Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
d O estado nutricional é alcançado quando as necessidades estão em equilíbrio com a ingestão de nutrientes de modo a: ⎯ Promover o crescimento e desenvolvimento até a idade adulta ⎯ Sustentar atividades diárias ⎯ Manter as condições de saúde protegendo contra as enfermidades Os determinantes do estado nutricional incluem características físicas, fisiológicas e bioquímicas, além da capacidade do individuo e do seu estado de saúde. Determinantes externos: políticas e programas de segurança alimentar e seu impacto sobre o padrão de alimentação e seus efeitos na saúde. Ex: escolha e compra de alimentos Determinantes internos: diretamente ligados à ingestão e à utilização adequada de nutrientes, como características genéticas, idade e sexo. Pode ser definida como a abordagem voltada para a interpretação de dados e informações obtidos por meio de técnicas e métodos de forma padronizada e precisa. A metodologia da avaliação nutricional é aplicada em estudos populacionais, em subgrupos de indivíduos, de acordo com os aspectos sociais, culturais, econômicos, ético e patológico É importante pois identifica grupos de alto risco para o estado nutricional inadequado e análise de diferentes fatores que influenciam na alteração do estado nutricional. Favorece a tomada de decisões para alocação de fundos a serem empregados na formulação, implementação e gestão políticas Possibilita a análise das medidas e estratégias implementadas para corrigir os problemas nutricionais Serve de base para a proposição de recomendações nutricionais Métodos antropométricos ⎯ Usam as medidas de peso, altura, dobras cutâneas, perímetros etc., para estimar a massa corporal como massa adiposa e massa livre de gordura Exames laboratoriais ⎯ Analisam a concentração de proteínas séricas para estimar as reservas proteicas do corpo Análise clínica-nutricional ⎯ Utiliza os sinais e sintomas apresentados para inferir sobre as deficiências de nutrientes. Informações sobre ingestão ⎯ São obtidas através do uso de técnicas adequadas como recordatório alimentar de 24h e frequência de consumo de alimentos ⎯ Coleta e análise de informações relativas aos fatores relacionados com os processos de determinação do estado nutricional. ⎯ Disponibilidade de serviço de saneamento ⎯ Utilização dos serviços de saúde ⎯ Qualidade dos serviços disponíveis em nível de organização, supervisão e tratamento ⎯ Educação em saúde ⎯ Taxas de morbidade e mortalidade A exatidão dos resultados da avaliação nutricional e a precisão diagnóstica são melhores quando métodos diretos e indiretos são usados de formas combinadas O desequilíbrio nutricional pode ser resultante ou de deficiência ou de excesso nutricional a avaliação clínica e análise bioquímica consistem em métodos diretos da análise clínica-nutricional. O risco nutricional pode ser avaliado pela coleta de dados sobre os fatores determinantes do estado nutricional alterado. Deve ser considerado o padrão de ingestão alimentar, fatores sociais e econômicos, psicológicos e emocionais, informações médicas sobre doenças, condições do tamanho e funcionalidade corporal, alteração laboratorial e uso de substâncias. Fatores de risco a serem considerados para o desenvolvimento de uma ferramenta de triagem: Padrão alimentar: ✓ Ingestão acima ou abaixo das necessidades ✓ Alteração no apetite ou dieta restritiva não prescrita ✓ Distúrbios na mastigação, deglutição, digestão e absorção ✓ Redução do apetite ou jejum não prescrito ✓ Se utiliza cateter ✓ Fator psicossocial e cultural-econômico Condições físicas: ✓ Idade ✓ Lesões corporais ou doenças crônicas ✓ Mudança significante na capacidade de fazer atividade física ✓ Tecido adiposo e muscular ✓ Condição fisiológica especial (gestação, lactação) ✓ Imobilização (leito) Exames laboratoriais: ✓ Níveis séricos de proteínas viscerais (albumina, transferina, pré-albumina) ✓ Perfil lipídico (colesterol total e triglicerídeos) ✓ Valores sanguíneos de hemoglobina ✓ Concentração de ureia, creatinina, glicose e eletrólitos Instrumento Universal de Triagem de Desnutrição – MUST Indica pacientes desnutridos ou em desnutrição. A avaliação é feita semanalmente em paciente hospitalizados, mensalmente em pacientes que vivem em lares comunitários e anualmente para baixo risco ou a cada 3 meses Critérios de utilização: IMC: > 20 kg/m² = 0 ponto 18,5 a 20 kg/m² = 1 ponto < 18,5 kg/m² = 2 pontos Perda de peso não intencional nos últimos 3 a 6 meses < 5% = 0 pontos 5% a 10% = 1 ponto >10% = 2 pontos Somar os pontos e obter o risco geral de desnutrição: Baixo = 0 Médio = 1 Alta > ou igual a 2 Mini Avaliação Nutricional – MAN Desnutrição de pacientes idosos e ocorre em duas sessões ⎯ Sessão de triagem: ingestão de alimentos, perda de peso, mobilidade, estresse, condição neuropsicológica e IMC ⎯ Sessão de avaliação: informações de autocuidado independente, uso regular de mediação, ingestão alimentar Variáveis para a pontuação Ingestão de alimentos, antropometria, mobilidade, estresse, condição neuropsicológica e clínicas A soma da sessão de triagem oferece 14 pontos ⎯ Estado nutricional normal: de 12 a 14 ponto ⎯ Sob risco nutricional: de 8 a 11 pontos ⎯ Desnutrição: 0 a 7 pontos A soma da sessão de avaliação fornece 16 pontos totais PONTUAÇÃO FINAL = somatório das 2 sessões 24 a 30 pontos – normal 17 a 23,5 – risco de desnutrição < 17 – desnutrição Índice de Risco Nutricional – IRN Pacientes hospitalizados com risco de desnutrição, ocorre dentro das 24h iniciais de internação Critérios para desnutrição: Perda de peso não intencional (atual – prévio) e valor da albumina sérica IRN = [1,519 x albumina (g/L) + (0,417 x (peso atual x 100)] ⎯ Peso corporal ideal feminino: PCI=estatura (cm) – 100 – {[estatura – 150]/2] ⎯ Peso corporal ideal masculino: PCI = estatura – 100 – {estatura – 150]/4} Pontuação final do IRN: ⎯ Nutrição satisfatória: >100 pontos ⎯ Desnutrição leve: 97,5 a 100 pontos ⎯ Desnutrição moderada: 83,5 a 97,5 ⎯ Desnutrição grave: <83,5 História médica e de saúde – foco principal na doença Iniciar pela queixa principal e sua relação com a doença atual, a fim de identificar fatores que determinem direta o indiretamente prejuízo na alimentação e nutrição adequada Obter informações sobre doenças na família, alergias, consumo de álcool e drogas Em idosos observar condições mentais Uso regular de medicamentos Ingestão de alimentos: paladar Funções gastrointestinais: dispepsia, ulcerações, irritações, náuseas, vômitos, constipação, diarreia Toxicidade: hepática, pulmonar, renal Metabolismo de vitaminas: aumento, bloqueio, inibição Metabolismo de glicídios: glicemia alterada, resistência à insulina, diabetes Características sociais Identificar fatores que interferem na quantidade e qualidade da ingestão alimentar adequada: compra de alimentos, preferencias, hábitos, costumes, quantas pessoas comem, religião e educação Perfil de consumo dietético Avaliar o consumo alimentar: ageusia (perda de paladar), digeusia (diminuição ou distorção do paladar), problemas dentários Analisar história dietética: alergia, intolerância alimentar, apetite, atitude alimentar (interesse, ideias), doença crônica, cultura, etnia e religião. Padrão alimentar domiciliar, uso de fármacos, suplementos e condição física para se alimentar. Inspeção, palpação, percussão e ausculta. Pele, cabelo, dentes, gengivas, lábio, línguas e olhos. Achados mais comuns: ⎯ Redução da musculatura facial (temporas) e torácica (costela) ⎯ Emaciação de reserva de gordura (ausência da bola de bichat nas bochechas) ⎯ Sinais de desidratação (elasticidade diminuída da pele e aspecto escamoso, aspecto ressecado das mucosas) ⎯ Feridas de difícil cicatrização ⎯ Palidezda pele e da conjuntiva Exames laboratoriais: Sangue total: ⎯ Delinear o hemograma completo ⎯ Indicar análise metabólica ampla ⎯ Detectar anemias nutricionais e deficiências de vitaminas Glicose: diabete Creatinina: elevação causa doença renal e diminuição desnutrição Ureia: elevação causa doença renal e catabolismo proteico e diminuição causa insuficiência hepática Albumina: diminuição causa desnutrição hepática, inflamação aguda Colesterol total: elevação causa doenças hepáticas e hipertireoidismo, displidemia Triglicerídeos: elevação causa diabetes, resistência e intolerância a glicose
Compartilhar