impacto na vida 
humana e para natureza
Reciclagem de matéria 
nos ecossistemas
Decomposição da 
matéria orgânica
A maioria desenvolvem 
melhor em um pH entre 5 e 7
Ambiente saturado de 
umidade é o melhor
A maioria desenvolve-se 
melhor entre 25º a 30º C 
Micologia   10
3. ESTRUTURA DAS CÉLULAS 
FÚNGICAS
Os fungos são organismos eucariontes. Por conta disso, suas estruturas possuem 
diversos aspectos em comum com outros tipos de organismos eucarióticos.
Unicelulares X pluricelulares
Em termos microscópicos, os fungos podem ser divididos em unicelulares, como 
as leveduras ou multicelulares, como os fungos filamentosos. Isso é importante, pois 
tem impacto na reprodução fúngica. Por exemplo, leveduras crescem na forma de 
células únicas, que se reproduzem assexuadamente por brotamento. Quando esses 
fungos se organizam e formam estruturas macroscópicas, eles têm dois tipos de as-
pectos. Os fungos unicelulares se juntam, formando os bolores, e os fungos filamen-
tosos formam os cogumelos.
Figura 4: Bolores.
Fonte: Kamutchart B/shutterstock.com
Micologia   11
Figura 5: Cogumelos.
Fonte: Gita Kulinitch Studio/shutterstock.com
 Se liga! Apesar dessa classificação, diversos fungos de importân-
cia médica exibem dimorfismo térmico, isto é, formam estruturas distintas em 
diferentes temperaturas. Apresentam-se como bolores no meio externo, à tem-
peratura ambiente e como leveduras, ou outras estruturas, nos tecidos huma-
nos, à temperatura corporal.
Parede celular
A parede celular fúngica é muito complexa quimicamente, apresentando uma 
matriz externa mucilaginosa, formada por um polissacarídeo solúvel. As espécies 
de fungos verdadeiros apresentam uma parede formada por uma matriz de fibras de 
quitina. Já os Oomycetes apresentam uma parede formada por celulose, um dos mo-
tivos para considerar esse grupo como pseudofungos. A quitina é o mesmo material 
de que é feito o exoesqueleto dos artrópodes. É por conta da característica da pare-
de fúngica que faz com que eles sejam insensíveis a antibióticos, como a penicilina, 
que inibem a síntese de peptideoglicano. Quitina é um polissacarídeo nitrogenado 
composto por longas cadeias de N-acetilglicosamina. É por conta da dessa parede 
que os fungos podem se proteger da diferença de osmolaridade entre o meio inter-
no e externo, evitando a infiltração de água e rotura da parede. Além disso, a parede 
Micologia   12
celular fúngica contém também outros polissacarídeos, dos quais o mais importante 
é o β-glicano, um longo polímero de D-glicose. Mas também, pode possuir celulose, 
mananas e membrana celular com esteróis presentes.
Membrana plasmática
A membrana da célula fúngica é fundamentalmente lipoproteica, sendo compos-
ta por duas camadas de lipídios e dotada de permeabilidade seletiva. Possui várias 
glicoproteínas voltadas para o meio extracelular, com capacidade de aderência de 
moléculas. Além disso, é dotada de proteínas transmembranas que permitem o fluxo 
de substâncias do intracelular para o extracelular e vice-versa. Tudo isso é muito se-
melhante com a estrutura da membrana plasmática humana. No entanto, a principal 
diferença é que nos fungos a membrana contém ergosterol, contrariamente à mem-
brana humana, que contém colesterol. 
 Se liga! É por conta da ação seletiva da anfotericina B e de azóis, 
como fluconazol e cetoconazol, sobre os fungos que o antifúngico ataca a 
membrana do fungo e não dos seres humanos.
Citoplasma fúngico
Como já foi dito, os fungos são seres vivos eucarióticos. Quando se trata de leve-
duras, há apenas um núcleo, já os fungos filamentosos ou bolores, são multinuclea-
dos. O núcleo é envolto por uma carioteca, lipoproteica e porosa, permitindo a saída 
de material genético para o citoplasma. O nucléolo, assim como nos seres humanos, 
também tem a função de produzir o RNA ribossômico. Seu citoplasma contém mito-
côndrias constituídas por cristas planas, DNA e ribossomos próprios. Além disso, há 
a presença de proteínas do citoesqueleto que ajuda no processo de divisão celular. 
As células dos fungos não possuem plastídios e nem centríolo,mas estão presentes 
a estrutura de Golgi, retículo endoplasmático rugoso e os peroxissomos. Os flagelos 
podem estar presentes somente nas estruturas de reprodução em alguns grupos.
Micologia   13
4. MORFOLOGIA
Como foi dito acima, microscopicamente, os fungos podem ser divididos em 
colônias de leveduras ou filamentosas. As colônias leveduriformes são pastosas 
ou cremosas, formadas por microrganismos unicelulares que cumprem as funções 
vegetativas e reprodutivas. Enquanto isso, as colônias filamentosas podem ser al-
godonosas, aveludadas ou pulverulentas; são constituídas fundamentalmente por 
elementos multicelulares em forma de tubo, que denominamos de hifas. Portanto, 
os fungos pluricelulares são formados por células alongadas constituindo estruturas 
filamentosas que recebem o nome de hifas. O conjunto de hifas entrelaça-se e acaba 
formando o corpo do fungo, esse conjunto de hifas forma uma estrutura chamada de 
micélio. Em relação à presença de septos, as hifas podem ser classificadas em con-
tínuas ou cenocíticas e tabicadas ou septadas. Os septos são projeções da parede 
celular em direção ao centro do tubo, mas que não se encontram no centro da hifa e, 
portanto, formam um poro. Essas paredes transversais dão um aspecto de compar-
timentos para a hifa, ou seja, as hifas não cenocíticas ou regularmente septadas são 
multicompartimentadas.
MAPA MENTAL ESTRUTURA DA CÉLULA
ESTRUTURA 
DA CÉLULA
DNA e associação com 
histonas
Heterotróficos por absorção
Aeróbios e/ou anaeróbios
Membrana plasmatica
Endomembranas
Núcleo, nucleolo, 
mitocondrias
Parede celular Uni ou pluricelulares
Proteínas do citoesqueleto Eucariontes
Estrutura rígida → protege 
de diferenças osmóticas
Constituída por quitina
Micologia   14
Figura 6: Hifa septada.
Fonte: piyawat chaichompoo/shutterstock.com
Possuem hifas septadas os fungos das divisões Ascomycota, Basidiomycota e 
Deuteromycota, e hifas cenocíticas os das divisões Mastigomycota e Zygomycota.
Em relação à espessura, as hifas podem ser delgadas (como os Actinomicetos, 
micetoma actinomicótico e pseudomicoses superficiais), que são aquelas que têm 
espessura em torno de 1 μm, mais ou menos (são atualmente denominadas de fila-
mento bacteriano); já as hifas mais espessas, de 2 até mais de 10 μm, são próprias 
dos fungos verdadeiros. Como assim verdadeiro? Pois é! As hifas podem ser clas-
sificadas ainda como verdadeiras ou falsas. As hifas verdadeiras são as que cres-
cem sem interrupção, a partir de germinação de um esporo. As falsas hifas ou hifas 
gemulantes ou pseudo-hifas são as que crescem por gemulação ou por brotamento 
sucessivo. Estas últimas são características das leveduras ou fungos que se repro-
duzem por gemulação (brotamento) e produzem as leveduroses (sapinho) bucal e 
sapinho vaginal, por exemplo.
Micologia   15
Figura 7: Candida albicans, uma pseudo-hifa.
Fonte: Komsan Loonprom/shutterstock.com
Uma última maneira de estudar as hifas é pela coloração. As hifas hialinas de 
cores claras são chamadas mucedíneas. As hifas de tonalidade escura ou negra 
são hifas demácias. Nesse caso, as micoses por elas produzidas são chamadas 
Demaciomicoses. Exemplos: Cromomicose e Tinea nigra.
 Saiba mais! A Tinea nigra é uma ceratofitose que se manifesta 
pelo aparecimento de manchas enegrecidas ou na tonalidade café-com-leite, 
ocorrendo principalmente na palma da mão, mas que pode surgir em qualquer 
localização do corpo, como na região plantar, na região glútea, no abdome e até 
na unha. As margens da lesão podem apresentar-se ligeiramente elevadas e 
são levemente descamativas. No entanto, não há prurido.
Micologia   16
O micélio pode se desenvolver no interior do substrato, funcionando também 
como elemento de sustentação e de absorção de nutrientes. Quando isto ocorre, 
chamamos esse micélio de vegetativo. Por outro lado, quando o micélio que se pro-
jeta na superfície e cresce acima do meio de cultivo, chamamos de micélio aéreo. 
Quando o micélio aéreo se diferencia para sustentar os corpos de frutificação ou pro-
págulos, temos um micélio reprodutivo. Os propágulos ou órgãos de disseminação 
dos fungos são classificados, segundo sua origem, em externos e internos, sexua-
dos e assexuados, mas veremos isso com mais detalhe do próximo tópico. Embora 
o micélio vegetativo não tenha especificamente funções de reprodução, alguns 
fragmentos de hifa podem se desprender do micélio vegetativo e cumprir funções de 
propagação.
MAPA MENTAL MORFOLOGIA
Conjunto de hifas
MORFOLOGIA
Colônias de leveduras
Colônias filamentosas
Micélio
Septos
Hifas
Corpo de frutificação
Contínuas ou septadas
Tubo microcópico que 
contém o material do fungo
Algodonosas, aveludadas 
ou pulverulentas
Agrupamento de micélios
Projeções da parede celular 
em direção ao centro do tubo
Pastosas ou cremosas
Micologia   17
5. REPRODUÇÃO
A maioria dos fungos se reproduz de forma sexuada por acasalamento, resultado 
da plasmogamia, cariogamia e meiose. Nos fungos que se reproduzem de forma as-
sexuada, envolve apenas a mitose. Os fungos sexuados são aqueles que se reprodu-
zem por meio de esporos sexuados. Já os assexuados formam os conídios que são 
os esporos assexuados. 
A reprodução assexuada é mais importante para a multiplicação e dispersão, en-
quanto a reprodução sexuada tem como principal função a produção de variabilida-
de genética da progênie. Fungos que não formam esporos sexuados são referidos 
como “imperfeitos”, sendo classificados como fungos imperfeitos. A maioria dos 
fungos de importância médica propaga-se assexuadamente pela formação de coní-
dios, esporos assexuados que se formam a partir das laterais ou extremidades de 
estruturas especializadas. A morfologia, a coloração e o arranjo dos conídios auxi-
liam na identificação dos fungos.
Alguns conídios importantes são:
 Artrósporos Formados pela fragmentação das extremidades das hifas
Clamidósporos São esféricos, de parede espessa e bastante resistentes.
Blastósporos
São formados pelo processo de brotamento pelo qual as leveduras se repro-
duzem assexuadamente.
Esporangiósporos
São formados no interior de um saco, esporângio, em um pedúnculo, por 
bolores como Rhizopus e Mucor.
Existem dois tipos de reprodução assexuada:
• Reprodução somática: Nesse caso ocorre a gemação ou brotamento que é a 
divisão transversal seguida pela separação de células filhas, e fragmentação de 
hifas.
• Reprodução Espórica: Ocorre pela produção de mitósporos, um derivado da 
meiose, podendo ser móveis ou imóveis.
Micologia   18
Figura 8: Aspergillus sp.
Fonte: Jirawan muangnak/shutterstock.com
Na reprodução assexuada, os conídios são produzidos em grande número e re-
sistentes às condições ambientais diversas. Podem ser ativa ou passivamente li-
berados e dispersos por diversos meios. Os esporos ou conídios, para germinarem, 
necessitam de calor e umidade e o resultado desta germinação é a formação de um 
ou mais filamentos finos, conhecidos como tubos germinativos. Esses tubos se ra-
mificam em todos os sentidos formando uma massa filamentosa que é o micélio. Na 
maioria dos casos, o sistema vegetativo encontra-se no interior dos tecidos parasita-
dos, no solo ou na matéria orgânica em decomposição. Com a formação dos espo-
ros ou conídios é necessário que estes tenham acesso livre ao ar, para assegurar sua 
disseminação. O ciclo de vida dos fungos compreende duas fases. Uma somática, 
caracterizada por atividades alimentares, e outra reprodutiva, onde os fungos podem 
realizar reprodução sexuada ou assexuada. Em ambos os casos, um grande número 
de estruturas é formado, dependendo da espécie. As estruturas assexuadas, como 
também as sexuadas, podem ser formadas isoladamente ou em grupos, neste caso, 
formando corpos de frutificação.
De acordo com tipo de reprodução realizada, os fungos podem ser divididos em 
três grupos:
• Holomorfo: aquele que no ciclo de vida realiza ambas as reproduções, sexuada 
e assexuada.
• Anamorfo: aquele que no ciclo de vida realiza apenasa reprodução assexuada.
• Teleomorfo: aquele que no ciclo de vida realiza apenas a reprodução sexuada.
Micologia   19
MAPA MENTAL REPRODUÇÃO
ASSEXUADA
REPRODUÇÃO 
FÚNGICA
SEXUADA
MICÉLIO
ESTRUTURA PRODUTORA 
DE CONÍDEOS
HIFAS
CONÍDEOS
GERMINAÇÃO
ESTADO 
HETEROCARIÓTICO
FUSÃO DOS NÚCLEOS
ZIGOTO
MEIOSE
ESTRUTURA PRODUTORA 
DE ESPOROSESPORO
GERMINAÇÃO
FUSÃO DOS 
CITOPLASMAS
MICÉLIO
Micologia   20
6. CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS
Lembram da classificação dos seres vivos? Então! No planeta existe um número 
enorme de seres vivos que são classificados como integrantes dos reinos Monera, 
Plantae, Fungi, Protista e Animalia. O Reino Fungi é dividido em seis filos ou di-
visões dos quais quatro são de importância médica: Zygomycota, Ascomycota, 
Basidiomycota e Deuteromycota.
Divisão zygomycota
Nessa divisão temos os fungos de micélio cenocítico. A reprodução deles pode 
ser sexuada, pela formação de zigósporos e assexuada com a produção de esporos, 
os esporangiósporos, no interior dos esporângios. Os fungos de interesse médico se 
encontram nas ordens Mucorales e Entomophthorales.
Divisão ascomycota
É nesse grupo que estão inclusos os fungos de hifas septadas. A sua principal 
característica é o asco, estrutura em forma de saco ou bolsa, no interior do qual são 
produzidos os ascósporos, esporos sexuados, com forma, número e cor variáveis 
para cada espécie. As espécies patogênicas para o homem se classificam em três 
classes: Hemiascomycetes, Loculoascomycetes e Plectomycetes.
Divisão basidiomycota
Compreendem fungos de hifas septadas, que se caracterizam pela produção de 
esporos sexuados, os basidiósporos, típicos de cada espécie. A espécie patogênica 
mais importante se enquadra na classe Teliomycetes.
Divisão deuteromycota
Engloba fungos de hifas septadas que se multiplicam apenas por conídios e por 
isso são conhecidos como Fungos Imperfeitos. Os conídios podem ser exógenos ou 
estar contidos em estruturas como os picnídios. Entre os Deuteromycota se encon-
tra a maior parte dos fungos de importância médica.
Micologia   21
MAPA MENTAL MORFOLOGIA
Divisão basidiomycota CLASSIFICAÇÃO Divisão ascomycota
Divisão deuteromycota
Divisão zygomycota
Fungos de micélio 
cenocítico, 
com reprodução 
sexuada e assexuada
Fungos de hifas septadas e 
presença de asco
Fungos que se 
multiplicam apenas por 
conídios e por isso são 
Fungos Imperfeitos. 
Fungos de hifas septadas, 
que tem esporos sexuado, 
os basidiósporos
Micologia   22
MAPA GERAL
MICOLOGIA
MORFOLOGIA
Estudo dos fungos
Microrganismos de 
grande impacto na vida 
humana e para natureza
CLASSIFICAÇÃO
REPRODUÇÃO FÚNGICA
ESTRUTURA
Colônias de leveduras 
e filamentosas
Corpo de frutificação
SEXUADA OU ASSEXUADA
Divisão ascomycota
Divisão basidiomycota
Divisão zygomycota
Divisão deuteromycota
Septos
Hifas
Micélio
Parede celular 
de quitina
Uni ou pluricelulares
Eucariontes
Heterotróficos 
por absorção
Micologia   23
REFERÊNCIAS 
Oliveira JC de. Tópicos em micologia médica. Rio de Janeiro: [S.n.], 2014. 
Levinson W. Microbiologia médica e imunologia [recurso eletrônico]. 10. ed. Trad. 
Martha Maria Macedo Kyaw. Porto Alegre: AMGH, 2011. 
Kumar V, Abbas AK, Aster JC. Robbins patologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2013. 
Raven PH, Evert RF, Eichhorn SE. Biologia vegetal. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 1992. 
Santos ERD dos. Material complementar ao livro Sistemática Ve getal I: Fungos. 
Florianópolis: [S.n.], 2015. 
Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. Microbiologia médica. 4. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
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