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Métodos Diagnósticos por Imagem das Mamas Mamografia • É feita a partir dos 40 anos; • Deve ser realizada em duas incidências (crânio-caudal e médio lateral) bilateral- mente; - Incidência médio-lateral-oblíqua: apa- rece o músculo peitoral maior ocupando 2/3 da mama, mamilo está perfilado (simétrico). Traçando-se uma reta do mamilo (medial) até o músculo peitoral maior (lateral), tem- se a delimitação dos quadrantes superior e inferior; - Incidência crânio-caudal: as mamas de- vem estar do mesmo tamanho em relação a incidência médio lateral, não devendo apa- recer pele ou mamilo perfilado. Traçando- se uma reta pelos dois mamilos, no sentido superior para inferior, tem-se a delimitação de lateral e medial; • A mamografia diagnóstica é realizada nos casos de pacientes sintomáticas ou com achados positivos no exame físico, en- quanto mamografia de rastreamento é aquela realizada em pacientes assintomáti- cas; • Pode haver a necessidade de complemen- tação com compressão localizada (au- menta a imagem até 8x) e magnificação (achata a região a ser examinada e separa os tecidos, utilizada para amplificar regiões de calcificação); • A análise da mamografia deve levar em conta: a idade da paciente (pacientes mais jovens tem maior quantidade de água na glândula, tornando a imagem mais esbran- quiçadas, enquanto pacientes mais velhas tem substituição do tecido glandular por gordura, melhorando a visualização da ima- gem), paridade, ciclo menstrual, utilização de hormônios (tornam o tecido glandular mais denso), perda de peso e cirurgia ma- mária prévia; • Erros de técnica: uso desodorantes simu- lando calcificações mamarias, erro da téc- nica durante a realização do exame • Sistema de laudos: indicação do exame, composição mamária, achados (em ordem de importância), comparação com exames anteriores, BI-RADS, recomendações • Indicação do exame de mamografia: rastreamento e diagnóstico; - Rastreamento: exame realizado rotinei- ramente e sem queixas clínicas pertinentes; - Diagnóstico: queixas pertinentes, altera- ções palpáveis, complementação (compres- são, magnificação), acompanhamento de BI-RADS® 3, controle de radioterapia e quimioterapia; • SBM recomenda: - Mamografia de rastreamento anual a par- tir dos 40 anos para mulheres de risco habi- tual; - A partir dos 30 anos para mulheres de alto risco. As pacientes de alto risco devem ter rastreamento iniciado 10 anos antes da Marianne Barone (15A) Ginecologia Geral e Mastologia – Prof. Márcia Fernanda Roque da Silva idade em que seu parente de 1º grau apre- sentou a doença, mas não antes dos 30 anos de idade; - Portadoras do gene BRCA1 devem reali- zar o exame entre 20-25 anos, e portadoras do gene BRCA2 entre 25-30 anos; • O Ministério da Saúde recomenda: - Mamografia de rastreamento até de dois em dois anos a partir dos 50 anos; - Anual a partir dos 35 anos para mulheres de alto risco; • Considera-se paciente de alto risco: - Paciente com história familiar de 1º grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama antes dos 50 anos; - Paciente com história familiar de 1º grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de ovário em qualquer idade; - Paciente com história familiar de 1º grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama bilateral em qualquer idade; - Paciente com história familiar de câncer de mama masculino; - História pessoal de biópsia mamária, com lesões proliferativas com atipias ou carcinoma lobular in situ; • Composição mamária: - Tipo I: predominantemente adiposa (até 25% de tecido glandular); - Tipo II: tecido fibro-glandular esparso (de 25 a 50%); - Tipo III: heterogênea e densa (de 50 a 75%); - Tipo IV: alta densidade (mais 75%); • Quanto maior a densidade menos sensí- vel o exame. Na imagem, as regiões mais claras são tecido mamário e opaco tecido adiposo; • Único rastreamento para câncer de mama; • Impacto: diminuição 46% da mortalidade; • Importante: 80% dos tumores malignos desenvolvem-se nos quadrantes superiores, 20% nos inferiores e 1% na região da aréola e da papila. → • O BI-RADS foi definido internacional- mente para interpretar e padronizar os ter- mos de classificação dos achados nas ma- mas e facilitar a interpretação dos médicos envolvidos no processo de diagnóstico e tra- tamento; • É classificado em 7 categorias que orien- tam os possíveis tratamento; • Consiste em: léxico, sistematização de laudo, acompanhamento e monitorização do resultado, criação de um banco de dados nacional; • Léxico de BI-RADS: nódulo, calcifica- ções, assimetria e distorção arquitetural; • Categoria 0: apresenta achados incon- clusivos; - Conduta: necessita a realização de uma nova mamografia por incidências comple- mentares, ou de outros exames, como o ul- trassom ou a ressonância magnética; • Categoria 1: não há alteração detectável ao exame (0% de chance de malignidade); - Deve-se avaliar qualidade da técnica, in- cidências básicas, composição mamária e achados; - Conduta: controle a cada 2 anos (ou anual para pacientes alto risco); • Categoria 2: apresenta achados clara- mente benignos, com praticamente 0% de chance de malignidade; - Trata-se das calcificações anelares, vas- culares, “em pipoca”, em “leite de cálcio”, em microcistos, múltiplas secretórias, cutâ- neas, em fios de sutura, linfonodo intrama- mário, “grosseira simples”; - Conduta: controle a cada 2 anos (ou anual para pacientes de alto risco); • Categoria 3: apresenta achados provavel- mente benignos, com chance de menos de 2% de malignidade, tratando-se de lesões que não podem ser classificadas definitivamente como benignas; - Lesões: ▷ Nódulos: nódulos sólidos não palpá- veis, circunscrito, não calcificado (se for calcificado é categoria 2), com forma re- donda, oval ou macrolobulada; ▷ Microcalcificações: redondas ou ovais, de mesmo tamanho, difusamente dis- tribuídas, puntiformes e regulares, não pal- páveis; ▷ Assimetrias focais; - Conduta: reavaliação após 6 meses; ▷ Na ausência de modificação, repete-se o exame após 6 meses e, caso não tenha al- teração no exame, faz-se uma nova mamo- grafia depois de 12 meses (ou seja, após 24 meses da 1ª mamografia); ▷ Após 2 anos de estabilidade, tem-se reclassificação para categoria 2; ▷ Indicação de biópsia: apenas caso ocorra reclassificação para categorias 4 e 5, ou seja, nos casos de aumento e/ou alteração de características e/ou torna-se palpável; ▷ Dependendo da ansiedade de cada pa- ciente e da história pessoal de cada uma, a investigação histológica pode ser indicada para o esclarecimento diagnóstico defini- tivo; • Categoria 4: apresenta achados suspeitos, sendo incluídas as lesões com algum grau de suspeição e cerca de 20 a 30% delas po- dem ser efetivamente malignas. A avaliação histológica deve ser indicada (ou seja, deve ser realizada a biópsia); - É dividida em subcategorias: ▷ 4A: suspeita leve, sendo os nódulos sólidos, regulares e palpáveis ▷ 4B: suspeita moderada, sendo os nó- dulos com margens indeterminadas; ▷ 4C: suspeita forte, sendo as microcal- cificações irregulares; - Lesões: ▷ Nódulo: sólido, redondo, oval ou mi- crolobulado com calcificações associadas, alguma irregularidade das margens micro- lobulações e/ou mais de 25 % de suas mar- gens obscurecidas; ▷ Microcalcificações: podem ter distri- buição regional, segmentar, linear ou focal (mesmo que apresente morfologia uni- forme), agrupadas (algumas apresentam morfologia diferente das demais), puntifor- mes (de tamanhos variados e agrupadas) e agrupadas que não estavam no exame an- terior; ▷ Alterações amorfas e/ou grosseira he- terogênea agrupada são sempre categoria IV.Quanto mais segmentar e regional, mais suspeito; - Conduta: biópsia para amostrar histolo- gicamente a lesão. Em caso de biópsia in- conclusiva, deve-se realizar cirurgia; • Categoria 5: apresenta achados alta- mente suspeitos de malignidade, com 80- 90% de chance de lesão maligna, e por ter chance de malignidade muito alta torna-se obrigatória a investigação histológica; - Lesões: ▷ Nódulos: são irregulares com espicu- lação, com ou sem calcificação; ▷ Microcalcificações: são lineares e vermiforme, desenhando trajeto dos ductos ou pleomórfica; - Conduta: realização de biópsia para amostragem histológica; • Categoria 6: são as lesões já biopsiadas, com diagnóstico de malignidade, ainda sem sua retirada ou tratamento definitivo. BIRADS Significado Risco de CA de mama Conduta 0 Exame limitado (incompleto) Não é possí- vel estimar Exames adi- cionais 1 Exame normal Muito baixo Controle anual 2 Alterações be- nignas Muito baixo Controle anual 3 Exame provavel- mente benigno 2% Controle se- mestral por um período 4 Lesão suspeita para câncer 20% Biópsia 5 Lesão altamente suspeita para câncer 95% Biópsia 6 Lesão já com di- agnóstico de câncer 100% Tratamento oncológico → Nódulos: • Nódulos e massas: calcificações, assime- tria focal ou densidade assimétrica, assime- tria vascular, distorção arquitetural, inver- são do mamilo, retração ou espessamento da pele (se a pele aparece na mamografia pode indicar uma lesão) e adenopatia axilar; • Forma dos nódulos/massas: oval (be- nigno), redonda (suspeito), lobulada ou ir- regular; Oval Lobulado Irregular • Margem: circunscrita (visível 75% do nó- dulo), obscurecida (visível <25% do nódulo por sobreposição de tecidos adjacentes), mi- crolobulada, indistinta (mal definido por possível infiltrado tumoral), espiculada e angulado (os dois últimos são altamente suspeitos, com linhas irradiadas da margem de um lóbulo); • Densidade: hipodenso (+ gorduroso), iso- denso (= ao tecido mamário) ou hiperdenso (+ glandular) em relação ao tecido glandular mamária. Quanto mais densa a lesão, maior é a atividade celular na área e, portanto, mais maligno o tumor. Microcalcificações: • Benignas: de pele, vascular, grosseiras (em pipoca, mais comum), bastão (lineares, Circunscrito Obscurecido Indistinto Espiculado Mal definida Microlobulada Hipodenso Isodenso Hiperdenso Puntiforme ou arredondada Distrófica Vascular Grosseira/popcorn Secretora orientada em direção a papila), redondas, puntiformes (se <0,5mm são praticamente 100% benignas), casca de ovo (hipodensa no centro e um anel ao redor, centro radio- transparente), em leite de cálcio, de pontos cirúrgicos, distrófica; - Se forem puntiformes, mais que 4 ou 5 ocupando o cm3, elas são provavelmente be- nignas; - Se forem segmentares, ocupando uma região da mama, é altamente suspeito ou le- são suspeita, há muitas chances de ter cân- cer; - O agrupamento torna a lesão mais sus- peita; - Em pipoca é provavelmente um fibroade- noma mamário (nódulo mamário benigno), apresentando como principal calcificação em popcorn; - Calcificações intraductais são chamadas de mastite plasmocitária, geralmente aco- mete as 2 mamas e são muito benignas, pra- ticamente 100%; - A vascular acompanha os vasos e é muito perigoso, porque provavelmente esse paci- ente poderá enfartar antes dos 60 anos. Essa lesão é benigna, mas pode causar infarto, por exemplo, visto que, provavelmente o colesterol está alto; • Intermediária: amorfa/indistinta (pe- quenas, aparência imprecisa, agrupadas, re- gional, linear ou segmentar) ou heterogê- neas grosseiras (> 0,5mm, podem associar- se a malignidade, áreas de fibrose, fibroade- noma ou traumas, calcificações distróficas em desenvolvimento); • Alta probabilidade de malignidade: fi- nas e pleomórficas, finas lineares ou ramifi- cadas (aparência segue o preenchimento do lúmen de um ducto envolvido por câncer); • Distribuição: difusa, regional, agrupadas (5 em volume <1cc), linear e segmentares. Distorção: • Pode haver distorção da arquitetura nor- mal, sem nenhum nódulo associado; • Pode haver linhas finas ou espiculadas irradiando-se de um ponto e retração ou dis- torção focal da margem do parênquima; • Pode também estar associada a nódulo, as- simetria ou calcificações; • Em todos os casos a biópsia é indicada; • A distorção pode ser resultado de alguma cirurgia prévia, abcesso, trauma; • Radial scar: adenose esclerosante que si- mula um câncer de mama. Na radiologia, o radial scar tem um ponto central indicando gordura (que é ausente no câncer). Casos especiais: • Estrutura tubular assimétrica (ducto dila- tado); Heterogênea e grosseira Amorfas/indistintas Finas lineares/ramificadas Finas pleomórficas • Linfonodo intra-mamário: ocorre a pre- sença de linfonodos axilares no tecido ma- mário; • Assimetria focal e global: - Focal: um quadrante; - Global: mais que dois quadrantes, com maior chance de malignidade (simulando o câncer lobular de mama); - Deve-se ter comparação entre a região normal e a região alterada, no caso de assi- metrias. → • Retração de pele; • Retração de papila: quando estável, na ausência de quaisquer outros achados sus- peitos, não é sinal de malignidade; • Espessamento de pele: focal ou difuso, e > 2mm); • Espessamento trabecular: septos fibro- sos; • Lesão de pele: devem ser marcadas pelo técnico com marcador radiopaco e regis- trado na ficha do paciente; • Adenopatia axilar: aumentados e não substituídos por gordura. → • Informações clínicas; • Análise do exame: padrão mamográfico, descrição dos achados, análise comparativa com exames anteriores; • Impressão diagnóstica: classificação nas categorias preditoras de malignidade; • Recomendação de condutas Ultrassonografia • Método complementar à mamografia, apresentando menor custo e maior efetivi- dade; • Vantagens: - Sensibilidade em mamas densas - Diferenciação de nódulos sólidos x císti- cos; - Escolha em procedimentos invasivos; • Desvantagens: - Pobre visualização de calcificações finas (exceto intracísticas); - 9% tumores: não diagnosticados na ma- mografia ou USG. → • Informações clínicas; • Análise do exame: - Padrão ecotextural; - Descrição dos achados; - Classificação em categorias. → • Homogêneo adiposo; • Homogêneo fibroglandular; • Heterogêneo. → Nódulos: • Forma: ovoide, arrendodado, irregular, macrolobulado; • Orientação: paralela ou não paralela; • Margens: circunscritas ou não circunscri- tas (mal definidas, anguladas, microlobula- das, espiculadas) • Padrão ecográfico: anecóico, isoecóico, hipoecóico, hiperecóico, complexo; • Características acústicas: reforço acús- tico (aumento dos ecos atrás da lesão), Redondo Ovóide Irregular atenuação acústica (sombra), sem sombra ou reforço; • Limites: bem definidos, não perceptíveis, halo ecogênico. Calcificações: • Macrocalcificações: tamanho >0,5mm; • Microcalcificações: tamanho < 0,5mm, sem sombra posterior; • Microcalcificações dentro de um nódulo. Casos especiais: • Microcistos agrupados; • Cistos de conteúdo espesso • Corpo estranho (clipes, próteses); • Linfonodos intramamários e axilares. Vascularização: • Ausente; • Presente na lesão; • Imediatamente adjacente; • Aumento difuso no tecido ao redor da lesão. → • Categoria 0: incompleto; • Categoria 1: exame normal; • Categoria 2: achados benignos; - Cistos anecoicos ou com septos finos, com grãos de cálcio em sua suspensão ou com nível gordura/líquido; - Alterações pós-operatórias; - Linfonodos intramamários,nódulos cutâ- neos, fibroadenomas clássicos (macrocalci- ficações), nódulos sólidos ovoides circuns- critos estáveis há pelo menos 2 anos - Implantes mamários; • Categoria 3: achados provavelmente be- nignos; - Nódulos sólidos macrolobulados (até 3 lobulações), nódulos sólidos hipercogêni- cos e homogêneos (2 ou 3); - Nódulos hiperecoicos com ecos homogê- neos (cisto de conteúdo espesso); - Microcistos agrupados; - Distorção arquitetural relacionada à ci- rurgia • Categoria 4: achados suspeitos; - Nódulos sólidos com margens não cir- cunscritas, microlobulados, espiculados; ▷ Atenuação acústica posterior; ▷ Orientação vertical; ▷ Calcificações interiores; ▷ Padrão ductal ou ramificado; - Cistos complexos; ▷ Septos ou paredes espessas; ▷ Componente sólido no interior; ▷ Lesões intraductais, áreas de atenua- ção acústica, áreas sólidas com limites pouco definidos e textura heterogênea; • Categoria 5: achados muito suspeitos, tra- tando-se de nódulos sólidos, irregulares com contornos espiculados; • Categoria 6: lesões já biopsiadas, com di- agnóstico de malignidade, mas sem sua re- tirada ou tratamento definitivo. Ressonância magnética • Método complementar a mamografia e USG; • Vantagens: - Maior sensibilidade (próximo 100%); - Avaliação multifocalidade / multicentri- cidade; - Avaliação ideal próteses; • Desvantagens: - Baixa especificidade (37%); - Alto custo; - Dificuldade amostras teciduais; - Variedade técnicas; • Indicações: - Mamas com próteses; - Carcinoma oculto; - Avaliação resposta neoadjuvante; - Multicentricidade; - Rastreamento alto risco. Biópsias percutâneas • Diagnósticos de lesões classificadas como BI-RADS 4 e 5; • Tipos: - PAAF (punção aspirativa por agulha fina); - Core biopsy (biópsia de fragmentos por agulha grossa); - “Mamotomia” (biópsia de fragmentos as- sistida a vácuo) - Biópsia cirúrgica. → • Trata-se de um método simples e de baixo custo, que consiste na aspiração, com utili- zação de seringa e agulha, de células de le- sões; • Faz diagnóstico 90% casos; • Tríplice diagnóstico: - Exame físico + USG +PAAF; - Sensibilidade: 99%; - Falso negativo: < 1%; • Permite avaliar a característica das células retiradas, mas não diferencia entre tumor in situ e invasivo; • Indicações relativas: - Idade avançada; - Conduta expectante. → • Diagnóstico anatomopatológico, em que utiliza-se uma agulha de calibre superior à PAAF; • Permite a retirada de fragmentos de tecido, com diferenciação entre tumores in situ e in- vasivos; • Evitar procedimentos invasivos; • Indicação: - Conduta expectante; - FA múltiplos; - Pacientes jovens; • É um dos procedimentos mais realizados em achados suspeitos (BI-RAD 4 ou 5), sendo exame padrão-ouro no diagnóstico do câncer em nódulos suspeitos. → • Assistida a vácuo; • Procedimento minimamente invasivo e consiste em uma sonda com lâmina de pre- cisão e um dispositivo de vácuo controlado pelo cirurgião através um sistema computa- dorizado. → • Em virtude da maior quantidade de mate- rial obtido através da mamotomia, os resul- tados são comparáveis à biopsia cirúrgica, com acurácia de 99-100%; • A mamotomia fornece amostras com até 26x a massa das amostras da “core” vs. ma- motomia; • Ela permite a aquisição de maior quanti- dade de tecido, sem aumentar a morbidade. Além disso, diminui os falsos negativos, a subestimação dos resultados anatomopato- lógicos diminuindo, portanto, as taxas de re- biópsia e aumentando a acurácia do proce- dimento; • Utiliza apenas uma inserção da agulha, mi- nimizando desconforto para paciente e me- lhorando a amostra de tecido; • Permite a biópsia de microcalcificações em áreas extensas ou não agrupadas ou em área de gordura (lesões onde a “core” fre- quentemente falha na obtenção de materiais para biopsia”); • Pode ser utilizada em mamas pequenas ou em mamas com espessura igual ou menor que 2 cm, após a compressão; • O procedimento potencialmente mais rá- pido permite completa retirada de lesões pequenas (vantagem importante quando a lesão é de natureza benigna); • Melhor administração do sangramento, através do vácuo, minimizando assim o risco de hematomas; • Melhor administração de anestesia; • Diferentemente da biopsia core, que pre- cisa ser precisamente apontada para lesão, a mamotomia mesmo estando até 5 mm dis- tante da área a ser biopsiada, permite a reti- rada de material da mesma, aumentando as- sim a precisão; • Nos casos em que a lesão é totalmente re- movida, a mamotomia permite a marcação do local com um “clip” de titânio. A marca- ção do local da lesão nestes casos é impor- tante para orientar a marcação pré-cirúr- gica nos eventuais casos malignos, permi- tindo terapêutica cirúrgica adequada; • O clip também serve para identificar o lo- cal da biópsia nas lesões benignas para con- trole radiológico posterior; • Alta taxa de sucesso em lesões com micro- calcificações comparado a biopsia “core” (72% vs. 20% e 100% vs. 91%); • A mamotomia tem taxas mais baixas de falha em lesões com microcalcificação comparado a biopsia “Core” (2,2% vs.5,4%); • Tem sensibilidade aumentada na detec- ção de carcinoma ductal in situ quando comparado a biopsia “core” (6,8% vs. 4,1%); • Vantagens: - A mamotomia permite um diagnóstico correto e preciso em 99% e 100% dos casos; - 0% de falso negativo; - Tem sensibilidade aumentada na detec- ção de hiperplasia ductal in situ com a ma- motomia; • Cuidados: - Pacientes sob tratamento anticoagulante ou com desordens de sangramento podem apresentar um risco aumentado neste proce- dimento; - Suspender antes do procedimento. Exame clínico das mamas • Não faz mais parte do rastreamento; • A sensibilidade do ECM varia com idade: - 57% a 83% em mulheres entre 50 e59 anos; - 71% nas que estão entre 40 e 49 anos; • A especificidade varia com idade: - 88% a 96% em mulheres entre 50-59anos; - 71% a 84% nas que estão entre 40- 49 anos; • Exame clínico das mamas e mamografia anual: para mulheres a partir dos 35 anos de idade, pertencentes a grupos populacio- nais com risco elevado de desenvolver cân- cer de mama; • Segundo a Sociedade Brasileira de Mas- tologia: - Exame clínico a partir dos 20 anos, ou a partir do início da anticoncepção hormonal. Os clínicos gerais e os médicos de família deve ser estimulados a praticá-lo; - Mamografia anualmente a partir dos 40 anos; - Mamografia anualmente em mulheres de alto risco após 35 anos; - Mamografia anualmente em mulheres com predisposição genética após os 25 anos; - Mulheres acima de 70 anos quando tive- rem condições de se locomover aos centros de atenção à saúde e de receber tratamento
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