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CÂNCER DE MAMA Estudante: Lourdes Laryssa Melo, Luana Gonçalves Definição: proliferação maligna das células epiteliais que margeiam os ductos ou os lóbulos. Fator predisponente: alterações genéticas (hereditárias ou adquiridas), por exposição a fatores ambientais ou fisiológicos. AS PE CT O S GE RA IS 2º tipo de tumor maligno mais frequente no Brasil e no mundo (somando mulheres e homens), com exceção do câncer de pele não melanoma. Para o Brasil, estimam-se que 66.280 casos novos de câncer de mama, para cada ano do triênio 2020-2022. Taxa de mortalidade: apresenta curva ascendente e representa a 1ª causa de morte por câncer na população feminina brasileira. O programa mais efetivo para reduzir a mortalidade do câncer de mama é a detecção precoce. Constitui um grave problema de saúde pública. Também acomete homens! Cerca de 1% de todos os casos de câncer de mama incidem no sexo masculino. Anamnese ES TR AT ÉG IA D IA GN Ó ST IC A Objetivo: procurar fatores de risco, sinais e sintomas de câncer. Queixa principal mais comum: presença de tumor, que deve ser bem caracterizado. Tumor maligno Crescimento insidioso. Localiza-se no quadrante superior externo ou na região central. Tumor unilateral (na maioria das vezes), firme, de consistência endurecida ou até pétrea. Indolor (se não tiver atingido grandes dimensões). Descarga papilar pode estar associada. Traumas, exercícios físicos, uso de medicações e início súbito não possuem relação. Presença de gestação em curso ou estado puerperal pode mascarar e dificultar o diagnóstico. Antecedentes pessoais (para definir o risco individual) e antecedentes familiares (principalmente em parentes de 1º grau) devem ser obrigatoriamente investigados. A história clínica coletada de maneira criteriosa e detalhada é fundamental para estabelecer o diagnóstico clínico e para identificar grupos de risco. Fatores de risco ES TR AT ÉG IA D IA GN Ó ST IC A Sexo: 99% dos casos no sexo feminino. Idade: > 40 anos. Raça branca Antecedente pessoal da doença: risco de 50% de desenvolver um câncer microscópico e um risco de 20 a 25% de desenvolver um câncer clinicamente aparente na mama contralateral. História familiar: em parentes de 1º grau (mãe, irmã ou filha) aumenta o risco da doença de 2,0-2,5 vezes. Lesões histológicas indicadoras de risco: risco relativo de câncer de mama é de 2,5-5,3 vezes maior para hiperplasias atípicas, e de 1,6-1,9 para hiperplasias sem atipia. História menstrual: Quanto mais precoce a idade da menarca (< 11 anos) e tardia a da menopausa (>55 anos), maior a chance de doença. Fatores de risco ES TR AT ÉG IA D IA GN Ó ST IC A Etilismo crônico: Quanto maior a dose, maior será o risco. A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada – 30 g/dia –, é considerada fator de risco. Radiação ionizante: em idade < 40 anos. Fatores geográficos: mais comum em países desenvolvidos e industrializados. Sedentarismo Genética: mutações no gene BRCA 1 e BRCA 2. História obstétrica: mais frequente entre nulíparas e primíparas idosas, após os 30 anos ou 35 anos. Uso de ACO Fatores nutricionais: dietas ricas em gorduras elevam a frequência do câncer de mama. Ele é mais encontrado entre as obesas, sobretudo na pós-menopausa. Exame físico ES TR AT ÉG IA D IA GN Ó ST IC A Os tumores podem, ainda, se apresentar como assimetrias de volume importantes ou edema linfático de pele. Os casos avançados podem revelar abaulamentos e retrações da pele (peau d’orange), ulcerações da pele ou da papila e tumores exofíticos. A descarga papilar pode estar associada e é geralmente uniductal, espontânea, intermitente. Normalmente, é do tipo água de rocha ou sanguinolenta. Ocasionalmente, é serossanguinolenta. Deve avaliar cuidadosamente as mamas e as cadeias linfáticas axilares, supra e infraclaviculares. Presença de tumor endurecido, de forma variável, contornos irregulares, limites imprecisos e fixo (aderido a planos profundos) ou pouco móvel é a apresentação clássica, mas nem sempre ela é encontrada. O autoexame não é recomendado pelo Ministério da Saúde como método de rastreamento. Punção aspirativa com agulha fina ES TR AT ÉG IA D IA GN Ó ST IC A Primeiro passo na investigação de nódulos mamários: cisto x lesões sólidas → falha na aspiração do líquido Avaliação citológica do aspirado: não encerra a investigação → possui valor se for positiva, se for negativa é obrigatória a realização da biópsia Ultrassonografia Permite boa diferenciação de nódulos sólidos x císticos Sugerem malignidade: margens irregulares, hipoecogenicidade, textura heterogênea, diâmetro AP maior que LL (mais alto que largo), presença de sombra acústica posterior, contornos microlobulares Mamografia ES TR AT ÉG IA D IA GN Ó ST IC A Principal método de rastreamento Sugerem malignidade: nódulos espiculamos, limites mal definidos, microcalcificações (< 0,5 mm) pleomórficas agrupadas Avalia axilas em busca e linfadenomegalias Massa com contornos espiculados Microcalcificações pleomórficas agrupadas ES TR AT ÉG IA D IA GN Ó ST IC A Ressonância magnética Exame não invasivo, de alta sensibilidade para tumores > 2 mm Contudo, tem alto custo e não identifica tumores intraductais ou microcalcificações. Também tem limitação para localizar lesões subclínicas Útil na busca de focos secundários na mama contralateral, rastreio de recidiva do tumor, em pacientes com implante mamário, identificação de focos de metástases, avaliação de resposta à QT ES TR AT ÉG IA D IA GN Ó ST IC A Tomossíntese mamária Avalia a mama de forma tridimensional a partir de cortes finos que reconstroem a imagem da mama através do computador Imagens bidimensionais tradicionais possuem menor sensibilidade em mulheres com mamas densas, principalmente com maior risco Minimiza a sobreposição de tecido mamário sobrejacente, aumentando a detecção precoce de lesões ocultas por sobreposição de estruturas e pequenos tumores, principalmente, quando não calcificados Embora promissor, ainda nao tem potencial de substituir a mamografia Cintilografia Uso: rastreio e diagnóstico de metástases à distância, principalmente implantes ósseos Tomografia Computadorizada Uso: rastreio e diagnóstico de metástases ES TR AT ÉG IA D IA GN Ó ST IC A Estudo Histopatológico Método que diagnostica definitivamente o câncer Padrão-outro: biópsia cirúrgica (excisional) Estádios avançados: biópsia minimamente invasiva para fornecer diagnóstico antes da terapêutica Procedimento depende da lesão encontrada por estudos clínicos e/ou radiológicos, bem como da disponibilidade na região e condições da paciente Biópsia cirúrgica Excisional- lesões menores → retirada completa Incisional - tumores de grandes dimensões → retirada de fragmento: avaliação histopatológica determina diagnóstico e orienta conduta Biópsia percutânea Punção por agulha grossa - Core Biopsy: indicada em caso de nódulo sólido, microcalcificações agrupadas, densidade assimétrica, distorção de parênquima. Mamotomia - à vácuo: obtém maior amostra tumoral, mas maior custo. Indicada em esclarecimento de lesões não palpáveis ES TR AT ÉG IA D IA GN Ó ST IC A Estreotaxia GUIADA POR MMG OU USG Roll Localização espacial de um tumor não palpável pré- operatória e marcação com o fio guia de Kopans LESÕES SUBCLÍNICAS: MARCAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA Marcação de lesão subclínica por injeção de coloide + tecnécio-99 orientado por método de imagem
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