ação rescisória

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ROBERTO DA SILVA E SILVA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula 
de Identidade RG nº..., inscrito no CPF sob nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado 
na Rua..., n °..., bairro... , cidade de Bragança paulista – São Paulo - SP, CEP..., por seu 
advogada que esta subscreve, com endereço profissional situado na rua..., n°:..., bairro..., 
cidade de... , endereço eletrônico..., local onde recebe notificações e intimações, vem 
respeitosamente perante à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 319, 966 
e seguintes do Código de Processo Civil, propor a presente: 
AÇÃO RESCISÓRIA 
Em face da decisão definitiva que transitou em julgado, na Ação reivindicatória que tramitou 
perante a XX Vara Cível de Bragança Paulista – São Paulo, sob o número..., movida por JOÃO 
BARBOSA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de Identidade RG nº ..., 
inscrito no CPF/sob nº..., endereço eletrônico. . ., residente e domiciliado na rua.... n °..., 
bairro..., cidade de Bragança Paulista – São Paulo - SP, CEP ..., pelas razões de fato e de direitos 
a seguir expostos: 
I – DA TEMPESTIVIDADE E DA LEGITIMIDADE 
O trânsito em julgado da sentença se deu em 25 de março de 2020. Com efeito, a teor do artigo 
975 do Código de Processo Civil, propõe o requerente, tempestivamente, apresente de manda, 
por ser proposta antes do vencimento dos dois anos. 
O Requerente, tendo figurado como réu na ação reivindicatória, cuja sentença se pretende 
rescindir, tem legitimidade para a propositura da presente ação, conforme disposto no artigo 
967, inciso I, do Código de Processo Civil. 
II – DOS FATOS 
Roberto da Silva e Silva é proprietário de pequeno imóvel rural denominado “Sítio da Boa 
Esperança” na cidade de Bragança Paulista, interior do Estado de São Paulo, avaliada em R$ 
(...). Mantinha no local pequeno cultivo de macieiras que lhe rendia R$ (...) mensais. João 
Barbosa do Nascimento, fazendeiro inescrupuloso da região, também era proprietário de terras 
na cidade e propôs ação reivindicatória em 10.01.2019, alegando ser proprietário daquele 
terreno. Apresentou naquela oportunidade contrato de compra e venda firmado com Roberto 
da Silva e Silva e certidão de registro da escritura no Cartório de Registro de Imóveis de 
Bragança Paulista atestando a veracidade de suas alegações. A demanda foi distribuída para o 
MM. Juízo da ...ª Vara Cível de Bragança Paulista, aos cuidados do Sr. Dr. João Barbosa do 
Nascimento Filho. Na contestação, o advogado de Roberto da Silva e Silva deixou de se 
esmerar na defesa dos interesses de seu cliente, não apresentando qualquer documento que 
demonstrasse ser Roberto da Silva e Silva o proprietário daquele terreno, razão pela qual a 
demanda foi julgada inteiramente procedente. Não foi interposto recurso de apelação e o 
trânsito em julgado deu-se aos 25.03.2020 
Indignado, Roberto da Silva e Silva consultou outro advogado, que iniciou diligências para 
averiguar a regularidade daquele processo. Constatou que o Exmo. Juiz da causa era tio do 
autor e que o contrato de compra e venda, bem como a certidão do Cartório de Registro de 
Imóveis, não eram legítimos (continham assinatura falsa de Roberto da Silva e Silva e do oficial 
do Cartório, atestadas em laudo técnico solicitado pelo advogado). Providenciou ainda certidão 
legítima da propriedade e certidão de nascimento de João Barbosa e de seu tio. 
III – DO DIREITO 
A pretensão do requerente em ver rescindida a sentença de primeiro grau, que julgou 
procedente a ação proposta por João Barbosa, é agasalhada pelo ordenamento jurídico, tendo 
em vista os fatos narrados. Como já acima narrado, o juiz da causa era ti o do autor, e, portanto, 
era impedido de atuar naquele feito. 
O artigo 144, inciso IV do Código de Processo Civil, dispõe: 
Art. 144: Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: 
IV – Quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive. 
Portanto, caberia ao magistrado, com a distribuição do feito para XX vara cível de Bragança 
Paulista, de sua competência, declarar-se de plano, impedido para atuar naquele feito, tendo 
em vista o grau de parentesco com João Barbosa. 
Ora, a teor do inciso II do art. 966, do CPC, cabível a presente demanda para que seja rescindida 
a decisão de primeira instância, bem como os autos sejam remetidos para a Comarca de origem 
para nova distribuição. Não obstante, o requerente jamais firmou contrato de compra e venda 
com o requerido, pois restou- se comprovado pelo laudo pericial técnico que havia assinatura 
falsa do requerente e do oficial do cartório na certidão do Cartório de Registro de Imóveis, não 
restando ou trás dúvidas de que o requerido agiu de ma-fé apresentando documentos falsos 
para lesar o requerente e burlar a administração da justiça. 
Desta forma, razão assiste ao requerente se não em ser rescindida a decisão de primeiro grau 
quando a prova cuja falsidade venha a ser demonstrada na própria ação rescisória, conforme 
determina o artigo 966, inciso VI do Código de Processo Civil. Não vê o requerente, por isso, 
motivos para que a decisão de primeira instância não seja rescindida, tendo em vista os fatos 
narrados bem como a fundamentação jurídica capaz de deferir a pretensão. 
IV – DO PEDIDO 
Diante do exposto requer: 
A – Que essa Egrégia Presidência digne -se a ordenar a distribuição do feito para uma das 
colendas Câmaras que compõem esse Tribunal para que sorteado seja o relator que de verá 
julgar apresente ação; 
B – Expedido mandado de citação do réu, por oficial de justiça, nos termos do artigo 970 do 
CPC, com os benefícios do art. 212, § 2º do CPC, para, querendo, responder a presente 
demanda, sob pena de serem tidos como verdadeiros os fatos alegados; 
C – Que o presente pedido seja julgado totalmente procedente, afim de que seja rescindida a 
sentença de mérito proferida pelo MM Juiz da XX Vara Cível de Bragança Paulista, impedido 
de atuar no feito, ordenando- se, por conseguinte, a redistribuição dos autos a uma das varas 
daquela comarca, ou, subsidiariamente, caso seja acolhido até se de prova falsa, seja rescindida 
a sentença, proferindo este Egrégio Tribunal, desde logo, novo julgamento; 
D – A juntada de guias de depósito recolhido, no valor correspondente a 5% do valor da causa, 
em cumprimento ao teor do art. 968, inciso II, do CPC. 
F - Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Dá- se a causa o valor de R$ XXXXXX 
Local e data 
Advogada 
OAB N °.. .