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Trabalho Grafismo Infantil (APS)

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7
UNIVERSIDADE PAULISTA
ALINE NOGUEIRA DIAS - T2515B0
ANA CAROLINA DA SILVA SOARES - D3608H3
PEDRO LIMA CHRISTO - N2182F5
VANESSA ESMERIO DE CARVALHO - D490JJ1
GRAFISMO INFANTIL: 
Teorias de Luquet e Lowenfeld
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2018
ALINE NOGUEIRA DIAS - T2515B0
ANA CAROLINA DA SILVA SOARES - D3608H3
PEDRO LIMA CHRISTO - N2182F5
VANESSA ESMERIO DE CARVALHO - D490JJ1
GRAFISMO INFANTIL: 
Teorias de Luquet e Lowenfeld
Trabalho apresentado à disciplina Psicologia Construtivista do Curso de Psicologia da Faculdade de São José dos Campos, apresentado como requisito parcial para obtenção de Crédito.
Orientador (a): Prof.ª Camila Medina
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2018
ALINE NOGUEIRA DIAS - T2515B0
ANA CAROLINA DA SILVA SOARES - D3608H3
PEDRO LIMA CHRISTO - N2182F5
VANESSA ESMERIO DE CARVALHO - D490JJ1
GRAFISMO INFANTIL: 
Teorias de Luquet e Lowenfeld
Trabalho apresentado à disciplina Psicologia Construtivista do Curso de Psicologia da Faculdade de São José dos Campos, apresentado como requisito parcial para obtenção de Crédito.
Orientador (a): Prof.ª Camila Medina
Aprovado em:
________________________/__/__ 
Prof.ª 
Universidade Paulista - UNIP
RESUMO
Através de representações gráficas das crianças existem vários aspectos interessantes. Nesse estudo foi feito uma análise do grafismo de algumas crianças, e classificado de acordo com as fases do grafismo infantil definidas por Luquet e Lowenfeld. Para a realização do estudo foi utilizado uma história base, contada para todas as crianças participantes, e através das expressões artísticas delas foi possível notar diferenças, tanto pela idade quanto por características individuais de cada fase, que também se desenvolve de acordo com a idade do indivíduo.
Palavras-chave: Grafismo infantil. Luquet. Lowenfeld.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	06
2 METODOLOGIA......................................................................................................08
3 REFERÊNCIAL TEÓRICO......................................................................................08
3.1 Intenção...............................................................................................................08
3.2 Interpretação.......................................................................................................08
3.3 Colorido...............................................................................................................08
3.4 Realismo Fortuito e Estágio da Garatuja..........................................................09
3.5 Realismo Falhado e Pré-esquemático...............................................................09
3.6 Realismo Intelectual e Estágio Esquemático....................................................10
3.7 Realismo visual e Figuração Realista................................................................11
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................14
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................15
 
6
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo levará a contemplação do desenvolvimento do grafismo infantil. A pesquisa desenvolvida teve como objetivo a compreensão e o que advém da criança quando desenha; a significação e a expressividade por meio do grafismo.
Para realização da investigação foi utilizado como referência dois grandes autores Luquet e Lowenfeld, os quais exploraram profundamente em suas obras o tema abordado.
Inicialmente pode-se compreender os elementos do desenho infantil como intenção, interpretação e o colorido.
Para estes teóricos o grafismo infantil é dividido em quatro fases, segundo Luquet Realismo fortuito, Realismo falhado, Realismo intelectual e o Realismo visual. De acordo com Lowenfeld os estágios Garatuja, Figuração pré-esquemática, Figuração esquemática e Figuração realista.
Tais períodos podem ser identificados pela idade cronológica, correlacionando com os estágios de desenvolvimento de Piaget: Sensório motor, Pré-operatório, Operatório concreto, Operatório formal, porém não se trata de um determinante.
Para associação dos princípios metodológicos foram usados desenhos coletados por crianças de diferentes faixas etárias, onde observa-se o desenvolvimento do grafismo infantil.
2 METODOLOGIA
Para o desdobramento da pesquisa foi utilizado o vídeo motivacional “Formiguinhas - Trabalho em equipe”, onde relata uma história de união, usando personagens de característica animal. O conto se remete a uma colônia de formigas que trabalham em equipe para sobreviverem do tamanduá. A moral se consiste na força do trabalho coletivo.
Na aplicação da pesquisa, foram mantidos padrões tanto no local em que a pesquisa foi realizada, quanto na disponibilidade das ferramentas para o seu desenvolvimento. Foram disponibilizadas inúmeras ferramentas, tais como lápis de cor, lápis preto, canetinhas, giz de cera, papel sulfite A4, borracha e marca texto.
A apresentação do vídeo ocorreu na residência da criança, com o consentimento de seus responsáveis legais, que assinaram o termo de consentimento, permitindo o uso dos dados coletados na pesquisa.
3 REFERÊNCIAL TEÓRICO
3.1 Intenção
A ação de desenhar é um meio de diversão da criança, que na sua percepção, refere-se há um jogo, pode-se dizer que é uma figura explicativa, que em alguns casos, a criança dedica sua obra para alguém e em outras usa-se para crítica partícula sob o mesmo.
Enquanto desenha, nota-se que a criança apresenta uma possível inquietação em corrigir, uma tentativa de assimilação da intenção com a interpretação, mas também sabem eliminar sua criação quando necessário, com o desenvolvimento de outro desenho paralelo, não apagando o primeiro, mas desenhando-o sobre o anterior, como se não tivesse existido, em alguns casos a ilustração é apagada como forma de desconsiderar sua antiga ideia.
Nessa fase as crianças utilizam os desenhos como forma de representação de suas percepções, experiências e do ambiente em que estão ou foram expostos. Também se considera o contexto no qual está inserida, podendo considerar os períodos sazonais que influenciam no grafismo infantil, como o natal, páscoa, dia do índio, dia do trabalho entre outros.
Nos fundamentos teóricos de Luquet é possível observar que no desenho há uma ligação íntima do psíquico e da moral.
A intenção de desenhar tal objeto não é senão o prolongamento e a manifestação da sua representação mental; o objeto representado é o que nesse momento ocupava no espírito do desenhador um lugar exclusivo ou preponderante. (LUQUET, 1969, p.) FALTA PAGINA
3.2 Interpretação
A interpretação do desenho é algo que se difere da intenção primitiva do mesmo. Pois considera-se que a criança percorre por diversas fases de desenvolvimento cognitivo, ressaltando aqui que o pensamento difere-se em cada uma delas, consequentemente os desenhos apresentam características particulares em cada fase, e o exercício de desenhar caminha para a evolução do mesmo, é evidente que quanto maior a frequência de desenhar, maior será seu desenvolvimento conforme seu estágio.
O estado emocional da criança é um determinante para a realização da substituição da intenção e interpretação, e esse conflito produz resultados diversos.
A recordação da intenção, que subsiste com uma força mais ou menos grande na consciência do sujeito, choca com a interpretação que se esboça sob a influência do traçado. No caso em que, em consequência da imperícia gráfica, esse germe de interpretação difere da intenção, o seu encontro na consciência dá origem a um conflito. (LUQUET, 1969, p.40)
Basicamente quando a intenção é demasiadamente predominante em relação a interpretação, a criança reconhece o seu desenho como defeituoso, quando os dois são intrinsecamente fracos, nota-se que a criança não apresenta várias interpretações, e em alguns casos nenhuma, não há tanto entusiasmo e quando interrogada abandona a sua interpretação. Quando os doissão fortes o desenho é enunciado com satisfatação e a interpretação pode ser diferente da primitiva. E quando ocorre que a intenção é fraca e a interpretação é forte esforça-se para passar os detalhes e acaba permitindo com certo conforto.
3.3 Colorido
A criança por si só, é sensível a cor, entende-se que para tal, o colorir enriquecimento do trabalho, um meio de diversão do mesmo. Apresentam-se inúmeras diferenças individuais, pode se elencar seguidamente: para algumas é prazeroso colorir em uma folha de papel em toda sua superfície; para outra, a escrita é colorida, as letras possuem uma variedade de cores.
Faz encontro de duas características na ação de colorir: a decorativa e a do realismo.
A decorativa se refere do uso das cores em determinado objeto é de caráter acidental, onde não há intenção de representar o objeto da cor mais adequada, mas sim de maneira involuntária.
“Decorativa quando a cor não tem mais que um caráter acidental do objeto representado, quer dizer quando poderia ser de uma cor diferente. Pelo contrário, é realista quando a cor é essencial ao objeto.” Nesta segunda citação é o momento em que se produz fielmente o que o objeto é na íntegra e nas fases de desenvolvimento mais avançadas encontra-se com grande frequência essa característica e o decorativo percebe-se frequentemente nas primeiras fases da criança que acompanha paralelamente o caráter do pensamento.
3.4 Realismo Fortuito e Estágio da Garatuja
A primeira fase do grafismo desenvolvida por Luquet, se intitula Realismo Fortuito, composto por fases denominada “garatujas”, que se divide em duas fases de desenho, o voluntário e o involuntário.
No início não há intenção de representação gráfica, ou seja, o desenho é involuntário, o propósito se dá apenas ao movimento. O ato de se movimentar traz uma sensação de bem-estar à criança, muito presente no estágio sensório motor descrita por Piaget, na qual pertencem as crianças que compõe a primeira fase do grafismo. Ressaltando a questão de que, a idade para o estágio do grafismo não é determinante, há muitos fatores envolvidos para identificação da fase, além da idade cronológica.
Nessa fase, as crianças dispõem de uma energia exuberante que à expressão, através de movimentos, gerando traços sem coerência, com a interpretação particular da criança, que pode variar dependendo de seu estado e ambiente em que a mesma se encontra. Porém, ela consegue enxergar em seus traçados, semelhança com algum objeto ou algo concreto, sendo este a fase do desenho voluntário, onde surge a intenção do desenhar.
Os movimentos da mão explicam como a criança os executa sem que correspondam a uma utilidade. São antes de mais nada, o simples efeito do consumo espontâneo de uma superabundância de energia neuro-muscular, e o exercício dessa atividade é acompanhado de um prazer que inicia a criança a recomeçar. (LUQUET, 1969, p.136)
Para a criança os traços distribuídos no papel, ou em qualquer superfície lisa, há uma consciência de algo, não são meros traços, mas sim o meio em que expressa sua personalidade, e o mesmo se vê como o autor da obra, fazendo com que se sinta valorizado, resultando num prazer que buscar ser renovado com o recomeço de seus desenhos, que de início será esporádico e com o tempo se tornará intencional.
Para Lowenfeld, esse estágio é denominado Garatuja, onde a criança risca sem dispor de intenção e controle, explorando e experimenta seu corpo e o espaço que a contempla, são desenhos compostos por rabiscos desordenados, depositando seu movimento corporal em sua ilustração.
Com o tempo, a criança começa a perceber e a controlar seus movimentos, desenvolvendo traços mais organizados ao decorrer do estágio.
O desenho exposto abaixo foi elaborado por uma menina de 2 anos de idade e 9 meses, que frequentou escola particular, moradora da zona urbana e possui situação financeira estável, refere-se a um exemplo de desenho da fase Realismo Fortuito de Luquet, e Estágio das Garatujas de Lowenfeld, devido a presença das características de ambas teorias.
Os traçados presentes nessa fase está disperso no papel, apresentando o prazer motor da criança ao desenhar. Neste caso especifico, a fase que se evidencia é a do desenho voluntário, onde a criança consegue visualizar em seus traços semelhanças com objetos conhecidos, como disposto na fala da mesma no momento em que apresentava sua obra, onde o traço o risco em amarelo, retrata a fileira de formiga carregando sua comida ao formigueiro, e logo acima ocorreu uma tentativa de caracterização de uma formiga. Os traços de vermelho e verde corresponde a árvore e sol de forma uniforme. Lembrando que a interpretação atribuída pela criança, foi no momento em que finalizou seu desenho, devido ao recolhimento do papel após sua apresentação, não ocorrerão outras interpretações.
3.5 Realismo Falhado e Pré-esquemático
O Realismo falhado é considerado, de acordo com Luquet, como a segunda fase de desenhos no desenvolvimento infantil. Esta fase geralmente aborda o período definido por Piaget como pré-operatório, e diferente da fase anterior (Realismo Fortuito), a criança já tem intenção de expressar objetos propriamente ditos, porém o que choca com uma inabilidade física e intelectual. Os aparelhos físico e psíquico não se encontram adequadamente desenvolvidos para representar fielmente algo como um animal, ou uma pessoa. Essa barreira dificulta essa manifestação artística.
Outro obstáculo comum entre as crianças desta fase, que se inicia por volta dos 3 a 4 anos de idade, é o caráter descontínuo de atenção, que torna assim o tempo de atenção muito curto, impedindo, por exemplo, de dar continuidade em uma linha de desenho e acabar criando outra por cima, no outro canto da folha.
A incapacidade de síntese também se mostra um grande obstáculo. A criança convive com situações em seu dia-a-dia que ela entende que não cabe dentro de um papel, então todos os seus desenhos terão pouco compromisso com a realidade, uma vez que a realidade não cabe no papel. Portanto vai se verificar uma serie de desproporções no desenho, tanto no ambiente, (uma árvore pode ocupar a folha toda) como nas pessoas ali representadas (uma pessoa pode ser do tamanho desta árvore, e ter a cabeça do tamanho do sol).
É nesta fase ainda que são encontrados os “Badamecos”. São bonecos que estão ali representando pessoas, animais, etc. Com a fuga da realidade, os badamecos na maioria das vezes têm a cabeça maior e as mãos saindo da própria cabeça, ou das pernas. Geralmente as partes do corpo são desproporcionais ao próprio corpo, e ao ambiente que ele se encontra.
Ainda falando dessa faixa de idade, Lowenfeld definiu esta fase do desenho como Pré-esquemático, que também aborda a fase de desenvolvimento definido por Piaget como pré-operatório. Lowenfeld diz que quando a criança atinge essa idade, ela adquire consciência da forme e começa a melhorar os seus desenhos, porém ela irá representar de uma maneira desorganizada e desproporcional, o que é um espelho de como ela pensa e vê o mundo.
Baseado na teoria das fases de desenho de Luquet e de Lowenfeld foi analisado o desenho feito por menino de três anos, que reside na zona (urbana) leste de São José dos Campos e estuda em um bom colégio particular. Primeiramente foi apresentada a ele o vídeo em que foi baseado a pesquisa.
Analisando o desenho, imediatamente podemos ver a presença dos Badamecos, que estão representando as formigas e o tamanduá na história. As formigas têm a cabeça desproporcional ao corpo, e também ao ambiente, como o sol.
Também e notado a falta de organização na constituição do desenho, característico da falta de síntese. Ao explicar o seu desenho, o menino demonstra claramente uma falta de linearidade na concepção do desenho, registrou elementos da história que não tem ligação um ao outro, o que registra também a falta de síntese. A criança representa muito bem o céu e a terra, mas se mostram mais como um complemento do desenho do que um objetivo para se representar. Nota-se que o desenho é um reflexo de como funcionaseu aparelho psíquico, ele já é entender e querer representar algo, porém isso é representado de maneira desorganizada e desproporcional, como diz Lowenfeld.
De acordo com essa análise, pode se afirmar que o menino se encontra na fase do Realismo falhado de Luquet, e na fase do Pré-esquemático de Lowenfeld.
3.6 Realismo Intelectual e Estágio Esquemático
A terceira fase do grafismo, segundo Luquet é a do Realismo Intelectual, nota-se o avanço da criança, o momento em que ela é capaz de superar a incapacidade de sintetizar, sendo um ato libertador, porque nada mais à impede de ser realista, pensar em um objeto e conseguir reproduzir o mesmo de forma realista. 
Deve-se fazer um adendo, do que é real para o adulto e do que é real para a criança, pois mesmo a criança em seu auge na conquista do realismo no grafismo, o seu ainda se diverge ao do adulto.
Ao realizar a análise do desenho pode-se evidenciar que, o adulto desenha como fosse uma fotografia, uma réplica fiel da imagem, logo a criança vai ser realista mas contendo algumas características particulares, como a associação abstrata conforme seu ponto de vista e a maneira de como enxergam o mundo através de suas percepções, expressadas no desenho.
Como foi mencionado um exemplo de Luquet, ao desenhar um campo de plantação de batatas, o adulto imagina ser um espaço físico que possivelmente terá gramas e as batatas já em desenvolvimento entre outros... para a criança que desenhou essa mesma situação, percebeu que existia um contorno que exprimia o espaço físico mas bem restrito e dentro desse contorno os brotos das batatas que prevaleceu a sua percepção.
Nessa fase do grafismo Realismo Intelectual geralmente a criança ainda não se preocupa em desenhar para o outro para ter aprovação de alguém, mas o desenho é uma forma de satisfação causando uma sensação de liberdade, desenhar por prazer.
Uma marca forte da fase é a inserção da legenda que é empregada para expressar a sua reapresentação, é realizada de forma espontânea de modo ininteligíveis e criativa. Nesse estágio, depara-se com as mais brilhantes legendas, algumas crianças escrevem o nome, cada letra de uma cor, outras nomeiam a sua obra, umas explicam verbalmente o desenho e até mesmo dedicatórias. O ato titulação da obra é umas das formas da criança mostrar o quanto empenhou-se para executar aquela tarefa, em que houve um esforço, teve um significado e não somente um desenho em si.
É de grande valor analisar como a criança cria, inventa, maneja possibilidades para os processos, no texto estudado exemplifica o que ela utiliza para desenhar um chapéu na cabeça de um personagem mas se inquieta-se em mostrar o rosto desse mesmo personagem. Logo depara-se com um rosto desenho com bastante detalhes e que por sinal é a mensagem principal, mas por cima de sua cabeça em muitos casos bem acima mesmo da cabeça. Foi uma estratégia abordada que mostrou o que tinha para mostrar e o chapéu não atrapalhou em nada. Talvez o adulto não responderia dessa forma encontraria uma estratégia mais formal e ali a criança ousou eles tem essa liberdade o desprendimento em criar.
Algo que é bem notório também é a questão da transparência, preocupam-se em deixar em evidência os elementos invisíveis de um objeto.
FALTA FALAR TRANSFERENCIA E LOWEFELD
O desenho da Figura refere-se a uma menina de 6 anos de idade, que reside na área urbana, estuda em colégio particular e sua família possui uma condição financeiramente estável.
Logo após a apresentação do vídeo a criança, já solicitou as coordenadas e instruções para realização do desenho com muito entusiasmo, questionando se poderia utilizar lápis de colorir e canetinhas, sendo o desenho a sua atividade preferida.
Repara-se em seu desenho uma criança no estágio pré-operatório quando não se tenta fazer cópias do vídeo um retrato fiel, mas sim colocou naquele papel a sua percepção a sua experiência com a situação, o que ela já tinha acomodado como símbolos e as imagens foram expressas no papel. Um aspecto que é característico também é conservação de ordem ao desenhar as formigas em filas, sinalizando que uma estava na frente puxando as outras, existia ali uma posição de destaque.
Analisando esta obra, segundo Luquet ela está na fase de desenho Realismo Intelectual por já apresentar algumas características como, por exemplo a capacidade sintética, já desenhar algo real para ela aplicando o seu ponto de vista infantil, que é diferente do adulto. Representou nesse momento a riqueza da noção de espaço ao desenhar o sol e as nuvens na parte superior da folha, no solo desenhou a grama sendo o suporte para o desenho a base, tamanho do sol e da borboleta foi proporcional e as formigas também são menores do que o tamanduá, e o mais valioso foi perceber que as formigas quase todas no mesmo tamanho uma precisão admirável.
Outro ponto importante que é característica dessa fase é a transparência, na qual a criança utilizou esse recurso ao desenhar as bolas de formigas, onde a bola se apresenta como elemento vazado e as formigas dentro deste, com a intenção de mostrar quem estava no interior desse desenho.
Na ótica de Lowefeld pode-se afirmar que no desenho foi feito uma referência sócio cultural, pois transmitiu em sua obra algo que já tinha vivenciado, como formigas, sol, nuvens, borboleta, algo que faz parte do dia-a-dia. Considerando-se que há uma semelhança com as características fundamentadas por Luquet, que afirma que a criança transcreve pelo grafismo o que se assemelha e não procura a imitação.
A adesão das cores e as formas foram baseados também conforme sua realidade, ao desenhar o sol amarelo, formiga em cor escura ora vermelha ora preta. O mais encantador é a liberdade de colorir com o intuito de enriquecer o trabalho, e sem preocupação em agradar alguém, mas pelo simples fato de se satisfazer, de se expressar sem nenhuma restrição.
Concluindo a análise da obra, em seu término ela usou como recurso explicativo a legenda do desenho que é utilizada bastante nessa fase do Realismo Intelectual, realizada de forma oral, narrando a história, nomeando as formigas, utilizando o raciocínio lógico ao desenvolver sua análise da história e sua moral.
3.7 Realismo visual e Figuração Realista
No quarto e último estágio denominado por Luquet de Realismo Visuale para Lowenfeld de Figuração Realista, ocorre por volta dos 12 anos de idade, tratam-se da interpretação visual que a criança tem do objeto, a ênfase desta fase está relacionada as progressões gráficas onde abandonam as estratégias anteriormente utilizadas para dar lugar a opacidade, ou seja, seus desenhos são compostos somente por elementos observados.
Para Piaget as crianças que compõe este estágio do grafismo se encontram na fase do operatório concreto, porém é necessário considerar que a idade cronológica não é fator único para identificação deste período.
Baseada nas características fundamentadas por Luquet, a análise dos objetos se dá com mais precisão e detalhamento, sendo possível notar a criatividade para formação de desenhos, onde as representações gráficas se tornam mais realistas e semelhantes ao observado, imitando o que o adulto desenha e decorando com formas mais precisas fazendo com que o desenho fique enriquecido.
A criança não só elabora o tema, escolhendo entre os elementos reais do objeto que representa os que incluirão no seu desenho, mas ainda, para a representação dos que conserva, nos desenhos do natural e nos desenhos copiados, tanto como no do original, e substitui os temas brutos da sua percepção por um modelo interno que é sua obra prima. (LUQUET, 1969, p.215)
O embasamento teórico desta fase, não deve ser visto de maneira rígida, é necessário considerar as características particulares da criança e suas experiências vividas.
A teoria de Lowenfeld, possui algumas particularidades semelhantes a do Realismo Visual de Luquet, porém com algumas diferenças, como a de que para Lowenfeld nesta fase a criança se consideraum integrante na sociedade, pois deixam de lado o egocentrismo para realização de atividadesem grupo, sendo este possível pela exploração de seus pensamentos sobre o mundo
De acordo com as teorias do último estágio de ambos autores, é possível identificar tal fase no desenho da Figura, desenvolvida por um menino, de 9 anos, que frequenta regularmente o ensino fundamental de uma escola pública estadual, onde está na 4ª, mora em zona urbana, a família se encontrauma situação financeira estável e não passam por dificuldades.
No momento do desenvolvimento gráfico, o mesmo realizou perguntas de como deveria ser a representaçãodo desenho, se poderia ser feito com lápispreto, lápis colorido ou se poderia fazer outro desenho que julga ele ser um dos mais bonitos que faz.
Houve muita preocupação em representar o desenho detalhadamente sendo refeitos diversas vezes, até que para sua percepção ficasse o mais bonito possível, acrescentou detalhes, não vistos no vídeo como pássaros e nuvens para incrementar o cenário gráfico desenvolvido.
No segundo desenho da Figura, foi ilustrada por uma menina de 10 anos, frequenta regularmente o ensino fundamental, onde cursa 5ª série de uma escola de rede pública, mora na zona urbana, e possui uma situação financeira estável e não passam por dificuldades.
A mesma fez o uso de lápis colorido para o desenvolvimento do desenho, sendo muito detalhista, a todo o momento refazia sua representação gráfica dos animais e fez perguntas se poderiam acrescentar mais detalhes como flores, gramas e nuvens.
Após as observações dos desenhos seu conteúdo, desenvolvidos foram usadas cores, houve a preocupação sempre em deixar os desenhos mais realistas e detalhados possíveis seguindo a linha da teoria de Louquet e Lowendeld, as crianças encontram-se na fase do realismo visual onde ocorre esse olhar mais crítico no sobre o desenho.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da realização deste estudo foi colocada em prática a teoria sobre o Grafismo Infantil proposta por Luquet e Lowenfeld. Foi possível notar as diferenças das fases do grafismo infantil que também está atrelado às fases do desenvolvimento infantil de Piaget. 
As análises dos desenhos, e a confecção de cada um deles foram acompanhadas na íntegra pelos alunos, o que tornou possível ver a construção daqueles desenhos, e contribuiu muito com a análise. Foram observados traços típicos das fases em cada criança que se encaixava com as respectivas. A comparação das fases do grafismo infantil com as fases do desenvolvimento de Piaget também aconteceu, o que deu uma intertextualidade à pesquisa.
O objetivo da pesquisa foi alcançado, os desenhos e seus autores foram encaixados em suas determinadas fases com sucesso.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LUQUET, Georges. O Desenho Infantil. Edição. Porto: Editora Livraria Civilização, 1969.
BOMBONATO, Giseli; FARAGO, Alessandra. As etapas do desenho infantil segundo autores contemporâneos. Bebedouro: 2016. Disponível em: < file:///C:/Users/Usuario/Downloads/Artigo.pdf>. Acesso em: 27 de Abril de 2018.

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