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ELETROTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO Profª Ríndhala Jadão MICROCORRENTES MICROCORRENTES Corrente pulsada em microampéres (µA) com inversão automática de polaridade positiva e negativa a cada 3 segundos. CARACTERÍSTICAS INDICAÇÕES • Processo inflamatório • P.O - feridas cirúrgicas • Úlceras de decúbito • Pós peeling na busca de uma normalização da pele • Rejuvenescimento facial MICROCORRENTES • Restabelecimento da bioeletricidade tecidual • Incremento à síntese de ATP • Aumento da oxigenação tecidual • Aumenta o transporte ativo de aminoácidos • Aumenta a síntese de proteínas Ennis et al., 2011 EFEITOS FISIOLÓGICOS MICROCORRENTES TÉCNICAS: • Normalização • Bioestimulação SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE (Acne, úlceras, pós operatório) MICROCORRENTES 1 1 2 2 NORMALIZAÇÃO EM FERIDAS • Normalizar o PH da pele e o potencial da membrana celular. • Utilizada em PO imediato, edema, cicatrização. • Eletrodos condutivos para aplicação. • Aplicação uma vez por semana ou segundo a evolução de cada paciente (enquanto apresentar secreção purulenta). • Parametrização: frequência 100 Hz e intensidade 300 a 500 µA • Tempo de aplicação: 30 minutos. 3 3 4 4 MICROCORRENTES 1 1 2 2 3 3 4 4 BIOESTIMULAÇÃO EM FERIDAS • Eletrodos condutivos para aplicação. • Parametrização: frequência 1 Hz e intensidade 50 µA • Tempo de aplicação: 30 minutos. • Estimula a mitocôndria a produzir ATP, aumenta energia celular para sintetizar colágeno. • Pacientes com predisposição a quelóides e acnes graves utilizar somente normalização. • Meio condutor: gel neutro. • Se a área de aplicação estiver próxima da lesão aberta, utilizar gaze estéril embebida em soro fisiológico como meio condutor CORRENTE AUSSIE • Corrente Australiana criada por Alex Ward. • A Corrente Aussie é uma corrente elétrica terapêutica alternada, com frequência portadora na faixa de 1000 a 4000 Hz, e modulação em baixa frequência com semelhança em relação às correntes Interferencial e Russa, que atuam com 2500 Hz. Se aplica com frequência portadora de 1000 Hz, recruta fibras musculares brancas e vermelhas, agindo na hipertrofia e aumento de força muscular (MONTAGNANA, 2015). Quando usada com frequência de 4000 Hz, tem propriedades analgésicas (AGRIPINO, 2017). • A corrente Aussie pode ser modulada em frequências e burts para atingirmos efeitos fisiológicos e biológicos diferentes nos tecidos, sendo indicada para produção de estímulo neuromuscular, promoção de analgesia, drenagem linfática e eletrolipólise, com efeito para redução da lipodistrofia localizada. CORRENTE AUSSIE CORRENTE AUSSIE • Frequência portadora - 4kHz • Duração dos Bursts - 4ms • Frequência de modulação dos Bursts - 10Hz (drenagem) e 100 a 120Hz (analgesia) DRENAGEM LINFÁTICA E ANALGESIA ESTIMULAÇÃO SENSORIAL • Frequência portadora - 1kHz • Duração dos Bursts - 2ms • Frequência de modulação dos Bursts - 50Hz CORRENTE AUSSIE FORTALECIMENTO E TONIFICAÇÃO MUSCULAR ESTIMULAÇÃO MOTORA CORRENTE AUSSIE • Mioenergética • Ponto Motor TÉCNICA DE APLICAÇÃO FORTALECIMENTO ANALGESIA DRENAGEM Área a ser tratada deve estar posicionada entre os eletrodos Eletrodos posicionados no sentido do sistema linfático de distal para proximal no membro Posicionar os eletrodos de modo que a dor fique entre eles. 1 1 2 2 3 3 4 4 CORRENTE AUSSIE - POI ANALGESIA • Eletrodos condutivos para aplicação. • Aplicação antes ou após a DLM, enquanto houver quadro de dor. • Parametrização: frequência portadora 4kHz, burts 4ms, modo contínuo, frequência modulada 100 Hz e intensidade de acordo com o limiar sensorial. • Tempo de aplicação: 30 minutos. CORRENTE AUSSIE ANALGESIA D o r CORRENTE AUSSIE – PO TARDIO FORTALECIMENTO Mioenergética • Eletrodos condutivos para aplicação. • Aplicação até 3x por semana, intercalando com atividade física. • Parametrização: frequência portadora 1kHz, burts 2ms, frequência modulada 50 Hz e intensidade de acordo com o limiar motor. • Tempo de aplicação: 15 a 30 minutos. VACUOTERAPIA E ENDERMOLOGIA VACUOTERAPIA x ENDERMOTERAPIA • Vacuoterapia: procedimento ou aplicação contínua de pressão negativa (vácuo) sobre uma área corporal. • Endermoterapia/Massagem mecânica: Pressão negativa (vácuo) mais a presença de roletes para deslizamento, causando uma massagem sobre uma determinada área corporal. POTÊNCIA DE ASPIRAÇÃO • Dependerá do tecido anatômico a ser trabalhado. Em geral quanto mais forte a aspiração mais profundamente agirá, podemos trabalhar sobre: • derme superficial, derme profunda, hipoderme e músculo. • Em pessoas magras as potências baixas podem atingir a camada muscular. • Dependendo da potência da aspiração teremos efeitos fisiológicos diferentes. Potência de aspiração Dependendo da potência da aspiração teremos efeitos fisiológicos diferentes. Pressão • Determinada pelo diâmetro da ventosa. Quanto maior o diâmetro da ventosa, maior será a potência de sucção. Ventosas de Vidro Ventosas com esferas Ventosas para glúteo INDICAÇÕES • Remodelamento Corporal • Tonificação da pele • Redução de aderências cicatriciais • Fibrose • Mobilização do adipócitos • Aumento da circulação local • Estimulação profunda e tracionamento do tecido conjuntivo • Drenagem linfática e eliminação de toxinas Efeitos fisiológicos Hipervascularização e hiperoxigenação Melhora da maleabilidade tecidual/desfibrosagem Aumenta a mobilidade de líquidos/drenagem linfática Acelera o processo de cicatrização Estimula fibras colágenas e elásticas Representação da endermologia na pele BORGES, 2010 Linhas de tensão da pele Longitudinal • Efeito circulatório Transversais • Efeito descontraturante Movimentos circulares * Amaciamento de zonas de fibrose Massagem manual • Drenagem linfática • Palpar – rolar • Pressão – tração – cisalhamento • Fricção • Digitopressão • Effeurage – deslizamento profundo Aplicabilidades DEPRESSODRENAGEM LINFÁTICA Modo contínuo ou modo pulsado 30- 60 mmHg Pressão fisiológica entre 30-40 mmHg Modo pulsado: captação Modo contínuo: transporte da linfa Modo pulsado: evacuação Aplicabilidades • DEPRESSOMASSAGEM CONTÍNUA (DMC) • Assemelha-se a uma massagem manual • A pressão deve ser monitorada • Modo contínuo • Pressão 150mmHg LASER DE BAIXA INTENSIDADE Efeitos terapêuticos do Laser • Cicatrização tecidual • Analgesia • Antiinflamatório • Diminuição de edema • Circulatório Tipos de Laser • Laser de baixa potência Hélio Neônio (luz visível, vermelho) – 632,8 nm Laser de Diodo (Luz não visível, infravermelho) - 660 nm – Estética/Reabilitação - 830 nm - Reabilitação - 904 nm - Reabilitação Qual Laser utilizar? Laser visível: Tecidos vermelhos e mais superficiais, absorvido pela melanina (usado em estética) – atinge 0,5 cm Laser não-visível: Tecidos brancos ou translúcidos e mais profundos, absorvido pela água dos tecidos (usado em reabilitação) – atinge 3 a 4 cm LASER (LBI) Comprimento de Onda (nm) Cor do laser 606 / 608 / 632 / 660/ 670 nm vermelho 730/ 780/830/ 904 nm Infra-vermelha 400/ 500 nm azul Os comprimentos de onda e a frequência são inversamente proporcionais. Comprimentos de onda longos apresentam uma frequência menor do que o comprimento de onda mais curtos. LASER (LBI) Efeitos do Laser nos tecidos Efeito Bioquímico: Inibe a produção de prostaglandinas (efeito anti-inflamatório). Efeito Bioelétrico: Normalização do potencial de membrana , atuando como um fator de equilíbrio da atividade funcional celular. Ativa fotorreceptores das membranas e as mitocôndrias (respiração celular) que captam a luz laser e transformam em energia para atuar na regeneração por meio da síntese proteica (DNA) – Efeitos primários do laser. Efeitos do Laser nos tecidos Efeito Bioenergético: - Aumento do tecido de granulação - Regeneração de fibras nervosas - Neoformação de vasos sanguíneos e regeneração dos linfáticos - Aumento da síntese de colágeno e replicação fibroblástica- Aceleração do processo de cicatrização - Incremento da atividade fagocitária dos linfócitos e macrófagos ENERGIA LUMINOSA CROMÓFOROS ATP LASER (LBI) Laser vermelho (Pós-operatório, deiscência na cicatriz, cicatrização). LASER (LBI) Laser infra-vermelho: quanto maior o comprimento de onda , maior a penetração. Tecidos musculares LASER (LBI) EFEITOS FISIOLÓGICOS Foto- receptores (membrana e mitocôndria); Aumento na produção de ATP; Aumento do fluxo linfático; Síntese de DNA E RNA ( Efeito regenerador e cicatrizante); Aumento da proliferação dos fibroblastos (liberação de interleucinas, citocinas); Fatores de crescimento; Aumento do metabolismo; Angiogênese; Anti-inflamatório; Analgésico; Regeneração; Biomodulação (Controle das trocas); LASER (LBI) bioestimulação x bioinibição Estímulo aplicado Atividade Biológica Dosimetria do Laser Efeito analgésico 2 a 4 J/cm2 Efeito antiinflamatório Agudo: 1-3 J/cm2 Subagudo: 3-4 J/cm2 Crônico: 5-7J/cm2 Efeito cicatrizante 3-6 J/cm2 Efeito circulatório 1-3 J/cm2 Técnicas de Aplicação • Pontual: com leve contato. Aplicação na direção perpendicular para não haver reflexão com distância de 1 cm entre cada ponto. Envolver a ponteira com filme PVC. • Borda: Aplicação ao redor da lesão, ferida com distância de 1 cm entre cada ponto. • Varredura: Aplicação bem lenta e somente com laser vermelho (visível) Aplicação nas bordas e dentro da lesão Aplicação nas bordas ULTRASSOM Ultrassom • O equipamento gera energia mecânica das ondas sonoras que pode ser convertida em energia térmica. • Efeitos térmicos • Efeitos mecânicos • Modo de aplicação • contínuo • pulsado Ultrassom • PO imediato • Parâmetros • Frequência: 3MHz • Modo: pulsado 20 ou 50% • Intensidade: 0,5 a 0,8 Wcm² • Tempo: cálculo da área PO imediato: POI evitar mobilizar o retalho com o transdutor, dias intercalados Ultrassom • PO recente e tardio • Parâmetros • Freq: 3MHz • Modo: contínuo ou pulsado 50% • Intensidade: 0,8 a 1,2 Wcm² • Tempo: cálculo da área PO tardio: Associar à endermologia para fibroses, aderências e contraturas Radiofrequência • PO tardio – quando houver fibrose, aderências e contraturas Parâmetros • Modo: contínuo ou pulsado • Frequência: 2,4mHz • Temperatura: 36-37°C • Tempo: após atingir a temperatura, manter por 5-7 minutos PO tardio: Associar à endermologia, massagem manual Carboxiterapia • Melhor oxigenação, perfusão e nutrição • Associada a massoterapia, endermologia Prevenção e redução de fibroses e aderências No POI pode predispor a formação de seroma Usar a partir do 10º PO ou quando não houver mais sinais inflamatório. 2 a 4 sessões, 1x/semana Obrigada!