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Prévia do material em texto

1 Licenciatura Plena em Letras com Habilitação em Língua Espanhola 
 
 
 
 
 
ADRIANA APOLINARIO DE MATOS 
 
 
 
 
 
O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO L2 A ALUNOS 
VENEZUELANOS DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL 
CASIMIRO DE ABREU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PACARAIMA-RR 
2016 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA 
CAMPUS DE PACARAIMA 
 CURSO DE LETRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ADRIANA APOLINARIO DE MATOS 
 
 
 
 
 
O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO L2 A ALUNOS 
VENEZUELANOS DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL 
CASIMIRO DE ABREU 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Banca 
examinadora da Universidade Estadual de 
Roraima, como exigência parcial para 
obtenção do título de Licenciatura em Letras 
com habilitação Plena em língua Portuguesa e 
língua Espanhola. Orientada pela Professora 
Cora Gonzalo. 
 
 PACARAIMA-RR 
2016.1 
 
 
 
 
 ADRIANA APOLINARIO DE MATOS 
 
 
 
 
 
 O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO L2 A ALUNOS 
VENEZUELANOS DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL 
CASIMIRO DE ABREU 
 
 
 
Monografia apresentada como requisito parcial obrigatório para conclusão do Curso de 
Licenciatura Plena em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Língua Espanhola 
encaminhada ao Departamento de Letras da Universidade Estadual de Roraima e avaliada 
pelos seguintes componentes da Banca Examinadora. 
 
Banca Examinadora: 
 
 
Professora Especialista Cora Gonzalo (Orientadora) 
 
 
Professor Mestre Jairzinho Rabelo 
 
 
Professora Especialista Iris Anita 
 
 
 
 
 
 
CESSÃO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
É concedida à Universidade Estadual de Roraima – UERR permissão para reproduzir cópias 
somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de 
publicação, e nenhuma parte desta monografia poder ser reproduzida sem autorização por 
escrito da autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADRIANA APOLINÁRIO DE MATOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
Agradecer primeiramente tudo quem sou, durante esta longa caminhada deste curso 
passei por muitas barreiras, desisti muitas vezes, com força e coragem pude superar os 
obstáculos quais eu tive em meu caminho, o período mais difícil foi quando passei por uma 
injustiça, calúnia e pressão psicológica, foi quando também decidi acabar com tudo, inclusive 
tirar minha própria vida. Mas Deus foi tão generoso comigo, que me presenteou com pessoas 
maravilhosas em minha vida, assim com ajuda destas pessoas pude renascer das cinzas ou 
melhor do fundo do poço. 
 Agradeço a minha orientadora Cora Gonzalo, quem me incentivou, acreditou em mim 
e jamais desistiu de mim, mesmo quando o desânimo, desespero e as lágrimas surgiram não 
deixou eu desistir. Uma de suas últimas palavras já para conclusão de minha pesquisa foi; 
vamos lá que falta pouco para receber esse diploma. Não para! 
 Professor Jairzinho Rabelo, quem me deu apoio durante a minha pesquisa, e 
recebendo em sua casa cedeu alguns livros para o desenvolvimento deste trabalho, foi 
generoso e saudoso comigo. 
 A minha querida amiga Lucimaria Ferreira Lucena que esteve ao meu lado me 
aconselhando dando apoio e pedindo para eu não desistir, acreditou em mim, esteve presente 
no momento mais difícil da minha vida sempre torcendo pela minha vitória e superação, me 
tranquilizando com a palavra de Deus. 
A Ligia Barradas, que me acolheu em sua casa, esteve ao meu lado diante de todo 
problema que eu passei, me ajudou muito com palavras de incentivo e sempre acreditando 
em minha vitória. 
A minha Patroa Professora Hozana Sousa sempre me incentivando e me apoiando 
para o termino deste curso. 
 E por fim a uma nova família que me acolheu em sua casa nestes últimos dias de 
conclusão da minha Monografia a Família Termusa Rodrigues Mota. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dedicatória 
 
 Não deixe de acreditar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 Esta monografia é resultado de uma pesquisa desenvolvida na área de Linguística 
Aplicada com os alunos da Escola Municipal Casimiro de Abreu, localizada no município 
de Pacaraima, Fronteira com a Venezuela. O que motivou a realização da pesquisa foi a 
procura dos alunos venezuelanos nas escolas de Pacaraima focando, como se dá o ensino 
do português, visto que é uma segunda língua para os alunos estrangeiros venezuelanos 
do 6° ano do ensino fundamental; focando nas dificuldades que os mesmos encontram em 
assimilar a aprendizagem da Língua Portuguesa na oralidade e na escrita, sendo 
considerados bilíngues por dominarem as duas línguas, apesar das dificuldades. Também 
destaco a interculturalidade presente na escola que se encontra em contexto bilíngue. 
Desta forma foram utilizadas as bases teóricas deste trabalho, dividindo em tópicos como: 
Língua Materna, Língua Materna x Língua Segunda, Segunda Língua x Língua 
Estrangeira, LP como L2 para Alunos Estrangeiros, Escolarização em Contexto Bilíngue 
de Fronteira. A língua e suas relações interculturais. Os principais autores utilizados foram 
Almeida Filho, Saussure, Cavalcanti e Bakhtin. Esses conceitos representam os estudos 
aprofundados sobre o tema que ajudaram a compreender todos os aspectos 
metodológicos que nortearam este trabalho. Foi utilizada a metodologia qualitativa com 
Chizzotti e Richardson. 
 
Palavra-Chave: Língua Materna, Segunda Língua e contexto bilíngue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMEN 
 
Esta monografia es el resultado de uma pesquisa desarollada en el área de Linguistica 
Aplicada con los alumnos de la Escuela Municipal Casimiro de Abreu, ubicada en el Municipio 
de Pacaraima, Frontera con Venezuela. Lo que motivo la realización de la pesquisa fue la 
procura de los alumnos venezolanos en las Escuelas de Pacaraima, enfocando como es la 
enseñanza del Portugués visto que es uma segunda lengua para los alumnos extranjeros 
venezolanos del 6° año de la enseñanza fundamental; enfocando en las dificultades que los 
mismos encuentran en asimilar el aprendizaje de la Lengua Portuguesa en la oralidad y 
escritura, siendo considerados bilíngues por dominar las dos lenguas, apesar de las 
dificultades. Tambien destaco la interculturalidad presente en la escuela que se encuentran 
en contexto bilíngue. De esta forma fueron utilizadas las bases teóricas de este trabajo, 
dividiendo en tópicos como: Lengua Materna, Lengua Materna x Lengua Segunda, Segunda 
Lengua x Lengua Estrangera, LP como L2 para Alumnos Extranjeros, Escolarización en 
Contexto Bilíngue de la Frontera. La Lengua y sus relaciones Intercuturales. Los principales 
autores utilizados fueron Almeida Filho, Saussure, Cavalcanti y Bakhtin. Esos contextos 
representan los estudios aprofundados sobre el tema y me ayudaron a compreender todos 
los aspectos metodológicos cualitativos com Chizzotti y Richardson. 
 
Palabras – llave: Lengua Materna, Segunda Lengua y Contexto Bilíngue 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO.....................................................................................................10 
 
1. MARCO TEÓRICO ........................................................................................12 
1.1 LÍNGUA MATERNA.....................................................................................141.2 LÍNGUA MATERNA X SEGUNDA LÍNGUA................................................16 
1.3 SEGUNDA LÍNGUA X LÍNGUA ESTRANGEIRA........................................17 
1.4 LP COMO L2 PARA ALUNOS ESTRANGEIROS.......................................20 
1.5 ESCOLARIZAÇÃO EM CONTEXTO BILINGUE DE FRONTEIRA.............22 
1.6. A LÍNGUA E SUAS RELAÇÕES INTERCULTURAIS.................................25 
2. MARCO METODOLÓGICO...........................................................................27 
2.1 TIPO DE PESQUISA ...................................................................................27 
2.2 UNIVERSO DA PESQUISA..........................................................................29 
2.3 OS INSTRUMENTOS PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA.......................31 
3. ANÁLISE DOS DADOS.................................................................................34 
3.1 ANÁLISE BILINGUISMO..............................................................................34 
3.2 DIFICULDADES ENCONTRADAS...............................................................37 
3.3 LÍNGUA E CULTURA..................................................................................39 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................42 
 REFERÊNCIAS..................................................................................................44 
 APÊNDICES............................................................................................................47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Esta pesquisa na área de Linguística Aplicada visa à análise do processo 
de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa como segunda língua aos 
alunos venezuelanos do 6º ano do ensino fundamental da Escola Municipal 
Casimiro de Abreu, focado nas dificuldades que encontram em assimilar a 
aprendizagem da Língua Portuguesa. Por meio dessa pesquisa os alunos 
deveram expor suas dificuldades e facilidades em aprender a segunda língua no 
contexto de diversidade linguística de fronteira. 
Pacaraima é um município brasileiro localizado no nordeste do estado 
de Roraima, na fronteira com a Venezuela, por sua vez recebe em suas escolas 
alunos venezuelanos, onde os mesmos apresentam grandes dificuldades de 
aprendizagem da nossa língua materna, o português ensinado nas escolas, isso 
ocorre devido à interferência da língua espanhola na aprendizagem e da própria 
dificuldade de assimilarem as diferenças gramaticais, tanto na escrita, quanto na 
oralidade. 
Desta forma, buscarei nesta pesquisa identificar as dificuldades dos 
alunos venezuelanos no aprendizado da língua portuguesa como a sua segunda 
língua. Destacarei a escolarização em contexto bilíngue como pontos principais 
no contexto escolar, sem deixar de valorizar a realidade e a cultura de cada um. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa nos dizem 
que 
considerar o ensino aprendizagem de Língua Portuguesa, “como prática 
pedagógica resultantes da articulação de três variáveis; O aluno, os 
conhecimentos com os quais se opera nas práticas de linguagem; e a mediação 
do professor. ” (PCNS 1998.p.22). 
Dessa forma, esse processo de ensino e aprendizagem da língua 
portuguesa faz com que esses alunos se esforcem a cada dia para interagir num 
mundo novo deixando um pouco de lado sua língua materna, o que muitas vezes 
é uma tarefa árdua no aprendizado. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_federativas_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_federativas_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_federativas_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_federativas_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Roraima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Roraima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Roraima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Venezuela
https://pt.wikipedia.org/wiki/Venezuela
https://pt.wikipedia.org/wiki/Venezuela
11 
 
O embasamento deste trabalho está dividido em seis linhas: Língua 
Materna, Língua Materna x Segunda Língua, Segunda Língua x Língua 
Estrangeira, LP como L2 para Alunos Estrangeiros, Escolarização em Contexto 
Bilíngue de Fronteira e a língua e suas relações interculturais. 
A metodologia da pesquisa foi desenvolvida através de pesquisas 
bibliográficas e de campo. Dessa maneira, o objetivo foi observar como se dá o 
ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa (LP) para alunos venezuelanos na 
Escola Municipal Casimiro de Abreu, os problemas ao desenvolverem a 
oralidade e a escrita, principalmente o fato de serem bilíngues, mesmo com 
algumas dificuldades. Desse modo, o foco é o aprendizado de uma segunda 
língua com os alunos estrangeiros em sala de aula e a importância de reconhecer 
a interculturalidade existente na escola pesquisada. 
A pesquisa “O ensino e a aprendizagem da língua portuguesa como 
segunda língua a alunos venezuelanos do 6º ano do Ensino Fundamental na 
Escola Municipal Casimiro de Abreu” traz uma grande contribuição para a 
atuação dos professores e para a formação dos alunos. Visto que, propõe 
elementos de reflexão para melhoria do acolhimento dos alunos e compreensão 
dos processos de aquisição da Língua Portuguesa como L2, por que o aprendiz 
de segunda língua, no momento do seu processo de aprendizagem se depara 
com situações em que o seu conhecimento da língua como forma não é 
suficiente, visto que há outras regras relacionadas a aspectos socioculturais que 
influenciam os usos linguísticos. 
A linguagem não pode ser separada da cultura, elas se entrelaçam e é 
importante também considerar a realização desse processo de comunicação, o 
indivíduo é a fonte de manifestação de linguagem e cultura. Assim sendo, a 
linguagem e a cultura caminham juntas sim, uma cultura é diferente da outra, 
porém cada cultura tem suas especificidades, que divergem das outras. 
Cada sujeito possui sua identidade cultural, o que não o impede de 
conhecer e conviver com outras culturas, pois se sabe que a identidade é 
constituída através da diferença entre cada indivíduo, sendo de cultura origem 
ou lugar onde ele vive, para onde ele vai assim aprender uma nova língua sem 
perder sua identidade e língua de origem. 
12 
 
 Portanto, a interculturalidade se define, através da relação entre as 
culturas, mas muito mais pela relação entre os indivíduos nas interações sociais 
e cultural, o que nos leva a pensar na necessidade de um trabalho visando o 
sujeito em formação linguística e cultural. 
 
1. MARCO TEÓRICO 
 
Neste capítulo apresento as bases teóricas deste trabalho, dividindo os 
tópicos em: Língua Materna, Língua Materna x Segunda Língua, Segunda Língua 
x Língua Estrangeira, LP como L2 para alunos estrangeiros, Escolarização em 
Contexto Bilíngue de Fronteira e A língua e suas relações interculturais. Esses 
conceitos representam os estudos aprofundados sobre o tema que ajudarão a 
compreender todos os aspectos que estão envolvidos com a Língua Portuguesa 
como Segunda Língua a alunos venezuelanos. 
A linguagem desperta o interesse em várias áreas de estudo, por isso o 
estudo do fenômeno linguístico gerou várias ramificações. Assim, Ferdinand de 
Saussure, fundador da linguística tradicional. Nos faz questionar o fenômeno da 
linguagem: 
 
Mas, o que é a língua? Para nós ela não se confunde com a linguagem, 
ela é apenas uma parte dela, essencial, é verdade. É, ao mesmo 
tempo, um produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de 
convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para possibilitar o 
exercício de tal faculdade pelos indivíduos.Considerada em sua 
totalidade, a linguagem é multiforme e heteróclita; cavalgando sobre 
diferentes domínios, ao mesmo tempo físico, fisiológico e psíquico, ela 
pertence ainda ao domínio individual e ao domínio social; ela não se 
deixa classificar em nenhuma categoria dos fatos humanos, e é por 
isso que não sabemos como determinar sua unidade. (1966: p.25) 
. 
 
Dessa forma, a Língua e a Linguagem são algo estritamente individual, 
pois cada pessoa tem seu jeito próprio de se manifestar em meio a um grupo 
social. Usufruindo de seus conhecimentos linguísticos, a mesma torna-se apta a 
expressar o pensamento de acordo com sua visão de mundo adquirida ao longo 
das experiências. 
Para Petter (2005, p.11), “a linguagem é relativamente autônoma; como 
expressão de emoções, ideias, propósitos, no entanto, ela é orientada pela visão 
13 
 
de mundo pelas injunções da realidade social, histórica e cultural de seu falante”. 
Ou seja, a língua e a linguagem são a capacidade de ampliar a visão da realidade 
de mundo de um falante. 
A língua é, portanto, uma parte determinada da linguagem, mas uma parte 
essencial. Assim a língua é a parte da linguagem que existe na consciência de 
todos os elementos da comunidade linguística, o conjunto das marcas colocadas 
pelo método social de inúmeros atos da fala concretos. Ou seja, a língua não é 
apenas um sistema de sons, é muito mais que um instrumento de comunicação; 
uma língua é um comportamento social tal como ligada à vida, à cultura e à 
história de um povo, são os falares, os modos de ser, os valores, as crenças, que 
fazem com que os povos sejam diferentes, ela é falada de uma forma, visto que 
se limita de fronteiras e o país de cada um. Devemos considerar a linguagem 
como uma identidade capaz de encerrar e veicular sentidos por si mesmos, de 
expressar o pensamento; a língua é um sistema de símbolos pelo qual a 
linguagem se realiza. 
Compreendo que a língua é um processo de construção histórica e social, 
onde ela está sempre em transformação; ela muda se cruza se complementa e 
se modifica constantemente, acompanhando o movimento de transformação do 
ser humano e suas formas de organização social. 
Ribot, na “Evolution des idées générale” diz: 
 
 
“Apesar de todas as diversidades, todas as línguas humanas têm 
um fundo comum, constituído por certo número de raízes 
semelhantes. Mas, sobretudo o que por toda parte é idêntico é o 
próprio pensamento, são as operações intelectuais significadas 
e sintetizadas em sistemas de verdades científicas: em todos os 
lugares e sempre, sem grande dificuldade, os homens de todas 
as raças chegam a compreender-se e a comunicar, uns aos 
outros, seu patrimônio intelectual, estabelecendo uma 
equivalência entre suas línguas. “A única hipótese explicativa 
deste fato é a unidade específica da humanidade, estando ligada 
a diversidade das línguas às diferenças ‘individuais, socializadas 
pelas raças e as nações.” (RIBOT, p. 81 apud MELO, 2009). 
 
 
Cada língua possui suas particularidades, e seus signos linguísticos 
determinados por seus valores históricos, porém, desde a mais complexa até a 
mais simples tem o mesmo objetivo; simplesmente comunicar, o fato de que 
14 
 
mesmo diferentes, elas fazem parte de um conjunto semelhante. Mas não 
podemos esquecer que para cada língua existe um conjunto de fatores que as 
diversificam. Nessa diversidade, surgem vários problemas como veremos a 
seguir. 
Dentre a grande área de estudos da linguagem está a Linguística 
Aplicada. Conforme Cavalcanti (1986) um ponto importante da Linguística 
Aplicada (LA) é a realização comunicativa da língua natural. Esta pode ser 
utilizada quando se identifica uma questão específica de uso de linguagem 
dentro ou fora do contexto escolar. 
Essa questão ou problema de uso da linguagem identificada no município 
de Pacaraima é um campo de estudo da LA. Pois, embora alguns alunos 
estrangeiros recebam aprendizagem do Português como língua materna em 
perspectiva formal nas escolas de 
Pacaraima, Revuz (1998, p. 215), nos diz que “A aprendizagem de uma segunda 
língua só é possível, porque já se teve antes acesso à linguagem através da 
língua materna”. Uma segunda língua (L2), aprendida depois e tendo como 
referência uma primeira língua (L1), aquela da primeira infância. 
Como ampliaremos nas próximas seções, descrevendo os termos língua 
materna, segunda língua e língua estrangeira. 
 
 
 
 
1.1 LÍNGUA MATERNA 
 
A língua materna é a primeira língua que uma criança aprende e que 
geralmente corresponde ao grupo étnico-linguístico com que o indivíduo se 
identifica culturalmente. Por exemplo, em certos casos, quando a criança é 
educada por pais (ou outras pessoas) que falem línguas diferentes, é possível 
adquirir o domínio de duas línguas L1, configura-se então uma situação de 
bilinguismo. Segundo Ilari (1985, p.28), o aprendizado da língua materna “é um 
processo constante e sem fim”. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bilinguismo
15 
 
No que se refere à língua materna entendemos como a língua que é falada 
e praticada pelo sujeito, pelo fato de ser a língua também falada e praticada pela 
sociedade onde ele nasceu. Conforme BAKHTIN: 
 
A língua materna – não a aprendemos nos dicionários e nas 
gramáticas, nós a adquirimos mediante enunciados concretos 
que ouvimos e reproduzimos durante a comunicação verbal viva 
que se efetua com os indivíduos que nos rodeiam. Assimilamos 
as formas da língua somente nas formas assumidas pelo 
enunciado e juntamente com essas formas. (1992, p. 301). 
 
O ensino de Língua Materna se justifica, prioritariamente, pelo 
desenvolvimento da competência comunicativa do aluno. É torná-lo apto a se 
comunicar e a entender aquilo que os outros comunicam nas mais diversas 
situações de uso da língua. 
Para melhor reflexão, a diretora geral da UNESCO11 no seu discurso por 
ocasião das comemorações do Dia Mundial da Língua Materna, em 2011 disse 
que “ As línguas maternas têm um papel fundamental em nossas vidas, pois são 
o meio pelo qual verbalizamos o mundo pela primeira vez, sendo as lentes pelas 
quais começamos a entendê-lo. ” 
A aquisição da Primeira Língua, ou da Língua Materna, é uma parte 
integrante da formação do conhecimento de mundo do indivíduo, pois junto à 
competência linguística se adquirem também os valores pessoais e sociais. A 
Língua Materna caracteriza, geralmente, a origem e é usada, na maioria das 
vezes, no dia-a-dia. Segundo Carlos Travaglia: 
 
 
“O ensino produtivo é sem dúvida o mais adequado a 
consecução do primeiro objetivo de ensino de língua materna 
[...], ou seja, o desenvolver a competência 
comunicativa já que tal desenvolvimento implica a aquisição de 
novas habilidades de uso da língua [...] , (1997, p.40) 
 
O que podemos observar é que no ensino de língua materna o trabalho 
com ela é produtivo onde os alunos possam desenvolver sua capacidade 
comunicativa, como usuários da língua, de forma a produzir e compreender 
 
1 www.unesco.org/.../message_from_director_general_of_unesco_on_the.. 
 
 
http://www.unesco.org/.../message_from_director_general_of_unesco_on_the
http://www.unesco.org/.../message_from_director_general_of_unesco_on_the
16 
 
textos, interagir, expressar, saber raciocinar, falar e escutar. O ensino de língua 
materna compreende três situações; pensar, comunicar e interagir. Portanto, é 
com a língua que comunicamos com o mundo e formamos vínculos de convívio 
e interação com o outro. É por meio da linguagem, ela falada ou escrita, que nos 
expressamos e representamos nosso aspecto sócio- cultural. 
 Consequentemente, o ensino da língua materna é muito importante na 
formação humana, é a partir desse ensino que definirá o indivíduo na sociedade, 
isto é, influenciará na vivencia humana, desde o pensar critico em ensinar e 
aprender para a vida; é a partirdo pensar, comunicar e interagir que nos 
tornamos mais humanos. Diante disso, a aquisição da Primeira Língua, ou da 
Língua Materna, é uma parte integrante da formação do conhecimento de mundo 
do indivíduo, pois junto à competência linguística se adquirem também os valores 
pessoais e sociais. A Língua Materna caracteriza, geralmente, a origem e é 
usada, na maioria das vezes, no dia-a-dia. 
 A seguir apresento conceito para ampliação e entendimento sobre Língua 
Materna e Segunda Língua. 
 
 
 
1.2 LÍNGUA MATERNA X SEGUNDA LÍNGUA 
 
 Baseados numa conceituação de perspectiva discursiva do que seja 
língua materna e língua estrangeira, verificamos que sempre seremos 
influenciados por nossa primeira língua 
(aqui entendida como língua materna) e, que a aprendizagem de uma segunda 
ou terceira língua (aqui entendidas como língua estrangeira) só será possível 
nesse permanente contato-confronto (BERTOLDO, 2003), conflito (CORACINI, 
2003) entre as duas línguas. 
 
 Ou seja, fica clara a impossibilidade de esquecer a língua materna, no 
momento em que se aprende a outra língua. Já para Almeida Filho: 
 
 
 
17 
 
Um degrau ainda mais elevado de civilização começa a ser 
galgado quando uma sociedade através de suas instituições 
começa a se preparar para pesquisar e ensinar como língua 
estrangeira (LE) e/ou segunda língua (L2) a sua própria língua 
primeira, materna, escolar e, muitas vezes, nacional ou pátria. 
(1992, p.2) 
 
 
Ou seja, o ensino da língua portuguesa como uma nova língua a falantes 
de outros idiomas, para melhor compreensão e desenvolvimento da amplitude 
da língua. 
 O idioma materno é aprendido através da família, em casa. A habilidade 
na língua materna é indispensável para a aprendizagem futura, uma vez que 
constitui a base do pensamento. Por outro lado, uma desenvoltura incompleta na 
língua materna dificulta a aprendizagem de segundas línguas que, por sua vez, 
representam uma nova fronteira para promover a diversidade linguística. 
 
 
1.3 SEGUNDA LÍNGUA X LÍNGUA ESTRANGEIRA 
 
A segunda língua para os teóricos se dá por aquisição, contato constante; 
para Griffin (2005, p.28), o termo “segunda língua (L2) ” “é usado quando uma 
língua é aprendida depois de uma primeira e enquanto o indivíduo mora no país 
onde se emprega esta língua como língua de comunicação”. Ou seja, a 
aprendizagem de uma segunda língua só é possível, porque já se teve antes 
acesso à linguagem através da língua materna. Já a língua estrangeira se dá 
através do ensino num ambiente formal de aprendizagem. Conforme Almeida 
Filho: 
 
Ensinar uma língua estrangeira implica, pois, uma visão 
condensada e frequentemente contraditória (uma imagem 
composta) de homem, da linguagem, da formação do ser 
humano crescentemente humanizado, de ensinar e de aprender 
uma outra língua, visão essa emoldurada por afetividades 
específicas do professor com relação ao ensino, aos alunos, à 
língua-alvo, aos materiais, à profissão e à cultura alvo. (2002, 
p. 15). 
18 
 
 
Deve levar em conta as diferenças entre aquisição e aprendizagem da 
língua estrangeira, para obter resultados positivos, pois, como no ambiente da 
sala de aula, o aluno aprende a língua estrangeira, não a adquire como adquiriu 
a língua materna, e por isso o professor deve aproximar o espaço em sala de 
aula, o máximo que puder do ambiente natural, propondo situações 
comunicativas diversas com atividades de interação que resultem em 
comunicação autônoma. Richter (2000, p. 35) faz uma explanação sobre a 
importância do interacionismo no processo de aquisição da linguagem: 
 
 
Quanto à aquisição da linguagem, trata-se de reconhecer que os 
fatores interacionais têm maior influência do que os formais. Isto 
significa que saber a descrição de uma língua pode ajudar na 
conquista da competência comunicativa, mas, ressalte-se, bem 
menos do que se possa imaginar. O fundamental é agir 
comunicativamente no grupo. 
 
 
Ou seja, a sala de aula em que apenas o professor detém a direção não 
se tornará um ambiente propício de aprendizagem, uma vez que a participação 
de todos se faz necessária para que a comunicação aconteça. É a interação que 
possibilita a aprendizagem. 
 
A aquisição de uma L2, por sua vez, se dá, quando o indivíduo já domina 
em parte ou totalmente a (s) sua (s) L1, ou seja, quando ele já está em um 
estágio avançado da aquisição de sua Língua Materna. Para Revuz: 
 
A língua estrangeira é, por definição, uma segunda língua, 
aprendida depois e tendo como referência uma primeira língua, 
aquela da primeira infância. Podese apreender uma língua 
estrangeira somente porque já se teve acesso à linguagem 
através de uma outra língua. (1997, p. 215) 
 
Por isso, o encontro com outra língua aparece efetivamente como uma 
experiência nova. O encontro com este fenômeno linguístico como tal, mas nas 
modalidades desse encontro, que se dá através de outra língua. Na nossa 
concepção, esta modalidade de encontro de que se refere ao reconhecimento. 
 
Ou, ainda, quando diz: O encontro com a língua estrangeira faz 
vir à consciência alguma coisa do laço muito específico que 
19 
 
mantemos com nossa língua. Esse confronto entre primeira e 
segunda língua nunca é anódino para o sujeito e para a 
diversidade de estratégias de aprendizagem (Ou de não 
aprendizagem) de uma segunda língua, que se pode observar 
quando se ensina uma língua e se explica, sem dúvida, em 
grande parte pelas modalidades desse confronto. (Revuz, 1997, 
p. 215). 
 
Ou seja, fica clara a impossibilidade de “esquecer” a língua materna, no 
momento em que aprende outra língua. Stern (1970, p.64) afirma que “a 
presença da primeira língua no indivíduo aprendendo uma segunda língua é um 
fator que não se pode ser ignorado”. 
A aprendizagem de uma língua na infância é um processo inevitável, a 
aprendizagem de uma segunda língua é uma realização especial. Ou seja, a 
aquisição de língua materna e de aquisição e aprendizagem de uma segunda 
língua são ao mesmo tempo, semelhantes e diferentes; pois o grau, a 
formalidade situacional em que estes dois confrontos ocorrem, varia no contexto 
em que a criança adquire a língua materna com o contexto em que a segunda 
língua é aprendida fora de seu país de origem, o status de uma língua também 
pode variar com o tempo, é necessário estabelecer uma outra relação com ela. 
Aprendizagem de uma L2 acontece mais tarde que a aquisição da primeira 
língua; pode acontecer de forma formal, planejada e metódica, aquela que se dá 
em sala de aula, e de forma informal e não estruturada, aquela que se dá na 
comunidade, entre os falantes nativos daquela língua. Ellis (1997) afirma ser 
mais utilizado o termo aquisição de “segunda” língua, independente de se 
aprender a língua - alvo no país em que a língua é falada ou em sala de aula. 
Aprender uma língua em sala de aula envolve instrução formal da língua, e 
aprendizagem de regras e de itens específicos da língua-alvo. 
Ou seja, a aprendizagem de uma língua se faz na interação com os alunos 
em sala de aula e se possível, fora dela, deve se propiciar aos alunos expansão 
de seu conhecimento linguístico, procurar saber se os falantes conseguem 
adquirir uma L2 da mesma forma que adquiriram a sua língua materna. 
Almeida Filho nos fala que: 
 
 
As várias manifestações L2 têm em comum o contato estreito 
entre duas línguas num mesmo espaço e numa dada relação de 
poder mantida temporária ou perenemente. Já uma LE não conta 
20 
 
tradicionalmente com o contato social próximo, interativo e 
generalizado com uma L1 predominante. As variantes de ensino 
e aprendizagem de uma L1 encerram em si grande parte do 
espectro de contextos que vai da L1 à LE passando pelas 
instâncias de L2. Essa parte do espectro é a que contempla o 
ensino de L1 como língua escolar de prestígio. Para crianças de 
dialetos desprestigiados, muitos primariamenteoralizados, que 
chegam à escola confrontadas com o dialeto-padrão, o 
Português da escola se parece com uma L2 (externa). (1992, 
p.6) 
 
Para que se encontre sentido no que se está aprendendo, é preciso que o 
aprendizado seja tomado em conjunto e em relação a outras coisas. Dessa 
forma, é preciso que o aprendiz se envolva em situações reais de interação, de 
comunicação efetiva na nova língua, entrar em relações com os outros para troca 
de experiências que possibilitem novas compreensões e crescimento. 
 Almeida Filho (2002) apresenta métodos comunicativos para o ensino de 
línguas, os quais têm por base uma abordagem comunicativa. São métodos com 
foco no sentido, no significado e na interação entre sujeitos na língua estrangeira. 
Segundo ele (2002, p. 36), o ensino comunicativo é aquele que organiza as 
experiências de aprender em termos de atividades relevantes/tarefas de real 
interesse e/ou necessidade do aluno para que ele se torne capaz de usar a língua 
alvo para realizar ações de verdade na interação com outros falantes-usuários 
dessa língua. 
 
Portanto, ensinar línguas é ensinar o social, o humano, o político, o 
histórico, o geográfico e o econômico de um povo, compreendendo sua cultura, 
sua identidade, sua diversidade, contradições e desigualdade de gênero, 
classes, religiões e emblemas pelos tantos que utilizam a mesma língua. 
 A seguir abordarei especificamente a temática sobre o ensino de LP como 
L2 para os alunos estrangeiros 
 
1.4 LP COMO L2 PARA ALUNOS ESTRANGEIROS 
 
A utilização da língua portuguesa (LP) tem se expandido muito, uma vez 
que esta língua é vista como uma língua privilegiada para as relações 
internacionais. As práticas nas escolas da aprendizagem do Português devem 
21 
 
iniciar-se no ensino pré-escolar e continuar ao longo de toda a escolaridade, com 
um currículo e metodologia próprios. 
Para que o processo ensino-aprendizagem de língua portuguesa para 
estrangeiros seja conveniente, é necessário utilizar conhecimentos teóricos e 
metodológicos que se afinem com as expectativas, ou seja, faz-se necessário 
dar valor à cultura do aluno, como forma de enriquecer o processo de 
aprendizagem vivido pelo mesmo. 
A aprendizagem da segunda língua pelo aluno estrangeiro é um grande 
desafio, isso por causa do grau de dificuldade de assimilação. Grannier parte da 
perspectiva de formação do docente e do aprendiz e sobre isso a autora assim 
discorre: 
 
No que diz respeito à abordagem do ensino da língua, naquilo 
que existe de mais essencial, não há diferença. Em todas as 
situações em que cabe uma das caracterizações acima, a língua 
portuguesa, para o aprendiz, é uma língua nova. Em todas essas 
situações, o aprendiz já conhece, pelo menos, uma outra língua 
a sua língua materna (L1). Ou seja, a existência de um 
conhecimento linguístico anterior, configurado na primeira língua 
do aprendiz, é o que define o denominador comum dessas 
situações de ensino/aprendizagem (E/A), como o E/A de uma 
nova língua (LN).Nas palavras da autora, o denominador comum 
da abordagem de ensino de um público em situação de 
aprendizagem de uma segunda língua (L2) é exatamente a 
língua alvo como uma língua NOVA, em outras palavras, uma 
língua não materna. (2011, p.1) 
 
 
Ensinar a segunda Língua para estrangeiros implica não só oferecer 
informações para alcance de conhecimentos, mas também possibilitar ao aluno 
experimentar uma nova cultura, ou seja, permitir-lhe acesso à cultura da língua 
alvo, nesse caso a Língua portuguesa. Acreditando serem necessários, além dos 
conhecimentos linguísticos, os conhecimentos para linguísticos. A linguagem é a 
capacidade que os seres humanos têm para produzir, desenvolver e 
compreender a língua e outras manifestações; já a língua é um conjunto 
organizado de elementos (sons e gestos) que possibilitam a comunicação. 
 Segundo Almeida Filho, ensinar L1 não é como “ensinar uma língua a 
quem não a possui” (2005 p. 8). Uma aula de língua portuguesa não corresponde 
a ensinar essa língua a quem não sabe. Trata-se, melhor, de não ensinar a língua 
22 
 
propriamente e, sim, de fazer o aprendente perceber-se enquanto cidadão na 
linguagem. 
Diante do exposto, ensinar L1 é reconhecer as variantes da língua, 
facultando ao aluno o acesso à variante padrão. Entendemos que a formação do 
professor de LP é um ponto diferenciador e especifico para o ensino, quer no 
contexto de língua materna, quer no de língua não-materna estrangeira ou 
segunda. 
Assim deveria ser o ensino da LP como L2 aos alunos estrangeiros, no 
entanto, a realidade da escola é um pouco diferente, na próxima seção 
apresentamos a discussão sobre escolarização em contexto bilíngue, para 
embasar as discussões da realidade escolar em Pacaraima. 
 
1.5 ESCOLARIZAÇÃO EM CONTEXTO BILINGUE DE FRONTEIRA 
 
Como afirma Cavalcanti (1999), no Brasil não se podem ignorar os 
contextos de educação ou escolarização em contextos bilíngues de minorias. As 
comunidades de fronteira apresentam um cenário complexo de contato/conflito, 
neste caso específico, as escolas denominadas bilíngues em português, 
recebem alunos venezuelanos com dificuldades na escrita e na oralidade desta 
língua. 
A necessidade do domínio de uma segunda língua, tem se tornado algo 
fundamental. Um sujeito bilíngue apresenta domínio em qualquer uma das quatro 
habilidades linguísticas (ler, escrever, compreender e falar) em uma segunda 
língua. 
Entendemos aqui que um indivíduo bilíngue é aquele capaz de fazer uso 
social de duas (ou mais) línguas (ou dialetos) no seu dia a dia (Grosjean, 1999). 
A escolha desta definição justifica-se por sua amplitude, já que levam em 
consideração diferentes aspectos: Um uso proficiente ou funcional de cada 
idioma; a apropriação de duas ou mais línguas; os diferentes contextos e 
processos que levaram à aquisição e ao uso de mais de uma língua; a frequência 
e os diferentes propósitos para o uso de cada língua; ou utilização das mesmas 
em contextos formais, informais, dando conta das variações linguísticas ou até 
dialetos. 
23 
 
Ninguém conhece uma língua em todos os seus aspectos, mesmo que 
esta língua seja a nativa, assim como é difícil comparar graus de conhecimento 
entre as duas ou mais línguas de que um indivíduo dispõe. São várias as 
definições de bilinguismo. Cito algumas das definições de alguns dos autores 
sobre o conceito de bilinguismo. 
De acordo Grosjean (1994, p.1657), um dos aspectos mais interessantes 
do bilinguismo é o fato de que duas ou mais línguas estão em contato em um 
mesmo indivíduo. Ou seja, o indivíduo falante bilíngue não é um elemento 
independente. É um comportamento moldado de formas variadas que depende 
das relações que o indivíduo estabelece com os outros e com o meio social 
circundante. Acredita-se que se duas línguas são usadas para transmitir um 
mesmo conteúdo, reduz-se a motivação dos alunos para compreender o que está 
sendo ensinado na L2, assim como se neutraliza o esforço do professor e dos 
alunos para usar a L2, já que eles podem recorrer à L1 para atingir suas 
finalidades comunicativas; o bilinguismo é a situação linguística na qual os 
falantes são levados a usar alternativamente, segundo os meios ou situações, 
duas línguas diferentes. Cito um exemplo de uma pesquisa 
 de Santos (2004), O cenário multilíngüe/multidialetal/multicultural 
de fronteira e o processo identitário “brasiguaio” na escola e no entorno social. Ela 
mostra como os alunos encontram dificuldades na escrita em português. 
 
A visibilização das identidades “brasiguaias”, ressaltada pela 
construção de uma identidade una, se evidencia no contexto 
escolar principalmente pela linguagem. Como os alunos 
“brasiguaios” da escola em foco são em sua maioria 
descendentes de alemães e/ou italianos, têm como língua 
materna o português e/ou alemão/italiano, foram alfabetizados 
no Paraguai em espanhol,fazendo parte do programa escolar 
também a língua guarani, ao chegarem na escola brasileira 
encontram dificuldades com a língua portuguesa padrão escrita. 
( p.8). 
 
 
Ou seja, estes alunos têm como língua materna a língua portuguesa e/ou 
outra língua estrangeira (como o alemão e/ou italiano). Iniciaram o processo de 
alfabetização no Paraguai, em espanhol. É possível perceber que o problema 
se encontra ao retornarem ao Brasil, deparam-se na escola com a língua 
portuguesa escrita, que pouco conhecem. 
24 
 
Ainda neste artigo a autora faz uma comparação entre alunos 
“brasiguaios” e alunos “brasileiros”, constata que, salvo quanto ao bilinguismo 
português/espanhol vivenciado pelos “brasiguaios”, ambos estão sujeitos aos 
demais fatores comprometedores. 
Dessa forma, as possibilidades de ir e vir na fronteira, de se apropriar de 
uma segunda língua, de conviver entre culturas diferentes, constituem-se em 
limites para o aluno brasiguaio na convivência do espaço escolar. O termo 
“brasiguaios” é utilizado em referência aos brasileiros que viveram por um 
determinado período no Paraguai, mas, por algum motivo, voltaram a morar no 
Brasil. 
As orientações das políticas educacionais voltadas para o mito da unidade 
linguística trazem implícitas a concepção de que língua é sempre a língua 
majoritária padrão, e o que foge ao padrão constitui-se erro. Essa postura tem 
como consequência “a valorização apenas daquelas crianças que chegam à 
escola trazendo na sua bagagem linguística o portuguêspadrão e expulsa as que 
não o trazem” (Bagno, 2000, p.30). 
Compreendemos que é papel da escola possibilitar a todos os que nela 
ingressam o acesso à norma culta, sem diferenciar as linguagens dos alunos. No 
ensino-aprendizagem de língua materna, o que se pretende não é levar os alunos 
a falar de acordo com as normas cultas, mas possibilita-los a escolha da forma 
de fala a ser utilizada de acordo com a situação comunicativa. O aluno deve 
saber colocar o que fala e o que escreve e como fazer, cabe à escola exercer 
seu papel formador de cidadãos capazes de realizar sua função social, 
convivendo com a linguagem adquirida na comunidade linguística na qual estão 
colocados, e tendo a oportunidade de aprender a linguagem padrão para a ele 
servir-se, quando a necessidade atribuir seu uso, nas várias situações de sua 
vida diária. 
Para finalizar o arcabouço teórico apresentamos a discussão sobre as 
relações interculturais e sua importância na educação. 
 
 
25 
 
1.6 A LÍNGUA E SUAS RELAÇÕES INTERCULTURAIS 
 
As culturas são diferentes em suas línguas, nos padrões de 
comportamento e de valores, de grupos sociais distintos, ou seja; comunicação 
intercultural é analisar as diferenças de culturas existentes, a fim de facilitar as 
relações entre culturas diferentes. 
A compreensão de que aquilo que somos é a maneira como usamos a 
língua; em um mundo aonde a globalização vem crescendo, onde as informações 
atravessam fronteiras, torna-se inevitável que aprendemos a conviver com 
realidades diferentes da nossa. Portanto, a comunicação intercultural é cada vez 
mais uma necessidade para o entendimento entre as pessoas. A comunicação 
intercultural contribui para a educação de respeito e de tolerância entre as 
pessoas através do estudo das diversidades culturais. 
Segundo Bennetta: 
 
Comunicação intercultural é a “interação que ocorre quando o 
enunciado de um membro de uma determinada cultura deve ser 
recebido, interpretado e compreendido por um outro indivíduo 
pertencente a uma cultura diferente” (p.46, 2002 apud CANTONI, 
2005). 
 
 
Ou seja; a cultura é responsável por parte das realidades individuais, das 
capacidades e, sobretudo, dos comportamentos comunicativos. Portanto, 
quando as competências e os comportamentos de ambos são diferentes, pode 
haver menos eficácia na comunicação, uma menor interação ou até mais difícil 
de obter. O mesmo autor afirma ainda que o objetivo da comunicação intercultural 
é analisar as dificuldades de interação e aumentar a sua eficácia entre culturas. 
Se esse objetivo for alcançado, será um precioso instrumento para os encontros 
interculturais. 
26 
 
 Dessa forma, aprender uma nova língua é um direito. Um direito que deve 
ser oferecido a todo aquele que desejar aprendê-la. É o que reforça o Quadro 
Europeu Comum de Referência para as Línguas: 
 
O aprendente de uma língua torna-se plurilíngue e desenvolve a 
interculturalidade. As competências linguísticas e culturais [...] 
permitem, ao indivíduo, o desenvolvimento de uma 
personalidade mais rica e complexa, uma maior capacidade de 
aprendizagem linguística e também uma maior abertura a novas 
experiências culturais. (Conselho da Europa 2001: p.73) 
 
Como vemos, esse não é um receio sem fundamento, mesmo assim, é 
um desafio que deve ser enfrentado, visto que a aprendizagem do português é 
um desejo de grande parte dos falantes de outras línguas, assim é fundamental 
que se estabeleça entre os aprendizes, trocas que lhes permitam dizer algo, 
expressar o que pensam e o que sentem em relação à língua e a nova cultura 
em contexto de aprendizagem. 
Assim, na abordagem intercultural, a postura do professor frente à língua 
e cultura estrangeiras é fundamental, pois ele é um dos maiores formadores de 
opinião. Portanto, a formação intercultural do professor é fundamental para que 
ele possa abordar de forma adequada as semelhanças e diferenças interculturais 
e proporcionar a aprendizagem intercultural tornando uma oportunidade para 
crescermos como seres humanos. 
Diante dos fatos mencionados vemos que a interculturalidade pode 
sensibilizar o aprendiz no respeito e na aceitação das suas e das outras culturas, 
tornando o ensino de português mais eficaz. Portanto, é necessário haver um 
aperfeiçoamento das metodologias didáticas com finalidade de dar oportunidade 
para alunos de língua estrangeira, de não só aprender com maior rapidez os 
idiomas, mas também de resolverem impasses do cotidiano escolar com maior 
agilidade, uma vez que os mecanismos adquiridos com a interculturalidade 
podem ser usados não somente com relação às línguas estrangeiras, mas 
ajudará também em todos os aspectos da vida do indivíduo. 
 
 
27 
 
[...] A pesquisa investiga o mundo em que o homem vive e o próprio homem. 
(Pesquisas em Ciências Humanas e Sociais. 2010; p.11). 
 
Antonio Chizzotti 
 
2. MARCO METODOLÓGICO 
 
Neste capítulo fiz uma explanação dos aspectos metodológicos técnicos 
da pesquisa, baseadas nas referências bibliográficas que utilizei como recurso 
de conhecimento prévio para dar fundamento ao trabalho de campo sobre a 
língua portuguesa como segunda língua a alunos venezuelanos dos 6 º ano do 
ensino fundamental da Escola Municipal Casimiro de Abreu no Município de 
Pacaraima. 
 
2.1 TIPO DE PESQUISA 
 
 Este trabalho foi desenvolvido através de Pesquisas Bibliográficas e de 
Campo, embasados nos estudos de Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais, 
segundo Antonio Chizzotti, Pesquisa Social: métodos e técnicas de acordo com 
Roberto Jarry Richardson. Segundo Chizzotti: 
 
 
Que a pesquisa sobre um problema determinado depende das 
fontes de informação sobre o mesmo. As informações podem 
provir de observações, de reflexões pessoais, de pessoas que 
adquiriram experiências pelo estudo ou pela participação em 
eventos, ou ainda do acervo de conhecimentos reunidos em 
bibliotecas, centro de documentação bibliográfica ou de qualquer 
registro que contenha dados. (2010, p.16) 
 
 
Ou seja, o uso dessas fontes de informação amparou-me na delimitação 
da pesquisa, esclareceu as dúvidas e orientou na busca da fundamentação e deu 
o subsídio necessário. Desta forma, coube a mim, enquanto pesquisadora, 
selecionar o assunto, definir e formular o problema, reunir e selecionar a 
documentação, elaborara revisão para o meu tema e dar continuação a 
pesquisa. 
28 
 
Para Moita Lopes (1996, p. 17) a pesquisa em Linguística Aplicada “trata-
se de pesquisa: de natureza aplicada em ciências sociais; que focaliza a 
linguagem do ponto de vista processual; de natureza interdisciplinar e mediadora; 
que envolve formulação teórica; utilizando métodos de investigação de base 
positivista e interpretativa. 
 
Para esta pesquisa foi usado o método qualitativo, porque tem como 
objetivo propor uma explicação do conjunto de dados reunidos a partir de uma 
realidade social. Sendo que esse conhecimento passa pelo conceito que não 
seria realista prender a realidade a um único parâmetro de pesquisa. Diehl 
apresenta um esboço acerca desta estratégia: 
 
 A pesquisa qualitativa, por sua vez, descreve a complexidade de 
determinado problema, sendo necessário compreender e 
classificar os processos dinâmicos vividos nos grupos, contribuir 
no processo de mudança, possibilitando o entendimento das 
mais variadas particularidades dos indivíduos. (2004, p.29) 
 
Este método difere, em princípio, do quantitativo, à medida que não 
emprega um instrumental estatístico como base na análise de um problema, não 
pretendendo medir ou numerar categorias. Podemos partir do começo de que a 
pesquisa qualitativa é aquela que trabalha com dados qualitativos, isto é, a 
informação coletada pelo pesquisador não é expressa em números, ou então os 
números e as conclusões neles baseadas representam um papel menor na 
análise. 
 Utilizarmos a pesquisa qualitativa porque acreditamos na educação de 
qualidade, então o qualitativo deve prevalecer, e não devemos estar presos 
enquanto educadores nos aspectos quantitativos. É o que nos esclarece a 
seguinte afirmação: 
 
Numa época como a nossa, em que só é teoria, o cifrável, aquilo 
que pode ser transformado em dados, contabilizado e despojado 
de identidade própria, em função da inquestionável 
estatisficação, propor encontra-nos com a substância do 
peculiar, o fatal da experiência, a pesquisa do relato anônimo, 
parece ser em si mesmo algo arriscado já que implica uma 
experiência viva de deciframento do outro, das relações, da 
realidade, e inclusive de um mesmo. (MARINAS Apud LÜDKE, 
M. e ANDRÉ, M. 1986:61). 
 
29 
 
Nota-se, a importância de se manter informado sobre o que está 
ocorrendo; por isso, a pesquisa qualitativa foi uma estratégia que me ajudou a 
buscar informações de forma clara, coerente e precisa, foi adequada de acordo 
com as pessoas que foram entrevistadas. 
 
2.2 UNIVERSO DA PESQUISA 
 
 A pesquisa ocorreu com alunos venezuelanos do 6º ano do ensino 
fundamental da Escola Municipal Casimiro de Abreu. A escolha da escola foi 
devido ao grande índice de alunos venezuelanos matriculados. 
A Escola Municipal Casimiro de Abreu foi fundada em 28 de janeiro 1974, 
através do decreto nº 009/74, sendo administrada pelo Estado até novembro de 
2005. Durante este período, várias ações foram realizadas envolvendo a 
comunidade escolar, através do plano de Desenvolvimento da escola com o 
objetivo de assegurar um ensino de qualidade e permanência dos alunos na 
escola. Em 16 de novembro de 2005, por meio do decreto de nº 076/05, a escola 
foi municipalizada. 
 A escola está localizada numa região de fronteira e, nesse caso com a 
Venezuela, onde os alunos são atendidos pelo transporte escolar tanto pela 
manhã e tarde. A Instituição atende um total de 672 alunos segundo o senso 
escolar, distribuídos nas seguintes modalidades de ensino: cinco turmas do 3º 
ano, sete turmas do 4º ano e seis turmas do 5°ano, no turno matutino com um 
total de 338 alunos, no turno vespertino atende 334 alunos divididos em seis 
turmas do 6°ano, com um total geral de 672 alunos. Antes de a escola ser 
municipalizada, existia o ensino da EJA, depois do decreto o ensino passou para 
Escola Estadual Cícero Viera Neto. 
 
A estrutura física da escola oferece 12 salas de aula, 02 banheiros 
femininos e 02 masculinos, uma biblioteca com acervos didáticos e paradidáticos 
que ainda conta com um laboratório de informática, uma sala de multimeios com 
televisor, DVD, que funciona na sala de leitura vídeo e som para atender aos 
alunos nos dois turnos nas aulas diferenciadas que são oferecidas pelos 
docentes, há ainda uma sala para os professores, além da diretoria, a sala da 
30 
 
coordenação pedagógica e um pequeno espaço que serve de refeitório como 
também para apresentações culturais. A escola disponibiliza de um pequeno 
espaço a sua volta, dispõe de um ginásio para prática de esportes. 
Na escola, a gestão ainda é centralizada, pois segue as normas da 
Secretaria Municipal de Educação. Ela está composta pelo diretor Francimar de 
Souza Melo, Vice Diretora Maria Elane Paz da Silva, como Orientadora Isis Maia 
Malva e como Coordenadora Pedagógica Valdirene Teixeira Lima e um 
Secretário, Amauri da Conceição Almeida, cursando Letras. 
A Instituição oferece um espaço para Universidade Estadual de Roraima, 
que funciona no período Noturno com os cursos de Letras, sendo duas turmas 
com uma habilitação em Espanhol e uma turma com habilitação em Literatura, 
Geografia, e a turma de Ciência da Natureza com ênfase em Matemática e 
Física. Ela está composta pelo Diretor Huarley Matheus do Vale Monteiro e o 
coordenador Pedagógico Antônio Inácio da Silva. 
Na instituição não há Conselhos Deliberativos, mas há APM (Associação 
de Pais e Mestres), que realiza suas reuniões periodicamente, na própria escola 
com a participação dos pais e da gestão da escola. 
Segundo a gestão, a escola não está, no momento, trabalhando as 
relações com a comunidade, pois a forma mais frequente da comunidade 
participar da escola são as reuniões de Pais. Um fato preocupante, visto que, 
hoje tem se discutido muito sobre a importância do papel da família no processo 
de ensino e aprendizagem. O ensino de Língua Portuguesa na escola Municipal 
Casimiro de Abreu está organizado da seguinte maneira: da 3°a 6° ano são 4 
aulas semanais de Língua Portuguesa. 
 
 Quanto ao atendimento pedagógico aos professores, são realizados 
através de reuniões pedagógicas, planejamentos e conversas informais. Apesar 
da escola não ter seu PPP concluído, a coordenação pedagógica define como 
uma das metas principais da instituição a formação de alunos críticos, 
participativos, atuantes e autores do seu próprio conhecimento. 
 
 
31 
 
2.3 OS INSTRUMENTOS DE COLETA 
 
A pesquisa de campo desenvolvida neste trabalho foi conhecer aspectos 
importantes direcionado ao tema para obter informações. Com isso, foram 
utilizados entrevistas e questionários. De acordo com Furasté (2006, p.35), “a 
pesquisa de campo tem como objetivo imediato analisar, catalogar, classificar, 
explicar e interpretar os fenômenos que foram observados e os dados que foram 
levantados”. 
Por isso, a melhor maneira de entender o que passa na ideia do outro é 
essa interação face a face que é fundamental para o desenvolvimento da 
pesquisa. Segundo Roberto Richardson afirma: 
 
 A entrevista é uma técnica importante que permite o 
desenvolvimento de uma estreita relação entre as pessoas. É o 
modo de comunicação no qual determinada informação é 
transmitida de uma a outra pessoa. O termo entrevista refere-se 
ao ato de perceber realizado entre duas pessoas. (2008: 207). 
 
Ou seja, a importância da entrevista de ir a campo para compreender o 
que ocorre com o que os alunos pensam, agem e reagem sobre determinado 
assunto, permite o corpo a corpo, onde a comunicação é transmitida e recebida 
de forma simples, clara e objetiva. A entrevista utilizada foi a dirigida porque se 
trata de perguntas pré- formuladas, ou seja, são perguntas de forma que, permite 
o entrevistador ter controle sobre o entrevistado. O questionário permitiu levantar 
informações sobre as respostas por escrito e que o informante teve liberdadede 
opinar segundo o seu conhecimento específico de determinado assunto. 
Segundo Antonio Chizzotti : 
 
O questionário consiste em um conjunto de questões pré-
elaboradas, sistemática e sequencialmente dispostas em itens 
que constituem o tema de pesquisa, com o objetivo de suscitar 
as informantes respostas por escrito e verbalmente sobre 
assunto que os informantes saibam opinar ou informar. (2010, p. 
55) 
 
Tendo em vista que a responsabilidade enquanto pesquisadora foi de 
saber a quantidade de perguntas que deveriam ser conforme os objetivos da 
32 
 
pesquisa e neste caso, o questionário executado foi de perguntas abertas, que 
teve a distribuição entre o professor de língua portuguesa e os alunos da escola 
campo. 
A pesquisa ocorreu com os alunos dos 6°ano do ensino fundamental da 
Escola Municipal Casimiro de Abreu para verificar as dificuldades em aprender a 
segunda língua LP. A escolha da escola foi devido à realidade e do intercâmbio 
cultural dos alunos venezuelanos ao receberem aulas de uma segunda língua de 
fato é o aprendizado de uma segunda língua com os alunos estrangeiros em sala 
de aula e a importância de reconhecer a interferência da língua espanhola no 
aprendizado de língua portuguesa em relação a Pacaraima sendo a mesma faz 
fronteira com Venezuela e a escola recebe alunos venezuelanos. 
A realização desta pesquisa ocorreu no primeiro semestre de 2016, onde 
foram realizadas entrevistas e aplicações dos questionários. A população alvo 
foram alunos dos 6°ano 01,02,03 e 04 do ensino fundamental, ao todo escolhi 2 
alunos de cada turma e a professora de língua portuguesa que atuava nas 
turmas, foram aplicados 3 questionários sendo 1 para os alunos 1 para 
professora, além da entrevista com o Gestor da escola. 
Através da pesquisa de campo é que identificamos quais os 
conhecimentos que os alunos já construíram sobre o aprendizado de uma 
segunda língua no caso LP e quais as dificuldades que ainda encontram. 
 
 A escolha da escola com intuito de fazer um trabalho diferenciado próximo 
para verificar a possibilidade de desenvolver a pesquisa. Através dos estágios 
supervisionados durante o curso, tive contato com a escola onde realizei a 
pesquisa, busquei trabalhar com os alunos do 6°ano, sendo eles venezuelanos. 
O foco da minha pesquisa foi direcionado na área de linguística aplicada e o 
conhecimento dos alunos relacionados ao bilinguismo. 
 O objetivo geral da minha pesquisa foi analisar as dificuldades do ensino 
e aprendizagem da língua portuguesa na situação de analisar as dificuldades em 
aprender a segunda língua em um contexto de interculturalidade. 
 Para realização da minha pesquisa utilizei computador para pesquisa e conhecer 
o tema da minha pesquisa, trabalhos publicados, para melhor compreensão 
sobre o assunto; utilizei entrevista e aplicação de questionários através de 
33 
 
conversa informal algumas informações foram fundamentais. Primeiramente, fiz 
contato com o gestor da escola, para obter as devidas informações e 
principalmente para evitar mal-entendidos que pudessem dificultar a pesquisa e 
encontrar se na unidade em que exerce a sua função existem alunos 
venezuelanos na estudando. 
Iniciei a elaboração e planejamento do questionário, realizei entrevista 
com o gestor que atua na Escola Municipal Casimiro de Abreu onde realizei 
minha pesquisa, a unidade escolar da qual ele atua e exerce a função é do 
município. A entrevista realizada com o gestor foi individual porque era 
justamente enquanto todos estavam na sala de aula que ele encontrava espaço 
para responder minhas perguntas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
3. ANÁLISE DOS DADOS 
 
Neste capítulo apresentarei o marco teórico percorrido em busca de uma 
possibilidade de análise para responder à pergunta de pesquisa O ensino e a 
aprendizagem da língua portuguesa como L2 a alunos venezuelanos do 6º ano 
do ensino fundamental na Escola Municipal Casimiro de Abreu. 
 
Serão apresentados os resultados das duas etapas da pesquisa através 
das respostas das entrevistas elaboradas tanto para a professora que atuava 
na turma do 6° ano com a disciplina de língua portuguesa, e com os alunos. Ao 
iniciar a pesquisa de campo, busquei estender um olhar sobre a escola, com a 
finalidade de verificar a real existência de alunos venezuelanos que estudam na 
referida escola, cujo período de registros foi de março a maio de 2016. 
 
3.1 ANÁLISE DO BILINGUISMO 
 Os anos selecionados na primeira e segunda etapa foram os mesmos, 
para que a pesquisa obtivesse mais êxito. Cada aluno respondeu o questionário. 
Neste momento apresentarei o resultado da análise dos questionários realizado 
pelos alunos. Diante de uma das perguntas do questionário sobre serem ou não 
bilíngues, uns responderam que falam 2 línguas, entre elas estão português e 
espanhol, ou “venezolano” e “brasileiro”, como eles falam; a professora afirmou 
ter alunos bilíngues na sala de aula, evidenciou nas suas respostas que, em cada 
sala há talvez uns 5 ou 6, às vezes mais, às vezes menos. Um sujeito bilíngue 
apresenta domínio em qualquer uma das quatro habilidades linguísticas (ler, 
escrever, compreender e falar) em uma segunda língua. Entende- se aqui que 
um indivíduo bilíngue é aquele capaz de fazer uso social de duas (ou mais) 
línguas (ou dialetos) no seu dia a dia. 
 
Na questão sobre quais são os casos de alunos falantes de mais de uma 
língua, a língua é o Espanhol, origem dos alunos venezuelanos, porém alguns 
residem em Pacaraima e têm descendência venezuelanos, outros são brasileiros 
35 
 
que moram na Venezuela o que causa o aluno ser bilíngue. Como apresentado 
em um dos questionários abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
Estes alunos por eles mesmos se consideram bilíngues, fato mostrado 
abaixo no questionário quando perguntado que língua é falada por eles o aluno 
A respondeu que fala o Español, Português e Inglês. Já o aluno B respondeu que 
fala Espanhol e Português, pelo fato de eles entrarem em contato com a outra 
língua já se consideram falantes da segunda língua ou bilíngue. 
 
 
 
 A professora também evidencia o fato de encontrar dificuldades para se 
trabalhar nesse contexto do bilinguismo; para ela, alguns alunos venezuelanos 
têm maturidade com a língua portuguesa, mas na outra turma há uma dificuldade 
maior. Relatou que uma aluna não compreende nada da LP, nesse caso, a 
docente disse ter feito o que pôde para ajudá-la. Sobre o assunto, o gestor da 
instituição afirmou que é um choque de culturas quando estes alunos aprendem 
36 
 
uma outra língua, em sua resposta evidenciou que, a escola não tem um 
atendimento específico ou diferenciado para estes alunos, acredita-se que com 
a convivência do dia a dia em sala de aula os alunos se desenvolvam; pois os 
professores buscam da melhor forma tornar esta aprendizagem eficaz para o 
melhor aprendizado deste aluno. 
Aqui nas respostas, ficou claro que existe um choque de línguas e culturas 
diferentes. Almeida Filho (2002, p. 210) afirma que, 
 
“O lugar da cultura é o mesmo da língua quando essa se 
apresenta como ação social propositada. A experiência com e na 
língua-alvo em atividades envolventes e tidas como relevantes 
pelos alunos favorece o trabalho pela consciência cultural do 
outro e da própria L1 na aquisição de uma nova língua”. 
 
Ou seja, os aspectos culturais estão fortemente envolvidos no processo 
de ensino e aprendizagem da língua alvo e precisam ser valorizados, estes 
alunos ao entrarem em contato com a língua portuguesa e ao vivenciar essa nova 
cultura, começam a se sentir mais pertencentes ao meio no qual estão inseridos, 
e logo estabelecem relações sociais e afetivas com os alunos brasileiros. 
Dentro da realidade da escola acredita-se no trabalho que é oferecido é 
bom em grande parte, pois tentam na melhor maneira possível integrar estes 
alunos trazendo-ospara a realidade e trabalho. São acompanhados conforme os 
projetos que são desenvolvidos de acordo com a necessidade que é sentida em 
cada um. 
Compreende -se também que é papel da escola possibilitar a todos os que 
nela ingressam o acesso à norma culta, a intercuturalidade e a integração e 
aproximação sem diferenciar as linguagens dos alunos. Segundo Almeida Filho: 
 
“É uma língua que se presta à comunicação ampla desde a casa, 
passando pela rua até a escola e os meios culturais. Ela é uma 
língua em que se constitui a identidade pessoal, regional, étnica 
e cultural da pessoa [...]” (ALMEIDA FILHO, 2007, p.64). 
 
O fato de que as línguas são marcadas pela diversidade linguístico 
cultural, são diversos os usos linguísticos que decorrem de aspectos culturais 
e sociais, também dos que a têm como língua materna. O ensino/aprendizagem 
37 
 
de uma língua, satisfaz em ensinar ao aluno a conhecer em uma variedade e 
permitir a expansão dos seus recursos linguísticos, para que assim ele consiga 
caminhar pelas diversas variedades da língua. 
Portanto, no ensino/aprendizagem do português como segunda língua, é 
possível constatar que a estrutura da língua do aluno e da língua alvo de 
aprendizagem, é igual, sendo distinguida pelo elemento cultural, que é 
responsável pela diferença de usos entre elas. O aprendizado da língua 
portuguesa como segunda língua, deve significar para os alunos, desenvolver 
competências para ser e agir em sua própria língua com criticidade, em diferentes 
contextos. 
Na sequência, apresento se há dificuldades quanto à aprendizagem de LP 
como L2. 
 
3.2 DIFICULDADES ENCONTRADAS 
 
Aqui apresento outra etapa da pesquisa sobre as dificuldades que os 
estrangeiros encontram em aprender a LP. Aprender uma segunda língua não é 
só estar centrado na escrita e nas suas regras de estrutura e combinações, a 
aprendizagem da segunda língua pelo aluno é um grande desafio, e a linguagem 
no ato de comunicação entre eles que vivem em sociedade ajuda a interação 
para a aprendizagem da segunda língua. 
Analisando os resultados da pesquisa na segunda etapa, a maioria 
evidenciou que não encontra dificuldades em aprender a LP, sendo que somente 
1 encontra dificuldades. Para alguns dos alunos a professora poderia melhorar 
só na escritura, e para outro aluno poderia dar uma atenção a mais para os 
alunos venezuelanos. 
 
38 
 
 
 
Aqui ficou claro que embora a escola e o professor se esforcem para 
ajudar estes alunos, ainda uns encontram dificuldades em se trabalhar com a 
escrita, fatos mostrado na figura acima e enquanto a professora dá mais uma 
atenção aos alunos venezuelanos, mostrando que os próprios colegas de sala 
observaram esta dificuldade encontrada entre os colegas venezuelanos. 
Já a professora em resposta disse, que neste caso, atenção especial, 
dedicação é a base para melhorar o aprendizado deles, mas sua metodologia 
em alguns casos faz uso de dicionário, nas redações pede para que reescrevam, 
usando a LP, a segunda língua destes estudantes, e auxiliando-os ao uso do 
dicionário, mas sempre mostrando como se escreve a LP. Já o gestor em 
resposta evidenciou que não existe atendimento especifico para estes alunos 
com dificuldades em LP, mas acredita-se que a interação entre os alunos procura 
um apoio por parte da família para que o estudante tenha oportunidade de maior 
convivência com a LP e o mesmo aprendê-la. Para Almeida Filho: 
 
Ensinar essa língua “[...] não mais se resume a ensinar o seu 
sistema gramatical e a nomenclatura correspondente - ensinar 
sobre a língua-alvo é ensinar metalinguagem”. (2007,p.64) 
 
Nesse contexto, o ensino e aprendizagem, pauta-se em ensinar ao aluno 
a reconhecer-se em uma variedade e permitir o desenvolvimento dos seus 
recursos linguísticos, para que assim ele consiga transitar pelas diversas 
variedades da língua, sobretudo, pela sua importância. 
Contudo, para que o aluno aprenda, não basta que ele esteja matriculado. 
É primordial que a escola, as salas de aula e os profissionais que ali trabalham 
sejam preparados para que o ensino aconteça. 
39 
 
 
3.3 LÍNGUA E CULTURA 
 
 Aqui apresento a importância destes alunos serem respeitados 
interculturalmente, uma vez que eles saem de sua realidade, língua materna, 
para aprender outra língua e cultura. Em resposta, o gestor da escola evidenciou 
que os conteúdos são trabalhados dentro da realidade; pois a escola não tem 
nenhum projeto voltado para essa questão cultural, mas de acordo com o 
conteúdo programático, buscam socializar esses alunos dentro das atividades 
desenvolvidas. Ensinar uma língua envolve ensinar os aspectos culturais das 
pessoas que falam essa língua (RIVERS, 1964, p.19-22) 
Ou seja, a interculturalidade é uma forma de sensibilizar o aprendente 
para a aceitação da sua e da cultura do outro. Exemplo é apresentado no 
questionário abaixo, pois não me deparei só com alunos bilíngues, mas com 
alunos com pais de nacionalidades e culturas diferentes, evidenciando que existe 
este choque entre as culturas. Eles deixam seu país de origem para vivenciar 
outra realidade em outro lugar. No que permite ao aprendente encontrar-se com 
a nova cultura sem deixar de lado a sua, promovendo o respeito recíproco, 
superando os preconceitos culturais e étnicos. É preciso que seja respeitado a 
existência de diversas línguas, culturas e identidades sociais, dentro do ambiente 
escolar, já que a escola é um dos principais espaços onde se confirmam as falas 
identitárias, em outras palavras, é o lugar em que o aluno, está exposto a todas 
essas situações geradoras de conflitos. 
 
 
 
 
40 
 
Vale ressaltar que o Munícipio de Pacaraima é fronteiriço com a 
Venezuela que por sua vez recebem nesta unidade alunos venezuelanos dando 
um contato diferente com as línguas. Neste caso, descobri que estes alunos são 
somente venezuelanos, tem a descendência de venezuelanos com brasileiros, 
venezuelanos com peruanos e venezuelanos com colombianos, como mostra a 
figura acima. 
Ao entrar em contato com a língua portuguesa e ao vivenciar essa nova 
cultura, estes alunos começam a se sentir mais pertencentes ao meio no qual 
estão inseridos, e logo estabelecem relações sociais e afetivas com os alunos 
brasileiros. Já a professora em resposta disse que é bem gratificante ensinar 
estes estudantes, porém eles são tímidos, recuados, é preciso de um esforço a 
mais para que possam se adaptar à escola e as aulas, e não o contrário. 
 Almeida Filho (2007, p. 102) afirma que, 
 
“ (…) é na comunicação verdadeira, linguisticamente intensa, 
afetivamente envolvente e veiculada na própria língua-alvo que 
vai se construir no aprendiz uma competência comunicativa na 
nova língua. ” 
 
Ou seja, os alunos iniciam o processo de aprendizagem da língua 
portuguesa, aonde vão desenvolvendo suas habilidades linguísticas em 
Português, por meio de atividades realizadas, os alunos vão se juntando de 
acordo com seu nível de conhecimento na língua portuguesa, visto que alguns já 
possuem certo conhecimento da língua-alvo. Percebe-se cada vez mais que as 
escolas deverão estar preparadas para receber estes alunos estrangeiros em 
suas salas de aula, visto que as culturas devem ser acolhidas com respeito. 
Sendo assim, o ensino de LP nas escolas em todas as situações educacionais 
onde houver aluno estrangeiro deve ser reavaliado, reestruturado e repensado 
com o foco no real aprendizado do Português. 
 
Dentro do contexto escolar, observa-se o empenho de cada aluno para 
driblar estas dificuldades encontradas pelas proximidades entre as duas línguas, 
41 
 
e manter a língua portuguesa como sua segunda língua, situação que fica clara 
na oralidade e durante a escrita; sendo que a linguagem verbal tem relação à 
modalidade escrita ou oral como forma de estabelecer a comunicação por meio 
das palavras, facilitando ainteração entre os alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esta pesquisa foi realizada no município de Pacaraima/RR para analisar 
a situação do processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa como 
segunda língua aos alunos estrangeiros venezuelanos do 6º ano do ensino 
fundamental da Escola Municipal Casimiro de Abreu, levando em conta o 
contexto bilíngue presente na escola, evidenciando a presença da diversidade 
de línguas e cultura presente entre os alunos. 
Aplicou-se a metodologia qualitativa, isto é, com a informação coletada 
utilizei a pesquisa qualitativa porque acredita-se na educação de qualidade, 
então deve prevalecer, e não devemos estar presos enquanto educadores nos 
aspectos quantitativos. Assim com a aplicação de questionários e a realização 
da entrevista foi possível obter os resultados positivos da minha pesquisa. 
A realidade destes alunos eles estudam na escola a língua portuguesa 
como se fosse a língua materna deles, quando na verdade é uma segunda 
língua. Em se tratando, do ensino do português para o aluno estrangeiro 
devemos lembrar o fato de interagir este aluno com a escola trazendo o mesmo 
para dentro da realidade e as condições que a escola oferece, pois, a escola não 
tem projetos para essa questão cultural, mas buscam socializa-los dentro das 
atividades desenvolvidas na escola. 
De acordo com os dados obtidos, foi confirmada a existência de alunos 
falantes das seguintes línguas: Português e Espanhol, um aluno nascido no 
Brasil mora na Venezuela que fala Espanhol, Português e Inglês e enquanto a 
diversidade na cultura em família vimos a presença de pais descendentes de: 
Peru, Colômbia, Venezuela, comprovando as diversificadas culturas nos 
deparamos que são diferentes nos padrões de comportamentos e valores. 
Portanto, a comunicação contribui para a educação de respeito e tolerância entre 
as pessoas nas adversidades culturais. 
Portanto, as contribuições desta pesquisa para a escola e os alunos que 
nela estão inseridos foram à compreensão sobre a importância de se trabalhar o 
português pois não há diferença na metodologia de ensino da LP para estes 
43 
 
estrangeiros. O conhecimento do contexto bilíngue e principalmente o choque de 
cultura foi um fato que pude perceber. Em relação à importância de trabalhar a 
Língua Portuguesa é necessário que se desenvolva mais no aluno a oralidade e 
a escrita, ampliando seu conhecimento de mundo, possibilitando a compreensão 
da linguagem que se torna instrumento da expressão e da relação que ele pode 
ter com o outro. 
 
Assim, fica claro que a língua e a cultura caminham de mãos dadas, 
promovendo a interculturalidade no processo de ensino/aprendizagem de uma 
outra língua. Durante a etapa da minha pesquisa pude observar que dentro da 
escola existe o bilinguismo, deparei com choque de culturas diferentes e ao 
entrarem em contato com a nova língua de fato eles vão vivenciar essa nova 
cultura, estes alunos vão começando a sentir –se mais pertencentes ao meio no 
qual já estão inseridos, o lugar a sala de aula o contato com outros colegas de 
sala gera este conflito. 
No que se refere a cultura é o que o ser humano aprende, desenvolve, 
constrói para poder viver em diversos meios, ambientes, situações ou contextos. 
Na escola, como dito anteriormente ficou claro que existe a convivência destes 
alunos com diferentes línguas, as duas de maior prestígio e convívio são a 
portuguesa e o espanhol. A língua portuguesa é o idioma oficial pois é a língua 
de uso comum a todos. O espanhol é a língua estrangeira falada pelos 
Venezuelanos e por muitos alunos brasileiros também em sala de aula, o que 
permito atribuição de duas línguas faladas. A língua espanhola é citada pois 
alguns alunos como sendo parte de seu contexto linguístico. 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
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http://www.unesco.org/.../message_from_director_general_of_unesco_on_the
http://www.unesco.org/.../message_from_director_general_of_unesco_on_the
47 
 
APÊNDICE 1 
 
 Caro Professor (a) 
Sou acadêmica do curso de LETRAS da Universidade Estadual de 
Roraima-UERR, solicito sua colaboração para minha pesquisa de campo, para 
conclusão do meu TCC, pois estou realizando essa pesquisa que tem como 
título: O Ensino e a Aprendizagem da Língua Portuguesa como Segunda Língua 
a alunos venezuelanos do 6° ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal 
Casimiro de Abreu. Esta será a última etapa a cumprir, e para que ela seja 
realizada solicito sua ajuda e sua cooperação, e desde já agradeço esse apoio 
para que de tal forma contribua para a conclusão do meu curso. 
 
Nome:_____________________________________________ 
Escola onde leciona Língua Portuguesa:__________________ 
Instituto da Unidade Escolar? ( ) Município ( )Estado 
2) Qual a sua formação: 
( ) Nível Médio 
( )Nível Superior. Curso:____________________________ 
( )Especialização. Área:_____________________________ 
 
3) Em qual etapa do ensino básico leciona atualmente? 
 
( ) Educação Infantil 
( ) Ensino Fundamental do 
1º ao 5º ano ( ) Ensino 
Fundamental do 6º ao 9º ano( 
)Educação de Jovens e 
Adultos. 
( )Ensino Médio. 
4) Qual sua é a sua Naturalidade?_______________________ 
5) Atende alunos que não falam a Língua Portuguesa? 
 
( ) Sim ( ) Não 
48 
 
 
6) Realiza atendimento específico para os alunos que não falam a Língua 
Portuguesa? 
( ) Sim 
( ) Não 
7) Quais são suas estratégias para superar as dificuldades em ter alunos 
falando outras línguas em sala de aula enquanto ao aprendizado de LP? 
8) Quais as metodologias aplicadas em sala para ocultar estas dificuldades? 
 
 
10 ) Qual a importância de ensinar a língua portuguesa no processo de 
conhecimento, sendo este como segunda língua para eles? 
 
11) Existem dificuldades para trabalhar a disciplina de língua portuguesa com 
esses alunos? 
 
12) O que você acha que deveria melhorar no ensino para que estes alunos não 
encontrem dificuldades tanto na oralidade como na escrita? 
 
13) Observa-se alguma diferença no desempenho dos alunos falantes de outras 
línguas em relação ao ensino de Língua Portuguesa? 
 
14) Pelo fato dos alunos venezuelanos terem dificuldades em falar ou escrever 
a LP como você trabalha com estes alunos. Coloca-os próximos aos alunos 
que falem a mesma língua; sabendo da dificuldade deles que não falam a 
Língua Portuguesa, elabora atividades específicas para tais alunos. Como 
você fala a língua desse aluno, repete as explicações na língua falada por 
ele? 
15) Em sua opinião, como se dá o ensino do português escrito para os alunos 
estrangeiros? 
 
16 ) Existem muitos alunos bilíngues nas suas salas de aulas? 
 
49 
 
17) A senhora se considera preparada para trabalhar nesse 
contexto bilíngue? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
APENDICE 2 
 
 
Caro (a ) Aluno ( a) 
 
 
Prezado aluno(a), Sou acadêmica do curso de LETRAS da Universidade 
Estadual de Roraima-UERR, solicito sua colaboração para minha pesquisa de 
campo, para elaboração do meu projeto e para conclusão do meu TCCII, pois 
estou realizando essa pesquisa que tem como título: O Ensino e a Aprendizagem 
da Língua Portuguesa como Segunda Língua a alunos venezuelanos do 6° ano 
do Ensino Fundamental na Escola Municipal Casimiro de Abreu. Esta será a 
última etapa a cumprir , e para que ela seja realizada solicito sua ajuda e sua 
cooperação , e desde já agradeço esse apoio para que de tal forma contribua 
para a conclusão do meu curso. Observação; não há necessidade de identificar-
se. 
 
 
1) Qual o seu nome?________________________________________ 
2) Qual o seu ano na escola?__________________________________ 
 
3) Que língua você fala?______________________________________ 
4)Qual sua é nacionalidade?___________________________________ 
 
 
5)Qual sua é naturalidade?____________________________________ 
 
 
6) Qual é a nacionalidade de seus pais (país onde nasceram)? 
 
Mãe:_____________________________ 
Pai:____________________________ 
 
7) Qual é a naturalidade de seus pais (estado onde nasceram)? 
 
Mãe:_____________________________ 
Pai:____________________________ 
 
8)Você sente alguma dificuldade em aprender a Língua Portuguesa ? 
Sim ( ) Não ( ) 
 
51 
 
9) Você mora em Santa Elena ou em Pacaraima ? 
 
 
Santa Elena ( ) 
Pacaraima ( ) 
 
 
10) Você consegue assimilar a aula ministrada pelo professor (a) ? 
 
Sim ( ) 
Não ( ) 
 
11) Em que seu professor (a) poderia melhorar no ensino da Língua 
Portuguesa ? Justifique sua resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
APÊNDICE 3 
 
Caro (a) Gestor (a) 
 
Sou acadêmica do curso de LETRAS da Universidade Estadual de Roraima-
UERR, solicito sua colaboração para minha pesquisa de campo, para elaboração 
do meu projeto e para conclusão do meu TCCII, pois estou realizando essa 
pesquisa que tem como título: O Ensino e a Aprendizagem da Língua Portuguesa 
como Segunda Língua a alunos venezuelanos do 6° ano do Ensino Fundamental 
na Escola Municipal Casimiro de Abreu. Esta será a última etapa a cumprir , e 
para que ela seja realizada solicito sua ajuda e sua cooperação , e desde já 
agradeço esse apoio para que de tal forma contribua para a conclusão do meu 
curso. Observação; não há necessidade de identificar-se. 
 
1 ) Nome da unidade escolar: 
____________________________________________________ 
 
2 ) Responsável por responder ao questionário: 
______________________________________ 
 
3 ) Qual a função que exerce na escola? 
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4 ) Instituição da Unidade Escolar? 
 
 
5) Qual é o público alvo atendido pela escola? 
 
 
 
 
 
6) Quanto aos professores que atuam no ensino: 
a) Dos professores de Língua Portuguesa: Total:______ 
b) Quantos possuem nível superior?____ 
c) Quantos possuem curso de especialização?____ 
 
 
 
 
 
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7) A escola atende alunos que não falam a Língua Portuguesa? 
 
 
8) Em qual série\ano que estes alunos estão matriculados? 
 
9) Atende alunos que são falantes de mais de uma Língua? 
 
 
9.1) Quais Línguas 
 
10) Existe algum atendimento específico para estes alunos que chegam aesta unidade de ensino com dificuldades em aprender o Português? 
 
 
 
11) Quais as medidas que podem ser adotadas pela escola? 
 ( ) Apoia o interesse superior a medida e aguarda as orientações. 
 ( ) Procura orientar os alunos. 
 ( ) Procura apoio da família para que o aluno tenha oportunidade de maior 
convivência com a Língua Portuguesa e o mesmo aprende-la. 
 ( ) Oferece aulas de Língua Portuguesa em outro horário escolar. 
 ( ) Coloca-os em uma turma que tenha professor, ou outro aluno, falante da 
Língua Portuguesa para que o mesmo aprenda na convivência no dia-a-dia. 
 
12) Como a escola se porta com os alunos estrangeiros, com o choque de 
culturas e com o fato de o aluno aprender outra língua, ser bilíngue? 
 
13) Como a escola trabalha com a questão da cultura, identidade e 
aprendizado de outra língua já que a mesma recebem alunos que não 
falam a sua língua materna? 
 
14). Como a escola atende os alunos venezuelanos? Transporte convívio a um 
choque cultural em meio desta interação? 
 
 
 
 
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