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AT11_MES_RelatoPalestraRiosUrbanos_2 2021

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA 
DISCIPLINA: GEOMORFOLOGIA 
ANO-LETIVO: 2021.2 
ALUNA: BEATRIZ DE SOUZA BUENO MAT. 20212140082 
 
ATIVIDADE 11 
 
Relato comentado sobre a palestra de “Rios Urbanos” com o prof. Dr. Alexandre Costa 
 
A palestra sobre “Rios Urbanos” apresentada pelo Professor Ulysses chama a 
atenção à urgência de uma mudança de visão da sociedade, em relação aos problemas 
ambientais existentes hoje nas cidades. É colocado em questão, a necessidade de projetos 
que privilegiem a retorno dos rios na paisagem da cidade; na valorização da imagem dos 
rios para as pessoas; e, no esforço imprescindível dos professores em educar 
ambientalmente seus alunos e comunidade. 
Em sua palestra, o professor afirma que até pouco tempo atrás, as questões 
ambientais eram vistas pertencentes somente às áreas rurais e que, hoje, há um 
entendimento maior sobre os problemas ambientais que vivemos na cidade, sua 
procedência e suas consequências. Tais transformações estão diretamente relacionadas às 
ações do homem e suas atividades econômicas. 
A dinâmica entre crescimento das cidades, processos de degradação da natureza e 
a qualidade de vida das pessoas são claramente uma realidade e, portanto, a mudança de 
mentalidade, deveria estar na relação das pessoas com os elementos que compõe a 
natureza, na sua disponibilidade (e finitude) e nas formas de uso consciente, como por 
exemplo, a água. O palestrante alerta para a urgência de tratá-la de forma diferenciada, 
não somente como utilidade de consumo, como também, a partir de outros aspectos 
relacionados. 
Ainda a respeito da água, pode se transformar também em risco à saúde quando 
ocorrem enchentes na cidade, prejudicando as pessoas, pois os rios das grandes cidades 
estão degradados, escondidos e esquecidos por todos. Grande parte dos canais do Rio 
estão debaixo do concreto. Nem mesmo a população valoriza os rios. Com a 
irregularidade da coleta de lixo e as mínimas intervenções, o descarte de lixo, de resíduos 
industrias e o despejo de esgoto nos rios e córregos, juntamente com o aumento das 
chuvas, acabam potencializando as enchentes, a contaminação da água para consumo e 
proliferação de doenças. 
Tais intervenções quando realizadas por mero interesse político, resolvem apenas 
pontualmente o problema apenas na localidade e não em sua totalidade. Como vemos 
algumas intervenções na zona norte, onde priorizaram as canalizações e os revestimentos 
dos rios. 
Há necessidade de outro tipo de discussão, num contexto muito maior do que 
somente a utilidade. A qualidade de vida e a saúde das pessoas é impactada diretamente 
pela saúde dos rios. Diversos projetos de incorporação dos rios na paisagem das cidades, 
já é uma tendência. Quer seja a recuperação de nascentes ou a drenagem, a reurbanização 
de seu entorno, tais ações são de extrema necessidade da participação da sociedade civil, 
dos governantes e empresas como dado de exemplo, os casos da Coréia e de Barcelona. 
Além disso, o papel do professor é de extrema relevância dentro e fora da escola. 
Em sua prática escolar, a meu ver, deve realizar saídas de campo com os alunos para 
conhecer os rios ou córregos próximos a escola. Diferentes abordagens podem ser 
realizadas com os alunos, de forma com que se desenvolva as habilidades de observação, 
comparação e análise da situação atual dos rios e suas consequências para a sociedade.