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• No envelhecimento, o indivíduo adquire massa gordurosa, perde massa muscular, perde massa óssea e há diminuição da água intracelular • Além disso, conforme o indivíduo envelhece, há diminuição da sua estatura. Isso tem relação direta no cálculo do IMC e na circunferência abdominal → o IMC tem forte relação com a mortalidade no idoso, sendo que o IMC por volta de 27,5 é um forte fator de proteção ao idoso (normalmente quando o idoso perde peso, ele perde massa magra, logo, é prejudicial à sua saúde) • O gasto energético do idoso diminui, isso decorre da diminuição da velocidade do esvaziamento gástrico, da diminuição da massa magra e de ganho de massa gorda • A base da pirâmide alimentar dessa população se baseia em estimular atividade física do idoso. Seguido pela hidratação, uma vez que a grande maioria ingere pouca água. Depois desses dois pilares, começa a alimentação em si, o protagonista da sua alimentação deve ser as proteínas, assim como aumentar a ingesta de cálcio (alimentos derivados de laticínios) • As vitaminas e minerais que se deve atentar na alimentação do idoso é a vitamina D (sua dose deve ser maior na população idosa), cálcio e vitamina B12 (conforme o indivíduo envelhece, a absorção também pode diminuir por conta de gastrite atrófica ou por medicamentos) • Os principais problemas na alimentação do idoso é o fato do idoso morar sozinho e com isso ele passa a se alimentar sozinho, a presença de doenças é recorrente e, além disso, muitas vezes a condição financeira dificulta o acesso a certos alimentos. Em relação à alimentação em si, o idoso costuma aumentar seu consumo de carboidratos complexos e simples, consumir alimentos com excesso de sal e com excesso de gorduras saturadas e trans, por dificuldade ao acesso ao supermercado passa a consumir muito alimento ultraprocessado, o consumo de frutas e verduras costuma ser baixo, assim como o de proteínas e água • A recomendação de consumo é de 30 cal/kg/dia • Em relação à proteína, o idoso deve consumir pelo menos 1g/kg/dia • Essa recomendação de consumo calórico varia de acordo com o seu estilo de vida, idade, doenças associadas, etc Avaliação nutricional no idoso ALIMENTAÇÃO DO IDOSO RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA • No caso das mulheres idosas, deve receber pelo menos 1,6 L de líquidos/dia • Nos homens idosos, devem receber pelo menos 2 L de líquidos/dia • Acima de 80 anos é muito comum a perda de peso, o que ocorre por uma somatória de fatores que estão relacionados com o envelhecimento • Esses fatores envolvem a diminuição da visão, do olfato, do paladar e da mastigação – o idoso passa a preferir doces do que alimentos proteicos. Além disso, também existem alterações na produção de hormônio gástrico, como a diminuição de grelina (hormônio do apetite), do óxido nítrico (menor complacência do fundo gástrico, o que favorece o enchimento do antro gástrico e isso dá sensação de saciedade) e aumento do nível circulante de colecistoquinina (CCK – contribui para uma saciedade precoce) • Nos homens, há diminuição da testosterona, o que favorece o acúmulo de gordura abdominal e, consequentemente, maior produção de leptina (redução do apetite). O mesmo ocorre com o aumento da massa gorda • É importante avaliar em quanto tempo o paciente perdeu o peso, para avaliar se houve uma perda significativa ou grave. Essa perda de peso rápida e progressiva não é a mesma que ocorre na anorexia do idoso (é uma perda lenta), sendo necessária a investigação de doenças associadas • As principais causas da perda de peso são – dentição, disgeusia, disfagia, doenças crônicas, diarreia, depressão, demência, drogas e disfunção • É obrigatório ser feito em idosos que estão perdendo peso. Para isso, é feito o teste de Mini Avaliação Nutricional (MAN) • A pontuação equivale a o Estado nutricional normal → 12 a 14 pontos o Risco de desnutrição → 8 a 11 pontos o Desnutrição → 0 a 7 pontos • Todos os idosos, independentemente de diagnóstico e incluindo quadros de sobrepeso e obesidade, devem ser rotineiramente rastreados para desnutrição com instrumento validado para identificar aqueles com risco de desnutrição. As restrições dietéticas que podem limitar a ingesta alimentar são potencialmente prejudiciais a devem ser evitadas RECOMENDAÇÃO DE HIDRATAÇÃO ANOREXIA DO ENVELHECIMENTO PERDA DE PESO RASTREAMENTO DA DESNUTRIÇÃO • Para idosos com desnutrição ou com risco de desnutrição deve ser ofertada alimentação fortificada com objetivo de atingir uma ingestão energética adequada. É interessante utilizar alimentos mais calóricos e com mais nutrientes • Além disso, devem ser oferecidos lanches adicionais e finger foods, para facilitar a ingestão de energia, principalmente em pacientes com doenças demenciais que esquecem de comer • Para idosos com desnutrição ou com risco de desnutrição associado à disfagia ou problemas na mastigação, devem ser oferecidos alimentos com textura modificada como estratégia para garantir a ingestão energética adequada • Para idosos com desnutrição ou com risco de desnutrição associado a doenças crônicas deve ser oferecida a suplementação nutricional oral quando o aconselhamento dietético e a fortificação dos alimentos não forem capazes de atingir as metas nutricionais • Quando oferecida, esta deve ser mantida por pelo menos 1 mês e a eficácia e os benefícios esperados devem ser reavaliados mensalmente • Os idosos com doenças graves ou desnutrição acentuada devem ingerir 2 g/kg/dia de proteína • Os idosos com clearance de creatinina <30 devem limitar a ingestão proteica para 0,8 g/kg/dia • O diagnóstico de síndrome metabólica é dado pela obesidade abdominal associada à presença de 2 ou mais outros critérios MODIFICAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS ORAIS RECOMENDAÇÃO PROT-AGE SÍNDROME METABÓLICA
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